A VIOLÊNCIA E O PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM

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Transcrição da apresentação:

A VIOLÊNCIA E O PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM UMUARAMA 2012 ANGELA MENDONÇA

Escritos Milenares

Zaratustra (filósofo persa, século VII a.C) “A mulher deve adorar o homem como a um deus. Toda manhã, por nove vezes consecutivas, deve ajoelhar-se aos pés do marido e, de braços cruzados, perguntar-lhe: Senhor, que desejais que eu faça?” Zaratustra (filósofo persa, século VII a.C)

"Quando um homem for repreendido em público por uma mulher, cabe-lhe o direito de derrubá-la com um soco, desferir-lhe um pontapé e quebrar-lhe o nariz para que assim, desfigurada, não se deixe ver, envergonhada de sua face. E é bem merecido, por dirigir-se ao homem com maldade de linguajar ousado." Le Ménagier de Paris (Tratado de conduta moral e costumes da França, século XIV)

"As crianças, os idiotas, os lunáticos e as mulheres não podem e não têm capacidade para efetuar negócios.“ Henrique VII (rei da Inglaterra, chefe da Igreja Anglicana, século XVI)

A violência e seus contornos     Sempre existiu, assume formas específicas de acordo com o momento histórico.  Deixou/deixa cicatrizes em toda a história da humanidade, afetou/afeta particularmente a população mais pobre. No Brasil: • final da década de 60 início de 70  ditadura militar, ação do esquadrão da morte e crescimento do tráfico de drogas. • anos 80  o cotidiano nos bairros da periferia transformou-se com o aparecimento das gangues de jovens e adolescentes. • anos 90  desmistificação da crença de que atos violentos são comuns em determinada camada da população. 7

A investigação sobre a violência no Brasil:  Alguns aspectos se assemelham aos de outras partes do mundo, outros ganham o colorido da nossa cultura e realidade social.  Em cada época, os estudos ressaltam diferentes aspectos da violência na escola: - Década de 70: os castigos físicos/morais infligidos pelos professores aos estudantes. - Anos 80 e 90: a violência que envolve alunos contra alunos, as depredações, a ligação entre a escola e o narcotráfico. Violência como impedimento à aprendizagem - Atualmente: episódios truculentos associados aos estudantes e professores.  A violência simbólica:  Nos discursos sobre a incompetência do educador, apontado injusta e cruelmente, como responsável pela crise da escola pública.  Nas promessas, não cumpridas, de investimentos na educação pública. PNE 7% 8

O PROFESSOR ESTÁ AUTORIZADO

SE PODES VER, REPARA...

A Organização Mundial da Saúde classifica a violência nas seguintes categorias - violência contra si mesmo (Intrapessoal); - violência interpessoal; - violência coletiva; - violência institucional. 12

Violência e Cotidiano Escolar Propostas: QUESTÃO DE SEGURANÇA QUESTÃO POLÍTICO-PEDAGÓGICA

Violência e Cotidiano Escolar Segurança: Patrulha Escolar Alarmes Ligados à Distritos Policiais Grades, correntes e cadeados Detectores de Metal Revista Policial dos Alunos

Violência na Escola

Violência na Escola

Violência e Cotidiano Escolar Perspectiva Político-Pedagógica: Resgate do Aluno Participação e Diálogo Reflexão Coletiva Relação Família-Escola Atividade Extra-Classe Integração Escola-Comunidade Educação em/para os Direitos Humanos

Três Afirmações Básicas: 1ª)Violência social e violência escolar estão relacionadas, mas esta relação não pode ser vista de modo mecanicista e simplista; 2ª) Violência: - Complexidade - Multicausalidade - Dimensões: Estrutural e Cultural 3ª) A escola também produz violência

ÉTICA EDUCAÇÃO E CONSUMO

SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA - Sociedade marca: individualização, realização, liberdade, democracia Utiliza mensagens: sedutoras, atraentes, apelativas, erotizadas, baseadas: signos reais(ícones) Metas: a curto prazo -> interesse pessoal; - Propõe: flexibilidade de interesses e de costume

Será que eu preciso mesmo consumir isto? Fases do Consumo - Compras Por que comprar ? Será que eu preciso mesmo consumir isto? Anúncio na capa do “Saturday Evening Post” Agosto de 1959 Imagem cedida por Fátima Milnitzky 23 23

AS BABÁS 24

OBJETIVO DA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA eficiência = - tempo e + dinheiro rapidez = facilitar a vida --------- mudança de comportamentos, valores e crenças elevação do nível de vida = consumo

CONSUMO: É o mito fundante Principal eixo de construção de identidade Forma de pertencimento e visibilidade. Meio de gestão dos desejos

Os papéis dos pais e mães Distribuição do Tempo dos Adolescentes com os filhos e filhas Quem educa quem??? MÍDIA / ADOLESCÊNCIA Distribuição do Tempo dos Adolescentes Escola - 11.000 horas instrução formal (Ginásio) TV - 15.000 horas assistindo à TV (mesmo período) Convívio com pais - 12 horas semanais TV - 23 a 24 horas por semana Fonte: Strasburger V, EUA, 1989. 28

CONSUMO: Mudança dos valores culturais: individualismo, idéia de tirar vantagem, competir e, especialmente, ganhar. Busca pela felicidade a qualquer custo -> tolerância zero e a frustração insuportável. Transgressão dos limites morais e éticos. Escolha de alternativas que apresentam resultados imediatos: consumo e comércio de drogas

Globalização Uma breve contemplação do “artificial”...

A sociedade de consumo Ter dinheiro=busca de felicidade e status? Qual é o comportamento que o mundo capitalista impõe? Sempre há um produto melhor do que o que acabamos de consumir? Antes = necessidade Hoje = impulso e compulsão

CONSUMO: Sociedade de risco e vulnerabilidade: incerteza e imprevisibilidade Definição de estilos de vida: trajetória ou hábitos adquiridos por motivação externa (criação de desejos e necessidades) e interna (pertencimento, proteção e prestígio). Consumo de qualquer mercadoria: drogas

Relações Afetivas mediadas pelas Relações de Consumo A Cultura do Consumo Relações Afetivas mediadas pelas Relações de Consumo Produtos e Serviços são ingressos sociais Perguntar quantas pessoas na sala preferiam ver TV a brincar – contar do caderno de turismo Confessar que brinquei muito com a Barbei e que fui mais de uma vez na Disney. Eu já comprei uma Hello Kity para minha enteada.   A relação que os adultos tem com consumo e a importância que dão a isso é o que conta. AJUDAR A SOCIEDADE BRASILEIRA A REAGIR CONTRA A TENDÊNCIA DE SE TORNAR MATERIALISTA E EXCESSIVAMENTE CONSUMISTA 34

A ESCOLA. QUE LUGAR É ESSE? É um espaço de construção da identidade dos jovens, lugar de sociabilidade, de lazer, estabelecer vínculos. Lugar para estudar e aprender

ETICA NA ESCOLA E NA FAMILIA

A ESCOLA. QUE LUGAR É ESSE? pouco atrativa: construções descuidadas (escuras, sem proteção), instalações precárias, excesso de burocracia, não garante a inserção no mercado de trabalho, adoção de projetos pedagógicos que engessam a criatividade, a interação e o relaxamento = propício à hostilidade.

ESCOLA. QUE LUGAR É ESSE? É o lugar da proteção: Quanto mais violento é o entorno, mais tranqüilo é considerado a escola É lugar de entretenimento: interações e experiências Espaço de pertencimento e visibilidade

O que nos falta?

TEMPO ?

OU ESCOLHAS?

Uma Parceria Imprescindível Família e Escola “ A responsabilidade pela educação Será sempre trabalho conjunto entre pais e escola.” Uma Parceria Imprescindível

Definições preliminares Violência em meio escolar situa fenômenos distintos: violência contra a escola - violência da escola - violência na escola 50

Violência contra a escola Expressão: depredações, vandalismos, arrombamentos, roubos. 51

Discussões em torno da violência contra a escola Debate: qual o papel da escola na atualidade? Caracterização socioeconômica do entorno Delimitação dos fatores de risco As novas configurações familiares 52

Violência da escola Expressão: Organização autoritária Currículos fechados Ambiente confuso e não acolhedor Práticas discriminatórias 53

Discussões em torno da violência da escola Debate: Democratização da escola Organização escolar: currículos Identidades locais: respeito às diferenças Formação de professores 54

Violência na escola Expressão: Bullying: xingamentos, incivilidades, desrespeitos, humilhações, ameaças Agressões físicas Drogas na escola 55

Discussões em torno da violência na escola Debate: Educação para a paz Gerações em conflito – alunos x professores Sociabilidade juvenil – identidades; Contexto social – cultura da violência Escola: espaço de encontro das diferenças 56

O LUGAR DA ESCOLA EDUCAR – CIVILIZAR: CHOQUE DE CULTURAS ESCOLA COMO LUGAR DA LEI/ DO LIMITE SEDIMENTAÇÃO DO UNIVERSO SIMBÓLICO: AS REGRAS E VALORES CULTURAIS ENCONTRO COM A DIFERENÇA 57

ESCOLA ORGANIZADA Estabelecimento de um código de conduta na escola com previsão das sanções em caso de descumprimento das normas Comunicação clara e divulgação constante para todos Garantia da aplicação não discriminatória das normas Desenvolvimento de programas educativos que incentivem a adoção dos comportamentos desejados ATENÇÃO: Não se trata de transformar a escola numa instituição severa e sem liberdade 58

ESCOLA QUE CUIDA Estabelecimento de um clima agradável na escola: As percepções, sentimentos e comportamentos de seus membros revelam que a escola é um lugar onde as pessoas se sentem confortáveis, bem-vindas e que podem ser bem sucedidas 59

BOAS PRÁTICAS DE PREVENÇÃO avaliadas internacionalmente 60

Escuta Ativa Conhecer o ponto de vista dos alunos: o que pensam, sentem, compreendem, querem? O que dizem? Como se expressam? NEGOCIAÇÃO 61

Mediação de conflitos Atenção às relações – bullying “não é coisa de criança” Aprendizagem da COMUNICAÇÃO NÃO VIOLENTA Formação de mediadores 62

Supervisão dos jovens Identificação dos jovens em situação de risco – ativação das instituições de apoio (conselhos, redes, ongs) Desenvolvimento de atividades de cultura, lazer, esporte e trabalho como SAÍDAS ALTERNATIVAS para as drogas e a delinquência 63

Integração com a comunidade Estabelecimento de uma rede de PARCERIAS – via de mão dupla ESCOLA COMO REFERÊNCIA LOCAL Papéis compartilhados 64

Fomentar uma cultura de paz Educar para a tolerância Educar para o respeito ao diferente Educar para a ordem Educar para a convivência Educar para a autonomia Educar para a sustentabilidade 65

Coerência entre o dizer o fazer Gestão democrática Escola como espaço de participação Escola voltada aos interesses da comunidade local Coerência entre o dizer o fazer 66

Olhar sócio histórico A disciplina era imposta como castigo, ou ameaça, através de medo, coação. Professor: superior hierárquico, sua função era modelar moralmente os alunos. Escola: era um espaço social, pouco democrático. Era elitista e conservadora. A democratização deteriorava o ensino. Portanto a qualidade do ensino cai, principalmente o público, pela expansão às camadas sociais.

Art. 56 Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao conselho Tutelar os casos de: I - maus-tratos envolvendo seus alunos; II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares; III - elevados níveis de repetência.

ETICA NO SISTEMA DE ENSINO

CODIGO CIVIL Do Poder FAMILIAR SEÇÃO I Disposições Gerais Art. 1.630. Os filhos estão sujeitos ao poder familiar, enquanto menores.

Do Exercício do Poder Familiar Art. 1.634. Compete aos pais, quanto à pessoa dos filhos menores: I - dirigir-lhes a criação e educação; II - tê-los em sua companhia e guarda; III - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para casarem; IV - nomear-lhes tutor por testamento ou documento autêntico, se o outro dos pais não lhe sobreviver, ou o sobrevivo não puder exercer o poder familiar;

V - representá-los, até aos dezesseis anos, nos atos da vida civil, e assisti-los, após essa idade, nos atos em que forem partes, suprindo-lhes o consentimento; VI - reclamá-los de quem ilegalmente os detenha; VII - exigir que lhes prestem obediência, respeito e os serviços próprios de sua idade e condição.

Art. 12. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de: I - elaborar e executar sua proposta pedagógica; II - administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros; III - assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidas; IV - velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente; V - prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento; VI - articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de integração da sociedade com a escola; VII - informar pai e mãe, conviventes ou não com seus filhos, e, se for o caso, os responsáveis legais, sobre a frequência e rendimento dos alunos, bem como sobre a execução da proposta pedagógica da escola; (Redação dada pela Lei nº 12.013, de 2009) VIII – notificar ao Conselho Tutelar do Município, ao juiz competente da Comarca e ao respectivo representante do Ministério Público a relação dos alunos que apresentem quantidade de faltas acima de cinqüenta por cento do percentual permitido em lei.(Incluído pela Lei nº 10.287, de 2001) 74

SAÍDAS: A CENTRALIDADE DO EDUCADOR O educador como observador privilegiado das manifestações dos alunos Esferas de atuação: - motivação - gerenciamento de conflitos - análise dos próprios comportamentos que possam ser geradores de violência - cuidado com as ações que possam levar à estigmatização de pessoas e comportamentos

A questão da violência na escola Violência ou violências? A violência acontece só na escola? Ela é diferente na escola PARANAENSE? Qual o sentido atribuído às práticas de violência no ambiente escolar? Existe relação entre as práticas de violência e a forma como se relacionam as instituições que cumprem um papel de socialização dos jovens: a escola e a família? É possível construir um projeto político-pedagógico na escola que tenha como objetivo inegociável a formação do cidadão que valoriza a vida, respeita os direitos de todos e se compromete com seus deveres? 76

O profissional da educação precisa estudar, discutir, refletir sobre:  o impacto do ingresso, na escola, de um novo sujeito histórico, ou seja, de um novo estudante com novos valores e demandas;  o papel da família e comunidade na educação escolar das crianças, adolescentes e jovens; 77

 de que forma abrir mão do discurso pedagógico hegemônico;  sobre o que acontece na escola todo dia e como se desenvolve o projeto político-pedagógico sob a perspectiva da violência;  de que forma abrir mão do discurso pedagógico hegemônico;  como aprender a desistir um pouco de querer reencontrar no aluno real a criança ideal;  o que acontece nas escola, no mundo, no seu entorno, descobrir aquilo que “está dando certo”;  a possibilidade de que na instituição escolar também podemos praticar violências. 78

Mas.... Na escola pratica-se violência quando: é colocado em dúvida o potencial dos estudantes e/ou profissionais da educação; de forma explícita, ou não, é afrontada a dignidade, a integridade moral das pessoas; se atenta contra a integridade física; não há empenho para que todos participem de todas as atividades ou não se valorizam os conteúdos por não crer que eles farão diferença. Por que em muitas escolas públicas os estudantes apresentam bom rendimento, mantém boas relações e a comunidade admira o trabalho desenvolvido na instituição? 79

Mas.... Na escola pratica-se violência quando: Por que alguns equipamentos públicos ou unidades escolares, não sofrem agressões? Por que inúmeras escolas têm um projeto político-pedagógico de sucesso? Por que a comunidade participa e apóia os profissionais e muitas instituições? as instalações, equipamentos, materiais escolares não são cuidados, preservados; a escola é coercitiva e desinteressante; não resolve os problemas imediatos; não cumpre seu objetivo básico: formar o cidadão responsável, participativo, que aprende sempre. 80

Espaços de convivência Construir espaços de convivência e participação que gerem conflitos, que permitam o cruzamento de informações e trocas de experiências. Novos espaços públicos que viabilizem processos efetivos de aprendizado e amadurecimento político para a constituição da participação efetivamente qualitativa Colegiado. 81

Espaços democráticos de convivência: Assembleia de classe. Grêmio. Círculos de discussão, pesquisa... 82

Os programas mais eficazes de combate à violência são: Os continuados e que atuam sobre mais fatores de risco. Que atuam em rede com equipes multidisciplinares, com registros e análise estratégica de dados. Que investem em capacitação profissional. Que investem em monitoramento e avaliação das ações.

Fonte: Prefeitura de Curitiba - Secretaria Municipal de Saúde 84

“Enquanto permanecemos hipnotizados pela miragem do insolúvel,deixamos de resolver aquilo cuja solução depende da nossa vontade e iniciativa” Jurandir Freire Costa

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