Perspectivas do ensino das ciências

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
o que fazer, para quê, porquê, como e quando.
Advertisements

O discurso na sala de aula de Matemática
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES
Matemática para todos Educação Básica
Escola Superior de Educação
Preparado por: Dr. Constantino W. Nassel
Síntese das problemáticas Desafios Recomendações
PROGRAMA DE FORMAÇÃO PROFESSORES COORDENADORES
LUGAR DA FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFESSORES
- Universidade e sociedade - A extensão universitária - Graduação e extensão
Governo do Estado do Tocantins Secretaria da Educação e Cultura
Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil
AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS INTELIGÊNCIA COLETIVA, DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL, TECNOLOGIAS E ACESSO À INFORMAÇÃO CONCLUSÃO Desde o surgimento das organizações,
RELAÇÕES ENTRE ABORDAGENS DE APRENDIZAGEM E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
Em conformidade com as Orientações Oficiais
PLANO DE TRABALHO DOCENTE
RELAÇÕES: PEDAGOGIA, EDUCAÇÃO ESCOLAR E DIDÁTICA
Apresentação dos Conteúdos Programáticos
Feiras e Mostras em Ciências, Cultura e Tecnologia
DESAFIOS COLOCADOS À ESCOLA PORTUGUESA
serviço de psicologia e orientação (spo) rita raposo
Jornadas do LIP - Dezembro de 2001 A Física das Partículas... A Escola Secundária... -Como surgiu o meu interesse pela Física das Partículas - A Física.
MetodologiaTrabalhoeProjecto Projecto é um plano com um conjunto descritivo de acções, instrumentos e componentes necessários à concretização de um produto.
Desenvolvimento Curricular
A escola sustentável: apresentação da proposta aos professores da escola Zavaglia (09/02/2012)
SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Departamento do Ensino Secundário
APRENDER POR PROJETOS. FORMAR EDUCADORES Pedro Ferreira de Andrade
A ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS
O PLANEJAMENTO ESCOLAR
SABERES DOCENTES Quem é o formador de médicos? Que perfil tem ou necessita ter este formador? Que saberes ou conhecimentos necessitam estar presentes.
Démarche de Referencialização Trabalho Prático de Cariz Cooperativo Metodologia de Resolução de Problemas.
I Encontro de Orientandos Curso Ciências Sociais – Universidade Federal de Rondônia.
CONCEPÇÕES DE ENSINO ENSINO FECHADO ENSINO ABERTO.
Sessão De Trabalho Na Universidade de Caxias do Sul, RS Brasil
A EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
Trabalhando com Grupos
A APRENDIZAGEM DOCENTE EM FOCO
Programa de Formação Contínua em Matemática para Professores dos 1
O aluno elaborando conceitos
EMPREGO DOCENTE - FORUM FENPROF, LISBOA 30 de JANEIRO DE 2008 Perspectivas de mudança (desejável) nas escolas Manuela Esteves Professora, Faculdade de.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS PROFESSORA: LILIAN MICHELLE
Os conteúdos, as metodologias e as formas de avaliação deverão ser organizados de tal forma que ao final do ensino médio o educando demonstre domínio dos.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS PROFESSORA: LILIAN MICHELLE
Universidade Federal do Ceará Faculdade de Educação
A FORMAÇÃO DO ENFERMEIRO: CURRÍCULO DE ENFERMAGEM
INICIAÇÃO À DOCÊNCIA PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DA MATEMÁTICA CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSO ESPECIALIZAÇÃO EM TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO.
A Educação Matemática como Campo Profissional e Científico
Perguntas de Modelação
SÓCIO POLÍTICO Preocupada com a função social da Educação Física que se pratica na escola. Procura compreender o ser humano em sua totalidade e ainda.
Antoni Zabala – Capitulo 1,2 e 3
POSITIVISMO Doutrina filosófica de Augusto Comte ( ), segundo a qual a verificação pela experiência é o único critério da verdade. (Mini Dic. Aulete.
A PRÁTICA EDUCATIVA Antoni Zabala.
Matemática Aplicada às Ciências Sociais
REESTRUTURAÇÃO CURRICULAR DOS CURSOS TÉCNICOS
Situação de Aprendizagem
Investigar, ensinar e aprender
(Notas João Filipe Matos, 2004)
SOFTWARES EDUCACIONAIS – CÓD PROF. MSC. RONNISON REGES VIDAL.
SAÚDE RENOVADA Essa abordagem vai ao encontro do movimento biológico higienista, entretanto o que difere é a participação de todos nas atividades, além.
Tendências atuais ou pós LDB: interacionistas/ cognitivistas
Aprendizagem da matemática
Área de projecto/educação para o empreendedorismo 1 ÁREA DE PROJECTO vs EDUCAÇÃO PARA O EMPREENDEDORISMO “Ter Ideias para Mudar o Mundo” 2009/2010 Escola.
Apresentação ApresentaçãoApresentaçãoApresentação.
Matriz de avaliação processual
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATU SENSO ESPECIALIZAÇÃO EM TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO NA PROMOÇÃO DA.
Transcrição da apresentação:

Perspectivas do ensino das ciências

Neste trabalho pretende-se abordar novas orientações para o ensino das ciências e como estas se podem projectar num novo pensar do currículo. Começamos por referir a mudanca conceptual, enquanto referência histórica na evolução da Didáctica das ciências, desenvolvendo-se uma perspectiva( em construção) correspondendo às exigências actuais no âmbito da Educação em ciência.

O estado da arte O Movimento das Concepções Alternativas: Questiona a Aprendizagem Por Descoberta; Confronto de ideias com ideias; Abandono de um empirismo ingénuo; Construção de conceitos; Ilusão da descoberta.

Perspectiva de Ensino Por Mudança Conceptual (EMC) Perspectivas construtivistas da aprendizagem; Sujeito idiossincrático (situações contextuais concretas) -Transporta e transforma informação em saberes(crucial na aprendizagem); -Tem responsabilidade acrescida; -Envolvimento cognitivo, atitudinal e emocional São indispensáveis para a mudança de ideias e de saberes através de (re)construções sucessivas.

Privilegiam-se as contruções prévias, uma vez que são elas que filtram, escolhem, descodificam, assim como (re)elaboram informações que o sujeito recebe do exterior.

O EMC Apoia-se em perscpectivas construtivistas da aprendizagem: A actividade do sujeito consiste em organizar a informação com vista a uma reorganização do conhecimento, ao mesmo tempo que modifica as suas estruturas mentais, actividade exigente e cognitivamente complexa. Os processos do pensar podem estar: - Em continuidade(captura conceptual); - Em ruptura conceptual( troca conceptual); Estes processos são difíceis de definir, mais ou menos lentos e eventualmente dá-se a mudança qualitativa dos conceitos.

Papel do professor O Professor passa a ser o organizador de estratégias intencionais; Poderá : - sugerir e referir propostas alternativas às dos alunos; -Provocar-lhes dúvidas e vacilações; - Incentivar a interacção cognitiva entre os alunos; - Ajudá-los na construção da forma de como devem pensar os conceitos científicos.

Induzir a alteração dos conhecimentos; Ajudar o aluno a esforçar-se, ser cognitivamente persistente; Capaz de promover a mudança dos seus saberes prévios; No EMC é tentar compreender, como mudam os conceitos. “ Aprender a pensar “ O esforço pessoal e individual dos alunos, ainda que com a intervenção do professor, este permite-lhes darem saltos qualitativos na sua reorganização cognitiva.

No EMC o papel do erro A necessidade de errar ajuda: - ultrapassar de forma compreensiva a situação; - reconhecimento do porquê do erro; - o significado do erro. O professor deve partilhar com o aluno o risco de errar “ se o aluno não errar não pode avançar” Estimula no aluno: - O exercício do pensar; -A sua conquista por esforço próprio Ajuda-o desta forma a desnvolver novas atitudes face às dificuldades.

Reflexão crítica em torno do EMC valoriza - O domínio cognitivo. Desvaloriza - O domínio afectivo que hoje é determinante na aprendizagem; - Os percursos e os contextos sociais e culturais da construção do conhecimento.

uma perspectiva emergente há uma visão académica do ensino das ciências(mais relevante do ponto de vista educacional) que se contrapõe à apresentada anteriormente. Está ligada aos interesses quotidianos e pessoais dos alunos, socialmente e culturalmente situada e é geradora de uma maior motivação; a discussão que se procura nasce na discussão dos alunos com a ajuda do professor; envolve efectiva e cognitivamente os alunos; não tem respostas prévias; sem conduções muito marcadas pela mão do professor;

caminha para soluções provisórias; mais humanizada; mais cultural; mais perto do homem de amanha; o seu objectivo primordial é a compreensão da ciência, da tecnologia e do ambiente, das relações entre umas e outras e das suas implicações na sociedade e, ainda, do modo como os conhecimentos sociais se repercutem nos objectos de estudo da ciência e da tecnologia;

a sua finalidade é que a Educaçao em ciencia deixe de se preocupar somente com a aprebnizagem de um corpo de conhecimentos da ciencia, mas antes garantir que tais aprendizagens se tornarao uteis e utilizaveis no dia-a-dia - nao numa perspectiva meramente instrumental mas sim numa perspectiva de acçao; contribui para o desenvolvimento pessoal e social de todos os jovens; segundo Ziman (1994) a Educaçao CTS pode traduzir-se numa multiplicidade de abordagens, vistas como complementares, cada um delas procurando introduzir os alunos num aspecto particular da ciencia do seu contexto social; destacam-se as abordagens: -transdiciplinares; - historicas; - sociais; - epistemologicas; - problematicas (esta ultima tem sido a abordagem mais seguida pois é a que mais aproxima a ciencia, a tecnologia e a sociedade).

experiencias de ensino CTSA levadas a cabo em vários países e muitos dos resultados já alcançados, mostram ser esta uma aposta com futuro e uma via promissora em termos de maior motivação dos alunos, de melhor preparação destes para darem uma resposta mais adequada aos problemas científico-tecnológico do mundo contemporâneo e ainda de desenvolvimento de formas de pensamentos mais elaboradas. Tenha-se em conta: - num ensino CTSA a aprendizagem dos conceitos e dos processos decorre de situações-problema cuja solução se procura alcançar; - o ensino CTSA ultrapassa uma lógica estritamente disciplinar uma vez que a diversidade de dimensões a explorar, geralmente contida nos problemas, o exige; - num ensino CTSA as situações-problema não são a chamada "resolução de problemas clássica", nem simplificações da realidade, em que as variáveis isoladas umas das outras para melhor serem compreendidas.

podemos destacar alguns aspectos tidos como fulcrais e que permitem enquadrar o novo currículo para o ensino das ciências: -uma concepção epistemológica (que na sua transposição didáctica passa a estar marcada por perspectivas da Nova Filosofia da Ciência, centrada na vertente externalista, valorizando contextos de descoberta e não só de justificação); -uma Historia da Ciência ( que não pretende ficar-se apenas pela compreensão da controversa cientifica da época, muito menos pela perspectiva heróica, mas projecta-la nas suas consequências futuras);

- uma concepçao de Aprendizagem ( que tenha em atençao conhecimentos no dominio da Psicologia da Aprendizagem enrepuecidos com contributos de outras areas do saber como a Psicologia Cultural, a Antropologia, as Neurociencias e a Inteligencia Artificial,...; valorizando as dimensoes cultural e social do conhecimento e afastando-se portanto de posiçoes construtivistas radicais); - as Problematicad Etico-Sociais ( constituem-se num aspecto central da nova perspectiva de ensino das ciencias que aqui se vem tentando esboçar - Ensino Por Pesquisq - embora se pressinta as dificuldades e os obstaculos a vencer para vingarem num novo curriculo).  

Condições de mudança Objectivo: (Re)estruturar e mudar as perspectivas de ensino, desenvolvendo um trabalho de formação de exigência continuada. O professor: - ajudar e não dirigir; - compreender mais as dificuldades do que resolvê-las; - incrementar estratégias com os alunos;

- ajudar a desenvolver actividades de resposta possível ás dificiculdades; - estimular o aluno a repensar e a reflectir, passo a passo, os seus próprios caminhos e fontes de trabalho. Os professores são fundamentais na reforma educativa, assumem-se duas ideias-chave para a promoção da mudança, ou seja, para a construção de um novo quadro curricular.

A primeira – os professores só poderão ensinar aquilo que eles próprios compreendem. O ensino Ciência-Tecnologia-Sociedade-Ambiente é uma via ainda muito recente e que rompe com o ensino tradicional. Investigar o que pensam os professores de ciências, compreender o que pensam do seu incremento e diagnosticar os bloqueios com que se confrontam.

A segunda - confirmação que a concepção, desenvolvimento e avaliação de qualquer programa de ensino é fortemente condicionada pela formação científica dos professores ao nível da componente da especialidade da docência, que se reflecte na competência profissional dos mesmos.

O aluno: Passa a desempenhar atitudes de responsabilidade partilhada e cooperativa; Valoriza as suas capacidades de intervenção e de assumir tarefas; A aprendizagem dos conceitos surge, assim, como necessidade vinda de fora da ciência, mas assumida pelos alunos ao procurar respostas possíveis.

Para que o processo de desenvolvimento do currículo possa vir a ter sucesso: - Necessidade e existência de um Centro de Recursos da Escola; - espaço de troca e de partilha entre professores e alunos. - A utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) no âmbito da didáctica das ciências; - explorar aspectos, simulação, modelação, interactividade, movimento e perspectiva tridimensional.

Conclusão O currículo é um instrumento fundamental ao serviço dos professores que têm: De tomar em mãos; Dar-lhe vida; Modificá-lo; Reconstruí-lo; Valorizando os saberes de todos os intervenientes(desde prof., alunos, pais, autarquias….); Ao serviço dos cidadãos.

Trabalho elaborado por: Docente: Anabela Ramalho Discentes: Catarina Oliveira Nº 2007437 laetitia Veiga Nº 2007184 Turma 1