INFECÇÃO BACTERIANA DO RECÉM-NASCIDO

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Patologia respiratória no período neonatal
Advertisements

Atendimento ao RN Patológico
CEFALOSPORINAS 3a e 4a GERAÇÃO
Manejo Clínico da Neutropenia Febril
Infecções da Corrente Sanguínea
Sepse e neutropenia nos recém-nascidos de muito baixo peso de mães com pré-eclâmpsia Sepsis and Neutropenia in Very Low Birth Weight Infants Delivered.
Hospital Regional da Asa Sul/SES/DF
Infecção do trato urinário na gestação
Recuperação Pós Anestésica
MENINGITES NA INFÂNCIA
INFECÇÕES NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL
Uso Racional de Antimicrobianos
CHOQUE SÉPTICO.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DAS INFECÇÕES HOSPITALARES
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DAS INFECÇÕES HOSPITALARES
Escolha Antibiótica na UTI
Síndrome do Desconforto Respiratório no RN
INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA
Natália Silva Bastos Ribas R1 pediatria/HRAS
Exposição a antibiótico na UTI neonatal e o risco de enterocolite necrosante J Pediatr 2011;159:392-7 Apresentação: Juliana Lobato, Mariana Amui, Mariana.
Febre sem sinais localizatórios
Pneumonia em institucionalizados
A criança internada na Unidade Intermediária
MENINGITES NA INFÂNCIA
Comparação de ampicilina mais gentamicina vs penicilina mais gentamicina no tratamento empírico no risco de sepse precoce neonatal Acta Pædiatrica 2010;
Meningite.
Cetoacidose Diabética (CAD)
CORIOAMNIONITE MANUSEIO DA GESTANTE E DA PUÉRPERA
PNEUMONIAS NA INFÂNCIA
PLÍNIO VASONCELOS MAIA
Cardiopatias no Recém-nascido
Sepse Neonatal Precoce
Assistência de enfermagem à criança com disfunção respiratória
Sepse grave e choque séptico em Pediatria
Antimicrobianos: Como? Onde? E por quê? Utilizá-los.
Influenza / Gripe → DIAGNÓSTICO ETIOLÓGICO (CID-10: J.09 a J.11)
Acompanhamento da Nutrição Parenteral e suas complicações
Infecção urinária na infância
MANEJO DA CRIANÇA CUJA MÃE RECEBEU PROFILAXIA ESTREPTOCÓCICA
(quando usar?Quando suspender? Riscos!)
SEPSE FÚNGICA NEONATAL
TAQUIPNÉIA TRANSITÓRIA DO RECÉM-NASCIDO
NEUTROPENIA FEBRIL Jefferson Pinheiro
Monografia apresentada como requisito para conclusão da Residência Médica em Pediatria Geral Estudo descritivo e coorte histórica de um surto de Candida.
INFECÇÕES EM PARTES MOLES
NEUTROPENIA FEBRIL Brasília, 14/6/2011
Febre sem sinais localizatórios e risco de bacteremia oculta
Caso clínico 1 Menina de 6 anos de idade é atendida no Posto de saúde com história de disúria e polaciúria há 2 dias. Nega febre. ISDA: obstipação; corrimento.
Neutropenia Febril em Oncologia Pediátrica
Diagnóstico e tratamento das infecções neonatais Uso Racional de antimicrobianos Felipe T de M Freitas NCIH – HMIB Brasília, 19.
CONTROVÉRSIAS A RESPEITO DA SEPSE FÚNGICA NO PRÉ-TERMO EXTREMO: PROFILAXIA E ESQUEMAS TERAPÊUTICO Maria E. L. Moreira Pesquisadora do Instituto Fernandes.
SEPTICEMIA NEONATAL Martha Gonçalves Vieira HRAS/SES/DF
Hemocultura Sangue colhido por venipunção podendo ser introduzido em um ou mais frascos com meio de cultura especial 1 venipunção = 1 HEMOCULTURA Meio.
Infecções da Corrente Sanguínea
FEBRE SEM SINAIS DE LOCALIZAÇÃO
Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL
Orientadores: Dr. Nivaldo Pereira Alves
Sepse precoce por EGB CDC 2010.
DISCIPLINA DE PEDIATRIA II
RISCO DE SEPSE NEONATAL
Enterococcus faecalis
Enterocolite Necrosante
Endocardite infecciosa
Taquipnéia Transitória do recém-nascido
Profa: Luana Sicuro Pediatria/4º ano Medicina UERJ.
Cardiopatias Congênitas
Sepse neonatal Carla Toni Marcelino da Silva
Flávia Maria Borges Vigil
Porque crianças com Sepse grave morrem: Determinantes e Consequências do Cuidado Sub- Ótimo Alexandre Serafim Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica Hospital.
Transcrição da apresentação:

INFECÇÃO BACTERIANA DO RECÉM-NASCIDO Interno: Vinicius Fernandes de Sousa

DEFINIÇÕES: INFECÇÃO BACTERIANA PRECOCE: INFECÇÃO BACTERIANA TARDIA: É toda infecção que se manifesta nas primeiras 48h de vida INFECÇÃO BACTERIANA TARDIA: É toda infecção que se manifesta após 48h de vida.

EPIDEMIOLOGIA 1 – 4 casos/1000 nascido vivos Mortalidade de 10 a 50%

INFECÇÃO BACTERIANA PRECOCE Fatores de risco: ROPREMA e/ou prolongada (>18h) Sinais de infecção materna (febre/HMG) Corioamnionite (-brilho; fisiometria) Prematuridade (extremos) Asfixia e reanimação na sala de parto Trabalho de parto prolongado

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Sinais clínicos de desconforto respiratório são os mais frequentes Hiper/hipotermia,cianose, icterícia, hepatomegalia, letargia, irritabilidade, anorexia, vômitos, distenção abdominal Assintomáticos ao nascer, mas já nas primeiras 24h manifestam algum sinal clínico

AGENTE ETIOLÓGICO Bactérias da comunidade e na maiorias das vezes por bactérias do trato genital materno. Principais agentes: E. coli.,Proteus, Enterococos, Estreptococos (SGB), Anaeróbios, Klebsiella, Listéria, entre outros. SGB é prevalente em 15% das gestantes do nosso meio.

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Aspiração de mecônio Taquipnéia transitória Cardiopatia congênita cianótica Hemorragia intracraniana

ROTINA DIAGNÓSTICA Hemocultura do sangue periférico, nas primeiras 12h; HMG e plaquetas junto com a hemocultura e repetir em 24h, se mantiver sintomas; PCR: se colhido após 24h e repetido 24h depois com valores mantidos elevados, é significativo de processo inflamatório.

ROTINA DIAGNÓSTICA Radiografia de tórax (SDR); Hemoglucoteste ou glicemia: *Urocultura coletada por cateter *LCR (cultura, bioquimica e celularidade) *quando houver justificativa na evolução

CONDUTA EM RN COM ROPREMA RN SINTOMÁTICOS RN ASSINTOMÁTICOS

RN SINTOMÁTICO INICIAR ATB APÓS COLHER HEMOCULTURA | | | | HEMOC ( - ) HEMOC. (+) PCR SERIADOS NL PCR SERIADO ALT. SUSP. ATB MANTER OU MOD. ATB

ATBs: penicilina + gentamicina RN ASSINTOMÁTICO RNT RNPT | | OBS POR 48 H HMC, HMG, PCRs, ATB | | | RN BEM RN C/ sint HMC (-), EX. NL | | | ALTA EXAMES E ATB SUSP. ATB ATBs: penicilina + gentamicina

INFECÇÃO BACTERIANA TARDIA OU SEPSE TARDIA Fatores de risco: Prematuridade, baixo peso (< 750), sexo masculino, uso prolongado de ATB, uso de cateter central, umbilical ou PICC, NP prolongada, atraso de alimentação enteral, estado nutritivo comprometido, antissepsia inadequada, superpopulação na unidade, RN com má formação.

ETIOLOGIA G+ ( S. agalactiae,Staphylococcus coagulase negativos, Staphylococcus aureus e Enterococcus) 22% G- ( Klebsiella, Pseudomonas e Enterobacter) 18% Fungos (Candida albicans e parapsilosis) principalmente em RNPT extremos, em NPT prolongada e em uso de ATB de aplo espectro. 12%

DIAGNÓSTICO CLÍNICO A maior parte das infecções nos RNs são mono ou oligossintomáticas (pp nos RNPT); SINAIS DE ALERTA: hipotermia, vômitos, resíduo alimentar, pausa respiratória ou apnéia; OUTROS: hipóxia, má perfusão periférica, taquicardia, dificuldade respiratória, etc.

Critérios de SIRS: (dois ou mais) Instabilidade de temperatura (<35º ou >38,5º) Disfunção respiratória: taquipnéia, hipoxemia Disfunção cardíaca: taquicardia, TEC>3s,hipotensão Anormalidades de perfusão: oligúria (du<0,5ml/kg/h), acidose láctica, estado mental alterado.

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL HMG: nº Leucócitos anormal (<5000 ou >25000, neutropenia ou netrofilia, desvio à esquerda, neutrófilos imaturos / neutrofilos totais > 0,2 GASOMETRIA: acidose persistente GLICEMIA: hipo ou hiperglicemia PCR > 1mg/dl ou 10mg/L ( critério cura qdo retorna aos níveis normais)

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL RX tórax ou abd, conforme indicação HMC: se possível 2 amostras em frasco próprio para RN Urocultura: cateterismo vesical ou punção supra púbica Líquor: citoquímica e cultura

CONDUTA TERAPÊUTICA Após coleta de exames e culturas escolher e iniciar ATB considerando: Perfil bacteriano local e sensibilidade aos ATBs Possível local de infecção e penetração do ATB Segurança e efeitos colaterais do antibiótico Doses e intervalos adequados

AGENTE INFECCIOSO / ATB Esq. inicial: penicilina + aminoglicosídeo Após resultado de culturas e antibiograma utililizar o ATB mais indicado Estreptococos Beta hemolítico do grupo B: penicilina ou ampicilina; Estafilococos aureus: oxalilina, vancomicina ou ampicilina-sulbactam (resistência) Estáfilococos coag (-): vancomicina ou clinda;

AGENTE INFECCIOSO / ATB G – entéricas: aminoglicosídeo + piperacilina / tazobactam ou aminoglicosídeo+ cefepime; Pseudomonas: aminoglicosídeo + cefepime ou cabapenemico (imipenem/meropenem) Enterococos: ampicilina + gentamicina, ou vanco + genta Listéria: ampicilina (escolha), é potencializada pela genta; Anaeróbios : metronidazol ou pipe/tazo; Fungos: anfotericina B ou fluconazol *SNS: terapia empírica inicial: ampi + cefepime

TRATAMENTO DE SUPORTE Respiratório: manter PaO2 (60 -80mmHg) PCO2 (35-45mmHg) pH > 7,25 Cardiovascular: PA nl p/ idade, se hipotensão usar: Expansores de volume (SF 20ml/kg) Drogas vasoativas e cardiotônicas: dopamina e dobutamina Monitorização de PA, perfusão periférica e diurese Distúrbios hidroeletrolíticos Distúrbios hematológicos: HT ( 45-50%), coag.

BIBLIOGRAFIA Rotinas de Neonatologia; Nelson Textbook of Pediatrics 17th ed.

OBRIGADO!