MEDIAÇÃO DE CONFLITOS À LUZ DOS DIREITOS HUMANOS: UMA ALTERNATIVA PARA A CULTURA DE PAZ NO AMBIENTE ESCOLAR.

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São aqueles que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, intelectual, mental ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem.
Gestão Escolar Compartilhada Por Oneida Abadia Alves de Carvalho Secretária Municipal de Educação de Perdizes.
Transcrição da apresentação:

MEDIAÇÃO DE CONFLITOS À LUZ DOS DIREITOS HUMANOS: UMA ALTERNATIVA PARA A CULTURA DE PAZ NO AMBIENTE ESCOLAR.

ONDE PODERMOS ENCONTRAR A MEDIAÇÃO DE CONFLITOS? Onde há conflitos: Mediação de Conflitos no Ambiente Escolar Mediação de Conflitos Familiares Mediação de Conflitos Comunitários Mediação de Conflitos Coletivos Mediação feita pelos escritórios judiciários Mediação de Conflitos à Luz dos Direitos Humanos

A Mediação Coletiva à Luz dos Direitos Humanos pode ser compreendida como um instrumento para o exercício da cidadania ativa, a partir da construção de um diálogo entre pessoas, grupos, associações etc, buscando alternativas de resolução de conflitos para garantia de direitos.

A MEDIAÇÃO COMO MEIO E NÃO COMO FIM EM SI MESMA. “A mediação pode favorecer uma reorientação das relações sociais, a novas formas de cooperação, de confiança e de solidariedade; formas mais maduras, espontâneas e livres de resolver as diferenças pessoais e grupais” CHRISPINO

Cidadãos(ãs) não nascem feitos(as), surgem na luta, no conflito social que,dependendo de seu encaminhamento, pode produzir uma democratização das relações sociais.

A Mediação mais do que um método de “solucionar” conflitos, é também uma forma de impedí-los no futuro. Seus objetivos: Repensar os conflitos; A prevenção de conflitos; A inclusão social e a paz social.

O que se propõe com a Mediação de Conflitos como instrumento para a prevenção da violência? Apresenta uma visão positiva do conflito. Constrói um sentimento mais forte de cooperação e fraternidade na escola. Cria sistemas mais organizados para enfrentar problema divergência. Pode melhorar a qualidade das relações entre os atores escolares e melhorar “clima escolar”. Conseqüências nos índices de violência contra pessoas, vandalismo, violência contra o patrimônio, incivilidades, etc.

MEDIAÇÃO DE CONFLITO N0 AMBIENTE ESCOLAR A escola é o espaço que a sociedade acredita ser o ideal para reproduzir os valores tidos como importantes para sua manutenção. Desgaste do tecido social Família em crise= delegação à escola Escola preparada para lidar com alunos de formato padrão Desestruturação da instituição escolar: perda do poder aquisitivo dos professores, escola sem estrutura de trabalho, arquitetura escolar,falta de profissionalização de gestores etc.

MEDIAÇÃO DE CONFLITO N0 AMBIENTE ESCOLAR Como a escola lida com a violência e o violento? Homogeneizaçâo é exercida através de mecanismos disciplinares. Dificuldade de conviver com a diferença.

A Não Violência é a atitude ética e espiritual do homem forte que reconhece a violência como a negação da humanidade e que decide recusar submeter-se ao seu domínio. (Muller)

Principio da Não Violência A não violência não pressupõe, portanto , um mundo sem conflitos. Não tem como projeto político construir uma sociedade na base da unicamente da confiança (pressuposto a proximidade). A organização da vida em sociedade não se baseia na confiança, mas na justiça.(instituições, elaboração de leis que forneçam modalidades práticas de resolução de conflito social). ( MULLER)

O processo de mediação passa pelo trajeto da culpa à responsabilidade, ou seja busca-se deixar de sempre atribuir culpas ao outro, livrando-se de qualquer participação naquele conflito para encontrar a responsabilidade de cada um por aquele momento. A mediação encontra-se fundamentada na solidariedade humana e na comunicação

Alteridade: Condição indispensável para a Cultura de PAZ Para a cultura de paz a mediação de conflitos é um dos instrumentos, de como bem administrar os conflitos surgidos entre os membros da instituição. A mediação estimula a paz e possibilita que o seu conhecimento seja levado para além dos muros escolares, sendo praticado na comunidade em que vivem as(os) estudantes, professoras(es) e funcionárias(os). Para uma cultura de paz, se faz necessário o reconhecimento do Outro como sujeito de Direitos.

A EDUCAÇÃO PARA A CULTURA DE PAZ “A educação para a paz é um processo que dura toda nossa vida, permeia todas as idades, seu campo de atuação é por essência complexo e multifacetado. Além de acontecer nas escolas, tem que estar presente em nosso cotidiano: nos meios de comunicação, nas relações pessoais, na organização das instituições, no meio da família”. Laura Gorresio Roizman

EDUCAÇÃO PARA A PAZ E MEDIAÇÃO DE CONFLITOS: TUDO A VER! “A educação para a paz é fundamental para resolver conflitos de forma madura e saudável, visto que eles fazem parte do cotidiano de todas as pessoas, em todos os tempos e lugares. É também uma oportunidade de darmos suporte emocional aos envolvidos, demonstrando o valor da confiança nas pessoas e nos processos que levam à paz”. Laura Gorresio Roizman

Preparar-se para o futuro... Bases de acordos no ambiente escolar – Faz-se necessário elaborar / (re)configurar os acordos vigentes na escola, a fim de promover uma outra relação frente às situações de conflitos. Improvisação: Muitas vezes, apesar de ter bases de acordos, a prática / forma de resolver os conflitos são improvisadas, gerando desconforto / descontentamento e sensação de fracasso frente às problemáticas apresentadas. Nesse sentido muitos conflitos não chegam a ser resolvidos adequadamente, gerando situações graves de violências.

A educação para a paz aprende-se. A paz cultiva-se. A paz ensina-se para se tornar um hábito, um costume, uma cultura, uma necessidade absoluta...

Cultura de Paz e proposta pedagógica A proposta pedagógica é a identidade da escola: estabelece as diretrizes básicas e a linha de ensino e de atuação na comunidade. Ela formaliza um compromisso assumido por professores, funcionários, representantes de pais e estudantes e lideranças comunitárias em torno do mesmo projeto educacional. Conclui-se então que: A proposta de Cultura de Paz, longe de ser apenas um elemento a mais na dinâmica educacional, deve ser um compromisso assumido pela escola como um todo, fazendo parte de sua agenda política.

Estamos preparados para a construção de uma Cultura de Paz? Quais os Desafios que encontramos para a construção dessa cultura?

“A utopia está lá no horizonte; me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos; caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais o alcançarei. Para que serve, então, a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar”. Eduardo Galeano: