Inclusão Escolar O que é? Por que? Como fazer? O que é?

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Transcrição da apresentação:

Inclusão Escolar O que é? Por que? Como fazer? O que é? INTEGRAÇÃO X INCLUSÃO Por que? IDENTIDADE X DIFERENÇA A QUESTÃO LEGAL Como fazer? RECRIAR O MODELO EDUCATIVO COMO PREPARAR-SE PARA SER UM PROFESSOR INCLUSIVO.

O que é? Integração / Inclusão Nas situações de integração escolar, nem todos os alunos com deficiência cabem nas turmas de ensino regular, pois há uma seleção prévia dos que estão aptos à inserção. A integração escolar pode ser entendida como o “especial na educação”. Deslocam-se profissionais, recursos, métodos e técnicas da educação especial às escolas regulares. A inclusão é incompatível com a integração. O objetivo da integração é inserir o aluno que já foi anteriormente excluído; o da inclusão é não deixar ninguém fora do ensino regular desde o começo da vida escolar. Por tudo isso, inclusão implica uma mudança da escola, não atinge apenas os alunos com deficiência mas todos os alunos. As escolas atendem às diferenças sem discriminar, sem trabalhar à parte com os alunos, sem estabelecer regras específicas para se planejar, para aprender e para avaliar

Por que? identidade X diferença A história da escola brasileira tem nos mostrado as marcas do fracasso e da evasão de uma parte significativa dos seus alunos, que são marginalizados pelo insucesso. As soluções sugeridas, na maior parte das vezes, reprisam as mesmas medidas que o criaram. A proposta de inclusão é a oportunidade que temos de reverter essa situação na maioria de nossas escolas que atribuem aos alunos as deficiências que são próprias do ensino. identidade X diferença Na escola onde os professores trabalham a partir da diversidade não se entendem as deficiências como fixadas no indivíduo, como se fossem marcas indeléveis, que só nos cabe aceitar.

A inclusão numa escola que valorize a diversidade é o produto de uma educação plural, democrática e transgressora. O aluno da escola inclusiva é um outro sujeito, que não tem uma identidade fixada em modelos ideais, permanentes, essenciais. Se a igualdade é referência, podemos inventar o que quisermos para agrupar e rotular os alunos como PNEE. Mas se a diferença é tomada como parâmetro, não fixamos mais a igualdade como norma e fazemos cair toda uma hierarquia das igualdades e diferenças que sustentam a normalização. A questão legal Constituição de 1988 Convenção Interamericana para eliminação de todas as formas de discriminação contra pessoas portadoras de deficiência - Guatemala - 1999

Como fazer? Recriar o modelo educativo Condições: não encaixar um projeto novo, como é o da inclusão, numa velha matriz de concepção escolar; rever (com urgência) o que ensinamos aos nossos alunos e como ensinamos para que eles cresçam e se desenvolvam éticos e justos; aproximar os alunos entre si; tratar as disciplinas como meios de conhecer o mundo e as pessoas que nos rodeiam; ter como parceiras as famílias e a comunidade; acentrar a aprendizagem para que ora sobressaia o lógico, o intuitivo, o sensorial, ora os aspectos sociais e afetivos doa alunos; utilizar práticas pedagógicas onde predomine a experimentação, a criação, a descoberta, a co-autoria do conhecimento.

ensinar aos alunos valorizar a diferença pela convivência com seus pares, pelo exemplo dos professores, pelo ensino que é ministrado e pelas relações estabelecidas em toda a comunidade escolar. Ensinar os conteúdos das disciplinas partindo das experiências de vida dos alunos, dos seus saberes e fazeres, e das suas vivências, para chegar à sistematização dos conhecimentos. Agir com realismo e coerência e admitir que as escolas existem para formar as novas gerações, e não apenas alguns de seus futuros membros - os mais capacitados. Evitar que os alunos trabalhem por muito tempo sozinhos em suas carteiras. Utilizar experiências de trabalhos coletivos, em pequenos grupos e diversificados que estimulam a capacidade de decisão dos alunos frente a escolha das tarefas.

Como preparar-se para ser um professor inclusivo Ensinar na perspectiva inclusiva parte da ação de ressignificar o papel do professor, da escola, da educação e das práticas pedagógicas que são usuais num contexto excludente. Não existem manuais e nem regras que ensinem o trabalhar com turmas heterogêneas. Estratégias que podem ser adotadas na formação de professores: estimular a cooperação, autonomia intelectual e social; ter clareza da importância do seu papel, tanto na construção do conhecimento, como na formação de atitudes e valores do cidadão; partir do “saber fazer” do professor;

utilizar experiências concretas, problemas reais, situações do dia-a-dia que desequilibram o trabalho em sala de aula como matéria prima das mudanças pretendidas pela formação; desenvolver a competência de explicar as suas práticas e definir suas teorias pedagógicas ao invés de simplesmente reproduzir o que aprendem nos cursos, oficinas e palestras; formar grupos de estudos nas escolas para a discussão e a compreensão dos problemas educacionais, a luz do conhecimento científico e interdisciplinarmente; uma boa formação é aquela que desenvolve com os professores a competência de resolver problemas. Maria Teresa Eglér Mantoan INCLUSÃO ESCOLAR Oque é? Por que? Como fazer?