ACHADO DE METÁSTASE CEREBRAL À PCI COM I-131 EM PACIENTE COM MICROCARCINOMA PAPILÍFERO DA TIREÓIDE SOUZA, D.S.F.; GOMES, G.V.; MARONE, M.; GOMES, M.V.;

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ACHADO DE METÁSTASE CEREBRAL À PCI COM I-131 EM PACIENTE COM MICROCARCINOMA PAPILÍFERO DA TIREÓIDE SOUZA, D.S.F.; GOMES, G.V.; MARONE, M.; GOMES, M.V.; FURTADO, R.G.; CALEGARO, J.U.; LANDA, D.C.; GOMES, E.F. Núcleos - Centro de Medicina Nuclear, Brasília, Distrito Federal, Brasil. INTRODUÇÃO O carcinoma papilífero da tireóide vem sendo diagnosticado mais precocemente, observando-se um aumento de casos de microcarcinoma, considerado o estadio com rara ocorrência de metástases. RELATO DE CASO Paciente FVFP, 28 anos, feminino, com nódulo tireoidiano detectado incidentalmente a ultrassonografia e citologia sugestiva de neoplasia tireoidiana, foi submetida a tireoidectomia total em 29/07/09. Histopatológico: microcarcinoma papilífero, multicêntrico, sem invasão capsular e com 22 linfonodos comprometidos de 65 linfonodos analisados (pT1pN1pMx). Foi encaminhada ao serviço de Medicina Nuclear para radioiodoterapia. A pesquisa de corpo inteiro com I-131 (PCI) pré-dose (08/09/2009), evidenciou área iodocaptante na região posterior do lobo frontal esquerdo, sendo aventada suspeita de mestástase cerebral. A ressonância magnética de crânio (22/09/2009) não demonstrou outras lesões além da descrita na PCI. A lesão à ressonância apresentava-se como foco de hipersinal em T2 e FLAIR, com impregnação homogênea pelo gadolíneo, sem restrição à difusão da água, na substância branca subcortical e córtex da porção posterior do giro frontal superior esquerdo, que não ultrapassa 0,7 cm no maior eixo, circundada por discreto edema vasogênico, sem efeito de massa. A radioiodoterapia foi inicialmente contra-indicada, pelo risco de sangramento e morte. Porém, após discussão multidisciplinar envolvendo os serviços de Medicina Nuclear, Neurocirurgia e Neuroradioterapia, levando-se em conta o tamanho da lesão, topografia e grau de captação do iodo, foi reconsiderada a iodoterapia para a paciente com uma série de cuidados: uso de corticóide (dexametasona 8mg) três dias antes e durante a internação, uso de anticonvulsivante se necessário, presença de acompanhante no quarto durante a internação e utilização de dose média/alta de I-131 (9250 MBq - 250 mCi). Atualmente a paciente está realizando o preparo pré-tratamento. Fig. 1. PCI com I-131. Imagens de corpo inteiro (anterior e posterior) e segmento cefálico (anterior e lateral esquerda). Fig. 2. SPECT/CT do crânio com I-131. Eixos coronal, sagital e axial. Fig. 3. Ressonância magnética do crânio. T2. Eixo axial. Fig. 4. Ressonância magnética do crânio. T2. Eixo sagital. DISCUSSÃO O microcarcinoma da tireóide, definido como tumor menor que 1cm, ocorre em 30% dos casos de carcinoma papilífero. É considerado um tumor indolente, com raros casos descritos de metástases à distância, mais observadas na vigência de multicentricidade, invasão capsular e linfonodos comprometidos. A PCI apresenta alta acurácia para detecção de lesões tumorais regionais e à distância, sendo freqüentemente realizada para o planejamento da radioiodoterapia. A aquisição de imagens tomográficas SPECT/CT agrega valor diagnóstico ao método, na medida em que aumenta a especificidade para detecção e correta localização de lesões, possibilitando a distinção entre lesões verdadeiras e áreas de contaminação com o radiotraçador. No caso descrito, a PCI foi fundamental para definição da conduta, haja vista que a radioiodoterapia, nestes casos, deve ser realizada com alguns cuidados, como uso de corticóides e, possivelmente, de anticonvulsivantes, dose média/alta de I-131 (entre 250 e 300 mCi) e considerar a presença de acompanhante no quarto terapêutico. REFERÊNCIAS Friguglietti C, et al. Microcarcinoma da tireóide: experiência e conduta em clínica privada. Arq Bras Endocrinol Metab 2007;51-5. Lin K, et al. Skull metastasis with brain invasion from thyroid papillary microcarcinoma. J Formos Med Assoc. 1997 Apr;96(4):280-2. Hjiyiannakis P, et al. Brain metastases in patients with differentiated thyroid carcinoma. Clin Oncol 1996;8(5):327-330