Avaliação e Intervenção do Serviço Social

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
1.
Advertisements

INTRODUÇÃO A EDUCAÇÃO E O IDOSO
A intersetorialidade no contexto do SUAS e do Brasil sem Miséria
O BPC na interrelação da previdência e a assistência social
UMA ALTERNATIVA NO CUIDADO DOMICILIAR
Papel de Coordenadores e Técnicos na Execução das Ações no PBSM.
Contexto Atual e Visão Futura do Hoje Novas Perspectivas de Atuação
Subsecretaria de Assistência Social e Descentralização da Gestão
Direito humano a alimentação adequada
Seminário Regional de Psicologia e Políticas Públicas: Perspectivas de Diálogo com o Estado O fazer da Psicologia e as Políticas Públicas SETAS.
PREFEITURA MUNICIPAL DE SAPUCAIA DO SUL
O Sistema Único de Saúde (SUS) foi criado pela Constituição Federal de 1988 para que toda a população brasileira tenha acesso ao atendimento público de.
Atividades (Como?) Atividades que promovam o desenvolvimento do convívio familiar, grupal e social; mobilização para a cidadania; Estimulem e potencialize.
Entidades de Assistência Social – Decreto 6308/2007
Políticas Públicas Municipais
“Entidades e organizações de assistência social”
Protocolo de Gestão Integrada
Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família
ELABORAÇÃO PROJETO SOCIAL.
Política Nacional de Saúde do Idoso
PLANO NACIONAL DE PROMOÇÃO, PROTEÇÃO E DEFESA DO DIREITO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES À CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA PLANO NACIONAL DE PROMOÇÃO, PROTEÇÃO.
Os Benefícios da Assistência Social no Contexto do SUAS
Participação Cidadã no PJU Síntese da Proposta
Seminário “Instituições de Longa Permanência para Idosos” POLÍTICAS PUBLICAS PARA IDOSOS: EXPERIENCIA DO PARANÁ DENISE RATMANN ARRUDA COLIN Coordenadora.
Alexandre de Araújo Pereira
“Avaliação e Intervenção do Serviço Social na Clínica do Idoso ”
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO NO CRAS/SUAS
ATRIBUIÇÕES PROFISSIONAIS
Rede de atenção Intersetorial
Política Nacional de Habitação
Modelo biologista e tecnicista hegemônico
Lei e as alterações no Estatuto da Criança e do Adolescente
SÃO SEBASTIÃO FEVEREIRO DE 2011 PLANO MUNICIPAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL.
O projeto profissional do Serviço Social do INSS
A prática do psicologo no CRAS
Animação Sociocultural
CUIDADOS PALIATIVOS PROF. LUCIA.
Fisioterapia Preventiva para o Idoso
Estratégia de Saúde da Família
UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO
Ações Estratégicas do PETI Contribuições do CadÚnico
A articulação entre os serviços da proteção social básica PAIF e SCFV
MAIO 2010.
Um Novo Olhar Saúde de Adolescentes em medidas socioeducativas de internação e internação provisória Fevereiro/2012.
A essencialidade da Gestão em Saúde Publica
TERRITORIALIZAÇÃO.
Composição dos Conselhos de Assistência Social
Centro de Referência de Assistência Social
O Assistente Social, como profissional de Saúde, tem como competências intervir junto aos fenômenos sócios-culturais e econômicos, que reduzem a eficácia.
A Interface a Proteção Social Especial e os Programas Socioeducativos SEDS – 25 de fevereiro de 2014.
OS DEZ DIREITOS SOCIOASSISTENCIAIS
REFERÊNCIA E CONTRARREFERÊNCIA
As redes socioassistenciais e as relações público-privadas Aula #4
Programa de Erradicação do Trabalho Infantil
ATUAÇÃO DE PSICÓLOGOS NO CRAS
Medidas Socioeducativas em Meio Aberto
Disciplina : Psicopatologia Professora: Luciana Monteiro
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
Idoso que recebe serviços de cuidado de longo prazo: Pessoa que reside temporária ou permanentemente em um estabelecimento regulado, seja público, privado.
POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
ASSESSORIA TÉCNICA. - Consiste em um conjunto de estratégias técnico-metodológicas (de articulação e mobilização social e de instrumentalização das equipes.
Serviço de Proteção em Estado de Calamidade Pública e Situação de Emergência Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - MDS X Fórum Nacional.
REDE DE SUPORTE FAMILIAR E SOCIAL DE PROTEÇÃO AO IDOSO.
Serviço Social no IPQ Implantado em 1971; Atualmente: 7 Assistentes Sociais; (16 em 1985). Atividades: Entrevistas na Triagem; Grupos de Admissão; Grupos.
Alunas : Angélica, Rosália, Leidian, Genilda e Edilma
DIREITO À ASSISTÊNCIA SOCIAL E PESSOA IDOSA
METODOLOGIA DE TRABALHO COM FAMÍLIAS
Transcrição da apresentação:

Avaliação e Intervenção do Serviço Social Cristiana Ferreira Assis Xavier Assistente Social Especialista em Gerontologia

ENVELHECIMENTO SOCIAL

“ Eu não tinha essas mãos paradas, frias e mortas; Eu não tinha esse coração que nem se mostra; eu não dei por essa mudança tão certa, tão simples, tão fácil; Em que espelho ficou perdido minha face? ” (Cecília Meireles)

Envelhecimento Social É um processo freqüentemente lento que leva à progressiva perda de contatos sociais gratificantes. É um processo que se inicia em algum momento da vida de um dado ser humano, acentua-se em diferentes ocasiões e, através de avanços e recuos nem sempre muito precisos, pode levar à chamada “morte social”.

INDICADORES São os chamados “sinais”ou “sintomas” do envelhecimento social, vejamos os principais:

Distanciamento social; Progressiva perda do poder de decisão; Progressiva diminuição dos contatos sociais; Distanciamento social; Progressiva perda do poder de decisão; Progressivo esvaziamento dos papéis sociais; Gradativa perda da autonomia e independência; Alterações nos processos de comunicação; Crescente importância do passado.

QUAIS AS PRINCIPAIS CAUSAS QUE PODEM ACELERAR ESSE PROCESSO?

Perda do poder econômico do idoso; Perda da autoridade; A fragilidade do próprio idoso; Perda do poder econômico do idoso; Perda da autoridade;

Degenerescências Físicas Dentre os fatores que contribuem para o envelhecimento social, convém destacar: O Meio Ambiente Degenerescências Físicas

Para qualquer idade, o ambiente exerce influência sobre os seus habitantes. O modo pelo qual cada indivíduo se sente em relação ao mesmo está diretamente relacionado aos seguintes aspectos:

Equipamentos sociais; A composição demográfica do meio ambiente; Expectativas da sociedade; Equipamentos sociais; Condições de moradia.

Quanto ao 2º fator, as mudanças que ocorrem ao longo do processo de envelhecimento, destacamos: Progressivo “enfeamento” é um processo lento e sutil, produto direto de transformações, deformações e perdas; Perdas sensoriais são as perdas ou diminuição da visão, audição, etc; Declínio da memória pode resultar no afastamento total dos membros da família.

Assistência Social X Idoso De acordo com a Lei Orgânica de Assistência Social -LOAS nº 8.742, 7 de dezembro de 1993, que regulamenta a Constituição de 88 (artigos 203 e 204): ARTIGO 1º “A Assistência Social, direito do cidadão e dever do Estado, é política de Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações, de iniciativa pública e da sociedade,para garantir o atendimento às necessidades básicas.” SUAS – SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL /CRAS

1. O Profissional : O assistente social é aquele profissional que atua na elaboração, junto ao paciente e seu entorno social, de estratégias de inclusão destes no usufruto de seus direitos e de mobilização para seu protagonismo e empoderamento. 2. A Intervenção : A intervenção do assistente social se dá a partir do conhecimento aprofundado do contexto sócio-econômico, cultural e familiar do cliente/família com a finalidade de possibilitar a elaboração do diagnóstico social, tendo em vista um plano de ação.

A intervenção do Serviço Social remete a reflexões e tomadas de decisão sobre os diversos aspectos que envolvem a saúde do idoso, acesso ao tratamento e garantia de seus direitos na participação desse processo.

Objetivo da Intervenção “Prestar assistência às situações problema, mas também promover a prevenção de problemas sociais, a reabilitação e a reinserção social de pessoas, grupos ou comunidades.” Queiroz e Lemos

Algumas variáveis relevantes a respeito da realidade do idoso: Meio Rural ou Urbano Classe Social/ O Poder Econômico e político O Grupo Profissional A Cultura A Ideologia Dominante

Procedimentos Metodológicos - Instrumentais: Entrevistas de avaliação e orientação com a pessoa idosa e familiares/representantes legais Acompanhamento e estudo interdisciplinar de caso Encaminhamentos – inserção na rede de suporte social Visita técnicas domiciliares e institucionais Trabalho com grupos: pessoas idosas, familiares, cuidadores

Avaliação Sócio-Familiar O Protocolo de Avaliação Sócio-familiar é um instrumental que possibilita ao profissional, dimensionar a demanda, a realidade e os recursos e estratégias já existentes. Na avaliação para intervenção sócio-familiar são considerados os seguintes aspectos sobre a realidade do paciente: Dados de identificação pessoal da pessoa idosa; Quadro clínico e história de vida; Identificação da demanda e solicitante; Ambiente físico/ Situação habitacional; Composição e dinâmica familiar; Situação financeira, previdenciária e assistencial do paciente e da família (residente e não residente);

Nível de autonomia e independência da pessoa idosa; Necessidades e recursos para assistência à pessoa idosa; Dados sobre o cuidador; Riscos sociais; Identificação do técnico, local e data da entrevista, observações gerais sobre o processo da entrevista; Parecer técnico.

A Família A Família A Família IDOSO IDOSO Relações Sociais prévias e atuais A Família História Laboral e a Aposentadoria O meio em que vive Situação sócio-econômica O meio em que vive Situação sócio-econômica

4. Encaminhamento a recursos e à Rede de Serviços Para o alcance aos serviços e recursos já existentes, o profissional deve facilitar o acesso e garantir a acolhida da demanda pelos serviços- “encaminhamento responsável”. Para tanto deve conhecer a rede sócio-assistencial do município e recursos disponíveis, aliando o nível de complexidade da necessidade à modalidade do serviço ou recurso dentro de uma perspectiva de rede e sistema intersetorial e descentralizado

Deve-se buscar uma intervenção que compreenda os indivíduos inseridos em seus contextos sócio-familiares; Contribuir para a divisão de responsabilidades entre o idoso, a família, o Poder Público

Garantias legais e órgãos de defesa de direitos: Promotorias, Delegacia, Conselho, Defensoria ou Serviços Jurídicos. Em termos de marcos legais, a legislação mais atual e fundamental utilizada é a Política Nacional do Idoso e o Estatuto do Idoso. Nessa legislação, para a intervenção do Serviço Social, podem ser destacados como principais bases para o trabalho, os seguintes pontos: Preservação dos vínculos familiares; Responsabilização das famílias; Direitos garantidos: fundamentais e de proteção; Qualidade e disponibilidade de recursos; Existência e articulação da rede assistencial: pública, privada, ONGs, famílias, rede solidária.

“Todas as ações em saúde do idoso, como o previsto na referida Política, devem objetivar ao máximo manter o idoso na comunidade, junto à sua família, da forma mais digna e confortável possível. Seu deslocamento para um serviço de longa permanência, seja ele um hospital de longa permanência, asilo,casa de repouso ou similar, pode ser considerada uma alternativa, somente quando falharem todos os esforços anteriores (Galinsky, 1993).”