Métodos Numéricos de Determinação de Raízes: Bisseção, Secante e Newton-Raphson Professor.: Heron Jr.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO - BACHARELADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Advertisements

O Método da Bissecção Prof. Marco Antonio Porto de Alvarenga.
Cálculo Numérico Computacional Prof. Linder Cândido da Silva.
IntroduÇão Vou apresentar aqui, neste portfólio, tudo que aprendi, ou pelo menos tentei aprender no decorrer desse 2º trimestre, que é em geral 2 itens:
POLINÔMIOS. Polinômio ou função polinomial na variável complexa x é toda função P: ℂ → ℂ definida por P(x) = a n x n + a n–1 x n–1 + a n–2 x n–2 +...
Universidade Federal de Campina Grande – UFCG Centro de Ciências e Tecnologias – CCT Unidade Acadêmica de Engenharia Química - UAEQ Universidade Federal.
Problema ξ1ξ1 ξ2ξ2 ξ3ξ3 a b x y f(x) Zeros de funções  Polinomiais: 1º grau: equação da reta 2º grau: fórmula de báskara N-ésimo grau: ?  Transcedentais.
Programa de Pós-graduação em Engenharia Química – Técnicas Numéricas Comp. Métodos numéricos para solução de sistemas não lineares Universidade do Estado.
1) Defina sequências numéricas.
RODOLFO SOARES TEIXEIRA OBMEP NA ESCOLA
Medições – parte I: Precisão.
Zeros reais de funções reais: Métodos da Bisseção; Newton-Raphson e Secante. Vamos considerar aqui o estudo de métodos numéricos para a resolução da equação.
CÁLCULO NUMÉRICO Aula 2 – Introdução ao Programa de Computação Numérica (PCN) e Teoria dos Erros.
CÁLCULO NUMÉRICO Aula 3 – Solução de equações transcendentes e polinomiais.
Bioestatística e Epidemiologia Aula 3: Medidas de Tendência Central
Sistemas de Controlo: Realimentação
DISTRIBUIÇÃO AMOSTRAL E ESTIMAÇÃO
AULA PRELIMINAR Revisão de funções Adm.Industrial Cálculo I
CÁLCULO NUMÉRICO Aula 7 – Integração Numérica.
Distribuições de Probabilidade
CÁLCULO NUMÉRICO Aula 1 – Introdução ao Programa de
Métodos de Pesquisa: Seqüencial e Binária
ADSD Introdução.
Zeros Reais de Funções Reais
CINEMÁTICA I AULA Nº 1 (2º/2016) Movimento Retilíneo Uniforme (MRU)
EAL ESTATÍSTICA, PLANEJAMENTO E OTIMIZAÇÃO DE EXPERIMENTOS
Método da Diferença Central
Introdução à Integral Definida
Distribuições de Probabilidade
CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
Métodos de Levantamento Poligonação
Métodos de Levantamento Poligonação
CÁLCULO NUMÉRICO Aula 4 – Solução de equações transcendentes e polinomiais (continuação)
ALGEBRA LINEAR AUTOVALORES E AUTOVETORES Prof. Ademilson
Laboratório 2 de Fundamentos de Física e Matemática Revisão das atividades do Lab anterior: Plot de Graficos – Maximos locais e globais.
Professor Rodrigo Menezes
Logaritmos.
Pontifícia Universidade Católica de Goiás Escola de Engenharia
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS
Afirmamos anteriormente:
Sistemas de Controle III N8SC3
Abordagem à previsão de fadiga térmica de matriz (AISI H13) utilizada para fundição de alumínio em alta pressão utilizando a equação Basquin e elementos.
Aplicações adicionais da derivada
Capítulo 04: Condução Multidimensional em Regime Permanente
de um número real positivo
Zeros de funções.
Aplicações adicionais da derivada
Introdução à Integral Definida
Introdução à Integral Definida
DISTRIBUIÇÕES AMOSTRAIS
Aula 07 – Matemática II – Agronomia Prof. Danilene Donin Berticelli
Capítulo 2 Conceito de função
O que você deve saber sobre
Introdução à Integral Definida
INTEGRAL DEFINIDA APLICAÇÕES
Derivadas Já definimos o coeficiente angular de uma curva y = f(x) no ponto onde x = x0. Chamamos esse limite, quando ele existia, de derivada de f em.
Função polinomial do 2ograu
Trabalho de Métodos Numéricos
Teoria de Perturbação de Muitos Corpos - MBPT
FUNÇÕES (Aula 7) MATEMÁTICA Prof.Rafael Pelaquim Ano 2011
Unidade 6 – Desenho da amostra Aspectos técnicos
Prof. Alexandre Monteiro Recife
Prof. Guilherme Alexandre Monteiro Reinaldo Recife
Exercício Zeros de Funções
Aula 4 de hidráulica II –determinação do diâmetro exato do rotor
Prof. Guilherme Alexandre Monteiro Reinaldo Recife
Método Iterativo Linear e Newton-Raphson
Equações Diferenciais
MATEMÁTICA.
MATEMÁTICA.
Transcrição da apresentação:

Métodos Numéricos de Determinação de Raízes: Bisseção, Secante e Newton-Raphson Professor.: Heron Jr

Motivação A busca por zeros de funções: - em diversas áreas da ciência, surgem modelos matemáticos definidos por uma equação do tipo f(x) = 0 Algumas funções podem ter suas raízes calculadas analiticamente, porém outras são de difícil solução ou de solução desconhecida (polinômios de ordem maior que 3, por exemplo), sendo necessário a solução por métodos numéricos Desejamos portanto encontrar um valor x para x tal que f(x) = 0 Iremos discutir métodos numéricos de implementação computacionalmente viável para encontrar um valor para x dentro de um intervalo com uma precisão razoável

Idéia central dos métodos Fase I Localizar ou isolar uma região que contenha a raiz e definir um valor aproximado inicial Fase II Refinamento ou seja melhorar sucessivamente a aproximação inicial obtida na fase I até se obter uma aproximação para a raiz real dentro de uma precisão e prefixada

Fase I Nesta fase fazemos uma análise teórica e gráfica da função f(x) O sucesso da fase II depende da precisão desta análise Usamos o Teorema de Cauchy: seja f(x) uma função contínua no intervalo [a, b] se f(a)f(b) < 0 então existe pelo menos um ponto x = x entre a e b que é zero de f(x) a prova deste teorema pode ser encontrada em [Guidorizzi, 2001]

Fase I : análise gráfica Figuras extraídas de [Ruggiero, 1996]

Fase I : análise gráfica se f(a)f(b) > 0 então podemos ter várias situações no intervalo [a, b]. Estas situações e a análise gráfica são discutidas com mais detalhes em [Guidorizzi, 2001] e [Leithold, 1994] Figuras extraídas de [Ruggiero, 1996]

Fase I : exemplo com processo i Figuras extraídas de [Ruggiero, 1996]

Fase I : exemplo com processo ii Figuras extraídas de [Ruggiero, 1996]

Fase I : Tabela de variação do sinal Figuras extraídas de [Ruggiero, 1996]

Fase II: refinamento Há vários métodos para refinamento da raiz Todos pertencem a classe dos métodos iterativos onde um conjunto de instruções é repetido formando cada passo ou ciclo Eles fornecem uma aproximação da raiz É importante: Definir o critério de parada Estudar a convergência e sua eficiência Convergência: Chegar a uma solução aproximada válida.

Critérios de parada Existem vários tipo de critérios de parada Analise do valor da funcao: Erro absoluto: Erro relativo: Limites do intervalo:

Fase II: método da Bissecção Usando-se o teorema já apresentado se f(a)f(b) < 0 então existe pelo menos um ponto x = x entre a e b que é zero de f(x) Divide-se ao meio o intervalo [a, b] sucessivamente até que (b-a) < e Cada novo xk = (ak + bk)/2 será o novo ak+1 ou bk+1 de modo a manter válido o teorema acima

Ex: Achar a raiz da equação no intervalo [2,3] com o erro absoluto

Fase II: método da Bisseção Vantagens: Simples Converge sempre Desvantagens: convergencia lenta

Fase II: método de Newton-Raphson Supondo uma aproximação x0 para a raiz de f(x), no ponto (x0, f(x0)) passa apenas uma única reta tangente, que é a derivada de f(x) em x0. Esta reta tangente corta o eixo x na coordenada x1,definindo por sua vez, o ponto (x1, f(x1)) Por este novo ponto também passa uma única reta tangente que corta o eixo x em x2. Esta nova coordenada define outro ponto (x2, f(x2)) que repete todo o processo x0,x1,... são aproximações cada vez melhores para a raiz da função, o Xk+1 pode ser obtido a partir do Xk através da função:

Fase II: método de Newton-Raphson (formulação e análise gráfica) Figuras extraídas de [Ruggiero, 1996]

Fase II: método de Newton-Raphson Convergência Caso se escolha x0 de forma que x1 saia do intervalo [a,b] o método poderá não convergir. Ex: Ache a raiz da equação para o erro relativo , ou seja:

Se Então x0=0,5

Fase II: método de Newton-Raphson Vantagens: Simples Rápida convergência Desvantagens: Nem sempre converge Necessidade de se conhecer a derivada da função Muito sensível à estimativa inicial Se a derivada for nula o método falha

Fase II: método da Secante Uma grande desvantagem do método de Newton é a necessidade de se obter f’(x) e calcular seu valor numérico a cada iteração Uma forma de se contornar este problema é substituir a derivada f’(x) pelo quociente das diferenças f’(xk) » ( f(xk) - f(xk-1) ) / ( xk - xk-1)

Fase II: método da Secante Figuras extraídas de [Ruggiero, 1996]

Fase II: método da Secante Vantagens: Simples Rápida convergência como o método deNewton e não necessita do conhecimento da derivada da função Desvantagens: Nem sempre converge Muito sensível à estimativa inicial Se a derivada for nula o método falha

Fase II: comparação entre os métodos apresentados O método da Bisseção sempre converge para uma solução O esforço computacional do método da bisseção cresce demasiadamente quando se aumenta a exatidão da raiz desejada Deve ser usado apenas para diminuir o intervalo que contém a raiz para posterior aplicação de outro método, como o método de Newton, por exemplo O método da Secante é uma aproximação para o método de Newton Ao contrário do método da Bisseção o método da Secante e de Newton podem não convergir

Fase II: comparação entre os métodos apresentados O método da bisseção é bastante simples por não exigir o conhecimento da derivada da equação em questão, porém possui uma convergência lenta O método de Newton é o que apresenta a convergência mais rápida, porém exige o conhecimento da derivada analítica da função em questão O método da Secante é mais lento que o de Newton, porém não exige o conhecimento da derivada analítica da função em questão