Reações de Hipersensibilidade Prof. Dr. Leonardo Sokolnik de Oliveira Instagram @professor_leonardo Twitter @professor_leo
Tolerância x Ativação Tolerância é definido como incapacidade de resposta ao antígeno próprio. É mantida por meio da tolerância central e periférica.
Ganhador do Nobel em 1960 sobre tolerância imunológica
Ativação dos linfócitos São sempre necessários dois sinais: Ligação do TCR (linfócito) com o complexo peptídeo (antígeno) + MHC da célula. Ligação do CD28 (linfócito) com o CD80 ou CD86 da célula.
Tolerância Central (Timo) Seleção positiva: sobrevivência de linfócitos cujo TCR se liga fracamente no MHC durante sua ontogenia no timo. Seleção negativa: apoptose de linfócitos que se ligam em proteínas próprias presentes no timo.
Seleção positiva e negativa
Tolerância periférica Ausência de co-estimuladores (CD80 e CD86) em condições normais nos tecidos. Ação de linfócitos T reguladores (CD25+) Foxp3 e GITR: moléculas intracelulares das células T reguladoras. Estímulo pela CTLA-4
Hipersensibilidades: Definição Hipersensibilidade se refere às reações excessivas, indesejáveis (danosas, desconfortáveis e às vezes fatais) produzidas pelo sistema imunológico normal. São responsáveis por uma grupo heterogêneo de doenças.
Classificação Tipo I – imediata ou anafilática Tipo II – citotóxica Tipo III – imunocomplexos Tipo IV – tardia ou mediada por células
Hipersensibilidade tipo 1 São alterações que ocorrem em um tecido imediatamente após a exposição a um alérgeno, o qual desencadeia liberação de grande quantidade de histamina pelos mastócitos.
Alérgenos Alimentares (ovo, peixe, frutos do mar, oleaginosas, corantes, gluten) Respiratórios (pólen, perfumes) Medicamentos (beta-lactâmicos) Cosméticos Insetos e animais (pelo de gato, picada de abelha, barata)
Alérgenos alimentares de rotulagem obrigatória no Brasil.
Hipersensibilidade tipo 1 Após contato com alérgeno ocorre ativação de linfócitos e produção de anticorpos do tipo IgE anti-alérgeno. 2. Estes anticorpos anti-alérgeno são capturados por receptores para fração Fc do IgE presentes nos mastócitos das mucosas. (sensibilização)
Hipersensibilidade tipo 1 3. Em uma posterior exposição ao mesmo alérgeno, estes irão se ligar aos anticorpos fixados na membrana dos mastócitos e causar a dimerização dos receptores Fc na membrana do mastócito. 4. Após a dimerização ocorre influxo de cálcio e a liberação de vesículas contendo grande quantidade de histamina.
Hipersensibilidade tipo 1 5. A histamina é liberada no tecido e liga-se aos seus receptores, causando: Vasodilatação Aumento de permeabilidade de vasos Produção de muco Contração de musculatura lisa dos bronquios Coceira, Tosse ou espirro. Diarréia
Reação de hipersensibilidade
Choque anafilático
Tratamento Anti-histamínicos polaramine, celestamine, prometazina (fenergan ®) Corticóides Betametaxona (diprospan ®), prednisona Bloqueador de receptor de leucotrieno Singulair ® Choque anafilático: Epinefrina
Testes diagnósticos clínicos: Prick Test
Testes diagnósticos clínicos: Patch Test
Testes diagnósticos laboratoriais Hemograma: aumento da contagem de eosinófilos. Dosagem de IgE: aumento da quantidade de IgE RAST: presença de IgE específica contra um alérgeno
Terapias de desensibilização Consistem na aplicação do antígeno desencadeador da alergia em grande quantidade para diminuir a hipersensibilidade e induzir tolerância. Resultados não são duradouros e existem efeitos colaterais do tratamento.
Referência
Referência
Hipersensibilidade tipo II Tipo de hipersensibilidade causada por auto-anticorpos. Estes auto-anticorpos podem interferir com a função do tecido ou causar a morte de células, devido à ativação de sistema complemento ou citotoxicidade.
Doença de Graves Anticorpo anti-receptor de TSH (TRAB), que estimula o receptor e causa hipertireoidismo. exoftalmia
Miastenia Gravis Anticorpo anti-acetilcolina, que bloqueia os receptores na sinapse, causando fraqueza muscular.
Anemia perniciosa Anticorpo anti-fator intrínseco, que destrói as células parietais do estômago, diminuindo a produção de fator intrínseco e consequentemente a absorção de vitamina B12. Anemia megaloblástica
Hipersensibilidade tipo III Causada pelo depósito de imunocomplexos antígeno+anticorpos que se depositam em tecidos (rins e articulações) causando inflamação.
Hipersensibilidade tipo IV Reação de hipersensibilidade tardia, causada pelo depósito de linfócitos e macrófagos no tecido. Dermatite de contato
Tipo de hipersensibilidade
Respondam minha pesquisa, por favor! Leonardounisa.wordpress.com