Diretoria de Ensino da Região de Jacareí

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Leis e Decretos SurdEZ.
Advertisements

Adaptações Curriculares Coordenadoria de Educação Especial
Desenvolvimento profissional docente: Refletindo sobre as possíveis contribuições de colaboração, metacognição e tecnologia Vânia Maria Santos-Wagner Universidade.
Avaliação Mediadora: Uma prática em construção da pré-escola à Universidade Jussara Hoffmann.
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES
OS CONHECIMENTOS PRÉVIOS PARA A ELABORAÇÃO DO PLANO DE DISCIPLINA
Surdez A Educação dos Surdos.
ADEQUAÇÃO CURRICULAR.
A escola é uma escada, cada degrau prepara para o degrau posterior.
O COMPUTADOR COMO MEIO E COMO FIM
FLEXIBILIZAÇÃO CURRICULAR.
CONTEÚDOS ESCOLARES E DESENVOLVIMENTO HUMANO : QUAL A UNIDADE ?
Currículo de Arte do 1° ao 5° ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
QUAL A CONCEPÇÃO DO CURRÍCULO?
Programa aluno pesquisador
um desafio contemporâneo
EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
FORMAÇÃO EM AÇÃO 2012 – I SEMESTRE
Lucia Kubiak Leitura aos Portadores de Necessidades Especiais Auditiva
Prof. Orlando Miranda Júnior
CBS Confederação Brasileira de Surdos
Educação inclusiva: uma questão de direitos humanos
Anos Iniciais do Ensino Fundamental
SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
PERGUNTA-SE As escolas dão a devida atenção aos CONSELHOS DE CLASSE?
Planejamento PNAIC 2014.
ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
Ciências no Ensino Fundamental e na Educação Infantil – Aula 9
Os projetos de trabalho: uma forma de organizar os conhecimentos escolares Bases técnicas que fundamentam a organização curricular a partir de projetos.
REGISTROS.
HISTÓRIA DO SURDO. HISTÓRIA DO SURDO Desde o início da humanidade, todas as pessoas que não eram iguais à maioria, eram discriminadas. Com os surdos,
INCLUSÃO DO ALUNO SURDO NA CLASSE REGULAR
ATRIBUIÇÕES PROFISSIONAIS
SINAIS QUE FALAM Cleusa Santos Haetinger
Inclusão do Surdo em Escolas Regulares
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS PROFESSORA: LILIAN MICHELLE
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS PROFESSORA: LILIAN MICHELLE
Tópicos em Libras: Surdez e Inclusão
LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS - LIBRAS Prof. Hélio Fonseca de Araújo
História nas atuais propostas curriculares
PLANO DE ENSINO: orientações para elaboração
ESTÁGIO SUPERVISIONADO II HABILIDADES TÉCNICAS DE ENSINO
Uergs-Licenciatura em Pedagogia, Tecnologia da Educação
EDUCAÇÃO MATEMÁTICA Ana Valéria Dacielle Elvys Wagner Rinaldo
Softwares Educacionais – Cód
POR QUE INCLUSÃO? Maristella Abdala.
EDUCAÇÃO ESPECIAL um novo lugar na educação brasileira
GRUPO DE ESTUDOS PNAIC / 2014 ALFABETIZAÇÃO MATEMÁTICA
Professora Cynthia Professora Cynthia
Universidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de Matemática Programa de Pós-Graduação em Ensino de Matemática Mestrado Profissionalizante em Ensino.
PLANEJAMENTO, CURRÍCULO E AVALIAÇÃO
Psicologia Escolar Professora: Bárbara Carvalho Ferreira.
Educação Especial: Surdez
Etapas de uma sequência didática
ABORDAGENS EDUCACIONAIS
EDUCAÇÃO DAS PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS NA ESCOLA REGULAR
Equipe responsável pela produção O Aluno Surdo nas Escolas
Adaptação Curricular Deficiência Intelectual
SAÚDE RENOVADA Essa abordagem vai ao encontro do movimento biológico higienista, entretanto o que difere é a participação de todos nas atividades, além.
PRÁTICA DE LEITURA PRÁTICA DE PRODUÇÃO DE TEXTOS
O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO DE CRIANÇAS SURDAS
Tendências atuais do ECLE
Crítica à concepção de currículo cristalizado
Didáctica da Matemática 1º Ciclo – PONTE e SERRAZINA Prof. Dr. Manoel Oriosvaldo de Moura.
Projeto TRILHAS Conjunto de materiais elaborados para instrumentalizar e apoiar o trabalho docente no campo da leitura, escrita e oralidade, com crianças.
Termo de Terminalidade
DEFICIENCIA AUDITIVA.
U NIDADE 1 Atividades 5 e 6. E NSINAR E APRENDER COM AS MÍDIAS DIGITAIS Ensinar é organizar situações de aprendizagem, criando condições que favoreçam.
Matriz de avaliação processual
Transcrição da apresentação:

Diretoria de Ensino da Região de Jacareí Leitura e Escrita em língua portuguesa para alunos surdos nas escolas prioritárias Diretoria de Ensino da Região de Jacareí

PCNPs:GUARACI DA ROCHA SIMPLICIO, LUCIANE IDALGO GONÇALVES GOBBATTO e MARCOS DE MOURA ALBERTIM SUPERVISORAS: ANA LÚCIA O. DA COSTA PINAFFI e ALCIONE ZANOBONI CORRAL

MOVIMENTO SETEMBRO AZUL

PAUTA 1. ABERTURA 2. BREVE HISTÓRICO SOBRE A SURDEZ 3. CONCEITO DE SURDEZ 4. LEGISLAÇÃO 5. DEPOIMENTO DE UMA SURDA ALMOÇO 5. CULTURA SURDA/BILINGUISMO 6. REFLETINDO SOBRE A ESCRITA: CADERNOS DO CURRÍCULO(GRUPOS PARA DISCUSSÃO) AVALIAÇÃO

TRAJETÓRIA HISTÓRICA DA SURDEZ Observando a trajetória histórica do ontem e o processo hoje, a história da humanidade foi testemunha de como as pessoas com deficiência foram excluídas da sociedade. Durante os séculos X a IX A.C, as leis permitiam que os recém nascidos com sinais de debilidade ou algum tipo de má formação fossem lançados ao monte Taigeto.

As crianças que nasciam com alguma deficiência eram deixadas nas estradas para morrerem.Eram rejeitadas pela sociedade.

(Kanner,1964,p.5), relatou que : “a única ocupação para os retardados mentais encontrada na literatura antiga é a de bobo ou de palhaço,para a diversão dos senhores e de seus hóspedes.

E sobre a educação não havia notícias E sobre a educação não havia notícias.A surdez que é insignificante, as crianças eram consideradas irracionais. Mais tarde na Idade Média, a Igreja condena o infanticídio, fornecendo a idéia de atribuir as causas sobrenaturais as “anormalidades” que apresentavam as pessoas. Ainda na Idade Moderna não havia notícias de experiências educacionais com crianças surdas.

1712-1789 surgiu na França o Abade Michel de L´Epée a primeira escola para crianças surdas, onde foi utilizada a língua de sinais... uma combinação dos sinais com a gramática france sa,com objetivo de ensinar a ler,escrever,transmitir a cultura e dar acesso à educação Em 1791, a sua escola se transforma no Instituto Nacional de Surdos e Mudos de Paris, e foi dirigida pelo seu seguidor o gramático Sicard.

Em1950,na Alemanha,a primeira escola pública baseada no método oral. No século XIX,os Estados Unidos se destacam na educação de surdos utilizando a ASL (Língua de Sinais Americana).Em 1864 surge a 1ª escola americana transformada no mesmo ano em Universidade para surdos.

CONGRESSO DE MILÃO O Congresso de Milão foi uma conferência internacional educadores de surdos, em 1880. Depois de deliberações entre 6 e 11 de Setembro de 1880, o congresso declarou que a educação oralista era superior à de língua gestual e aprovou uma resolução proibindo o uso da língua gestual nas escolas. Desde sua aprovação em 1880, as escolas em todos os países europeus e nos Estados Unidos mudaram para a utilização terapêutica do discurso sem língua gestual como método de educação para os surdos.

ANTES DO CONGRESSO Antes do Congresso, na Europa, durante o século XVIII, surgiram duas tendências distintas na educação dos surdos: o gestualismo (ou método francês) e o oralismo (ou método alemão). A grande maioria dos surdos defendia o gestualismo, enquanto que apenas os ouvintes apoiavam o oralismo - por exemplo Alexander Graham Bell, nos EUA, fazia campanha a favor deste método, entre muitos outros professores, médicos, etc.

CONGRESSO DE MILÃO O Congresso de Milão , em 1880, foi um momento obscuro na História dos surdos, uma vez que lá um grupo de ouvintes tomou a decisão de excluir a língua gestual do ensino de surdos, substituindo-a pelo oralismo (o comitê do congresso era unicamente constituído por ouvintes.) Em consequência disso, o oralismo foi a técnica preferida na educação dos surdos durante fins do século XIX e grande parte do século XX. O Congresso durou 3 dias, nos quais foram votadas 8 resoluções, sendo que apenas uma (a terceira) foi aprovada por unanimidade.

CONGRESSO DE MILÃO Uma década depois do Congresso de Milão, acreditava-se que o ensino da língua gestual quase tinha desaparecido das escolas em toda a Europa, e o oralismo espalhava-se para outros continentes.

CONSEQUENCIAS DO CONGRESSO DE MILÃO Em resultado da evolução nos campos da tecnologia e da ciência,no século XX, particularmente no campo da surdez a educação dos surdos passou a ser dominada pelo oralismo (que encara a surdez como algo que pode ser corrigido). No entanto, sem cura da surdez os insucessos do oralismo começaram a ser evidenciados. O oralismo espera que, dominando a língua oral,o surdo esteja apto para integrar-se à sociedade e à comunidade ouvinte.

Brasil Após a Proclamação da República, iniciou-se a expansão das instituições de educação especial, caracterizada principalmente pela proliferação de entidades de natureza privada, de personalidade assistencial, o que não é de se espantar, já que a instrução para a população brasileira não havia sido assumida pelo Estado, nem na primeira Constituição brasileira (1824), nem na primeira Constituição da República (1891).

Brasil A atenção formal aos portadores de deficiência, no Brasil, iniciou-se com a criação de internatos, ainda no século XIX, idéia importada da Europa, no período imperial. Em 1857 é fundado no Rio de Janeiro,por D.Pedro II o Instituto de Educação de Surdos (Ines) – ainda em funcionamento

Em 1960 com o fracasso do oralismo criou-se a metodologia da comunicação total, que durou muito pouco por ter sua concepção bem parecida com a primeira.

SURDEZ OU DEFICIÊNCIA AUDITIVA? A surdez, ou deficiência auditiva, como muitas pessoas preferem chamar, se caracteriza por uma dificuldade na recepção, percepção e reconhecimento de sons. É comumente classificada de acordo com o grau da perda auditiva.

CLASSIFICAÇÃO POR FORMA DE COMUNICAÇÃO Surdos oralizados: aqueles que se comunicam utilizando a língua oral e/ou escrita. Surdos sinalizados: aqueles que se comunicam utilizando alguma forma de linguagem gestual. Surdos bilíngues: aqueles que utilizam ambas as formas de comunicação.

CLASSIFICAÇÃO DAS PERDAS AUDITIVAS DE ACORDO COM O GRAU: - Normal .................................... até 25 dB - Leve ...................................... de 26 a 40 dB - Moderada ................................ de 41 a 55 dB - Moderadamente severa .......... de 56 a 70 dB - Severa ..................................... de 71 a 90 dB Profunda .................................. maior que 91 dB Nesta classificação, surdo é aquele que tem perda auditiva profunda, e que, portanto, dificilmente adquirirá linguagem oral sem um treinamento específico para utilização da audição residual e da fala.

CONCEPÇÕES O uso do termo deficiência auditiva, assim como a classificação das perdas auditivas, está relacionado à concepção de surdez conhecida na literatura como clínico-patológico. Nesta concepção, a surdez é considerada como incapacidade, uma vez que as condutas e valores da maioria ouvinte são tomados como “norma” e o surdo se diferencia como alguém que foge a esta “norma” (Tabith Junior et al., 2003).

CONCEPÇÃO CLÍNICO PATOLÓGICO O uso do termo deficiência auditiva, assim como a classificação das perdas auditivas, está relacionado à concepção de surdez conhecida na literatura como clínico-patológico. Nesta concepção, a surdez é considerada como incapacidade, uma vez que as condutas e valores da maioria ouvinte são tomados como “norma” e o surdo se diferencia como alguém que foge a esta “norma” (Tabith Junior et al., 2003).

CONCEPÇÃO SÓCIO-ANTROPOLÓGICA Concepção sócio-antropológica - A surdez não é concebida como uma deficiência, mas como uma diferença, no sentido de que a falta de audição impõe uma diferença na forma como o indivíduo vai ter acesso às informações do mundo. A língua de sinais constitui o elemento identificatório dos surdos, e o fato destes se constituírem em comunidade possibilita que compartilhem e conheçam as normas de uso desta língua, já que interagem cotidianamente em um processo comunicativo eficaz e eficiente (Skliar, 1997).

Nos últimos anos, observa-se um movimento na direção de mudança na concepção de surdez. Em vez de deficiência, ela passa a ser concebida como diferença, caracterizada, principalmente, pela forma de acesso ao mundo, pela visão, em vez de pela audição, como acontece com os ouvintes. O acesso ao mundo pela visão inclui o direito à Língua de Sinais, que, por ser visual-gestual, não oferece dificuldade para ser adquirida pelos surdos.

LEGISLAÇÃO Embora ainda tímido, este movimento resultou em algumas conquistas significativas para a educação de surdos, dentre as quais se destaca a aprovação da Lei Federal 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que prevê a formação de intérpretes de Língua de Sinais para possibilitar aos surdos o acesso à informação; da Lei Federal 10.436, de 24 de abril de 2002, que reconhece a Língua Brasileira de Sinais, como língua oficial das comunidades de surdos; e do Decreto Federal 5626, de 22 de dezembro de 2005, que regulamenta os dois documentos anteriores.

DECRETO 5626 Pontos a destacar: o uso do termo “surdo” em lugar de “deficiente auditivo”, presente nos documentos anteriores. A pessoa surda é definida como aquela que, por ter perda auditiva, compreende e interage com o mundo por meio de experiências visuais, manifestando sua cultura principalmente pelo uso da Língua Brasileira de Sinais.

Decreto 5626 Reconhecimento do direito dos surdos a uma educação bilíngüe, na qual a Língua de Sinais é a primeira Língua, e a Língua Portuguesa, preferencialmente na modalidade escrita, é a segunda. A modalidade oral da Língua Portuguesa é uma possibilidade, mas deve ser trabalhada fora do espaço escolar.

Artigo 14 § 1o  Para garantir o atendimento educacional especializado e o acesso previsto no caput, as instituições federais de ensino devem: VI - adotar mecanismos de avaliação coerentes com aprendizado de segunda língua, na correção das provas escritas, valorizando o aspecto semântico e reconhecendo a singularidade lingüística manifestada no aspecto formal da Língua Portuguesa;

Ensino de Língua Portuguesa

A concepção de ensino de língua, conforme o Currículo Oficial do Estado de São Paulo, é o do trabalho com o texto, com foco na depreensão do conteúdo e da significação da palavra naquele contexto.

O texto é o foco principal do processo de ensino- aprendizagem O texto é o foco principal do processo de ensino- aprendizagem. Considera-se texto qualquer sequência falada ou escrita que constitua um todo unificado e coerente dentro de uma determinada situação discursiva.

Para o aluno surdo, bem como para o ouvinte, muito mais do que a decodificação, é preciso ativar o conhecimento prévio para uma compreensão global do texto.

Características importantes do ensino da língua Realização de uma quantidade razoável de trabalhos em grupo ou em pares; Fornecimento de informações autênticas em contextos do mundo real; Produção visando a uma verdadeira comunicação;

Realização de tarefas que preparem os alunos para o uso autêntico da língua “no mundo lá de fora”; Produção escrita visando a um público real.

O surdo e o ensino da Língua Portuguesa

Para o surdo, a língua de sinais é sua primeira língua, só que o processo não é o de aquisição natural por meio da construção de diálogos espontâneos, mas o de aprendizagem formal na escola.

Aos alunos surdos, bem como aos ouvintes, devem ser apresentados o maior número de textos, para que tenha um repertório considerável e possa se valer desse repertório para construção do sentido do que lê.

Como para o aluno surdo a Língua Portuguesa é segunda língua, faz-se necessário um trabalho de incentivo para que ele se interesse pelo texto escrito, uma vez que a leitura é a maior fonte de informação para que adquira a linguagem escrita.

Na estratégia de leitura utilizada pelo professor, podem ser selecionadas algumas palavras consideradas essenciais para o entendimento do texto, apresentando sinônimos.

A preocupação com a seleção de textos que sejam do interesse do aluno deve ser primordial. Como o aluno se interessa pelo assunto, possui um conhecimento prévio que pode auxiliar no entendimento global do texto.

A cada atividade de leitura apresentada, é preciso ter claro o que se pretende atingir: atividades de localização de informação explícita? Posicionamento crítico?

Atividade desenvolvida por aluno do 6º ano, que frequenta a sala de recursos

Pardalzinho Manuel Bandeira O pardalzinho nasceu Livre. Quebraram-lhe as asas Sacha lhe deu uma casa, Água, comida e carinhos. Foram cuidados em vão:

A casa era uma prisão. O pardalzinho morreu O corpo, Sacha enterrou No jardim; a alma, essa voou Para o céu de passarinhos.

Escrita do aluno

O pardalzinho Era uma vez passarinho voa um menino pegou uma pedra machugou as asas. A menina cuidou a asas a menina pegou passarinhocolocou prisão. O nome passarinho é pardalzinho, ele ficou triste. A menina colocou, comida, cama, água mas o passarinho ficou com fome muito o triste o coração parou, o pardalzinho morreu.

Menina ficou chorando e depois tirou areia fez um buraco colocou o passarinho, colocou no jardim, o passarinho foi no céu ele é anjo.

Escrita do surdo Levar em conta as variantes linguísticas, tanto da L1 quanto da L2. Libras é uma língua que se utiliza da modalidade vísuo-espacial, cuja relação significante- significado é icônica, diferente da LP, cujos significados são arbitrários.

Pontuação: o que caracteriza, em Língua Portuguesa, se a frase é declarativa, interrogativa ou imperativa, por exemplo, é a pontuação. Em Libras, a diferença está na utilização de marcas fisionômicas, movimentos de pescoço juntamente com o movimento manual.

“coisas”são caracterizadas por movimento de mão “coisas”são caracterizadas por movimento de mão. Mudanças por sucessão de movimentos.

Ver a escrita do aluno surdo como indício do conhecimento que eles têm do português e não como erro.

ADAPTAÇÃO CURRICULAR

PRINCÍPIOS DA ADAPTAÇÃO CURRICULAR Adaptação curricular está fundamentada em quatro critérios básicos: 1- O que o aluno deve aprender. 2- Como e quando aprender. 3- Que formas de organização do ensino são mais eficientes no processo de aprendizagem. 4- O que, como e quando avaliar o aluno.

ADAPTAÇÕES DE ACESSO AO CURRÍCULO criar condições físicas, ambientais e materiais para o aluno na sua unidade escolar de atendimento; propiciar os melhores níveis de comunicação e interação com as pessoas com as quais convive na comunidade escolar; favorecer a participação nas atividades escolares; propiciar o mobiliário específico necessário; fornecer ou atuar para a aquisição dos equipamentos e recursos materiais específicos necessários; adaptar materiais de uso comum em sala de aula; adotar sistemas de comunicação alternativos para os alunos de comunicação oral (no processo ensino-aprendizagem e na avaliação

ADAPTAÇÕES DOS OBJETIVOS E CONTEÚDOS Priorizar objetivos e conteúdos que sejam essenciais para aprendizagem posterior. Priorizar os objetivos que enfatizem a capacidade e habilidades básicas de atenção , participação e adaptação do aluno. Eliminar os conteúdos menos relevantes ou secundários para dar mais enfoque aos conteúdos essenciais . Introduzir reforço de aprendizagem e a retomada de determinados conteúdos para garantir o seu domínio. Sequenciar os conteúdos que requeiram processos gradativos.

ADAPTAÇÕES NOS PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS E NAS ATIVIDADES DE ENSINO/APRENDIZAGEM Selecionar um método acessível ao aluno. Alterar os métodos definidos para o ensino. Introduzir atividades complementares para reforçar ou apoiar a aprendizagem. Introduzir atividades alternativas, para que o aluno realize enquanto os colegas realizam outras atividades.

ADAPTAÇÕES NOS PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS E NAS ATIVIDADES DE ENSINO/APRENDIZAGEM Alterar o nível de abstração de uma atividade oferecendo recursos de apoio, sejam visuais, auditivos, gráficos ou materiais concretos. Alterar o nível de complexidade das atividades Ex: simplificar um problema matemático. Alterar e adaptar a seleção de materiais. Ex: livros em Braille, computador, calculadora.

ADAPTAÇÕES NA TEMPORALIDADE Adaptar o período para alcançar determinados objetivos. Alterar o tempo previsto nos procedimentos didáticos e nas atividades. ADAPTAÇÕES NAS AVALIAÇÕES Alterar se necessário as formas , instrumentos, técnicas,critérios , linguagem, ou tempo e oferecer outras oportunidades de promoção.

NÍVEIS DE ADAPTAÇÃO CURRICULAR 1- Projeto pedagógico (currículo escolar) : -Adaptações nesse nível referem-se a medidas de ajuste do currículo em geral. Elas devem focalizar , a organização escolar e os serviços de apoio. 2- Sala de aula: -Adaptações nesse nível são realizadas pelo professor e destinam-se à programação das atividades de sala de aula. 3- Individual: -Adaptações nesse nível tem como base o currículo regular e é processual de acordo com a necessidade do aluno. 4- Diversificação Curricular: Adaptações nesse nível tem caráter funcional , são significativas e elaboradas para alunos com déficits graves e permanentes, que não consigam alcançar os objetivos, conteúdos e componentes propostos no currículo regular . Devem ser realizadas por especialistas com a ajuda da família e após uma avaliação psicopedagógica.

Ser precedida de uma criteriosa avaliação do aluno. AS MEDIDAS DE ADAPTAÇÕES CURRICULARES DEVEM CONSIDERAR OS SEGUINTES ASPECTOS : Ser precedida de uma criteriosa avaliação do aluno. Fundamentar-se na análise do contexto escolar e familiar,que favoreça a identificação dos elementos adaptativos necessários. Contar com a participação da equipe docente, da técnica da escola e com o apoio de uma equipe psicopedagógica, se necessário.

Promover o registro documental das medidas adaptativas adotadas. Evitar que as programações individuais sejam definidas com prejuízo para a escolarização do aluno, seu desempenho, promoção escolar e socialização. Adotar critérios rigorosos para realizar adaptações curriculares extremas.

ADAPTAÇÃO DE SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM

Dicas para trabalhar com deficiente auditivo Trate-o de maneira natural, não adotando atitudes de superproteção ou rejeição; Alerte-o para que matenha sempre a atenção voltada para o interlocutor; Fale com clareza,naturalmente,sem aumentar o tom de voz; Exponha e repita as idéias e conceitos de formas variadas,com vocabulário adequado e flexível,sem infantilizar;

Dicas para trabalhar com deficiente auditivo Facilite a compreensão da mensagem: observando um assunto de cada vez; organizando frases simples e claras; evitando movimento de corpo,de cabeça,de objetos e detalhes obstrutivos(bigode,franja,ba la e chiclete); conversando de frente, de forma que a ilumina ção incida sobre o rosto de quem fala; utilizando sinais e/ou gestos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. LEI 10.098, de 19 de dezembro de 2000. ________ LEI nº 10.436, DE 24 DE ABRIL DE 2002. ________ Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Decreto 5.626, 2005. Orientação Técnica/CAPE “Língua Portuguesa para Surdos” Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (FENEIS)