A Lei Orçamentária Anual

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
IDH Muito se fala sobre Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) dos países, entretanto, várias pessoas não conhecem os critérios utilizados para a realização.
Advertisements

Programa TEC NEP UM PROGRAMA CIDADÃO.
Seminário SANTA CATARINA ECONOMIA E MEIO AMBIENTE Macro diretriz: Aumentar, de forma sustentável, a competitividade sistêmica do estado Áreas de.
Prática de Ensino: Educação Básica
TEORIA ORÇAMENTÁRIA ANA MARIA JAHEL ANTUNES
À Secretaria Nacional de Segurança Pública compete: I - assessorar o Ministro de Estado na definição, implementação e acompanhamento da Política.
Ação Social do Governo do Estado de São Paulo
REGULAMENTAÇÃO DA EC 29.
23 de Março de 2009 Seminário 5 Anos do Novo Modelo Assimetria Tarifária.
Governo do Estado do Tocantins Secretaria da Educação e Cultura
ATUAÇÃO DOS AGENTES DO CONTROLE SOCIAL
O Cartório dos novos tempos
I Encontro Nacional sobre Tuberculose em Hospitais
Quem é o jovem brasileiro?
A Organização Política do Brasil
Plano Nacional de Educação para o decênio (PNE /2020)
Fonte:Elaboração da SPE/MF a partir da base de dados de Barro & Lee (2000)
Goiânia, 16 de dezembro de 2009.
(CONSOLIDAÇÃO DOS GRUPOS)
PROGRAMA AVANÇADO EM GESTÃO PÚBLICA CONTEMPORÂNEA
I Conferência Estadual de Desenvolvimento Regional Setembro 2012
Centro de Informações Estatísticas Núcleo de Indicadores Sociais e Ambientais Porto Alegre, 19 de Abril de 2011.
PLANEJAMENTO E COODENAÇÃO GERAL
MINISTRO GUIDO MANTEGA
Seminário O DESAFIO DA UNIVERSALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO NO ESTADO DE SÃO PAULO FIESP 2012.
República Federativa do Brasil ORÇAMENTO 2005 PROJETO DE LEI Brasília, 31 de agosto de 2004 Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão Ministro Guido.
Indicadores sociais e educacionais
Sistema de Informação de Custos do Governo Federal
CONCEITOS ORÇAMENTÁRIOS
EMPRESAS ESTATAIS FEDERAIS
% Fonte: PNAD Elaboração: IETS % % em 2006 Fonte: PNAD Elaboração: IETS.
Governo do Estado de Alagoas Secretaria de Estado da Educação e do Esporte Elaboração e Desenvolvimento: GPLAN/SGI-SEE Fórum Estadual de Acompanhamento.
Papel dos Municípios no Desenvolvimento Local
INDICADORES DE GESTÃO PÚBLICA
Profª.: Luciene 8ºP. Enfermagem.  CGU  TCU  Ministério Público Federal e estaduais  Tribunais de contas de Estados e Municípios  Conselho Nacional.
O Estado é grande, sua gestão é muito complexa e vivemos uma era de enormes desafios para o país.
Profª.: Luciene 8ºP. Enfermagem.  CGU  TCU  Ministério Público Federal e estaduais  Tribunais de contas de Estados e Municípios  Conselho Nacional.
Vinculações: Uma boa prática? os Prós os Contras o que fez a União as Possíveis Alternativas.
Capacitação em Eventos
Seminário Nacional de Gestão Estadual da Educação Profissional
MARCELA ARAUJO NOVEMBRO,2012
Estimativa dos Gastos Tributários no Brasil
Reynaldo Fernandes Amaury Patrick Gremaud Gabriel Ulyssea
Epidemiologia de Medicamentos – Mortalidade e Morbidade
Gestão da Saúde Pública
SIMPÓSIO SOBRE POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE
Panorama Descritivo da Economia Brasileira e Conceito Básicos
CONTRATO ORGANIZATIVO DA AÇÃO PÚBLICA DA SAÚDE E REGIONALIZAÇÃO Conselho Nacional de Saúde – setembro 2013.
Mas como medir a saúde da população?
BANCO INTERAMERICANO DE DESENVOLVIMIENTO
Indicadores socioeconômicos do Brasil.
Seminário Preparatório da Conferência Mundial sobre Determinantes Sociais da Saúde 5 de agosto de 2011.
TAXA DE CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
Prof. Gabriela LottaEDS Apresentação da disciplina Indicadores de Políticas Públicas.
Financiamento da Saúde Pública no Distrito Federal Helem Freitas Sérgio Francisco Piola Observatório da Saúde do DF (25/07/2013)
Contexto para a hipótese Não existe uma diretriz única de gestão pública para a oferta da educação municipal. Existem estratégias distintas de alocação.
Financiamento da educação superior estadual no Brasil: mapeamento da vinculação de recursos e da evolução dos gastos Cristina Helena Almeida de Carvalho.
LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL PLANEJAMENTO, CONTROLE, TRANSPARÊNCIA E RESPONSABILIZAÇÃO.
Conceitos. O Orçamento Público é uma peça de planejamento por meio do qual o governo estima as receitas que irá arrecadar e fixa os gastos que espera.
HISTÓRICO LUTAMOS DESDE 1990 PELOS DIREITOS DAS CRIANÇAS E DOS ADOLESCENTES EM TODO BRASIL Nasceu da sensibilização de um grupo de empresários do setor.
Relatório Sistêmico de Fiscalização da Saúde TC / Ministro Relator: Benjamin Zymler.
Urbanização Brasileira
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AO PLANEJAMENTO E AO ORÇAMENTO PÚBLICO.
O QUE PODEMOS ENTENDER A PARTIR DA ANÁLISE DOS DADOS DO IDEB? Londrina, 28 / 04 / 2014 Kátia Andrade Inez Silva Mestranda em Educação – UEL 1.
O sistema de proteção social brasileiro em direção a um modelo descentralizado Marta Arretche.
Residentes: Ana Djéssika Vidal (Economista) Bruna Ferreira (Administradora) Helder Marcos (Administrador) Suzane Rodrigues Gonzaga (Economista)
Wladimir António Ribeiro Manesco, Ramires, Perez, Azevedo Marques, Sociedade de Advogados Brasília, 5 de novembro de Audiência Pública: Formas de.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DE SANTA CATARINA SECRETÁRIO MARCO TEBALDI TRANSFERÊNCIA DE GESTÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL EM SC. REUNIÃO COM SDRs e GEREDs.
Planejamento Estratégico PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA Secretaria de Relações Institucionais Subchefia de Assuntos Federativos PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA SECRETARIA.
Desenvolvimento Regional e Governança. Diretrizes Estratégicas Redução das desigualdades regionais GOVERNANÇA REGIONAL - Realização de Seminário.
Transcrição da apresentação:

A Lei Orçamentária Anual Elaboração, Execução, e Acompanhamento Físico-financeiro VIII Seminário Rio-Grandense Sobre Orçamento Público 28-30/IV/2009

Secretaria do Planejamento e Gestão do Estado do Rio Grande do Sul 1. A ineficiência do Gasto Público Brasileiro. 2. Qual a esfera administrativa mais eficiente para o gasto em Educação? 3. Vinculações e obrigações : a eterna ilegalidade. Secretaria do Planejamento e Gestão do Estado do Rio Grande do Sul http://www.seplag.rs.gov.br/estadoscomparados

Agradecimentos Economista José Roberto Affonso Jornalista Cláudia Safatle Ex-ministro Delfim Netto FIESP ABOP Secretários : João Carlos Brum Torres Ariosto Culau Ana Severo Mateus Bandeira

1. A ineficiência do Gasto Público Brasileiro XII PRÊMIO DO TESOURO NACIONAL – 2007 3º lugar – Qualidade do Gasto Público Secretaria do Planejamento e Gestão do Estado do Rio Grande do Sul http://www.seplag.rs.gov.br/estadoscomparados

O foco do estudo A administração direta das unidades da federação nas funções: Educação, Saúde, Segurança Pública, Judiciária e Legislativa Obs.: O foco não é o das empresas públicas concessionárias de saneamento, energia, telefonia, rodovias, etc.

Por quê o foco do estudo A administração direta tem grande número de áreas separadas de atuação; Há dificuldades na definição da eficiência (medir os resultado dos serviços prestados); Os indicadores não são homogêneos; Há ausência de padronização, em âmbito nacional, do uso de indicadores tanto físico como financeiros; Serviços Públicos classificados de várias modos nas Funções da 4320.

Definições Insumos ou gastos (inputs): Resultados (outcomes): despesa total = correntes + capital Resultados (outcomes): o que impacta a vida do cidadão Obs: não confundir com os produtos ofertados (outputs)

Setor Privado Setor Público Lucro Colaboradores Fornecedores Clientes Bem-estar Colaboradores Fornecedores Contribuintes

Índice de Qualidade do Gasto Público IQGP = Nível de Bem Estar / Quantidade de Despesa Nível de Bem Estar= valor resultante da ponderação de indicadores sociais de resultado, que buscam retratar a atuação dos governos estaduais em determinada função. Todos os indicadores têm o mesmo peso na ponderação. Quantidade de despesa=valor ponderado da despesa per capita realizada pelos governos estaduais na função selecionada. 9

Índice de Qualidade do Gasto Público O Índice de Qualidade do Gasto Público - IQGP informa, comparativamente, o quanto é retornado em unidades de bem-estar social para a população, por unidade de insumo despendido pelo governo estadual na função orçamentária selecionada, no ano considerado. Assim, UF’s com maior IQGP obtêm um maior retorno na utilização de recursos públicos por apresentarem uma melhor qualidade do gasto público. São mais eficientes.

Índice de Qualidade do Gasto Público Funções dos Orçamentos Estaduais: Função Legislativa Função Judiciária Função Segurança Pública Função Educação Função Saúde Indicadores de Resultado Selecionados: projetos aprovados por deputado estadual casos julgados na justiça comum de 1º grau e em Tribunais de Justiça casos julgados nos Juizados Especiais homicídios roubos furtos óbitos por acidentes de trânsito abandono escolar na rede estadual de ensino fundamental e médio analfabetismo aprovação escolar na média de anos de estudo avaliação do ensino fundamental e médio –SAEB defasagem escolar gravidez na adolescência mortalidade materna baixo peso ao nascer cobertura de vacinação infantil expectativa de vida incidência de AIDS e tuberculose dengue mortalidade por suicídio 11

Índice de Qualidade do Gasto Público: Função Educação Análise dos Resultados para as Funções EDUCAÇÃO e SAÚDE: Unidades da federação com menor insumo (menor despesa per capita) apresentam melhor desempenho em termos de qualidade do gasto público. Por outro lado, aparentemente, a elevação da despesa tende a tornar os estados mais perdulários: o retorno obtido em termos de melhoria na qualidade de vida para a população não é proporcional ao aumento da despesa. Pode-se afirmar que, em ambas as funções, ocorre uma deseconomia* de escala nas unidades da federação com os maiores insumos. Ou seja, ao elevar seus gastos, os estados reduzem os cuidados e a virtude do “gastar bem”. *Deseconomia – ineficiência oculta ou complexidade no gerenciamento Função Saúde 0,08

IQGP das funções Educação e Saúde:

Índice de Qualidade do Gasto Público: Análise dos Resultados para a Função SEGURANÇA PÚBLICA: Verifica-se uma situação incomum: unidades da federação com maior gasto apresentam menores índices de retorno, ou seja, seus níveis de criminalidade e violência são maiores. Esse fato evidencia: maior probabilidade de que a distribuição encontrada na função Segurança Pública esteja mais relacionada à Teoria do Crime e menos em explicações econômicas; a quantidade de violência é bem maior nas unidades da federação mais urbanizadas (regiões Sul, Sudeste), com maior densidade populacional , com maiores níveis de renda e maior anonimato, conforme postula a Teoria do Crime e Teoria Situacional. (Gary Becker, Felson &Clarke) Função Segurança Pública

IQGP da função Segurança Pública:

Índice de Qualidade do Gasto Público: Função Legislativa Análise dos Resultados para as Funções LEGISLATIVA e JUDICIÁRIA: Observa-se acentuada dispersão das unidades da federação em termos do IQGP, o que não permite obter julgamento preciso sobre o desempenho dos governos das unidades da federação em ambas as funções. Esse fato evidencia: ou baixa relação entre os indicadores selecionados para a aferição do nível de bem-estar proporcionado por essas duas funções; ou que os serviços prestados em ambas as funções pelos governos de cada uma das unidades da federação variam muito em qualidade e custos para a população. Função Judiciária

IQGP das funções Legislativa e Judiciária:

Conclusões Educação e Saúde: UF’s com menor despesa per capita - apresentam melhor desempenho em termos de qualidade de gasto público. O grau de eficiência das UF’s é inversamente proporcional ao nível de despesa Deseconomia de escala - retorno em qualidade obtido com a elevação da despesa não é proporcional. Região Norte – pior desempenho Sul, Sudeste e Centro-Oeste - posição intermediária (exceto o DF) e melhores resultados que o Nordeste.

Conclusões Segurança Pública: Quanto maior a despesa, menor o índice de retorno (<IQGP), ou seja, maior a criminalidade e a violência Eficiência é inversamente proporcional à despesa Onde? Sul, Sudeste e DF - áreas mais urbanizadas, maior densidade demográfica , maior renda e anonimato (Teoria do Crime, Teoria Situacional)

Conclusões Judiciária e Legislativa: Dispersão acentuada do IQGP: Baixa relação com os indicadores selecionados ou Serviços prestados variam muito em qualidade e custos para a população.

Conclusões Lembrar: Diferenças geográficas tanto em relação à distribuição e tamanho da população como em relação ao tamanho do território Responsabilidade da nossa geração de melhorar esses indicadores Para ficar atento: SP e RS na melhoria da qualidade do Gasto ABOP - criar “recomendações” de classificação orçamentária

2. Qual a esfera administrativa mais eficiente para o gasto em Educação? XIII PRÊMIO DO TESOURO NACIONAL – 2007 Menção Honrosa – Qualidade do Gasto Público Secretaria do Planejamento e Gestão do Estado do Rio Grande do Sul http://www.seplag.rs.gov.br/estadoscomparados

A eficiência nas diferentes esferas de governo: Comparação com a Função Educação 2007 Insumo: Valor ponderado da despesa por aluno matriculado realizada pelos governos estaduais e municipais na função Educação. Resultado: Valor resultante da ponderação das notas obtidas pelos estudantes nas avaliações do Sistema de Avaliação do Ensino Básico - SAEB e Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM. 23

Função Educação 2007 na Rede Estadual de Ensino Público Conclusões: Grande dispersão das unidades ao longo da fronteira: não há correlação direta entre despesa e desempenho dos estudantes. Unidades com menor despesa apresentam melhor qualidade do gasto (eficiência). Elevação das despesas tende a resultar em diminuição da qualidade do gasto (ineficiência). 24

Função Educação 2007 na Rede Municipal de Ensino Público Conclusões: Dispersão das unidades ocorre ao longo da fronteira. Há correlação direta entre despesa e desempenho. A elevação das despesas resulta em acréscimo no desempenho dos estudantes. A elevação das despesas pode se dar de forma eficaz ou não. A deseconomia de escala parece ser uma razão para a ineficácia das unidades 25

Função Educação 2007 nas Redes Estadual e Municipal de Ensino Público Conclusões: A dispersão das unidades é uma média entre as redes estadual e municipal. A dispersão das unidades ao longo da fronteira sugere uma relação direta entre despesa e desempenho dos estudantes. A elevação das despesas pode se dar de forma eficaz ou não. 26

Comparação: Função Educação 2005 – 2007 nas Redes Públicas Estadual, Municipal e do Distrito Federal Conclusão: A função Educação mostra-se bastante inercial. No período analisado, o deslocamento relativo das unidades da federação, ao longo ou através da fronteira, não ocorre de forma excessivamente acentuada. 27

3. Vinculações e obrigações : a eterna ilegalidade Secretaria do Planejamento e Gestão do Estado do Rio Grande do Sul http://www.seplag.rs.gov.br/estadoscomparados

Vinculações e obrigações O conjunto da legislação: Vinculações constitucionais Obrigações legais O Federalismo enfraquecido 29

Vinculações e obrigações

Vinculações e obrigações O conjunto da legislação: Vinculações Constitucionais Obrigações Legais A Lei de Responsabilidade Fiscal O Acordo da Dívida Federalismo fracassado I: A União legislando sobre o Orçamento dos Estados, “forçando” despesas: PEC 29 Salário dos policiais militares Piso nacional dos professores Federalismo fracassado II: A reforma tributária centralizadora

Sugestões Elaboração de políticas públicas com foco nos resultados e desvinculação dos gastos orçamentários; Discussão anual, se for o caso, dos percentuais; Revisão das regras que consomem o orçamento no longo prazo (aposentadorias); Disseminação de informação sobre os serviços prestados pelos poderes Legislativo e Judiciário. TCEs elaborarem recomendações sobre a qualidade do gasto sobretudo para os Municípios Taxa de inativação de policiais militares e professores é superior a taxa de crescimento das receitas no longo prazo. Aposentadoria com salário integral. 32

Links Estados Comparados: http://www.scp.rs.gov.br/estadoscomparados/ Estudo Comparativo das Despesas Públicas: http://www.seplag.rs.gov.br/uploads/Estudo_Comp arativo_das_Despesas_Publicas_dos_Estados.pdf Trilhas Gaúchas: http://www.seplag.rs.gov.br/principal.asp?conteudo =indicadores&cod_texto=376&cod_menu_esq=123 Contato: jbrunet@seplag.rs.gov.br

Tabelas

Despesas Estados + Municípios 35

Despesas dos Estados

Despesas dos Estados

Média Mínima Satisfatória 200 200 300 300 350 375

Vinculações e obrigações

Rede Pública Estadual – SAEB e Prova Brasil - 2007 51

Rede Pública Municipal – SAEB e Prova Brasil - 2007 52

Comparativo Redes Públicas Estadual, Municipal e do DF – SAEB 2005 e 2007 53