Qualidade do Ensino Superior na perspectiva da Multi/Interdisciplinaridade Nilton Oliveira nilton@ufsm.br Maria Estela Dal Pai Franco medalpaifranco@ufrgs.br.

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Transcrição da apresentação:

Qualidade do Ensino Superior na perspectiva da Multi/Interdisciplinaridade Nilton Oliveira nilton@ufsm.br Maria Estela Dal Pai Franco medalpaifranco@ufrgs.br Márcia de Barros marcia_barros@Hotmail.com

OBJETIVO Auxiliar as práticas estabelecidas nos cursos de graduação da UFSM dentro de uma concepção interdisciplinar.

METODOLOGIA - A análise da natureza qualitativa será baseada por meio de análise do conteúdo baseado em Bardin (1977). - Na abordagem qualitativa estão previstas estatísticas descritivas usadas em dados coletados, a partir da fala da entrevistada.

METODOLOGIA - Abordagem quali / quantitativa: (5) cursos de graduação na área de ciências da saúde. - Cursos: Terapia Ocupacional / Fonoaudiologia / Fisioterapia / Farmácia / Odontologia Partindo de 2 perguntas delineadoras

ANÁLISES - Cursos de Graduação Práticas estabelecidas nos cursos dentro de uma concepção interdisciplinar / ocorre: - se dá de forma transversal nos cursos. 75% dos professores afirmaram. - Nos eixos comuns das disciplinas durante as elaborações dos planos de ensino. 67% dos professores.

ANÁLISES - Nas conversas formais e informais sobre os conteúdos a serem trabalhados. 53% afirmaram. - Durante as práticas ocorridas dentro do HUSM. 39%. - Se dá no exercício do conhecimento em sala de aula. 21% afirmaram.

ANÁLISES -”A prática interdisciplinar ocorre na relação direta do conhecimento. O aluno necessita dos conteúdos da anatomia para trabalhar com as especificidades da área de Farmácia.” “O modo transversal dos conteúdos é a forma como compreendo que trabalhamos com a prática interdisciplinar. Nenhum ciência se sustenta sem o diálogo com outras disciplinas.”

ANÁLISES - Estamos conversando o tempo inteiro, trocando ideias, sejam no ensino, na pesquisa e na extensão. Isto é ou não é uma prática interdisciplinar?” “No hospital trabalhamos nos holdings os casos de cada paciente e as contribuições da diferentes áreas do conhecimento.

ANÁLISES - Não ocorre: - 25% dos professores afirmaram que na graduação não há prática interdisciplinar. - 22% afirmaram que a UFSM não estimula essa prática. - 13% afirmaram que desconhecem o que seria uma prática interdisciplinar.

ANÁLISES ”Há um isolamento das disciplinas teóricas, na prática a concepção é fragmentada. Há uma hegemonia do médico no conhecimento dentro do hospital. Pergunte aos colegas se eles sabem o que é isso?” “A universidade é mecanicista, engessada, sofre a influência dos milicos presentes na região. Não existe estímulos. Ela é departamentalizada, setorizada, verticalizada.

ANÁLISES ”Essa história de interdisciplinaridade é das ciências humanas. Trabalhamos com seres humanos de forma pragmática. Não temos tempo para filosofar.” Pergunta: há necessidade de produzir conhecimento a partir de uma prática interdisciplinar? - 77% afirmaram que sim. - 21% afirmaram que não.

ANÁLISES ”Há necessidade de romper com a tendência fragmentadora e desarticuladora do conhecimento.” “É uma forma de institucionalizar a produção do conhecimento, pluralidade de saberes e trocas de aprendizagem.” “Cada ciência produz seu conhecimento próprio.”

Considerações Finais A inópia de romper com a tendência fragmentadora e desarticulada do processo do conhecimento desculpa-se pela compreensão da importância da interação e transformação recíprocas entre as diferentes áreas do saber. Essa compreensão crítica colabora para a superação da divisão do pensamento e do conhecimento, que vem colocando a pesquisa e o ensino como processo reprodutor de um saber parcelado. Essa ação repercute na pós-graduação, na qual se constata uma incipiência nas propostas interdisciplinares. As muralhas departamentais são presentes nos cotidianos da IES. Há necessidade se construir novos paradigmas pedagógicos para que esses muros sejam rompidos. Deve haver uma nova articulação de novos modelos curriculares e na comunicação do processo de perceber as várias disciplinas, nas determinações do domínio das investigações, na constituição das linguagens partilhadas, nas pluralidades dos saberes, nas possibilidades de trocas de experiências e nos modos de realização da parceria.  

REFERÊNCIAS BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1977. BOGDAN, Robert C.; BIKLEN, Sari K. Investigação qualitativa em educação. Uma introdução à teoria e aos métodos. Coimbra: Porto Ed., 1994. CHIZZOTTI, Antônio. Pesquisa em Ciências Humanas e Sociais. 3ª ed. São Paulo: Cortez, 1998. FAZENDA, I. C. A. Interdisciplinaridade: história, teoria e pesquisa. 3. ed. Campinas: Papirus, 1998. FRANCO, M. E. D. P. ET alii. Universidade e Espaço da Ética na Pesquisa II: a voz de políticas internacionais e políticas públicas brasileiras. Projeto de Pesquisa cadastrado na UFRGS N º 15624 . Porto Alegre, PPGEdu/GEUIPesq junho de 2009. FRANCO, M. E. D. P.; RUBIN, M. O. Produção do conhecimento científico : interdisciplinaridade e redes de pesquisa. In FRANCO, M.E.D.P.; LONGHI,S.M.; RAMOS,M.G.G. Universidade e Pesquisa: espaços de Produção do Conhecimento. Pelotas, Editora: UFPel, RS, 2009, p. 175-188. ISBN 978-85-7192-600-4 GONSALVES, Elisa Pereira. Conversas sobre Iniciação a Pesquisa Cientifica Editora: Alínea. ISBN:  8575160028 2ª Edição - 2002 .80 pág GUSDORF, G. Des sciences de l’homme sont des sciences humaines. Strasbourg: Editrice de L’Université de Strasbourg, 1967. INEP- Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Censo de Educação Superior. Disponível em http://www.inep.gov.br/. Acessado em 02 de agosto de 2010. JAPIASSU, H. Interdisciplinaridade e patologia do saber. Rio de Janeiro: Imago, 1976. LONGHI, S. M. A face comunitária da universidade. Tese (Doutorado em Educação). Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 1998. MORIN, E. O Método I: a natureza da natureza. Porto Alegre: Sulina, 2005. PETRAGLIA, I. C. Interdisciplinaridade: o cultivo do professor. São Paulo: Pioneira; USF, 1993. REUNI. Relatório de Primeiro Ano, 2008. Brasília, MEC/SESU. 30 de outubro de 2009. Disponível em http://portal.mec.gov.br. Acessado em 02 de agosto de 2010. SOUSA SANTOS, B. A crítica da razão indolente: contra o