TRATAMENTO CIRÚRGICO NA DISPLASIA DO DESENVOLVIMENTO DO QUADRIL

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DISPLASIA DO DESENVOLVIMENTO
Transcrição da apresentação:

TRATAMENTO CIRÚRGICO NA DISPLASIA DO DESENVOLVIMENTO DO QUADRIL Programa de Aprimoramento nas Disfunções Músculo-Esqueléticas TRATAMENTO CIRÚRGICO NA DISPLASIA DO DESENVOLVIMENTO DO QUADRIL

INTRODUÇÃO Luxação congênita de quadril (antiga) DDQ: Displasia acetabular isolada (raro) Luxação/subluxação (lateral e superior) Instabilidade Luxação/subluxação = displasia acetabular Instabilidade = displasia acetabular?

ETIOLOGIA Fatores mecânicos Frouxidão ligamentar induzida por hormônio (relaxina) Displasia acetabular primária Herança genética (70%)

INCIDÊNCIA 1:1000 5M:1H E > bilateral > D Primogênito > subsequentes Branco > negro Navajos / Chineses

DIAGNÓSTICO Do nascimento aos 2 meses Diagnóstico CLÍNICO : Teste de Ortolani (redução, seguida da luxação) Teste de Barlow (se o quadril é luxável)

DIAGNÓSTICO Ortolani Barlow

DIAGNÓSTICO Achados radiológicos: Podem não ser confiáveis no RN Deslocamento lateral e superior da cabeça do fêmur Excluir outras deformidades (ex Coxa vara) Linha de Hilgenreiner Linha de Perkins Linha de Shenton

DIAGNÓSTICO Entre três e doze meses Achados clínicos Exames de imagem Pregas assimétricas Encurtamento relativo do Fêmur (Galeazzi) Abdução limitada com 90º de flexão Rotação externa do MI (15-25º) Telescopagem Exames de imagem Ossificação da cabeça femoral retardada (normal= 4-6m) Migração latero-superior da cabeça femoral IA progressivamente mais raso

DIAGNÓSTICO

DIAGNÓSTICO Após a idade da marcha Achados clínicos Luxação bilateral Claudicação típica Trendelenburg positivo Luxação bilateral Espaço perineal alargado, trocânteres proeminentes e nádegas achatadas Hiperlordose deslocamento posterior da cabeça femoral e inclinação pélvica anterior

DIAGNÓSTICO

TRATAMENTO Início : o mais precoce possível Depende de 3 fatores: Tipo de luxação (teratológica ou típica) Duração da luxação (pré natal, perinatal ou pós natal) Grau de deslocamento da cabeça femoral

TRATAMENTO Do nascimento aos 2 meses de idade Manobra de Ortolani + manutenção da redução (perinatal) Tração + redução incruenta com anestesia (antenatal) Dos 3 aos 12 meses de idade Tração (iliopsoas, adutores) – deslocar a cabeça femoral Redução incruenta sob anestesia Manutenção da redução com aparelho gessado pelvipodálico (6sem + 1 mês para cada mês)

TRATAMENTO Caso uma redução concêntrica e estável não seja possível: Redução cruenta: Via medial (antes da marcha) Via ânterolateral (após marcha) Encurtamento femoral + redução aberta(pré-natal) Osteotomia femoral Correção da antetorção acetabular

OSTEOTOMIA DO OSSO INOMINADO (SALTER) Idade mínima: 1,5 ano (osso/enxerto fino) 3 a. (redução concêntrica e contenção – órteses) Limite de idade luxação 6 anos (Salter) 8-12 atualmente (Encurtamento femoral + osteotomia com redução) Sem limite na subluxação (quando houver congruência e redução )

OSTEOTOMIA DE SALTER Objetivo: Rodar o acetábulo mal direcionado e corrigir a antetorção estabilidade cobertura da cabeça femoral Acesso transverso sobre o acetábulo Inclinação inferior e lateral Enxerto ósseo triangular 2 fios de Kirschner

VANTAGENS Cobertura da cabeça femoral (cartilagem hialina) Crescimento inalterado do acetábulo

OSTEOTOMIA DE CHIARI 2ª opção Aprofunda o acetábulo → melhora a cobertura súpero-lateral Indicação: Luxação/sublução em crianças acima de 4 anos Quadris displásicos com osteoartrite Luxações paralíticas causadas por espasmos e debilidade muscular Legg-Calvé-Perthes

OSTEOTOMIA DE CHIARI secção transversal acima do acetábulo  Pelve inferior + fêmur são deslocados medialmente, e posteriormente, fixada Pelve superior = “prateleira”

OSTEOTOMIA DE CHIARI PO Consequencias: Vantagem: Aparelho gessado pelvepodálico com abdução de 20-30°, sem RI/RE e flexo-extensão, por 3 a 6 semanas Consequencias: TFL e gl. médios são dissecados parcialmente Estreitamento da pelve Braço de alavanca medial dos adutores Vantagem: Superfície de carga da cabeça femoral