Museus, Informação e Experiência

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Transcrição da apresentação:

Museus, Informação e Experiência Dr Jezulino Lúcio Mendes Braga

Temas Categoria Museu Categoria Experiência Convites para localizar o museu na sociedade contemporânea para além da informação

MUSEU – Dinâmica Conceitual Conselho Internacional de Museus - Icom Definição de 1956 Museu é um estabelecimento de caráter permanente, administrado para interesse geral, com a finalidade de conservar, estudar, valorizar, de diversas maneiras, o conjunto de elementos de valor cultural: coleções de objetos artísticos, históricos, científicos e técnicos, jardins botânicos, zoológicos e aquários.

MUSEU – Dinâmica Conceitual Conselho Internacional de Museus - Icom Definição de 2001 Instituição permanente, sem fins lucrativos, a serviço da sociedade e do seu desenvolvimento, aberta ao público e que adquire, conserva, investiga, difunde e expõe os testemunhos materiais do homem e de seu entorno, para educação e deleite da sociedade.

MUSEU – Dinâmica Conceitual “Os museus são o resultado das ações dos sujeitos que os estão construindo e reconstruindo, a cada dia. Portanto, os museus, como instituições histórico-socialmente condicionadas, não podem ser considerados um produto pronto.” Profa. Maria Célia T. Moura Santos Fonte: Ministério da Cultura. Política Nacional de Museus. Brasília: MinC, 2003. Parte sobre o o Eixo 3 - Programa de Formação e Capacitação em Museologia.

MUSEU – Dinâmica Conceitual (...) fenômeno, o museu processo, o museu que independe de um espaço e de um tempo específicos, mas que revela de modos e formas muito definidas como espelho e símbolo de diferentes categorias de representação social. Compreender que Museu (fenômeno) não é o mesmo que Museu (expressão limitada do fenômeno) permite-nos aceitar que ele assume diferentes formas; permite-nos, ainda, prestar atenção às diferentes ideias de Museu, presente no universo simbólico dos diferentes grupos sociais Tereza Scheiner

MUSEU – Dinâmica Conceitual Museu-Wislawa Szymborska Há pratos, mas falta apetite. Há alianças, mas o amor recíproco se foi há pelo menos trezentos anos. Há um leque –onde os rubores? Há espada– onde a ira? E o alaúde nem ressoa na hora sombria. Por falta de eternidade juntaram dez mil velharias (…) A coroa sobreviveu à cabeça. A mão perdeu para a uva. A bota direita derrotou a perna. Quanto a mim, vou vivendo, acreditem. Minha competição com o vestido continua. E que teimosia a dele! Como ele adoraria sobreviver!

MUSEU – Dinâmica Conceitual A Biblioteca de Babel-Jorge Luiz Borges “Os homens costumam inferir desse espelho que a biblioteca não é infinita (se o fosse realmente para que essa duplicação ilusória?) prefiro sonhar que as superfícies polidas representam e prometem o infinito....”

MUSEU –Dinâmica Conceitual Espelhos que propiciam sonhos e prometem o infinito Espelho: aquilo que vemos da imagem de nós mesmos Museus: não só os objetos, mas nossa forma de olhar e sentir esses objetos. A partir de toda a nossa trajetória e de nossa inserção na cultura.

Experiência –Dinâmica Conceitual Experiência é diferente de informação Experiência é cada vez mais rara por excesso de opinião. Experiência é cada vez mais rara, por falta de tempo. A experiência é cada vez mais rara por excesso de trabalho

Experiência –Dinâmica Conceitual A experiência é aquilo que nos passa, o que nos acontece, o que nos toca; Sujeito que experimenta, apaixonado, socialmente construido

MUSEU – Primeiro Convite Museu como morada babélica Dispersão/Pluralidade/diversidade Em uma morada babélica reside os paradoxos da salvaguarda e da irremediável perda que implica a própria vida, da pretensão de homogeneidade implicita nos discursos sobre o passado e a dispersão de linguas com que se faz a própria vida social.

MUSEU – Primeiro Convite São os homens e não o homem, os que vivem na terra e habitam o mundo (Arendt, 1987) Museu-Ação humana contra o esquecimento Museu-Realiza escolhas, abandonar e acolher Museu-Como morada onde os objetos habitam

MUSEU –Segundo Convite Ambiente de trabalho com a memória A memória é evocação pura e simples do passado? A memória é evocação onírica do passado? A memória é um refazer/reviver/um trabalho?

MUSEU –Terceiro Convite Artefatos diásporicos-Viagem que os objetos fazem O museu é um lugar de exílio dos objetos. O que o museu promove não é, então o regresso do objeto ao que lhe é original-uma verdade. Mas o que o museu faz é criar através de questões problema à memória social. Uma nova forma de hospitalidade para os objetos, em um novo universo relacional.

MUSEU –Terceiro Convite Objeto como superfície plural; Que sentidos estão no objeto? Que significados não estão no objeto? Que significados são construídos na relação corpórea com o objeto?

MUSEU –Quarto Convite Visitantes dos museus como andarilhos Com quantos percursos se faz um museu? Com que vadiagens se realiza uma visita? Quais os desafios implicados no exercício de aprendizagem do olhar ao caminhar? Andar-percorrer-trilhar Ambientes dos museus não são ilhas, mas encruzilhadas

MUSEU –Quarto Convite Visitantes dos museus como andarilhos Com quantos percursos se faz um museu? Com que vadiagens se realiza uma visita? Quais os desafios implicados no exercício de aprendizagem do olhar ao caminhar? Andar-percorrer-trilhar Ambientes dos museus não são ilhas, mas encruzilhadas