FDUNL Teresa Pizarro Beleza 2007/2008

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Prof. Ms. José Nabuco Filho
Advertisements

CULPABILIDADE - Reprovabilidade pessoal da conduta ilícita;
Favorecimento Pessoal
2008/2009 Filipe Nogueira da Silva Miguel Antunes Ana Rita Calvão
Acórdão do Tribunal da Relação de Guimarães de
Introdução ao Direito II
Responsabilidade civil da Administração
FALTA DE CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE
1 Homicídio qualificado por comissão por omissão Ana Martins nº1289 Margarida Ormonde nº 1253 Tânia Silva nº /05/2009 Teoria do Crime.
Doutrina da CNPD.
FDUNL Teresa Pizarro Beleza 2007/2008
DIREITO PENAL II Formas especiais de cometimento da infracção FDUNL Teresa Pizarro Beleza 2006/2007.
A RESPONSABILIDADE DOS ADMINISTRADORES
O elemento subjetivo da responsabilidade civil
O TIPO PENAL NOS CRIMES CULPOSOS
AÇÃO PENAL.
DIREITO PENAL I TEMA 03: QUANDO HÁ CRIME?
EXCLUDENTES DE ILICITUDE
DIREITO PENAL I TEMA 03: QUANDO HÁ CRIME? PROF.: ANA PATRÍCIA E MAURÍCIO WEB-TUTORA: MAÍRA BOGO.
DIREITO PENAL I TEMA DA AULA: TEMA 03: QUANDO HÁ CRIME?
Curso de Formação de Soldados Parte 04
Curso de Formação de Soldados Parte 01
TEORIA CRIMINAL DA PENA
Capítulo 6 Organização.
RELATÓRIO DA AÇÃO GOVERNAMENTAL Relatório da Ação Governamental 2004 Subsidia à Assembléia Legislativa no processo de alocação de recursos, baseado.
30/03/2017.
FDUNL Teresa Pizarro Beleza 2006/2007
Profº Carmênio Barroso
CONCURSO DE CRIMES Há concurso de crimes quando o agente ou agentes, com uma ou mais condutas, realizam mais de um crime. Aplica-se a pena de acordo com.
Profº Carmênio Barroso
Profº Carmênio Barroso
Concurso de pessoas Jurisprudência.
Teoria do Crime FDUNL 16 de Abril de 2009.
Conhecimento Científico Noutros conhecimentos...
DIREITO PENAL I OBJETIVO DA AULA:
DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA E ARREPENDIMENTO EFICAZ
ESTATUTO DISCIPLINAR DOS TRABALHADORES QUE EXERCEM FUNÇÕES PÚBLICAS
Hebreus 7 A Aliança Superior
ENUNCIAR AS PRERROGATIVAS DE AUTORIDADE DA PE EM CASO DE DETENÇÃO.
O ACESSO À INFORMAÇÃO DE SAÚDE
Culpabilidade Prof. Ms. José Nabuco Filho
Tipo culposo José Nabuco Filho.
1 2 Observa ilustração. Cria um texto. Observa ilustração.
Top. Esp. em Teoria e Análise do Discurso
1.
CALENDÁRIO SEXY Ele & Ela. CALENDÁRIO SEXY Ele & Ela.
José Nabuco Filho Tipo culposo. Introdução É a inobservância de um dever de cuidado que produz um resultado típico previsível. Pune-se a conduta mal dirigida.
Profº Carmênio Barroso
Profº Carmênio Barroso
LEI PENAL NO TEMPO A regra geral em direito é a aplicação da lei vigente na época dos fatos, é o que se chama atividade da lei penal (tempus regit actum).
TEMA DA AULA: TEORIA DO TIPO ERRO DE TIPO
RESPONSABILIDADE CIVIL
Profº Carmênio Barroso
DIREITO PENAL PARTE GERAL II
DIREITO PENAL TEORIA DA LEI PENAL
Profº Carmênio Barroso
O PLÁGIO Seminário: Métodos de Trabalho.
Direito Penal Parte Geral.
TIPICIDADE.
Profº Carmênio Barroso
DIREITO PENAL - PARTE GERAL I
CRIME DE ABUSO DE AUTORIDADE
DIREITO PENAL - PARTE GERAL I. VALIDADE DA LEI PENAL NO TEMPO  INTRODUÇÃO  Em regra: a lei penal tem por objeto apenas comportamentos cometidos durante.
Penal I Teoria do Crime.
Profº Carmênio Barroso
CONCURSO DE PESSOAS.
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS CRIMES EM ESPÉCIE
LESÕES CORPORAIS.
DIREITO PENAL II CRIMES NEGLIGENTES
Transcrição da apresentação:

FDUNL Teresa Pizarro Beleza 2007/2008 DIREITO PENAL II TEORIA DO CRIME Formas especiais de cometimento da infracção FDUNL Teresa Pizarro Beleza 2007/2008

COMPARTICIPAÇÃO AUTORIA PARTICIPAÇÃO

Autoria Imediata, singular, directa: Parte Especial. Mediata (por intermédio de outrem): Artº 26. Co-autoria (conjuntamente com outros): Artº 26.

Participação Instigação - Artº 26 Na concepção tradicional, instigação é Autoria moral. Sem ela, não teria havido crime. Mas artº 26, embora mande punir “como autor”, reconhece acessoriedade da instigação (“desde que haja … começo de execução”). Ver Ac. STJ 96 -Instigaç. H. Actos execução (Instigado denuncia “encomenda” à polícia). Cumplicidade - Artº 27

Autoria mediata/Instigação Ver Ac. TRP 04 - Instig. -Aut. Mediata – Crime de condução sem habil. legal (Pai que convida filho de 12 anos a conduzir o automóvel, a seu lado). Extensão dos conceitos, e fronteira entre eles, é discutível: “por intermédio de outrem” “determina outrem…”

Autoria/Cumplicidade Essencialidade da ajuda – critério tradicional – não é o que distingue (co)autoria da cumplicidade (excepto quanto a pena!!!). Mas saber se toma parte na execução ou não.

Instigação/Cumplicidade Mas já carácter determinante da contribuição “moral” distingue cumplicidade moral da instigação!

Cumplicidade Duplamente dolosa. Acessória em relação à autoria. Subsidiária da autoria. Pode consistir na prática de actos preparatórios.

Artº 26 CP - Autoria É punível como autor quem executar o facto, por si mesmo ou por intermédio de outrem, ou tomar parte directa na sua execução, por acordo ou juntamente com outro ou outros, e ainda quem, dolosamente, determinar outra pessoa à prática do facto, desde que haja execução ou começo de execução.

  Artigo 27.º Cumplicidade 1 - É punível como cúmplice quem, dolosamente e por qualquer forma, prestar auxílio material ou moral à prática por outrem de um facto doloso. 2 - É aplicável ao cúmplice a pena fixada para o autor, especialmente atenuada.

AUTORIA Conceito causalista de autor: quem dá causa (essencial) ao crime. Conceito subjectivo de autor: autor é quem age no seu próprio interesse (animus auctoris). Conceito restritivo, formal, de autor: autor é quem executa o facto. Conceito formal/funcional de autor: autor é quem detem o domínio do facto durante a execução.

Domínio do facto Quem age sozinho: Autoria singular. Quem instrumentaliza outrem: Autoria mediata. Induzindo-o em erro; Coagindo-o; Utilizando executores fungíveis. Quem co-domina o facto juntamente com outros: Coautoria.

Artigo 28.º Ilicitude na comparticipação 1 - Se a ilicitude [crimes específicos pp] ou o grau de ilicitude [crimes específicos impp] do facto dependerem de certas qualidades [ex. funcionário] ou relações especiais do agente [ex. parentesco], basta, para tornar aplicável a todos os comparticipantes a pena respectiva, que essas qualidades ou relações se verifiquem em qualquer deles, excepto se outra for a intenção da norma incriminadora.

Artº 28 Entre coautores. De participante para autor? De participante para participante? De Autor para Participantes, artº 28 não é preciso!!! Funciona a normal acessoriedade: Autor e suas qualidades (e aquilo que ele faz) são o que define o tipo que é preenchido!

2 - Sempre que, por efeito da regra prevista no número anterior, resultar para algum dos comparticipantes a aplicação de pena mais grave, pode esta, consideradas as circunstâncias do caso, ser substituída por aquela que teria lugar se tal regra não interviesse.

Artigo 29.º Culpa na comparticipação Cada comparticipante é punido segundo a sua culpa, independentemente da punição ou do grau de culpa dos outros comparticipantes.

Bibliografia TPB: Ilicitamente Comparticipando… DIAS, J. F. (2007) Direito Penal, 2ª ed. Helena MORÃO: Instigação em cadeia... Henrique SALINAS Teresa SERRA: RPCC Conceição VALDÁGUA