Psicopatologia Geral 2do bimestre O diagnóstico estrutural: Neurose e Psicose. O diagnóstico estrutural: Neurose e Psicose. A Perda da Realidade na Neurose.

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Transcrição da apresentação:

Psicopatologia Geral 2do bimestre O diagnóstico estrutural: Neurose e Psicose. O diagnóstico estrutural: Neurose e Psicose. A Perda da Realidade na Neurose e na Psicose. A Perda da Realidade na Neurose e na Psicose. A avaliação psicodinâmica do paciente. A avaliação psicodinâmica do paciente. Do sintoma à síndrome. Do sintoma à síndrome. Psicoses: Método Terapêutico. Psicoses: Método Terapêutico. 07 de Maio de de Maio de 2012

2do. Bimestre – /05 07/05 FREUD, S. Edição Standard das Obras Completas. Rio de Janeiro: Ed.Imago Neurose e Psicose.(1924) _________ A perda da realidade na neurose e na psicose.(1924) _________ As neuropsicoses de defesa. (1894) In: Edição Standard das Obras Completas. Rio de Janeiro: Ed. Imago, /05. 14/05. Neurose e Psicose Bergeret, J. [et al.] Psicopatologia: teoria e clínica. Porto Alegre: Artmed, Cap. 9 e 10.Pg. 136 a 180 A avaliação psicodinâmica do paciente. GABBARD, G. O. Psiquiatria Psicodinâmica. Porto Alegre: Artmed, Cap. 3, pg. 60 – 21/05 21/05 Do sintoma à síndrome. DALGALARRONDO, P. Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais. Porto Alegre: Artes Médicas, Cap. 24 e 25, pg Psicoses. Uma proposta de método para a psicoterapia de psicóticos. Massaro, G. Loucura uma proposta de ação. São Paulo: Agora, Cap. III. 28/05 28/05 NP2 NP2 04/06 PROVA SUB 04/06 PROVA SUB

Temas de hoje: Neurose e Psicose A perda da realidade. Bibliografia: - FREUD, S. (1924) Neurose e Psicose. - FREUD, S. (1924) A perda da realidade na neurose e na psicose. Todos In: Edição Standard das Obras Completas. Rio de Janeiro: Ed. Imago Todos In: Edição Standard das Obras Completas. Rio de Janeiro: Ed. Imago

ESTRUTURAÇAÕ DO PSIQUISMO HUMANO PARA A PSICANÁLISE ?

Ego: Instância que Freud, na sua segunda teoria do aparelho psíquico, distingue do Id e do Superego. Do ponto de vista tópico, o Ego está numa relação de dependência tanto para com as reivindicações do Id como para com os imperativos do Superego e exigências da realidade. Situa-se como mediador, encarregado dos interesses da totalidade da pessoa. Do ponto de vista dinâmico, o Ego representa eminentemente, no conflito neurótico, o pólo defensivo da personalidade; põe em jogo uma série de mecanismos de defesa.

O Id: Constitui o pólo pulsional da personalidade, os seus conteúdos, expressão psíquica das pulsões, são inconscientes, por um lado hereditários e inatos, por outro, recalcados e adquiridos. Do ponto de vista dinâmico. O Id entra em conflito com o Ego e o Superego. Do ponto de vista econômico, é o reservatório da energia psíquica.

O Superego: O seu papel é assimilável ao de um juiz ou de um censor ao ego. Do ponto de vista funcional, o Superego é representado pela consciência moral, a auto-observação, a formação de ideais. Do Complexo de Édipo é o herdeiro e constitui- se por interiorização das exigências e das interdições parentais.

Origem das Psicoses O mundo externo governa o ego por duas maneiras: através das percepções atuais e presentes; e mediante o armazenamento de lembranças de percepções anteriores sob a forma de um mundo interno. Aparece o quadro psicótico quando é recusada a aceitação de novas percepções e quando o mundo interno perde sua catexia, sua significação. O ego cria, conseqüentemente, um outro mundo externo e interno. Esse novo mundo é construído com base nos impulsos desejosos do Id e também com base em alguma frustração que parece intolerável.

A etiologia das neuroses e das psicoses parece ser a mesma. Consiste numa frustração, uma não-realização de um daqueles desejos da infância. É uma frustração externa que pode assumir a representação das exigências da realidade, mas procede do superego. “A neurose é o resultado de um conflito entre o Ego e o Id, ao passo que a psicose é o desfecho de um distúrbio semelhante nas relações entre o Ego e o mundo externo”... em geral.

O efeito patogênico depende do Ego: Se permanece fiel à sua dependência do mundo externo e tenta silenciar o Id: neurose. (ppio. de Realidade preservado) Se for derrotado pelo Id e, portanto, Se for derrotado pelo Id e, portanto, é arrancado da realidade: psicose. é arrancado da realidade: psicose. (ppio. de Realidade alterado)

Neurose Conflito entre o Ego e o Id na sua tentativa de satisfazer o impulso instintual Psicose Psicose Conflito entre o Ego e o mundo externo Ou seja: as Neuroses e as Psicoses se originam nos conflitos do Ego com suas diversas instâncias governantes. Isto é, elas refletem o fracasso no funcionamento do Ego que se vê em dificuldades de conciliar todas as exigências feitas a ele.

FREUD, S (1924) A perda da realidade na neurose e na psicose. No começo do processo da Neurose, o Ego, ao serviço da realidade, reprime o impulso instintual. Existe um afrouxamento da relação com a realidade que é um momento posterior.

Primeiro passo: Saída neurótica: tentar mudar a realidade, contrariando o desejo do Id. Saída psicótica: rejeição da realidade e negação do exame de realidade. Segundo passo: Em ambos os casos servem ao desejo de poder do Id que não se deixa ditar pela realidade. Saída neurótica: restrição do Id e aparição dos sintomas Saída psicótica: criação de uma nova realidade.

Na Neurose a obediência inicial é seguida por uma tentativa de fuga: sintoma. A Neurose não repudia a realidade, a ignora. O conflito é apenas conciliado e não oferece uma satisfação completa. O instinto reprimido não consegue um substituto completo. Também na Neurose há tentativas de substituir uma realidade desagradável através de um mundo de fantasia, separado do mundo real externo. Muitas vezes significa o caminho da regressão a um passado mais satisfatório.

Na Psicose a fuga inicial é sucedida por uma fase de remodelamento e criação. A Psicose repudia a realidade e tenta substituí-la. Assim, delírios e alucinações são tentativas de representar na mente uma nova realidade, sem estarem ligados à ansiedade. A remodelação da realidade nunca é de forma satisfatória.

Finalmente, tanto na Neurose como na Psicose interessa não só a questão da perda da realidade, mas também a formação de um substituto dessa realidade desagradável.