A hiperinflação húngara de 1945-1946 Georges Hegedus Matheus Dias Thiago Rabelo Vinícius Fernandes
Relevância As características excepcionais da hiperinflação húngara A ameaça da hiperinflação no Brasil no momento em que o artigo fora escrito Avaliação dos métodos empregados para a estabilização da hiperinflação na Hungria Indicação de possíveis medidas a serem tomadas no caso brasileiro
Introdução Alemanha Áustria Polônia China Hungria 1914 – 1923 1914 – 1922 1914 – 1924 1937 – 1949 1945 – 1946
Características da segunda hiperinflação húngara Evolução extremamente rápida; Foi a maior de todos os tempos; Teve a maior velocidade-renda; Deu-se durante conflito político interno; Ado-pengo antes da estabilização da moeda; Sua estabilização deu-se de maneira diferente.
As causas iniciais da hiperinflação Emissão monetária para financiamento da Segunda Guerra Mundial; Déficits do governo aumentava ainda mais a emissão monetária; Em apenas 1 ano os meios de pagamento aumentaram 14 vezes; Com o fim da Segunda Guerra, o sistema de cupons é suspenso;
Pengo Indexado Em 1945 os níveis de inflação estavam insuportáveis; Em 1º de janeiro de 1945 é introduzida uma moeda indexada chamada Ado-Pengo; Principal Indicador; Moeda de recolhimento de tributos Deterioração das Receitas Tributárias
Fracasso do Pengo Indexado Desvalorização do Pengo indexado; Despesas Governamentais cresceram consideravelmente; O Ado-Pengo passa ter função de papel-moeda comum; Maior emissão de moeda significou receita tributária menor; Meses Despesa Receita Rec./desp. X 100 Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. 1005 1146 1521 2339 3148 5293 146 172 214 202 171 332 14,5% 15,0% 14,1% 8,6% 5,4% 6,3%
O fim das hiperinflações É preciso entender melhor as causas; Modelo simplificado: p = w – q + m; Aumento das margens de lucro ou de salários acima da produtividade (fatores aceleradores): Excesso de demanda em relação à oferta (pleno emprego): inflação keynesiana; Estrangulamentos setoriais: inflação estrutural; Aumentos autônomos (monopólio e sindicatos): inflação administrativa; Redução da produtividade: inflação de custos.
Observações fator mantenedor agentes dispõem de instrumentos econômicos/políticos para manter participação na renda (INDEXAÇÃO); “Hiperinflações contêm as sementes de sua própria destruição” Quanto maior a inflação, menor o período de indexação; Reforma monetária somente elimina o fator inercial da inflação!
A Preparação da Estabilização Contexto: estava impossível garantir, através da emissão de moeda, o pagamento das despesas do governo; Reconstrução rápida do parque industrial; Grandes estoques de reserva; Transportes operando normalmente; Planejadores econômicos do PCH lançam o plano de estabilização. 4 passos
Passos (1) manutenção de uma taxa cambial fixa (elimina-se o fator inercial) (2) reforma monetária (recupera-se a base de arrecadação) com reduções orçamentárias (equilíbrio Rec. e Desp., eliminando-se necessidade de emissão de moeda) (3) OA e DA vão se ajustando sob efeito do mercado (4) redistribuição da renda vai se dando pelas forças de mercado
Estabilização de 1946 Fixação de preços e salários (níveis de 1938); Redistribuição de Renda; Reforma Tributária; Reforma de Salários do Funcionalismo Público; Câmbio Fixo; Emissão Monetária controlada; Oferta de Moeda ligeiramente menor do que a Demanda por Moeda; Aumento do Saldo de Reservas de Ouro e Dólar;
Dinheiro e Crédito na Estabilização O Pengo Comum perde totalmente o poder de compra. O Forint se torna a nova moeda da Hungria e meio de pagamento das dívidas do governo. Foram 3 os canais de emissão dos Forints: Compra do estoque de ouro e dólares; Emissão de moeda para cobrir o déficit; Crédito para o setor privado;
O Dia D 1º de agosto de 1946 Tributos = Gastos do Governo Banco Central proibido de emprestar para o Tesouro;