Teorias Pós-críticas do Currículo

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Transcrição da apresentação:

Teorias Pós-críticas do Currículo

O CONTEXTO DA PÓS-MODERNIDADE A “mudança de paradigmas”; Crítica aos padrões considerados “rígidos” da Modernidade; O rompimento à lógica positivista; Tecnocrática e racionalista; Tentativa de dar voz aos subalternos excluídos de um sistema totalizante e padronizado.

UMA ANÁLISE COMPARATIVA

A Teoria Multiculturalista Multiculturalismo é um movimento legítimo de reivindicação dos grupos culturais dominados no interior daqueles países dominantes para terem suas formas culturais reconhecidas e representadas na cultura nacional. Compreensão antropológica: devesse tolerar e respeitar a diferença porque sob a aparente diferença há uma mesma humanidade. São as relações de poder que fazem com que a “diferença” adquira um sinal, que o “diferente” seja avaliado negativamente relativamente ao “não-diferente”.

A Teoria Multiculturalista Nos Estados Unidos, o multiculturalismo originou-se exatamente como uma questão educacional ou curricular. A perspectiva liberal ou humanista enfatiza um currículo multiculturalista baseado nas ideias de tolerância. Da perspectiva mais crítica, focaliza-se nas relações de poder, e a tolerância é colocada permanentemente em questão. No haverá “justiça curricular” se a base curricular no for modificada para refletir as formas pelas quais a diferença é produzida por relações sociais de assimetria.

As Teorias de Gênero O termo “gênero” refere-se aos aspectos socialmente construídos do processo de identificação sexual. O currículo produz relações de gênero. O feminismo vinha mostrando que as linhas do poder da sociedade estão estruturadas não apenas pelo capitalismo, mas também pelo patriarcado. Há uma profunda desigualdade dividindo homens e mulheres, e estende-se a educação e ao currículo.

As Teorias de Gênero Há desigualdade do gênero com questões de acesso, sobretudo nos países periféricos do capitalismo. O mundo social está feito de acordo com os interesses e as formas masculinas de pensamento e conhecimento. Não existe nada mais masculino que a própria ciência. A pedagogia feminista tentava construir um ambiente de aprendizagem que facilite o desenvolvimento de uma solidariedade feminina.

As Teorias Étnicas Raciais As teorias críticas focalizadas na dinâmica da raça e da etnia se concentram em questões de acesso à educação e ao currículo. A identidade étnica e racial está estreitamente ligada às relações de poder que opõem o homem branco europeu às populações dos países por ele colonizados. Raça está ligada à cor da pele. Embora biologicamente só exista uma raça, a raça humana; Etnia está relacionada à características mais culturais. O texto curricular está recheado de narrativas nacionais, étnicas e raciais, e conserva as marcas da herança colonial.

As Teorias Étnicas Raciais A questão torna-se então: como desconstruir o texto racial do currículo. Um currículo multiculturalista desse tipo deixaria de ser folclórico para se tornar profundamente político. Um currículo crítico deverá centrar-se na discussão das causas institucionais, históricas e discursivas do racismo. A questão do racismo não pode ser analisada sem o conceito de representação, depende de relações de poder.

A Teoria Queer A Teoria Queer surge, em países como Estados Unidos e Inglaterra, como uma espécie de unificação dos estudos gays e lésbicos. Queer – “estranho”. Através da “estranheza” quer-se perturbar a tranqüilidade da “normalidade”. O conceito de gênero foi criado para enfatizar o fato de que as identidades masculina e feminina são historicamente e socialmente produzidas. A Teoria Queer começa por problematizar a identidade sexual considerada normal, ou seja, a heterossexualidade.

A Teoria Queer A identidade é sempre una relação: o que eu sou só se define pelo que não sou. A homossexualidade torna-se como um desvio da sexualidade dominante, hegemônica, normal, isto é, a heterossexualidade. A Teoria Queer quer nos fazer pensar o impensável, o que é proibido pensar, questionar todas as formas bem- comportadas de conhecimento e de identidade. Estimula que a questão da sexualidade seja seriamente tratada no currículo como uma questão legítima de conhecimento e de identidade.