Carolina Pegoraro Psiquiatra Assistente CREAPP-CAISM Philippe Pinel

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Res.SE 68/2008 Fixa normas para educação de alunos com n.e.e. na rede
Advertisements

GÊNIO: são adultos que deram uma grande contribuição para a sociedade. Revolucionaram o seu tempo, na sua área. Ex: Einstein.
Surdez A Educação dos Surdos.
ADEQUAÇÃO CURRICULAR.
ATENDIMENTO EDUCACIONAL À ALUNOS COM TGD/ CLASSES ESPECIAIS
O Início da Comunicação
CURRÍCULO FUNCIONAL GRUPO 9 IRACEMA LAUDENIR LEOCÍ RUTHE
EDUCAÇÃO INCLUSIVA.
Avaliação Psicomotora
Classe Especial / Sala de Recursos Deficiência Intelectual
ENTREVISTA COM O PROFESSOR
VIII Congresso Brasileiro V Congresso Latino Americano
DEFICIÊNCIA MENTAL.
DEFICIÊNCIA FÍSICA: MATERIAS ADAPTADOS
Deficiência Sensorial
ESTUDO DE CASO.
Deficiência Mental : Jornada AVAPE o desfio do diagnóstico
FORMAÇÃO EM AÇÃO 2012 – I SEMESTRE
Legislação.
Universidade Federal do Amazonas
Declaração Universal dos Direitos do Homem (1948 – ONU)
Reunião de Pais e Professoras E. M. ERWIN PRADE 2008
SEMINÁRIO REABILITAÇÃO NOS TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
Colégio Nossa Senhora de Sion
Diretoria de Ensino Região de Ribeirão Preto Educação Especial
Escola Municipal Professoras:
O Ensino de Ciências e suas Relações com o Contexto Social
DIRETORIA DE ENSINO REGIÃO DE MARÍLIA
Aprendizado depende de:
Eixo 1 Tecnologias Assistivas Facilitadoras do Processo de Aprendizagem da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla.
11 a 13 de Outubro de 2013 Minascentro BH/MG
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS PROFESSORA: LILIAN MICHELLE
Rossana Ramos Fernanda Bosque
CARTA DE BELO HORIZONTE
BOCHA PARALÍMPICA: DA EDUCAÇÃO FISICA ADAPTADA PARA COMPETIÇÃO
Relatório de Proposta de Projeto
Doença Mental Definição Médica
Apresentação da Monografia de: Educação Especial e Inclusiva
Fonoaudiologia É a ciência que se ocupa da pesquisa, da prevenção, do diagnóstico, da habilitação e reabilitação da voz, da audição, da motricidade oral,
A APAE tem por objetivo proporcionar o desenvolvimento global dos alunos com Necessidades Educacionais Especiais visando sua interação e um processo educacional.
AUTONOMIA A autonomia é um poder que só se conquista de dentro e que só se exerce no seio da cooperação.” (PIAGET, 1997) Porto Alegre, 27 de agosto de.
Aula 07 – Ensino Fundamental II
Questões envolvendo autoconceito, auto-estima e gênero
FORMAÇÃO ESTAGIÁRIOS 21/08/2013.
Metodologia Ensino e Estágio de Língua Portuguesa III
O QUE É TREINAMENTO ? Nas organizações, o treinamento é frequentemente visto como uma atividade continua em muitos níveis, operacional, pessoal e administrativo.
Ensino Especializado em TGDs
TRABALHO EM EQUIPE Aleide Tôrres.
Inclusão que bicho é esse?
Principais atitudes e comportamentos dos bons profissionais
Inteligência Capacidade de encontrar meios para alcançar determinado fim Obter o máximo de efeito com o menor dispêndio.
Psicopatologia da Inteligência
ADELAIDE REZENDE DE SOUZA
Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade
Visual Auditiva Mental Múltipla Física
Alzheimer Tipo mais comum de demência.
EDUCAÇÃO DAS PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS NA ESCOLA REGULAR
PEI – Programa Educacional Individualizado
Adaptação Curricular Deficiência Intelectual
O QUE Relacionados às necessidades das crianças de educação e cuidado
TRANSTORNOS MOTORES Transtorno do desenvolvimento da coordenação
ESQUIZOFRENIA Infantil
RESULTADOS EDUCAÇÃO INFANTIL
Intervenções Pedagógicas O que pode ser feito na escola?
Existência de matrículas duplicadas; Alunos com matrícula nas escolas especiais e nas escolas comuns; Mesmo aluno com várias deficiências; Nº elevado.
ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO AEE Jucimara Liesenberg 1.
Termo de Terminalidade
Transcrição da apresentação:

Carolina Pegoraro Psiquiatra Assistente CREAPP-CAISM Philippe Pinel

“Sem a arte eu não teria sobrevivido” Yayoi Kusama

CASO B V.W., 11 anos Observação Sala coordenação, lanche, recreio, sala de informática e sala de aula Acompanhado por AVE e professora auxiliar Faz tratamento médico APAE, consulta com PQ Caps Perus + grupo (30min/sem); vaga Lucy Montoro

CASO B Pontos fracos: Múltiplas deficiências Não busca o contato social , aversão parcial ao toque Não demonstra interesses, apático (interesses específicos: rodar e rádio) Déficit de coordenação motora significativos (não mastiga ou assopra, não abre maçaneta, não abre tampa de garrafa, não sabe lavar mãos, não escova dentes; independente para alimentação) Profissionais fazem por ele Comportamento imitativo pouco presente Compreensão verbal parcial Quando contrariado, autoagressão Uso de fraldas Desensibilizado para ruídos Restrito a casa, só sai para escola

CASO B Pontos fortes: ???

DEFINIÇÃO É uma incapacidade caracterizada por importantes limitações, tanto no funcionamento intelectual quanto no comportamento adaptativo, está expresso nas habilidades adaptativas conceituais, sociais e práticas. Essa incapacidade tem início antes dos 18 anos.

ETIOLOGIA Aproximadamente 1/3 das causas do retardo mental permanece desconhecida. As 3 principais causas identificadas de retardo mental são: Síndrome de Down Síndrome alcoólica-fetal Síndrome do X-frágil

ETIOLOGIA Causas genéticas: Sd. Down, X-frágil, fenilcetonúria, etc... Causas Pré-natais: Tóxicas (Drogas, fumo, álcool) Infecciosas (CMV, Rubéola, LUES, toxoplasmose) Outras: Desnutrição da mãe, radioterapia, hipotireoidismo. Peri-natais: Prematuridade, Baixo peso, Anóxia, estresse aumentado durante o parto Pós-natais: Encefalites, meningites, TCE, intoxicação por chumbo ou mercúrio. Desnutrição, pouca estimulação.

Grau Faixa de QI Capacidade durante Idade Pré-Escolar (Nascimento-5 anos) Capacidade durante a Idade Escolar (6-20anos) Capacidade durante a Vida Adulta (a partir dos 21 anos Idade Mental Leve QI: 52-68 Consegue desenvolver habilidades sociais e de comunicação; comprometimento discreto da coordenação motora; freqüentemente diagnosticado anos mais tarde Pode adquirir um conhecimento similar ao da 6ª série do ensino básico ao final da adolescência; pode ser orientado a uma conformidade social adequada; pode ser educado Geralmente, consegue desenvolver habilidades sociais e vocacionais para o seu sustento, mas pode necessitar de orientação e assistência durante os momentos de estresse social ou econômico 9 - 12 anos Moderado 36-51 Consegue falar ou aprender a se comunicar; má consciência social; coordenação muscular razoável; pode beneficiarse com o treinamento de auto-ajuda Pode aprender algumas habilidades sociais e ocupacionais; é improvável uma progressão além do nível do segundo grau nos trabalhos escolares; pode aprender a viajar sozinho para locais familiares Pode aprender a sustentar-se, realizando trabalho não especializado ou semi-especializado sob tutela; necessita de supervisão e de orientação durante os momentos de estresse social ou econômico leves 6 – 9 Anos Grave 20-35 Consegue pronunciar algumas palavras; capaz de aprender algumas habilidades de auto-ajuda; nenhuma ou pouca habilidade expressiva; má coordenação motora Fala ou aprende a comunicar-se; pode aprender hábitos simples de higiene e saúde; é beneficiado com o ensinamento de hábitos Pode contribuir parcialmente com o autocuidado sob supervisão total; pode desenvolver algumas habilidades 3 – 6 anos Profundo Menor q 20 Retardo acentuado; pouca coordenação motora; pode necessitar de cuidado especial Discreta coordenação motora; provavelmente não conseguirá andar ou conversar Algum grau de coordenação motora e de fala; pode aprender a cuidar de si mesmo de forma muito limitada; necessita de cuidados especiais Até 3 anos

CONSIDERAÇÕES Em cada indivíduo as limitações frequentemente coexistem com as habilidades. Um propósito importante ao descrever as limitações é o de desenvolver um perfil aos apoios necessários. Com os apoios personalizados apropriados durante um determinado período de tempo, o funcionamento da vida da pessoa com retardo mental em geral melhora. No entanto, em raros casos eles podem apenas manter, limitar ou parar a regressão. O PONTO IMPORTANTE E INCORRETO É O ANTIGO ESTEREÓTIPO DE QUE AS PESSOAS COM RETARDO MENTAL NUNCA MELHORAM.

MODELO TEÓRICO É baseado na multidimensionalidade. DIMENSÃO I: Habilidades Intelectuais (Comunicação e cuidado pessoal) DIMENSÃO II: Comportamento adaptativo (Vida em casa e habilidades sociais) DIMENSÃO III: Participação, Interações e Papéis Sociais. (Funcionamento na comunidade e autodeterminação) DIMENSÃO IV: Sáude (Saúde, segurança e habilidades acadêmincas) DIMENSÃO V: Contexto (lazer e trabalho)

TIPO DE CLASSIFICAÇÃO – BASEADA NA INTENSIDADE DOS APOIOS NECESSÁRIOS Intermitente: O apoio se efetua apenas quando necessário. Caracteriza-se por sua natureza episódica, ou seja, a pessoa nem sempre está precisando de apoio continuadamente, mas durante momentos em determinados ciclos da vida, como por exemplo, na perda do emprego ou fase aguda de uma doença. Os apoios intermitentes podem ser de alta ou de baixa intensidade. Limitado: Apoios intensivos caracterizados por sua alguma duração contínua, por tempo limitado, mas não intermitente. Nesse caso incluem-se deficientes que podem requerer um nível de apoio mais intensivo e limitado, como por exemplo, o treinamento do deficiente para o trabalho por tempo limitado ou apoios transitórios durante o período entre a escola, a instituição e a vida adulta. Extenso: Trata-se de um apoio caracterizado pela regularidade, normalmente diária em pelo menos em alguma área de atuação, tais como na vida familiar, social ou profissional. Nesse caso não existe uma limitação temporal para o apoio, que normalmente se dá em longo prazo. Generalizado: É o apoio constante e intenso, necessário em diferentes áreas de atividade da vida. Estes apoios generalizados exigem mais pessoal e maior intromissão que os outros apoios.

TIPO DE CLASSIFICAÇÃO – BASEADA NO CAPACIDADE FUNCIONAL E ADAPTATIVA Dependentes: geralmente QI abaixo de 25; casos mais graves, nos quais é necessário o atendimento por instituições. Há poucas, pequenas, mas contínuas melhoras quando a criança e a família estão bem assistidas. Treináveis: QI entre 25 e 75; são crianças que se colocadas em classes especiais poderão treinar várias funções, como disciplina, hábitos higiênicos, etc. Poderão aprender a ler e a escrever em ambiente sem hostilidade, recebendo muita compreensão e afeto e com metodologia de ensino adequada. Educáveis: QI entre 76 e 89; a inteligência é dita “limítrofe ou lenta” e estas crianças podem permanecer em classes comuns, embora necessitem de acompanhamento psicopedagógico especial.

TIPO DE CLASSIFICAÇÃO – OMS – CID10 Profundo: São pessoas com uma incapacidade total de autonomia. Os que têm um coeficiente intelectual inferior a 10, inclusive aquelas que vivem num nível vegetativo.  Grave: Fundamentalmente necessitam que se trabalhe para instaurar alguns hábitos de autonomia, já que há probabilidade de adquiri-los. Sua capacidade de comunicação é muito primária. Podem aprender de uma forma linear, são crianças que necessitam revisões constantes.  Moderado: O máximo que podem alcançar é o ponto de assumir um nível pré-operativo. São pessoas que podem ser capazes de adquirir hábitos de autonomia e, inclusive, podem realizar certas atitudes bem elaboradas. Quando adultos podem freqüentar lugares ocupacionais, mesmo que sempre estejam necessitando de supervisão. Leve: São casos perfeitamente educáveis. Podem chegar a realizar tarefas mais complexas com supervisão. São os casos mais favoráveis.

  Os serviços educacionais MEC/SESPE ao deficiente mental prevalecem mais ou menos com o mesmo enfoque, percebendo-se a predominância cada vez maior de alunos com deficiência em classes comuns, com e sem apoio de salas de recursos, conforme CENSO ESCOLAR, MEC/INEP (1998 a 2004),

CONTATOS Estação Especial da Lapa – Rua Guaicurus, 1.274, Lapa, CEP 05033-002, São Paulo, SP - tel: 3873-6760 Casas André Luiz: 2457-7733 www.andreluiz.org.br APAE: 5080-7061 / 5080-7000 http://www.apaesp.org.br/ CECCO Freguesia do Ó: 3975-2893 CECCO Perus: 3915-6100 CECCO São Domingos: 3645-2908 Associação Beneficente Betsaida - Rua Joaquim de Oliveira Freitas, 2444 - Pq. São Domingos

OBRIGADA!!!!!

Carolina Pegoraro Psiquiatra Assistente CREAPP-CAISM Philippe Pinel

“Sem a arte eu não teria sobrevivido” Yayoi Kusama

Acompanhado por AVE e professora auxiliar. + SAAI CASO A E, 7 anos, 1º. Ano Observação pátio e sala de aula Acompanhado por AVE e professora auxiliar. + SAAI Passa no CAPS Perus, faz uso de medicação

CASO A Pontos fracos: Inquietação/desatenção Desajeitado Pouco tempo de tolerância para ficar sentado, não consegue esperar em filas Não pode ser contrariado; joga tudo no chão (já agrediu prof. Auxiliar e colegas) Dificuldade coordenação motora e habilidades básicas não desenvolvidas(ex: não sabe amarra r o tênis) Não se aproveitam as oportunidades de ensino incidental

CASO A Pontos fortes: Busca ativa pelo contato social Interesses específicos (õnibus, carros hot wheels, chutar bola, dançar, formula 1, pica-pau), porém amplos Gosta de ficar no pátio, em atividades mais livres e agitadas Comportamento imitativo presente Habitua-se a rotinas Boa compreensão verbal, entende conceitos Desensibilizado para ruídos Desde inicio escola aumentou vocabulário e uso de banheiro Potencial verbal!!!!!

OBRIGADA!!!!!