Conceitos Fundamentais

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Transcrição da apresentação:

Conceitos Fundamentais Comunicação Conceitos Fundamentais

Desde o início dos tempos, o homem, de uma forma ou de outra, se comunica. Seja através de grunhidos, gritos, gestos, expressões ou palavras, o ser humano sempre encontrou uma forma de transmitir aos outros seus desejos, necessidades e expectativas.

A comunicação está ligada à linguagem e aos sinais criados pelos indivíduos como forma de compartilhamento de experiências e vivência. Como meio de regular comportamentos. Esse seria o mecanismo que torna possível a convivência em sociedade. Cherry (1996, p. 24):

O desenvolvimento humano e o avanço das civilizações dependeram principalmente do progresso alcançado em algumas atividades: a descoberta do fogo, a domesticação dos animais, a divisão do trabalho, a evolução dos meios de receber, de comunicar e de registrar o conhecimento, e particularmente do desenvolvimento da escrita fonética.

O ser humano, quando torna-se adulto, ou seja, após ter crescido e aprendido a falar, ler, escrever, e a tomar decisões próprias. Passa então, como indivíduo pensante e ativo na sociedade, a participar de grupos sociais (família, trabalho, igreja...), nos quais será influenciado, mas, principalmente, tentará influenciar, utilizando-se da comunicação como elemento base para a interação que se faz necessária.

O objetivo básico da comunicação é reduzir a probabilidade de que sejamos simplesmente um alvo de forças externas e aumentar a probabilidade de que nós mesmos exerçamos força. Todo comportamento de comunicação tem como objetivo a obtenção de uma reação específica de uma pessoa, ou grupo de pessoas. (BERLO, 1999, p. 12)

Transmissor ou codificador, Canal, e receptor O processo de comunicação, para ser caracterizado como processo de interação, precisa de certos elementos, definidos como os componentes do modelo básico de comunicação: Emissor ou fonte, Transmissor ou codificador, Canal, Decodificador, e receptor

O ruído (ou interferência) é uma forma de perturbação capaz de provocar distorções na mensagem que está sendo transmitida. “Se o homem soubesse o valor que tem a mulher andaria de quatro à sua procura”. SE você for mulher, certamente o período ficará assim: Se o homem soubesse o valor que tem a mulher, andaria de quatro à sua procura. MAS se você for homem, o período ficará assim: Se o homem soubesse o valor que tem, a mulher andaria de quatro à sua procura.

Outra maneira de se descrever/ ler o processo anteriormente representado, é responder a questões específicas. quem diz; o que; a quem; por que meios com que efeitos as quais abrangem os elementos básicos da comunicação, quais sejam: emissor (quem), mensagem (o que), receptor (a quem), canal (por que meios) ações/ reações dos participantes (com que efeito).

Há ainda versões mais dinâmicas para a análise, como os estudos de Watzlawick, Beavin e Jackson (1993), que defendem que a comunicação é constituída de três áreas: sintaxe, Semântica Pragmática Cada uma delas aborda um aspecto diferente do processo.

A sintaxe se preocupa com as dificuldades ocorridas – ou capazes de ocorrer – durante a transmissão da informação. Trata dos problemas inerentes ao código, aos canais, aos ruídos e a outras questões relativas à linguagem.

A semântica interessa-se pelo significado. pressupondo que mesmo que haja transmissão sintaticamente perfeita, há que haver um acordo entre as partes (emissor e receptor) sobre os significados.

A pragmática relaciona-se com o comportamento ou a mudança de comportamento que pode ocorrer como resultado do processo de comunicação, estando atenta aos objetivos que se pretende alcançar e às consequências da mensagem transmitida.

Do ponto de vista corporativo, e de forma generalista, Torquato (1986) apresenta a maneira como as necessidades e funções de comunicação dentro de uma organização são processadas, estabelecendo três níveis distintos: a) o sistema organizacional, que diz respeito à estrutura interna da organização, por meio do qual são transportados os dados relativos às tarefas e às operações a serem desempenhadas internamente; b) o sistema competitivo, que diz respeito aos canais para se alcançar o consumidor, no qual são transportados os dados relativos às atividades de produção, ao consumo de bens e serviços da organização e à estrutura de competição; c) o sistema ambiental, que diz respeito aos meios para se atingir o ambiente em que a organização atua, envolvendo o transporte de padrões sociais, culturais, políticos e econômicos segundo os quais a organização se estabelece.

As organizações utilizam-se de todos os métodos de comunicação disponíveis, com o intuito de criar mensagens persuasivas e manipular os públicos nos quais têm interesse.

A comunicação organizacional é elemento de caráter estratégico para a gestão e a administração das organizações modernas. Representa um importante canal de troca de informações e relacionamento entre o ambiente interno das empresas e o mundo exterior a elas: seus públicos, o mercado e a sociedade em geral. É a comunicação, via de regra, que viabiliza a construção da cultura organizacional e da identidade corporativa, e que permite que as organizações gerem no ambiente externo uma imagem institucional coerente e competitiva.

As transformações socio-econômicas e os avanços tecnológicos ocorridos no mundo nas últimas décadas, em toda sua extensão e velocidade - dentre elas o advento da internet, a globalização dos mercados, as novas tecnologias da informação e o aumento da competitividade - obrigaram as organizações a reavaliar e ajustar processos, estruturas, formas de comercialização e muitos outros aspectos e paradigmas até então pouco mutáveis ou confortavelmente estanques.

Este movimento faz a comunicação assumir posição estratégica nas organizações, uma vez que é a comunicação o instrumento mais capacitado para o intercâmbio de informações, tanto interna quanto externamente às empresas.

A importância da comunicação nas empresas vai além disso A importância da comunicação nas empresas vai além disso. Atualmente, as exigências que os consumidores impõem às organizações não dizem respeito somente à qualidade e ao preço de seus produtos ou serviços, mas também à postura crítica que assumem diante da realidade do mundo dos negócios e ao seu papel como agente transformador e responsável pelo desenvolvimento da sociedade. Em outras palavras, a imagem que uma organização apresenta, defende e sustenta, é hoje fator crítico para sua sobrevivência, na medida em que é por meio dela que seus diversos públicos são informados sobre o que ela é, faz e pretende.

A comunicação torna-se imprescindível que as empresas que pretendam sobreviver ao futuro criem mecanismos que transformem a comunicação em elemento fundamental e básico para o planejamento estratégico e o diálogo fluído e participativo no ambiente organizacional, o que tende a aumentar de forma significativa seu poder competitivo diante dos concorrentes menos preparados.

As organizações, se analisadas e estudadas através da aplicação da metáfora do organismo, desenvolvida por Morgan (1996), podem ser comparadas aos organismos vivos, na medida em que compreendem-se como sistemas abertos que mantêm um fluxo mútuo e contínuo de entradas e saídas com o ambiente, o que lhes permitem acompanhar a mudança dos cenários e adaptarem-se às mutações ambientais.

as práticas modernas de gestão na área organizacional entendem que a sobrevivência e a permanência de uma organização em seu ambiente depende de sua própria capacidade de acompanhar e se ajustar às mudanças impostas pelo meio.

Freitas (2001), em suas análises embasadas por resultados de pesquisas, afirma que um gestor passa, nos dias de hoje, aproximadamente 67% do todo o seu tempo da jornada de trabalho se comunicando, o que leva a crer que a comunicação realmente deve ser considerada nos momentos de definição das estratégias empresarias.

O conceito de comunicação, sob o ponto de vista organizacional, nasceu a partir de diferentes abordagens, incluindo-se as abordagens matemática e hipodérmica, que lhe conferiam caráter de “via de mão única”.

Essa forma de comunicação, mecânica e burocrática, estruturou-se sob a influência dos enfoques tradicionais da administração, que à medida em que foram evoluindo, causaram mudanças na realidade das empresas e demandaram ajustes na comunicação. Deste impacto, nasceu a comunicação empresarial, visão de comunicação que dominou o cenário organizacional até o final do século XX.

Comunicação empresarial é o que Goldhaber (1991, p Comunicação empresarial é o que Goldhaber (1991, p. 23) considera como “o fluxo de mensagens dentro de uma rede de relações interdependentes [...] que possui quatro conceitos chaves: mensagens, rede, interdependência e relações”, entendida pelo próprio como o processo em que “as organizações se relacionam com o meio ambiente e por meio do qual as sub-partes da organização se conectam entre si. Por conseguinte [...] pode ser vista como o fluxo de mensagens dentro de uma rede de relações interdependentes”.

Por definição, abrange todas as formas de comunicação utilizadas por uma organização para relacionar-se e interagir com seus mais diferentes públicos. Conforme Riel (1995), sua prática deve unir todo o grupo de atividades comunicacionais direcionadas para os públicos com os quais a organização se relaciona e dos quais é dependente.

Esta abordagem, entretanto, denota uma definição de comunicação ultrapassada, simplista, arraigada no modo funcionalista como as organizações foram vistas durante décadas, e que não encontra mais lugar na visão organizacional moderna.

A demanda por comunicação atualmente pressupõe que esta seja estratégica, capaz de consolidar a imagem das organizações e estabelecer entre elas e seus públicos de interesse a compreensão mútua e a horizontalização dos fluxos de informação, devendo contribuir para que as mesmas se estabeleçam e sejam entendidas, reconhecidas e interpretadas, da maneira como pretendem, processo que deve ocorrer de forma participativa. Sua função é formar uma opinião pública crítica que tenha conhecimento das políticas das organizações como um todo, seja em relação à comercialização de seus produtos e serviços ou seja em relação à melhoria de qualidade de vida das pessoas, o que somente será possível caso todos os envolvidos no processo sintam-se responsáveis e ativos.

É nesse contexto que emerge o que será chamado, nesta pesquisa, de comunicação organizacional: uma forma de entender os processos de comunicação no ambiente corporativo que necessita de diálogo, troca e participação entre os gestores, os funcionários e o ambiente. Trata-se de estabelecer uma visão compartilhada de objetivos que devem ser comuns, criando sinergia e compartilhando valores e metas, para que se promova o engajamento dos diversos níveis dentro de uma organização, tendo em vista uma proposta de atuação coletiva, na qual todos acreditam e para a qual todos trabalham.

No contexto dos negócios, ter uma imagem positiva é não só pertinente como altamente vantajoso, visto que agrega valor qualitativo às organizações, tornando-se fator de competitividade e diferenciação, se maximizada por meio de um eficiente esforço de comunicação. Considerando que um dos grandes desafios das organizações hoje é construir e solidificar no mercado uma imagem favorável a seu respeito, capaz de torná-las competitivas e admiradas, Torquato (1992) insiste, e afirma que a melhor solução neste caso ainda é o trabalho feito por meio da comunicação.

a aplicação das práticas de comunicação organizacional, quando entendida e realizada de forma dialógica e participativa, é capaz de influir no processo de criação e consolidação da imagem institucional das empresas?