Servomecanismo N7SRV Prof. Dr. Cesar da Costa

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
1. CONTROLE AUTOMÁTICO SISTEMAS II
Advertisements

Controle Digital Prof. Cesar da Costa 1.a Aula – Variável de Processo.
Controle Digital - CDG Prof. Cesar da Costa
Controle Digital - CDG Prof. Cesar da Costa
Revisão de Controle e Servomecanismos
Controle de processos Apontamentos de aula 2.
Aula teórica 7: Realimentação de Sistemas
Aula 8 Disciplina: Sistemas de Controle 1 - ET76H
Projeto de sistemas de controle pelo Método do Lugar das Raízes
CONTROLE DE MALHA FECHADA
Controladores Single-loop e Multi-loop
Termodinâmica Avançada Prof. Dr. Vicente Luiz Scalon / 2006 Propriedades Termodinâmicas de Substâncias Puras Prof. Dr. Vicente Luiz Scalon.
Automação Industrial Trabalho de Introdução a Engenharia.
Critérios de desempenho via diagrama de Bode Laboratório de Sistemas de Controle - Critérios de desempenho via.
Amintas engenharia.
Conceitos Básicos Prof.: Nivaldo T. Schiefler Jr. / Edson H. Watanabe
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MATEMÁTICA PROJETO PIBEG Unidade IV Interpolação Polinomial.
Eletrotécnica II – Sensor de Efeito HALL
TABULAÇÃO DE DADOS AULA 3.
Germano Maioli Penello
Funções de Várias Variáveis
Cinemática de uma partícula
Lei de olho no Imposto.
Automação e Controle AUTOMAÇÃO E CONTROLE Professor Miguel Neto.
Razão e Proporção Matemática Prof. Alisson Ferreira.
Sistemas de Controle III N8SC3
CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL 3
Introdução O que é um sistema de controlo?
CONTROLE ESTATÍSTICO DE PROCESSOS
Critérios de desempenho
Sistemas de Controle III N8SC3
Ferramentas de Diagnóstico de Máquinas IMFDM
Vinícius Guilherme Hoffmann Aula 0 - Introdução
Sistemas de Controle III N8SC3
INTRODUÇÃO AO CONTROLE ESTATÍSTICO
Germano Maioli Penello
Prof. Wellington Franco
Sistemas de Controle III N8SC3
AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE DO PROCESSO
Organização de um Relatório

Função Profª. Carla S. Moreno Battaglioli
 USE OS QUADRADOS AMARELOS COMO GUIAS PARA O ESPAÇAMENTO DAS MARGENS E DOS TEXTOS ENTRE COLUNAS. DEPOIS APAGUE-OS ANTES DE ENTREGAR O ARQUIVO VALIDAÇÃO.
Conceitos Básicos de Automação Prof. Jeferson L. Curzel 2011/02.
1 Modelagem Matemática de Sistemas Dinâmicos 3.9. Gráfico de Fluxo de Sinais Linearização de Modelos Prof. André Marcato Livro Texto: Engenharia.
INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE DE BIOPROCESSOS
O que você deve saber sobre
Circuitos Sequenciais
Representação da Malha Fechada
Circuitos Sequenciais
MODELANDO SISTEMAS LTI NO DOMÍNIO DA FREQUÊNCIA.
Técnicas de orçamento de capital
CONTROLE DE BIOPROCESSOS
Sebastião Samissone Timba
O que você deve saber sobre
Modelagem Matemática de Sistemas Dinâmicos. 3. 9
CMC INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE SISTEMAS DE CONTROLE
Sebastião Samissone Timba
Aula 2 de hidráulica II – obtenção de parte das CCB
MODELANDO SISTEMAS LTI NO DOMÍNIO DA FREQUÊNCIA.
CONTROLE DE PROCESSOS MULTIVARIÁVEIS
- Considerando Restrições -
Circuitos Sequenciais
Ainda que sem máquina é um avanço.
JUROS & FLUXO DE CAIXA.
CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL 3
Servomecanismo N7SRV Prof. Dr. Cesar da Costa
Taxa de variação - Reta tangente - Derivada
Fundamentos de Controle Robusto via Otimização
Transcrição da apresentação:

Servomecanismo N7SRV Prof. Dr. Cesar da Costa 2.a Aula: Controladores para Servoacionamentos – Part 1

Diagrama de um servomecanismo

Servomecanismo

Controlador O controle em malha fechada refere-se àquele cujo sinal de saída possui um efeito direto na ação de controle. Estes sistemas são conhecidos também como sistemas realimentados e tal realimentação (feedback) tem a finalidade de reduzir o erro do sistema. Com o objetivo de tornar o sistema mais preciso e sensível às perturbações externas, o sinal de saída é geralmente comparado com um sinal de referência, chamado de set-point.

Controlador Utiliza-se o erro ou desvio entre estes dois sinais para gerar o sinal de controle que deve ser aplicado ao processo. O sinal de controle é gerado de maneira a corrigir este erro entre a saída e o set-point. O dispositivo que utiliza o sinal de erro para determinar ou calcular o sinal de controle a ser aplicado à planta recebe a denominação de controlador ou compensador.

Controlador PID Entende-se como controlador o dispositivo capaz de realizar determinadas operações matemáticas sobre o sinal de erro [e(t)], a fim de produzir um sinal [u(t)] a ser aplicado na planta. Com a função de satisfazer um determinado objetivo. Tais operações matemáticas constituem as ações de controle, que basicamente correspondem à ação liga-desliga (on-off), ação proporcional, ação integral e ação derivativa.

Controlador PID O controlador PID trabalha com os comportamentos do controlador PD e PI. O erro nulo em regime permanente esta relacionado com a precisão do sistema ocasionada pela ação integral. A ação integral é contrabalanceada com a ação derivativa, que tem como objetivo aumentar a estabilidade e tornar o sistema mais rápido.

Controlador PID O sistema PID é dado por:

Modos de Controle

Controle proporcional + integral + derivativo Resulta da associação dos três tipos de controle. Combinam-se dessa maneira as vantagens de cada um dos modos de controle. A técnica do controle PID consiste em calcular um valor de atuação sobre o processo a partir das informações do valor desejado e do atual da variável do processo. Este valor de atuação sobre o processo é transformado em um sinal adequado ao atuador (válvula, motor, relé), e deve garantir um controle estável e preciso.

Modos de Controle Controle proporcional + integral + derivativo

Modos de Controle Controle proporcional + integral + derivativo

Modos de Controle Controle proporcional + integral + derivativo

Modo de Controle PID P CORREÇÃO PROPORCIONAL AO ERRO A correção a ser aplicada ao processo deve crescer na proporção que cresce o erro entre o valor real e o desejado. I CORREÇÃO PROPORCIONAL AO PRODUTO ERRO x TEMPO. Erros pequenos mas que existem há muito tempo requerem correção mais intensa. D CORREÇÃO PROPORCIONAL À TAXA DE VARIAÇÃO DO ERRO. Se o erro está variando muito rápido, esta taxa de variação deve ser reduzida para evitar oscilações.

Modo de Controle PID A equação mais usual do PID é apresentada a seguir: Onde Kp, Ki e Kd são os ganhos das parcelas P, I e D, e definem a intensidade de cada ação.

Modo de Controle PID Controladores PID de diferentes fabricantes implementam a equação apresentada de diferentes maneiras. É usual a adoção do conceito de “Banda Proporcional” em substituição a Kp, “Tempo derivativo” em substituição a Kd e “Taxa integral ou Reset” em substituição a Ki, ficando a equação da saída do controlador da seguinte forma:

Modo de Controle PID Onde BP, TI e TD são “Banda Proporcional”, “Taxa Integral” e “Tempo Derivativo” respectivamente.

Sintonia de um Controle PID A bibliografia de Controle de processos apresenta diversas técnicas para sintonia, tanto operando o processo em manual (malha aberta), quanto em automático (malha fechada). A grande maioria dos controladores PID industriais incorporam recursos de “Auto Tune”, em que o controlador aplica um ensaio ao processo e obtém o conjunto de parâmetros do controle PID (BP, TI e TD) automaticamente.

Sintonia de um Controle PID Para a maior parte dos processos, este cálculo é adequado, mas em muitos casos, é necessária a correção manual para atingir um desempenho de controle mais satisfatório (menos oscilações, estabilização mais rápida, etc). Para efetuar manualmente a correção é fundamental a compreensão dos princípios apresentados. A seguir são apresentadas algumas diretrizes para otimização manual do desempenho de um controlador PID.

Corrigindo Manualmente um Controle PID Em muitos casos é necessário ajuste da sintonia, após a conclusão do “Auto Tune”. Este ajuste é manual e deve ser feito por tentativa e erro, aplicando uma alteração nos parâmetros PID e verificando o desempenho do processo, até que o desempenho desejado seja obtido. Para isto é necessário conhecimento do efeito de cada parâmetro do PID sobre o desempenho do controle, além de experiência em diferentes processos.

Corrigindo Manualmente um Controle PID As definições de um bom desempenho de controle são também bastante variadas, e muitas vezes o usuário espera de seu sistema uma resposta, que ele não tem capacidade de atingir, independente do controlador utilizado. É comum o operador reclamar que a temperatura, por exemplo, do forno demora muito a subir, mas o controlador está com a MV (variável manipulada) sempre a 100%, ou seja, não tem mais o que fazer para acelerar. Também as vezes o operador quer velocidade mas não quer “overshot”, o que muitas vezes é conflitante.

Corrigindo Manualmente um Controle PID Na avaliação do desempenho do controlador, é importante analisar o comportamento da PV (variável do processo) e a MV (variável manipulada), e verificar se o controlador está atuando sobre a MV nos momentos adequados. Coloque-se no lugar do controlador e imagine o que você faria com a MV, e compare com a ação tomada pelo controlador. Á medida que se adquire experiência este tipo de julgamento passa a ser bastante eficiente.

Corrigindo Manualmente um Controle PID

A Tabela 1 resume o efeito de cada um dos parâmetros sobre o desempenho do processo. BP TI TD

A Tabela 2 apresenta sugestões de alteração nos parâmetros PID, baseadas no comportamento do processo, visando melhorias .

Exercícios de Aplicação: 1) Observando o sistema de controle abaixo. Supondo-se que a faixa de medição do PT seja de 0 a 10 Kgf /cm² e que a pressão no reservatório seja 5 kgf /cm², a saída do controlador estará em 50%. Num dado momento, a pressão do reservatório aumenta para 6 kgf /cm² (60% da faixa), o que aconteceria com a saída do controlador? Sabe-se que o controlador possui banda proporcional igual a 125%. Determinar também a ação do controlador. Obs: A válvula é do tipo “Ar para fechar” (N/O ou AFA)_ Controle Proporcional. N/O - AFA Tipo Ar p/ fechar 5 Kgf/cm² 0 – 10 Kgf/cm² Saída do controlador Sc = 50%

Solução: Ação proporcional: (Ação direta) (Ação reversa) Onde: Sc = Saída do controlador; G = Ganho (constante de proporcionalidade entre o erro e o sinal de saída); E = Erro (diferença entre o set point e a variável de processo); B = Bias (polarização do controlador, sinal de saída para um erro nulo).

Pressão no reservatório: 5 Kgf/cm² 6 Kgf/cm² Dados: Válvula do tipo “Ar para fechar” (N/O ou AFA) A ação é proporcional reversa, pois como a válvula é do tipo “Ar para Fechar”, ou seja, N/O . É preciso aumentar Sc para fechar a válvula. Antes Num dado instante Pressão no reservatório: 5 Kgf/cm² 6 Kgf/cm² Sc Bias = 50% 50% (SP e B) 60% (PV) Sc =? SP=50%

Solução: Banda Proporcional = 125% = 1,25 Ganho: Ação proporcional reversa: (abertura direta para que a válvula feche)

Exercício 2: Supondo o controle mostrado na figura a seguir, considere: TIC com set point = 40% Range do TT = 0 a 100° BP = 80% Válvula = Ar para abrir (N/C) Taxa Reset = 1, 2 RPM (Repetição por minuto) Ação = ? Num dado instante, a temperatura de saída do produto está em 40°C e a saída do TIC = 50%. Nesse momento o set point do TIC é alterado para 50%. Qual o valor da saída do TIC, após decorrido 1 minuto? Considerar que durante este tempo não ocorrerá nenhuma variação de temperatura do produto.

Exercício 2: Figura:

Solução: Ação proporcional e Integral: Onde: Sc = Saída do controlador; G1 = Ganho proporcional; G2 = Ganho integral; TI = Tempo integral (minutos) E x dt = Erro vezes o tempo; B = Bias (constante).

Antes Num dado instante TIC SP = 40% SP = 50% Sc Bias = 50% Sc = 50% Dados: Antes Num dado instante TIC SP = 40% SP = 50% Sc Bias = 50% Sc = 50% Sc = ? PV PV = 40ºC

Solução : Ação = P + I (Proporcional e Integral) Obs: O controle proporcional é direto, pois a válvula é do tipo “Ar para Abrir” (N/C). É preciso aumentar Sc para abrir a válvula.

Solução :

Exercício 1:

Exercício 1:

Exercício 1:

Exercício 1:

Exercício 1:

Exercício 1:

Exercício 1:

Exercício 1:

Exercício 2: Realize o estudo apresentado anteriormente sobre Controle Proporcional, no Software MATLAB. Pesquise sobre o Controle Integral e o Controle Derivativo. Apresente um relatório contendo os códigos e gráficos impressos e uma discussão sobre as vantagens e desvantagens de utilizar estes modos de controle num Servomecanismo.