Profa. Ms. Maria Bernardete Toneto

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Planejamento Estratégico metodologia
Advertisements

FORTALECENDO A INSTITUCIONALIZAÇÃO E OS CONCEITOS DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO NO BRASIL: uma agenda para todos Profa. Dra. Maria Ozanira da Silva e Silva.
Proposta da Rede Nacional Primeira Infância
PARCERIAS: COM QUEM FAZEMOS?
A ORTODOXIA DO DESENVOLVIMENTO ENDÓGENO
Formosa: Exercício de entender suas relações.
UMA ECONOMIA EMANCIPATÓRIA NA PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
PLANO DE GESTÃO.
DESCENTRALIZAÇÃO, AUTONOMIA DAS ESCOLAS E O NOVO PAPEL DOS GESTORES EDUCACIONAIS A COMUNIDADE ESCOLAR ASSUME A RESPONSABILIDADE DE CONDUZIR OS DESTINOS.
POR QUE PLANEJAR!.
Ministério da Cultura.
Ministério da Cultura.
AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR
Cidadania e Controle Social do Terceiro Setor
Plano Nacional de Cultura
FORO DE ECONOMIA SOLIDARIA Y COMERCIO JUSTO
Planejamento Estratégico
GESTÃO PARTICIPATIVA Nova tendência mundial de gestão empresarial embasada na valorização do conhecimento, circulação de informação e participação coletiva.
Plano de Auto-Formação Local Comissão Gestora.
Workshop HEN – Health Evidence Network São Paulo, 10 e 11 de abril de 2006 Ministério da Saúde do Brasil: Expectativas e Desafios.
Particularidade da Gestão no Terceiro Setor e Desenvolvimento Institucional em ONGs Carolina Andion.
GESTÃO ESCOLAR.
EXEMPLO DE FLUXO PARA O DESENVOLVIMENTO DE ANÁLISE CRÍTICA DO SGQ
COMPETE ES A proposta para a construção do Espírito Santo Competitivo – COMPETE-ES - tem como fulcro principal o conceito de COMPETITIVIDADE SISTÊMICA,
PRÊMIO GESTOR PÚBLICO Um estímulo à Administração de Resultados
PLANO DE CURSO E PLANEJAMENTO
O Livro e a Leitura nos Planos Estaduais e Municipais. Apresentação:
PERGUNTA-SE As escolas dão a devida atenção aos CONSELHOS DE CLASSE?
Histórico Até 2003 Projetos de Financiamento pelo PRONAF Cama e Café
Formas de Participação
Ministério da Cultura.
PROJETOS SOCIAIS IMPORTÂNCIA PARA A SUSTENTABILIDADE
Conceito de Cultura A Cultura é produto e meio da vida em suas
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE
Do Diagnóstico para o Prognóstico Hans Michael van Bellen 27/07/2012
Teorias Modernas de Gestão
Papel dos Municípios no Desenvolvimento Local
CONSELHO DELIBERATIVO DA COMUNIDADE ESCOLAR: A RELEVÂNCIA DE SEU PAPEL NA COORDENAÇÃO DO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DA GESTÃO DEMOCRÁTICA  
CONCEPÇÃO DE REDE INTERSETORIAL JUSSARA AYRES BOURGUIGNON
INSTITUCIONAL EXTERNA 2013
Design Bruno Amado Renan Sardinha Marco Aurélio Lobo 29 de maio de 2009.
Síntese das Conferências Estaduais - Berenice Rojas Couto
PROGNÓSTICO.
GESTÃO CULTURAL O caso de Ilha Solteira. REPRESENTATIVIDADE Gestores público e privados Classe artística Segmentos da Sociedade Civil.
Projeto de Inovação Equipe: Carmen Chaim Vanusa Vilarinho
Programa URB-AL Cooperação entre as cidades da América Latina e da União Européia.
Eixo 2: Estado, Políticas Públicas e Democracia 1ª PARTE
GESTÃO DEMOCRÁTICA E QUALIDADE NA EDUCAÇÃO BÁSICA: UM DESAFIO DOS CONSELHOS DELIBERATIVOS DA COMUNIDADE ESCOLAR.
Planejamento Estratégico
1° Encontro Intermunicipal de Escolas de Governo da Região de Sorocaba Roda de Conversa Março/2014.
Plano Estadual de Saúde e Planos Operativos Anuais – 2008 a 2011 Contexto, Alcances e limites Ou “A retomada do planejamento” II Mostra SES, 04/11/2008.
Fórum Brasileiro de Economia Solidária= FBES
COORDENADORIA DE GESTÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA
Planejamento: plano de ensino, aprendizagem e projeto educativo
Atuação dos agentes de Controle Social
Profº Wagner Tadeu TCA Aula 14
Uma estratégia para empresas e governos atuarem juntos por cidades mais justas e sustentáveis Fórum Empresarial de Apoio às Cidades Sustentáveis.
 Formado em economia política pela Universidade de Lausame, suíça. Doutor em ciências econômicas pela escola central de planejamento e estatística.
Coletivos Educadores são formados por um conjunto de instituições, pessoas e grupos atuantes na formação de educadores ambientais e integram o Programa.
MARÍLIA – 06/10/2010. AVALIAÇÃO NA MACRO REGIÃO CENTRO OESTE PAULISTA A PARTIR DE QUESTÕES FOCADAS PELO MS.
MUNICÍPIO DE CACHOEIRA DO SUL NÚCLEO MUNICIPAL DA CULTURA 2016 a 2025.
Mobilização Social nas PECs. Participantes: comunidade local – moradores, trabalhadores, entidades locais, especialmente aqueles já atuantes na comunidade.
Universidade do Estado da Bahia Curso: Licenciatura em Ed. Física Disciplina: Políticas Públicas de Esporte e Lazer Docente: Luiz Rocha Componentes: Adilton.
Fases Metodológicas do Planejamento Social
Revisita ao PPP.
O papel pedagógico do órgão gestor
Evolução do Sistema de Avaliação da Educação Superior Brasília - maio de 2014 João Carlos Pereira da Silva Presidente da CONAES.
Sistema de Garantia de Direitos Redes: um sistema de incompletudes.
Relatório de Avaliação do Sistema de Educação de Santa Catarina promovido pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico - OCDE Governo.
A AGENDA 21 Profª MS. Milena Beatrice Lykouropoulos.
Transcrição da apresentação:

Profa. Ms. Maria Bernardete Toneto Gestão de Projetos.2

ORIENTADO PARA A REALIZAÇÃO DE METAS INCLUI ATIVIDADES RELACIONADAS TEM DURAÇÃO LIMITADA É SINGULAR INTERVÉM SOBRE OS DESTINATÁRIOS É IRREGULAR, FOGE DA “ROTINA” PRODUTOS FINAIS ALTERAM SENTIDOS E EMOÇÕES

CONCEITOS E MODELOS DA ATIVIDADE CULTURAL dos anos 1960 aos 2000

ANOS 60 Animação ANOS 70 Disseminação ANOS 80 Apropriação ANOS 90/2000 Gestão Modelo francês Conservar o patrimônio Fomentar as Belas Artes Divulgação Cultural Ativar Reconhecer Recombinar Ênfase no cidadão Recolhe, inventaria, conserva e difunde a cultura hegemônica Democratizador Hibridismo Reconhecer, apropriar-se Reconhecer o outro Potencializar o público existente nas classes populares Ter acesso à cultura Diversas formas de cultura Atenção à pluralidade Processos de reapropriação Fazer nascer Criação de sentido Centralista Ação vertical Disseminar Descentralizar Ação horizontal Não há identidade sem transformação da identidade e intercâmbio com outras entidades Potencializar os usos sociais da cultura Potencializar a participação Cultura: única e nacional Identidade “pura” Identidade como sinônimo de si mesmo Constatar as diferentes culturas regionais Identidade como sinônimo da diversidade Institucionalizar a cultura por cartografias culturais Necessidade de equipamentos DIRETOR INTELECTUAL Empresas culturais ADMINISTRADORES CULTURAIS Reconstrução das identidades ARTICULADOR CULTURAL Programas de formação GESTOR CULTURAL

Ação nos processos mas não na cultura Sistema clássico Surgimento de atos e criações culturais se dá de forma espontânea e imediata, sem necessidade de intervenções. Por isso, é impensável pensar em processos de planejamento, orientação e apoio nas dimensões culturais. Ação nos processos mas não na cultura Processos são condições que possibilitam a realização de uma criação cultural como a formação, pesquisa, fomento, planejamento, gestão, financiamento Cultura é gestionável É possível fazer gestão dos processos de reprodução, transmissão e recepção. Gestionar processos é gestionar a cultura.

CAPITAL SIMBÓLICO CULTURAL Construção de discursos, identidades e significados CAPITAL SOCIAL Organização Criação de redes Desenvolvimento comunitário Redes de gestão CAPITAL POLÍTICO Participação Tomada de decisões Representação CAPITAL ECONÔMICO Aporte ao PIB Economia Criativa

Cenário da gestão de projetos culturais Foco no resultado Foco na redução do prazo Pressão por controle e transparência Expectativa de comunicação real

Centralidade no funcionamento tradicional e piramidal ADMINISTRAÇÃO GESTÃO Centralidade no funcionamento tradicional e piramidal Avaliação sobre o procedimento Responsabilidade pública, sujeita aos procedimentos, normas e leis Centralidade na capacidade de promover inovação sistemática do saber e sua aplicação na produção ou no resultado Exige autonomia e, em consequência, auto- responsabilidade pelos resultados

PROBLEMAS QUE IMPEDEM UMA BOA GESTÃO FALTA DE PESSOAS ADEQUADAS FALTA OU USO INADEQUADO DE RECURSOS FINANCEIROS EXCESSIVA DEPENDÊNCIA DOS INVESTIMENTOS OU PROGRAMAS OFICIAIS, O QUE REPERCUTE NA AUTONOMIA ESCASSA PARTICIPAÇÃO DE ARTISTAS, GESTORES E DA COMUNIDADE EM GERAL FALTA DE INFORMAÇÃO, COMUNICAÇÃO E INTERAÇÃO COM OS ATORES CULTURAIS POUCO CONHECIMENTO DOS MARCOS JURÍDICOS PRÁTICAS ANTIDEMOCRÁTICAS FALTA DE AVALIAÇÃO E CONTROLE DE GANHOS PROBLEMAS QUE IMPEDEM UMA BOA GESTÃO

SITUACÃO ATUAL SITUAÇÃO FUTURA Situação com problema Situação sem problema PROJETO É uma construção a partir da realidade, que deve refletir passo a passo a forma como resolveremos uma necessidade ou problema ou aproveitar uma oportunidade

Capital tangível versus capital intangível Gestão financeira? Gestão do capital intelectual? Gestão do capital cultural?

Como medir?

Gestão cultural dos municípios Plano Nacional de Cultura (2 ed., 2006) Como os municípios brasileiros classificam a cultura na organização da gestão pública.

72% - a Cultura é administrada por uma Secretaria que contém seu nome e de outras áreas 12,6%- a Cultura é um setor subordinado a uma secretaria que não leva seu nome 6,1% dos municípios brasileiros a Cultura é subordinada diretamente ao Executivo 4,2% têm uma Secretaria municipal exclusiva para Cultura 2,6% dos municípios a Cultura depende de uma fundação pública. 2,4% não há uma estrutura específica que atenda o setor cultural (Plano Nacional de Cultura, 2.ed., p.59)

Em 570 deles, o Conselho realizou alguma reunião. Somente em 13,2% das cidades existe um Conselho na área de Cultura: são 734 municípios. Em 570 deles, o Conselho realizou alguma reunião. Na maioria deste último subgrupo (570), as reuniões tiveram periodicidade: mensal (249), mais espaçada, de 2 a 6 por ano (144), ou irregular (147). Uma ínfima minoria - 30 municípios, 0,5% do total no país - realizou reuniões mais frequentes (2 ou mais por mês). Em 461 desses 570 municípios com Conselho de Cultura reunindo-se, este é paritário (com participação dos vários atores culturais). (Confederação Nacional de Municípios)

Indicadores ou realidade?

Indicadores – mensuráveis Como medir as complexidades das realidades - inserção do Brasil na globalização, o horizonte de um desenvolvimento sustentável e a identificação dos sujeitos desses processos. Produção biopolítica - produção da própria vida social, onde há uma interação crescente entre o econômico, o político e o cultural (Hardt; Negri, 2001: 13).

“Os atores sociais e os movimentos sociais são cada vez mais substituídos no mundo de hoje pelos sujeitos pessoais e pelos movimentos culturais”. TOURAINE, Alain. Um novo paradigma: para compreender o mundo de hoje. Petrópolis, RJ: Vozes, 2006.

Desafio Conhecer as necessidades culturais e os imaginários sociais acerca de cultura dos diversos segmentos sociais na realidade em questão, informações estas que, combinadas com indicadores "técnicos", são fundamentais para o êxito da gestão

Gestão do capital intelectual e capital cultural Como fazer a gestão do capital intelectual e do capital cultural, em suas variadas formas de mensuração como vantagem competitiva para a instituição. Meta principal: agregação de valor aos seus produtos e serviços e ainda o aperfeiçoamento na difusão do conhecimento e cultura, assim como aumento do seu valor no mercado e garantia de sobrevivência institucional. Cultura como recurso econômico impõe novos paradigmas na forma de valorizar o ser humano e na forma de valorizar uma organização, pois geram benefícios intangíveis que alteram o patrimônio.

Alcances e conceitos da gestão Idéias que surgem do processo criativo de um artista ou grupo, determinado pelos seus códigos pessoais, sua formação ou busca artística. Projetos de organizações ou instituições cujo escopo é determinado pela sua missão ou finalidade em relação ao desenvolvimento cultural ou social. Em ambos os casos, os projetos vêm em resposta a situações de contexto onde estão inseridos. Seu sucesso depende da conexão, o que lhe dá sua razão de ser e características principais.

Concepção e formulação Concepção - Corresponde ao processo de pesquisa e diagnóstico da realidade, de onde surgem os objetivos e a estratégia para alcançá-los. Formulação - Corresponde ao planejamento específico da iniciativa a ser desenvolvida, que resultará em um projeto de contorno contido em um documento escrito .