CUSTOS, ORÇAMENTOS, PROPRIEDADE INTELECTUAL E DIREITO À SAÚDE

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Seguridade Social - Conceito
Advertisements

Brasil: Financiamento do Sistema Único de Saúde - SUS
Modelo Assistencial Brasileiro
APOIO INTEGRADO À GESTÃO DESCENTRALIZADA DO SUS – SANTA CATARINA
Orçamento na CF/88 Princípios
Retirada dos gastos com saúde da lei de responsabilidade fiscal
REGULAMENTAÇÃO DA EC 29.
Uso dos Indicadores do SIOPS
POLÍTICAS DE FINANCIAMENO DO SUS: responsabilidade das três esferas de governo e busca de um financiamento que fortaleça a atenção básica XIX CONGRESSO.
Financiamento da Política de Saúde Marcelo Gouvêa Teixeira Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais XIX CONASEMS - Abril de 2003.
O MINISTÉRIO PÚBLICO E OS GESTORES MUNICIPAIS: RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA NA GARANTIA DO DIREITO À CIDADANIA.
O Sistema Único de Saúde (SUS) foi criado pela Constituição Federal de 1988 para que toda a população brasileira tenha acesso ao atendimento público de.
FUNDAMENTOS POLÍTICOS-ECONÔMICOS DA EDUCAÇÃO
SUS – SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
Seguridade Social Orçamento da União Fontes de financiamento
SEGURIDADE SOCIAL - SAÚDE
A política de financiamento do SUS na ótica municipalista
Seminário de Planejamento no Âmbito do SUS
RESPONSABILIDADE DOS ENTES DA FEDERAÇÃO E FINANCIAMENTO DO SUS
CÂMARA DOS DEPUTADOS COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA SIMPÓSIO SOBRE POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE OS RUMOS DO ESTADO BRASILEIRO E O SUS: FINANCIAMENTO.
APRESENTAÇÃO: AVANÇOS DO PACTO
Conselho Estadual de Saúde – Paraná
Estimativa dos Gastos Tributários no Brasil
AUDIÊNCIA PÚBLICA (Artigo 9º § 4º da LRF) 3º QUADRIMESTRE DE 2009 Elaborado pela: Controladoria Geral do Município Controladoria Geral do Município Secretaria.
Curso de Especialização para Formação de Gestores e Equipes Gestoras do SUS Módulo I: Políticas de Saúde e os Desafios Contemporâneos Para a Gestão do.
Indicadores de Saúde Gestão em Saúde Pública
AUDIÊNCIA PÚBLICA (Artigo 9º § 4º da LRF) 1º QUADRIMESTRE DE 2010 Elaborado pela: Controladoria Geral do Município Controladoria Geral do Município MUNICÍPIO.
Planejamento na Gestão Pública
SISTEMA ÚNICO de SAÚDE SUS.
Sistema Único de Saúde - SUS
JCN 1.
Plano Plurianual Professor: Ednei Isidoro de Almeida.
SUS: Evolução das fontes de recursos
ADMINISTRAÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA PROF. MSc. FERNANDO ANTONIO CABRAL.
1988 Crise do f inanciamento do SUS Nasce o SIOPS Constituição Federal Lei 141 e Decreto Lei 141 e Decreto Portaria MS.
ESTUDO DE CASOS 8 ANOS DE LRF
DIREITO À SAUDE.
O gasto público em saúde: visões para um debate relevante Sérgio Francisco Piola Ciclo de Debates sobre Bioética, Diplomacia e Saúde Pública Núcleo de.
FINANCIAMENTO DO SISTEMA UNICO DE SAUDE. DESDE A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 OS MUNICÍPIOS VEM ASSUMINDO NOVAS E RECORRENTES RESPONSABILIDADES SEM O.
AUDIÊNCIA PÚBLICA Avaliação das Metas Fiscais Município de Registro 1º Quadrimestre de 2012.
Audiência Pública LOA 2016.
Ministério da Fazenda 11 CONSELHO NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL Reforma Tributária e Seguridade Social Brasília Agosto de 2009.
FINANCIAMENTO DO SISTEMA UNICO DE SAUDE
Gestão Intergovernamental e Financiamento do SUS
O PROCESSO DE CRIAÇÃO DO SUS ANÁLISE HISTÓRICA
MSc. FERNANDO ANTONIO CABRAL DE SOUSA JUNIOR ADMINISTRAÇÃO EM SAÚDE PÚBLICO.
Clarissa Cunha Cardoso Duarte
Financiamento da educação superior estadual no Brasil: mapeamento da vinculação de recursos e da evolução dos gastos Cristina Helena Almeida de Carvalho.
SIOPE Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Educação
Recursos Financeiros SUS – Gastos à Luz da Legislação Vigente Antonio Carlos Rosa de Oliveira Junior Diretor Executivo Fundo Nacional de Saúde/MS São Luiz.
DISCIPLINA: Serviço Social de Política Social II Profª: Elisônia Carin Renk.
RELATÓRIO DETALHADO DO QUADRIMESTRE ANTERIOR
EXIGE: Planejamento Transparência Controle RESPONSABILIZAÇÃO.
Como se organiza e estrutura a Educação Básica no Brasil?
PREFEITURA MUNICIPAL DE ICHU. Lei de Responsabilidade Fiscal: “Art. 9º (...) § 4o Até o final dos meses de maio, setembro e fevereiro, o Poder Executivo.
Políticas Públicas para a Saúde e Qualidade de Vida: o SUS na Seguridade Social e o Pacto pela Saúde Ivanete Boschetti GESST/UnB 1.
SEMINÁRIO DE APOIO A DESCENTRALIZAÇÃO DA GESTÃO DOS PRESTADORES DE MÉDIA E ALTA COMPLEXIDADE DO SUS VIGILÂNCIA EM SAÚDE.
Contagem – MG, 25 de maio de SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE.
CNM – Finanças/Jurídico PLP 45/ CNM – Movimento Municipalista  Representação de Municípios do Brasil  Maior entidade municipalista.
CONSELHO ESTADUAL DE SAÚDE DE SANTA CATARINA SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE SANTA CATARINA V CONFERÊNCIA DE SAÚDE DO ESTADO DE SANTA CATARINA Florianópolis,
Qualificação da Gestão. O QUE É O SUS Instituído pela Constituição de 1988, o Sistema Único de Saúde – SUS é formado pelo conjunto das ações e serviços.
Regulamentação da REDESIMPLES José Levi Mello do Amaral Júnior 1.
Aula 4: Organização legal da educação brasileira.
Art. 9º§ 4º- Até o final dos meses de maio, setembro e fevereiro, o Poder Executivo demonstrará e avaliará o cumprimento das metas fiscais de cada quadrimestre,
O SISTEMA SAGRES E SUA VANTAGEM PARA O SERVIÇO PÚBLICO – CONS. RONALD POLANCO RIBEIRO.
FUNÇÕES DO ESTADO Atividades Exclusivas do Estado Monopolistas – poder de definir, fiscalizar o cumprimento das leis do país, de impor a justiça, de manter.
Apresentação da Proposta de Projeto de Lei de Iniciativa Popular.
PACTUAÇÃO DAS AÇÕES DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA PELOS MUNICÍPIOS CATARINENSES Núcleo de Descentralização da DIVS/SES/SC.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO DEPARTAMENTO DE SAÚDE PÚBLICA CURSO DE MEDICINA São Luís - MA 2011.
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988
Transcrição da apresentação:

CUSTOS, ORÇAMENTOS, PROPRIEDADE INTELECTUAL E DIREITO À SAÚDE PREFEITURA MUNICIPAL DE FLORIANÓPOLIS SECRETARIA DE SAÚDE Seminário de Direito à Saúde CUSTOS, ORÇAMENTOS, PROPRIEDADE INTELECTUAL E DIREITO À SAÚDE

CUSTOS E ORÇAMENTOS O Parágrafo Único do Art. 198 da Constituição Federal diz: “ O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195, com recursos do orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios”.

INAMPS (beneficiava apenas os trabalhadores da economia formal, com “carteira assinada”, e seus dependentes) – extinto pela Lei n° 8.689, de 27 de julho de 1993 SUS inicia a sua atuação na área da assistência à saúde com caráter universal, utilizando-se de uma instituição que tinha sido criada e organizada para prestar assistência a uma parcela específica da população Quase 3 anos de SUS utilizando-se os seus recursos financeiros do INAMPS e a sua lógica de alocação SUS regulamentado em 1990 pelas Leis n. 8080 e n. 8142 (sistema universal)

Início do financiamento do SUS – lógica do INAMPS capacidade instalada dos serviços de saúde - desigualdade na divisão dos recursos entre os estados - aprofundando as desigualdades regionais - privilegiou estados com uma maior e mais complexa rede de serviços. Ministério da Previdência Social (MPAS) – mais de 30% da seguridade social período de grave crise processo de redução progressiva dos percentuais alocados pelo MPAS, chegando a 15% Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira (CPMF), Lei n. 9.311/ 1996

CUSTOS E ORÇAMENTOS Entre 1993 e 1994, houve uma ruptura da obrigação constitucional de financiamento da saúde (SUS) através de recursos do orçamento da Seguridade Social O SUS ficou tão somente com recursos da União Em 1996 foi criada a CPMF com o objetivo de suprir a lacuna deixada pela ausência de recursos da seguridade social

O PAPEL DA CPMF FONTE: SIAFI/SIDOR Nota: em R$ bilhões 12/05 - CONASS 2009

Regulamentação da EC 29/2000 A Emenda Constitucional nº 29, define os limites mínimos de aplicação em saúde, e estabeleceu regras de 2000 a 2004 referentes aos repasses na área da saúde. O Artigo 198 da Constituição Federal prevê que no final do processo a referida Emenda seja regulamentada por Lei Complementar, que deverá ser reavaliada a cada cinco anos. A EC nº 29 se traduziu na primeira ação positiva do Executivo e Legislativo no sentido de criar um sistema definitivo de financiamento saúde O sistema público educacional possui recursos assegurados desde a Constituição de 1946 (art. 169) . 10% Recursos da União e 20% Estados e Municípios. E a saúde? O SUS, criado em 1988 pelo art. 198 da CF, não previu um capítulo de financiamento, a exemplo da educação, quando universalizou o ensino primário em 1946

Recursos mínimos de aplicação dos entes federados em ASPS, estabelecidos pela EC 29 União, o montante aplicado no ano anterior corrigido pela variação nominal do PIB. Estados, 12% da receita de impostos estaduais. Municípios, 15% da receita de impostos municipais. Para Estados e Municípios, foi definido um processo de transição a partir do mínimo de 7% em 2000, até atingir os percentuais, respectivamente, de 12% e 15%, em 2004 Fonte: DESD/SE- MS Prof. Elias Jorge, 12

Receitas e Despesas da Seguridade Social Fonte:STN/MF Nota: Receitas e despesas retiradas do RREO da União; Receitas realizadas; Despesas liquidadas; Despesa por sufunção exceto intra-orçamentárias; PIS/PASEP já deduzido de 40% destinado ao BNDES. 9 7

Matriz de Benefícios da Seguridade Social em 2005-2009 Fonte: Ministério da Saúde - Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SIA/SUS), Ministério da Previdência (MP) e Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). Nota: ¹ Dados de cobertura vacinal de todas as vacinas, as quais tem cobertura e indicações diferentes. ² Nº de famílias em 2009 = referentes a posição de abril de 2010 Fonte: DESD/SE- MS Prof. Elias Jorge, 10 8

Evolução anual dos gastos com ações e serviços públicos de saúde, segundo esfera de governo. Período: 2002 - 2008 Em milhares de reais Ano Despesa Federal Despesa Estadual Despesa Municipal Total 2002 24.736.843 10.278.420 12.029.372 47.044.635 2003 27.181.155 12.144.792 13.765.417 53.091.364 2004 32.703.495 16.028.249 16.408.719 65.140.463 2005 37.145.779 17.236.138 20.281.227 74.663.144 2006 40.750.155 19.798.770 23.555.008 84.103.933 2007 44.303.497 22.566.270 26.368.683 93.238.450 2008 48.670.190 27.926.885 32.267.633 108.864.708 Fonte: Ministério da Saúde/Secretaria Executiva/Departamento de Economia da Saúde e Desenvolvimento/ Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde - SIOPS (Gasto Estadual e Municipal); SPO/SE e Fundo Nacional de Saúde - FNS (Gasto Federal) e IBGE (PIB). Tabela elaboração própria. Notas: 1. O efeito da inflação não foi eliminado; 2. Os dados estaduais são os obtidos pela análise de balanços estaduais realizada pela equipe responsável pelo SIOPS; os dados municipais são os declarados ao SIOPS. Fonte: DESD/SE- MS Prof. Elias Jorge, 11 16

Despesas com Ações e Serviços Públicos de Saúde, como proporção do PIB – Brasil Período: 2002 - 2008 Ano Federal Estadual Municipal Total Despesa (em R$ mil correntes) % PIB 2002 24.736.843 1,67% 10.278.420 0,70% 12.029.372 0,81% 47.044.635 3,18% 2003 27.181.155 1,60% 12.144.792 0,71% 13.765.417 53.091.364 3,12% 2004 32.703.495 1,68% 16.028.249 0,83% 16.408.719 0,85% 65.140.463 3,36% 2005 37.145.779 1,73% 17.236.138 0,80% 20. 281.227 0,94% 74.663.144 3,48% 2006 40.750.155 1,72% 19.798.770 0,84% 23.555.008 0,99% 84.103.933 3,55% 2007 44.303.497 1,66% 22.566.270 26.368.683 93.238.450 3,50% 2008 48.670.190 1,62% 27.926.885 0,93% 32.267.633 1,07% 108.864.708 3,62% Fonte: Ministério da Saúde/Secretaria Executiva/Departamento de Economia da Saúde e Desenvolvimento/ Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde - SIOPS (Gasto Estadual e Municipal); SPO/SE e Fundo Nacional de Saúde - FNS (Gasto Federal) e IBGE (PIB). Tabela elaboração própria. Notas: 1. O efeito da inflação não foi eliminado; 2. Os dados estaduais são os obtidos pela análise de balanços estaduais realizada pela equipe responsável pelo SIOPS; os dados municipais são os declarados ao SIOPS; 3.Os valores do PIB não são os originalmente publicados, porém não contém a série toda reavaliada. Fonte: DESD/SE- MS Prof. Elias Jorge, 12 18

Relação entre Receita Corrente da União e Despesas com Ações e Serviços Públicos de Saúde, 2000 a 2008 Ano Receita Corrente Despesas em ASPS Despesa em ASPS Receita corrente em milhares de reais % da Receita Corrente em % do PIB 2000 252.519 20.351 8,06 22,93 1,85 2001 289.411 22.474 7,77 24,14 1,87 2002 343.075 24.737 7,21 25,49 1,84 2003 384.447 27.181 7,07 24,70 1,75 2004 450.590 32.703 7,26 25,51 2005 527.325 37.146 7,04 27,22 1,92 2006 584.067 40.751 6,98 24,65 1,72 2007 658.884 44.304 6,72 24,76 1,66 2008 754.736 48.679 6,45 25,12 1,62 2009 775.407 58.270 7,51 24,67 A participação da despesa da União em ASPS nas receitas correntes passou de 9,74% em 1995 para 7,51 %, em 2009. Em relação ao PIB, as despesas em ASPS mantiveram-se , em média, 1,79% do PIB Nota: Nesta tela, os valores do PIB são provenientes da última reavaliação do IBGE (valores mais atuais) Fonte: DESD/SE- MS Prof. Elias Jorge, 19

MUNICÍPIOS BRASILEIROS GASTOS PRÓPRIOS COM SAÚDE 2000-2008 ANO 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 % SAÚDE RECURSOS PRÓPRIOS 13,2 14,4 16,0 17,5 18,0 18,6 19,7 19,2 19,5 MUNICÍPIOS INFORMANTES 5337 5510 5508 5454 5405 5538 5529 5495 5277 APLICOU % EC-29 4585 3607 4243 4668 5355 5483 5450 5239 NÃO 752 1903 1265 786 737 183 46 45 38 SEM DADOS 168 49 51 105 153 24 33 67 285 TOTAL MUNICÍPIOS BRASIL 5505 5559 5558 5562 FONTE SIOPS – DECLARADO MUNICÍPIOS SEM CRÍTICA - ESTUDOS GC Fonte: GILSON CARVALHO

S.CATARINA-MUNICÍPIOS-% GASTO PRÓPRIO SAÚDE- 2000-2008 ANO 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 % SAÚDE – R.PRÓPRIOS 11,3 12,4 14,2 15,7 17,3 17,9 18,5 18,1 18,6 MUNICÍPIOS INFORMANTES 293 APLICOU % EC-29 215 255 267 289 292 NÃO APLICOU 78 38 26 4 1 MUNICÍPIOS S/DADOS MUNICÍPIOS BRASIL FONTE SIOPS - DECLARADO PELOS MUNICÍPIOS SEM CRÍTICA - ESTUDOS GC Fonte: GILSON CARVALHO

Pacto pela Saúde 2006 PACTO PELA VIDA PACTO EM DEFESA DO SUS Financiamento do SUS PACTO PELA VIDA A alocação dos recursos orçamentários e financeiros para viabilizar o alcance do conjunto de compromissos sanitários PACTO EM DEFESA DO SUS Compromisso com a repolitização do SUS, consolidando a política pública de saúde brasileira como uma política de Estado. Tem o financiamento público da saúde como um dos pontos centrais PACTO DE GESTÃO Explicita as diretrizes para o sistema de financiamento público tripartite em grandes blocos de financiamento federal

CONASS - 2009

CONASS - 2009

PROPRIEDADE INTELECTUAL E O SUS No Brasil, quem regula a PI é a Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996 “Art. 2º A proteção dos direitos relativos à propriedade industrial, considerado o seu interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País, efetua-se mediante: ” As concessões de patentes e de registros

PROPRIEDADE INTELECTUAL E O SUS Lei nº 9.787/1999 (Lei dos Genéricos) Então política do Governo Federal com o objetivo de estimular a concorrência e variedade de oferta no mercado de remédios, reduzir os preços e facilitar o acesso da população aos tratamentos

PROPRIEDADE INTELECTUAL E O SUS Em 2007 o governo brasileiro, através de Decreto, concedeu o licenciamento compulsório de um anti-retroviral importado contra a AIDS, quebrando-se, assim, a sua patente

PROPRIEDADE INTELECTUAL E O SUS Sendo assim, hoje existe como o Governo Federal quebrar a patente de medicamentos estrangeiros, através da Lei n. 9.279/1996 E os Municípios? Podem se utilizar da mesma prerrogativa? Não! não há como os Municípios e Estados agirem como o Governo Federal!

DIREITO À SAÚDE O sistema de saúde precisa de REGULAÇÃO Estatal; As pessoas têm desejos que levam a falsas necessidades e ao gasto excessivo de recursos A REGULAÇÃO tem que ser feita com base em estudos de medicina baseada em evidência e economia da saúde e não pela opinião de um especialista; Exemplo: quimioterápico de alto custo para paciente terminal com 3 meses de vida; na Inglaterra o NICE (sistema de regulação) não permite esta prática ((http://www.nice.org.uk/)

REGULAÇÃO Medicina Baseada em Evidência: São estudos randomizados duplo cegos ou metanalise; opinião de especialista é o que conta menos na hierarquia Economia da saúde: analise de custo efetividade/ custo-benefício; exemplo: NICE no NHS inglês (http://www.nice.org.uk/) Não se trata de avaliações que levam em consideração apenas evitar a morte, mas proporcionar qualidade de vida

INTERVENÇÃO MÉDICA & RISCO Excesso de exames e medicações não só podem representar gastos desnecessários como podem ser um grande risco para os indivíduos; Intervenção médica inadequada é a terceira causa de morte nos EUA (Starfield B. Is US Health Really the Best in the World? JAMA. 2000; 284 (4): 483-5); No Brasil a classe média tem uma sensação errada de que está sendo bem tratada no sistema privado com o excesso de exames e medicamentos e atenção descoordenada entre diversos especialistas (“shopping around”); Prevenção Quaternária é fundamental (Starfield B)

SISTEMA AMERICANO SAÚDE COMO COMÉRCIO O trabalho destes homens é transformar desejo em necessidades, não podemos fazer o mesmo com a saúde, transformando o desejo da vida eterna em gastos impossíveis de ser custeados pela sociedade.

SISTEMA AMERICANO SAÚDE COMO COMÉRCIO A reforma proposta pelo Presidente Barack Obama, que levou a um desgaste político brutal, define basicamente a regulação federal do sistema de saúde americano, algo impensável no passado em uma sociedade capitalista e individualista como a sociedade americana.

ESTADO SOLIDÁRIO O Poder Judiciário deve colaborar no processo de regulação do sistema de saúde brasileiro no sentido de proporcionar mais equidade e justiça social porque os princípios constitucionais do SUS são de base solidária, muitas vezes incompatíveis com o sistema capitalista

João José Candido da Silva Obrigado! João José Candido da Silva Professor da UFSC Secretário Municipal de Saúde Prefeitura Municipal de Florianópolis