8°SENAED – Seminário Nacional ABED de Educação a Distância Mini-curso Competência em Educação a Distância Integrando saberes Profa Dra Léa Depresbiteris leateris@uol.com.br
Temas - questões O que são competências? Que relações existem entre competências, capacidades e habilidades? Como integrar os recursos cognitivos para mobilizar competências? Que estratégias de ensino e recursos podem tornar mais significativa a aprendizagem no EaD? Como lidar com atitudes e valores como dimensões das competências?
Desenho original de Bridget Riley.
JOGO DO ZENIT POLAR Zenit Polar é um código, no qual algumas letras são trocadas por outras. Esse tipo de codificação foi utilizada na Segunda Grande Guerra Mundial. POLAR corresponde a ZENIT. Logo, cada letra de uma palavra de Zenit corresponde cada letra de Polar. Veja se você consegue decifrar essa mensagem em Zenit Polar. Osctovi e sou celcoare de cemzorolcai Ebtagidi, Noi
Competência Saber- agir Saber-saber Saber-fazer Saber-ser Saber- conviver
Competências? Habilidades? Atitudes? Aptidão?
Quino
Quino
Abordagem de aprendizagem Transmitir Informações Construir Competências Exposição Mediação Ensinar para acumular conhecimento Ensinar para agir de modo consciente e ético
Competências e natureza do trabalho Auxiliar de enfermagem Fonte: Maria Auxiliadora C.Christófaro
Competências identificadas para o auxiliar de enfermagem – eixos da prática Promoção da saúde e prevenção de agravos Comunicação e registros Bases tecnológicas para o cuidado de enfermagem em diferentes situações clínico-cirúrgicas Prontidão em ações e procedimentos de enfermagem nas situações de urgências e emergências Organização do próprio trabalho Organização coletiva do trabalho
Competência Orientar-se espacialmente, de modo a localizar-se física e mentalmente, por meio de referenciais e comunicação adequada.
Saber-fazer (ações) Saberes (conhecimentos) Saber-ser (atitudes, valores) Orientar-se quanto às posições relativas: esquerda, direita, atrás, na frente, em cima, embaixo, acima Conceitos de esquerda, direita, atrás, na frente, em cima, embaixo, acima Zelar pela precisão na orientação Respeito a quem se comunica Comunicação clara e pertinente Orientar-se quanto às posições absolutas: pontos cardeais e colaterais Pontos cardeais: Norte, Sul, Leste e Oeste Pontos colaterais: Nordeste, Noroeste, Sudeste, Sudoeste. Ler e interpretar mapas. Mapas, esquemas Interpretar bússolas Bússola Orientar espacialmente outras pessoas Cálculos matemáticos simples (graus, frações) Transcender a orientação espacial para outras situações escolares e de vida. Localização de idéias em um texto.
Construir uma poesia como uma forma de expressão Literária IMPLEMENTAR HÁBITOS DE SEGURANÇA CONTRA ATOS DE INTERFERÊNCIA ILÍCITAS EM AEROPORTOS Construir uma poesia como uma forma de expressão Literária
Indicadores de avaliação Orienta-se quanto às posições relativas:frente, atrás, direita, esquerda, acima e abaixo Orienta-se com relação aos pontos cardeais: Norte, Sul, Leste e Oeste. Orienta-se com relação aos pontos colaterais: Nordeste, Noroeste, Sudeste, Sudoeste Tem clareza na comunicação espacial Mostra respeito ao que está sendo orientado Apresenta respostas precisas.
Mediação capacidades novas e mais complexas capacidades já existentes Sem intentar uma resposta conclusiva, podemos delinear algumas idéias, numa tentativa de definição. A definição, como nos diz Cortella (1998:24), pode nos dar o finis (limite, fronteira) daquilo que é nosso contorno, que nos circunscreve, nos contém, marca nosso lugar no mundo, no nosso caso, como educadores, como professores. Falar de cuidar não significa, aqui, menosprezar o papel de construtor de conhecimentos. O professor é aquele que cuida no sentido que lhe atribui Boff ( 1999:33). Cuidar é mais que um ato; é uma atitude. Abrange mais que um momento de atenção, de zelo e de desvelo. Representa uma atitude de preocupação, de responsabilização e de envolvimento afetivo com o outro. O professor que cuida se " pré-ocupa" com o que vai ensinar, procura conhecer as representações daqueles a quem vai se dirigir, leva em conta suas culturas, suas formas de vida. Neste momento, é interessante lembrar o significado de ensinar em hebraico, que vem de uma antiga tradição, chamada “ hannuk”, ou seja, passar óleo no palato do bebê recém-nascido, estimulando-o a mamar sem qualquer dificuldade. É preparar ou treinar a criança para receber alimento sólido, vida e prazer. Lembremo-nos, igualmente, que a palavra pedagogo vem do grego: é o escravo que conduz a criança. O que geralmente se esquece é que o professor também precisa ser cuidado. Como podemos, por exemplo, exigir de um professor, que é excluído da possibilidade de desempenhar bem sua tarefa, quer seja por parcas condições de formação ou de salário, tenha a capacidade de incluir os educandos? Se não cuidarmos de nossos alunos e professores como poderemos criar uma cultura educacional? Não é à toa, que o termo cultura, vem do latim colere que quer dizer cultivar, tomar conta, cuidar Chauí (Rios,2001). capacidades novas e mais complexas capacidades já existentes MEDIADOR
ZDP ANTES DA MEDIAÇÃO Z D P
ZDP APÓS MEDIAÇÃO Z D P
Critérios de mediação de Feuerstein INTENCIONALIDADE Reuven Feuerstein (1994), um eminente psicólogo romeno, indica alguns critérios que não podem faltar numa mediação : intencionalidade, reciprocidade, transcendência e significado. Diz ele, que o processo de aprendizagem deve ser intencional, não incidental. O professor, como mediador, está sempre imbuído de objetivos, de metas, de alcance de desejos educacionais. Para Paulo Freire (Cortella,1998:111) o saber sempre pressupõe uma intencionalidade, ou seja, não há busca de saber sem finalidade. A reciprocidade implica troca, permuta. O professor, como mediador, deve estar aberto para as respostas do aluno, deve preparar os melhores materiais, provocar o interesse e a motivação sobre conteúdos de diversas áreas do conhecimento, investir um tempo na verificação do aprendizado, mostrar satisfação frente às transformações ocorridas. O educando, por sua vez, mostra reciprocidade quando fornece indicações de que está cooperando, que se sente envolvido no processo de aprendizagem, que se esforça para modificar-se. Enfim, a reciprocidade é um caminho que torna explícita uma relação implícita e faz com que a aprendizagem ocorra de maneira consciente. Uma interação mediada não se limita a satisfazer as necessidades imediatas ou a resolver problemas. Propõe objetivos remotos ao produzir no mediado mudanças estruturais que o ajudam a responder a novas experiências e demandas. Esta é a transcendência. Pela transcendência, o mediador busca ir além do "aqui e agora" da situação em que a interação ocorre, procurando atingir objetivos e necessidades, mais longínquos e duradouros. O objetivo da transcendência é promover a aquisição de princípios, conceitos ou estratégias que possam ser generalizados para outras situações, sobretudo aquelas relacionadas à vida. A mediação da transcendência ocorre quando o mediador relaciona uma atividade específica com outras, estimulando o mediado para além do que está sendo desenvolvido naquele exato momento, criando uma ponte entre as realizações da pessoa, fazendo com que haja condições de uma ampla compreensão do mundo, de como as coisas estão interligadas, aguçando a curiosidade para inquirir e descobrir novas relações: é um desejo de saber mais para compreender o que nos cerca. O significado é um meio imprescindível para penetrar no sistema de necessidades do mediado. Trata-se de um processo de longa prática social. Sem o poder persuasivo de legitimamente provocar significados, o processo de humanização não seria possível. Sem significações, a transmissão cultural de uma geração para outra não seria viável (Fonseca, 1996 p.71). O significado diz respeito ao valor, à energia atribuída à atividade, aos objetos e aos eventos, tornando-os relevantes para o mundo. Por esse critério, o mediador não assume uma atitude neutra, mas demonstra interesse e envolvimento emocional, explicitando o entendimento do motivo para a realização da atividade, verificando se o estímulo que está sendo apresentado está sensibilizando o mediado. A B RECIPROCIDADE SIGNIFICADO TRANSCENDÊNCIA
PROVOCAR DISPOR INTERAGIR PROBLEMATIZAR
Historicidade dos produtos humanos
Descubra onde senta cada pessoa na sala de aula. O Sol entra todas as manhã pela janela; O professor está a Norte de Amanda; Pedro está a Oeste de Amanda; Julia está a Sul de Pedro e Oeste da carteira vaga; André está a Sudoeste da carteira vaga e ao Sul de Julia; Antonio está a Leste de André e ao Sul da carteira vaga; Bia está a Noroeste de André e a Oeste de Pedro; Mário está a Sul de Bia e a Oeste de André e de Antônio. Onde está sentado João porta janela Lousa professor Carteira vaga
Orientação espacial Bia Pedro Amanda João Julia Carteira vaga Mário Lousa janela porta professor Bia Pedro Amanda João Julia Carteira vaga Mário André Antônio Parede
Auto-avaliação e metacognição Resolvi impulsivamente, por ensaio e erro? O problema estava claro para mim? Explorei sistematicamente todos os dados e informações? Estabeleci relações entre as informações? Possuía vocabulário e conceitos prévios para a solução do problema? Minha orientação espacial e temporal foi eficiente? Planejei estratégias para a resolução do problema? Escolhi outras estratégias no caminho? Levantei hipóteses e as comprovei?
Proposta de Maguerez Método do Arco (Bordenave) Teorização Pontos Chaves Hipóteses de Solução Observação da realidade (problema) Aplicação à realidade (prática) REALIDADE
Aprendizagem significativa - Resolução de problemas Tarefas autênticas Problemas com várias soluções possíveis Fonte:Senai,2003
Tipos de respostas a solução de problemas imitativa X X X heurística X X X criativa X Fonte Antonio Simão Neto
Casos de deontologia O chefe da unidade de saúde é procurado por um adolescente de 14 anos, desacompanhado dos pais ou responsáveis. Esse jovem deseja se consultar no programa de saúde mental da unidade, pois tinha informações de amigos sobre a qualidade desse serviço. Diz ser usuário de drogas, mas quer garantia que o serviço não comunique o fato a seus pais. O que você faria nesse caso? Comunicaria ou não os pais ou responsáveis? Que orientações daria ao rapaz? (Fortes, P.A.C. Ética e saúde, EPU, 1998)
Auto-estima X Desafios Sentimento de incapacidade Desafio Não ocorre aprendizagem significativa Auto-estima Fonte- Julio Furtado
Auto-estima X Desafios Não ocorre aprendizagem significativa Desinteresse Não ocorre aprendizagem significativa Desafio Auto-estima Fonte- Julio Furtado
Auto-estima X Desafios Sentimento de possibilidade O desafio é encarado e ocorre aprendizagem significativa Desafio Auto-estima Fonte- Julio Furtado
Abordagem referenciada em critérios ESPERADOS aluno a aluno b aluno c aluno n ...
Rubricas da avaliação Competência Excelente Bom Em progresso Necessita de apoio
Rubricas de avaliação para aplicação de medicação... Níveis Desempenhos Domina e integra o saber-fazer, os saberes e o saber-ser da aplicação de medicação de rotina, verificação de sinais vitais e transporte para o leito. 5 Apresenta leves problemas na integração do saber-fazer, dos saberes e do saber-ser da aplicação de medicação de rotina, verificação de sinais vitais e transporte para o leito. 4 Demonstra alguns problemas em alguns dos saberes, saber-fazer ou saber-ser da aplicação de medicação de rotina, verificação de sinais vitais e transporte para o leito. 3 2 Os problemas apresentados em alguns dos saberes, do saber fazer e do saber-ser podem ser prejudiciais ao usuário. 1 Demonstra ainda não ter desenvolvido essa competência
Duas faces de uma moeda transparente AFETIVA COGNITIVA
Relações entre razão e emoções Phineas Gage
Atitudes, valores, comportamentos Cooperar Respeitar Dialogar Interagir Comprometer-se