O LEGADO DO PAN PARA OS BRASILEIROS

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
MAPA DO ACESSO Um estudo da ABRAJI sobre direito de acesso a informações públicas no Brasil.
Advertisements

Gerenciamento de Projetos
Controladoria Geral do Estado de Alagoas
Avaliação do Plano Plurianual
CÓDIGO DE DEFESA DO C0NSUMIDOR
O Esquema dos Sanguessugas
LIGAÇÕES PERIGOSAS Folha de S. Paulo 28/4/2006 Entidades de fachada têm conexões com financiadores da campanha do peemedebista.
Plano de Trabalho pouco detalhado;
Prof. Sandro César Soares Almeida Gestão de Recursos Patrimoniais e Logísticos Gestão dos Recursos – Comprar ou Alugar ? É melhor comprar ou alugar uma.
Gestão Financeira de Projetos PROGRAMA NACIONAL DE APOIO À GESTÃO ADMINISTRATIVA E FISCAL DOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS - PNAFM.
Audiência Pública Hospitais Federais Rio de Janeiro
Instrumentos de acompanhamento/controle:
Rede de Controle da Gestão Pública O papel dos diversos atores
A Criminalística da Polícia Federal como Atriz da Rede de Controle
Controle de Recursos Públicos
MINISTÉRIO PÚBLICO ESTRUTURA DO CONTROLE.
TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO FISCALIZAÇÃO DE OBRAS PÚBLICAS
TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO Processo no Tribunal de Contas da União
Tribunal de Contas do Estado do Paraná
CAMINHOS PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL
Planejamento Agregado de Capacidade
CONHECENDO O TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO
Trabalho de Matemática
Esclarecimentos à Comissão de Fiscalização e Controle Aquisição de Lanchas-Patrulha de Fiscalização pelo Ministério da Pesca e Aquicultura de 2008 a 2010.
Copa do Mundo de 2014 Jurisprudência do TCU Relator: Ministro VALMIR CAMPELO 27 de março de 2012.
O TCU e a Copa de 2014 Presidente: Benjamin Zymler Ministro Relator: Valmir Campelo.
Gildo de Almeida Leonel
A ética da Siemens no caso
TRIBUNAL APROVA FARRA. Dois anos depois de ter sido realizado, revela-se o mais recente escândalo financeiro dos Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro,
Contabilidade de Custos
A verdade do Pan È que sempre estamos sendo enganados e roubados um evento sempre o povo carente de alegrias se doam por quaisquer felicidade mesmo que.
Relatório da Ação Governamental RAG
Assessoria de Comunicação Clipping Impresso Terça-feira, 16 de Abril de 2013.
PROCURADORIA-GERAL DO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
Divisão da Qualidade Assegurada Departamento da Qualidade
O Tribunal de Contas da União na promoção da cidadania e do controle social no terceiro setor.
Licitação e Contratação para Prestação de Serviços Uma Visão do TCM/SP
Falhas e irregularidades freqüentes em licitações e contratos Tribunal de Contas da União Secretaria de Controle Externo no Estado de Pernambuco Luiz Geraldo.
Monitoramento das licitações metodologia I Encontro dos Observatórios Sociais do Estado do Rio de Janeiro 15 e 16 de julho de 2010.
SINDICÂNCIA ADMINISTRATIVA
José Domingos Coelho Analista de Controle Externo TCU – SECEX/MG.
LICITAÇÕES E CONTRATOS ADMINISTRATIVOS TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO Secretaria de Controle Externo em Minas Gerais.
Tema: “O Tribunal de Contas da União na promoção da cidadania e do controle social no Terceiro Setor” Porto Alegre, 26 e 27 de setembro de 2006.
TRÂMITE PROVIDÊNCIAS ADMINISTRATIVAS E TOMADA DE CONTAS ESPECIAL
Processo no Tribunal de Contas da União. Noções Gerais processosNo âmbito do TCU, como de resto em todo o serviço público, praticamente todos os fatos.
TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO FISCALIZAÇÃO DE OBRAS PÚBLICAS
FISCALIZAÇÃO DE OBRAS PÚBLICAS
Recuperação Judicial Juízo do local do principal estabelecimento
AÇÃO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS
ORÇAMENTO DE CAMPANHA. LIMITAÇÕES LEGAIS As disposições legais indicam que o candidato, seja de qual partido for, deve gastar até um valor X para a realização.
1) Etapas: empenho, liquidação e pagamento
© 2011 Ivanildo Figueiredo Faculdade de Direito do Recife – UFPE
AUDITORIA DOS ESTOQUES
Teresinha Carvalho Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia Salvador, 29 de junho de 2005 FPE – Fundo de Participação dos Estados Incorreções imputadas.
NBR ISO 19011:2002 Diretrizes para Auditorias de Sistema de Gestão da Qualidade e/ou Ambiental.
Transferências Voluntárias da União setembro de 2008.
Caso “Chatô - O Rei do Brasil"
PRESTAÇÃO DE CONTAS AGOSTO/15
palestrante Ranilson Ramos
Embargos de Divergência
Antes de você começar. Para obter assistência adicional, entre em contato com o Assessor de Tecnologia da Informação do seu clube, ou com Ensino eletrônico:
Verificação e Habilitação de Créditos © 2008 Ivanildo Figueiredo Faculdade de Direito do Recife – UFPE.
Rede de relacionamentos voltada à melhoria da administração pública, defesa da probidade administrativa, proteção do patrimônio público e maximização.
INSTRUÇÃO NORMATIVA 07/2012 ORLANDO ALVES DA SILVA Auditor Substituto de Conselheiro.
O Ensino Médio e o Novo Enem PROFESSOR GEORGE HENRIQUE.
Orientações do Sistema Administrativo de Tecnologia da Informação e Comunicação Nei Luiz da Silva Junior Gerente de Normas e Padrões de Tecnologia da Informação.
O Tribunal de Contas da União na promoção da cidadania e do controle social no terceiro setor.
Palestrante Engº Jorge Leitão Engenheiro civil, Especialista em Finanças, Especialista em Matemática e Mestre em Economia. Diretor do Núcleo de Gestão.
Transcrição da apresentação:

O LEGADO DO PAN PARA OS BRASILEIROS A PRIMEIRA CONDENAÇÃO NINGUEM ESQUECE O LEGADO DO PAN PARA OS BRASILEIROS

TCU aponta rombo de 2,7 milhões no Pan-07 Tribunal confirma superfaturamento em vários serviços de hotelaria na Vila. De acordo com decisão do órgão, empresa contratada e funcionários da União terão de repor o dinheiro gasto ou explicar as irregularidades. Folha de São Paulo 11 de junho de 2009 DA REPORTAGEM LOCAL Pela primeira vez, o TCU (Tribunal de Contas da União) emitiu decisão em que confirma superfaturamento em uma das contratações do Pan-Americano-2007, no Rio de Janeiro. Foi no serviço de hotelaria da Vila Olímpica, que abrigou os atletas que competiram no evento. O total gasto a mais foi de R$ 2,7 milhões, segundo o órgão fiscalizador do governo. Ontem, em sessão, os ministros do TCU chegaram a acórdão sobre o tema. Pela decisão, determinou que Ricardo Leyser, responsável do Ministério do Esporte para o Pan, funcionários da comissão de licitação, além do Consórcio Interamericano, empresa contratada pelo governo e liderada pela JZ Engenharia, terão de devolver essa quantia aos cofres públicos. Ou então terão de prestar esclarecimentos sobre as irregularidades em 15 dias. Segundo o tribunal, houve superfaturamento em 17 dos 22 itens pagos pela União. Foram detectados pagamentos indevidos ou em valores superiores aos preços de mercado para a instalação de ar-condicionado e persianas, fornecimento de colchões, montagens de camas, abajures e espelhos, diz o órgão.

LICITAÇÃO SEM CONCORRÊNCIA? No caso das cadeiras, o TCU constatou a cobrança da montagem delas, que, na verdade, já vinham prontas. O Ministério do Esporte se defendeu com o argumento de que as cadeiras tiveram de chegar desmontadas porque eram em grande número. Assim, era necessário botar uma trava para remontá-las nos quartos. Para colocar essa trava na cadeira, eram necessárias 1,63 hora de trabalho de um montador e 3,44 horas de seu ajudante. Mas o TCU considerou que era tempo demais para a tarefa e apontou superfaturamento de R$ 390.694 no item. Para a instalação de persianas, o governo pagava R$ 220 pelo uso de serras circulares por três meses. Com esse valor, era possível comprar um equipamento desse tipo. Também foram apresentados problemas no serviços de camareiras, que incluíam produtos de limpeza. O tribunal apontou que esses materiais variavam de preço dependendo do turno em que trabalhavam as profissionais. O TCU também questiona a licitação que levou à contratação do Consórcio Interamericano, que foi a única empresa a concorrer de fato com a eliminação de outras concorrentes. "Não permite afirmar que houve competição no certame", declara o tribunal de contas. O valor total que a empresa receberia era de R$ 32 milhões. A hotelaria era um dos itens em que o órgão fiscalizador apontava indício de irregularidade em relatório preliminar sobre o Pan-07. Há outros problemas nas contas do evento que prosseguem em análise. LICITAÇÃO SEM CONCORRÊNCIA?

TCU aponta superfaturamento nos Jogos do Pan Aluguel de ar condicionado saiu mais caro do que o preço do aparelho. Comissão pagou até por selo de garantia de colchões O Globo 11 de junho de 2009 O Tribunal de Contas da União (TCU) condenou o consórcio interamericano e integrantes do Ministério do Esporte que atuaram na licitação de contratação de serviços dos Jogos Panamericanos, realizados no Rio em 2007, a pagar R$ 2,7 milhões ao Tesouro Nacional. O tribunal concluiu que houve superfaturamento. . Os condenados terão 15 dias para pagar os valores cobrados pelo TCU ou recorrer da decisão Os serviços superfaturados envolveram obras na Vila Panamericana, como a instalação de ar-condicionado, montagem de cadeiras e colocação de persianas, além do fornecimento de colchões. Entre os envolvidos, está o atual secretário Nacional de Esporte de Alto Rendimento do ministério, Ricardo Leyser Gonçalvez. No Pan, ele atuou no Comitê de Gestão das Ações Governamentais. O engenheiro Luiz Orro de Freitas, que presidiu a comissão de licitação, também é citado como responsável. Dois outros integrantes da comissão, José Pedro Varlotta e José Mardovan Pontes, também são mencionados. O valor terá que ser pago é cobrado do consórcio, liderado pela empresa JZ Engenharia e Comércio Ltda. O tribunal concluiu que a opção por alugar equipamentos e serviços de hotelaria para a acomodação dos atletas restringiu a participação de empresas na licitação. Os auditores do TCU apontam como irregular a decisão do comitê de alugar peças de mobiliário, como camas, mesas e outros, em vez de comprálos. Eles apuraram que o aluguel de alguns itens durante os Jogos resultou num gasto maior do que se tivessem comprado os bens, caso dos aparelhos de arcondicionado.

SUPERFATURAMENTO ATÉ EM COLCHÕES O valor pago pelo aluguel desse produto, por sete meses, foi 31% superior ao preço do equipamento. Os fiscais do tribunal checaram o tempo gasto por funcionários para executarem serviços como montagem de cadeiras, instalação de persianas e colocação de abajures. Descobriram que foi pago um número excessivo de horas. “De acordo com a produtividade adotada no contrato, cada trio formado por um montador e dois auxiliares seria capaz de montar menos de cinco cadeiras por dia (considerando o dia normal de trabalho de oito horas). Contatada por minha assessoria, a fábrica das cadeiras informou que a montagem de cada unidade demanda cerca de cinco minutos, reforçando a hipótese de superfaturamento. O total cobrado pela montagem das cadeiras foi de R$ 390.694,34”, concluiu o ministro Marcos Vilaça, relator do processo. Foi detectado superfaturamento até na colagem do selo de densidade de 8.102 colchões. “Verificou-se que foram cobrados em separado: o selo de garantia da densidade e a montagem. Considerando que este insumo já é fornecido pronto e que a especificação do produto já previa o selo de densidade, os pagamentos se revelam indevidos. Sua inclusão nas 8.102 unidades entregues resultou em acréscimo injustificado de R$ 191.312,34 ao contrato”. Em nota divulgada na noite de ontem, o Ministério do Esporte informou que estranhou a decisão do TCU e diz que o tribunal já havia se manifestado pela regularidade do contrato. “Cabe salientar que a decisão de hoje não analisa o mérito do assunto e sim abre um procedimento administrativo no tribunal para discussão dos valores questionados. Isso permitirá ao ministério reapresentar toda documentação fornecida anteriormente e que ensejou a decisão anterior do TCU”, diz a nota. SUPERFATURAMENTO ATÉ EM COLCHÕES

GASTANÇA SEM FIM JOGOS PAN-AMERICANOS TCU condena Ministério do Esporte e consórcio que administrou vila dos atletas a devolverem R$ 2,7 milhões por superfaturamento Correio Braziliense 11 de junho de 2009 Otítulo do cargo é longo e tem pompas: secretário executivo para assessoramento ao Comitê de Gestão das Ações Governamentais nos Jogos Pan- Americanos de 2007. Porém, dois anos depois da festa, quem ocupou essa função, Ricardo Leyser Gonçalves, do Ministério do Esporte, terá que restituir R$ 2,7 milhões aos cofres da União. Tanto dinheiro é resultado de superfaturamento em instalações de ar-condicionado, montagem de cadeiras, camas, instalações de persianas e fornecimento de colchões, entre outros serviços, na Vila Pan-Americana, que recebeu cinco mil atletas no mega evento, durante duas semanas. O voto que saiu ontem, no Tribunal de Contas da União, referese apenas a um processo, dentre dezenas que estão em análise nessa corte, já há dois anos. Além de Ricardo Leyser Gonçalves, também responderão pela devolução do dinheiro, o presidente da comissão de licitação, Luiz Custódio Orro de Freitas, José Pedro Varlotta e José Mardovan Carvalho Pontes, da comissão de licitação, e o Consórcio Interamericano, representado por sua empresa líder, JZ Engenharia e comércio Ltda, com sede em São Paulo.

VALOR DO MAIOR ESCÂNDALO DO ESPORTE BRASILEIRO: O balanço final das ações relativas ao Pan 2007 foi apreciado pelo TCU em dezembro do ano passado, quando se constatou que o orçamento do evento pulou de R$ 400 mil para R$ 4 milhões. No relatório original, já era evidente a irresponsabilidade na gestão da verba pública. Porém, ficaram pendentes de julgamento vários processos que tratam de assuntos específicos, como o de ontem, relatado pelo ministro Marcos Vinicios Vilaça, que está a 20 dias de se aposentar do cargo. “O Consórcio Interamericano e os responsáveis pela licitação de serviços contratados para a Vila Pan-Americana dos jogos de 2007 deverão pagar R$ 2.740.402,54 milhões por superfaturamento ou apresentar defesa, em 15 dias”, afirmou o relator. Na mesma decisão, determinou-se uma Tomada de Contas Especiais (TCE), isto é, um processo mais rigoroso para quantificar em detalhes o dano financeiro, além de apurar novos responsáveis, se for o caso. Como os envolvidos no processo já esgotaram seus recursos de defesa, dificilmente terão novas provas que amenizem a penalidade, segundo informou uma especialista em auditorias especiais. VALOR DO MAIOR ESCÂNDALO DO ESPORTE BRASILEIRO: R$ 2,740 MILHÕES ATÉ AGORA

QUEM VAI PAGAR ESSA CONTA DO PAN? “O Consórcio Interamericano e os responsáveis pela licitação de serviços contratados para a Vila Pan-Americana dos jogos de 2007 deverão pagar R$ 2.740.402,54 milhões por superfaturamento ou apresentar defesa, em 15 dias”, afirmou o relator. Ricardo Leyser Gonçalves atual Secretário de Alto Rendimento do Ministério do Esporte

E VOCE AINDA APOIA OLIMPÍADAS NO BRASIL?