PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA CULTURA, IDENTIDADE E TERRITÓRIO NA AMÉRICA LATINA E CARIBE PROF. DR. CLIFF WELCH.

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Transcrição da apresentação:

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA CULTURA, IDENTIDADE E TERRITÓRIO NA AMÉRICA LATINA E CARIBE PROF. DR. CLIFF WELCH

SEMINÁRIO 2 Novas identidades e resistências? Grupo: Ana Claudia Nogueira Djoni Roos Maria José da Costa Natália C. Alves Roberto Mancuzo

O autor no contexto HOMI BHABHA - Nasceu na Índia e leciona na Inglaterra e nos Estados Unidos. - Desenvolveu sua noção de hibridismo nos seus trabalhos sobre o discurso colonial. Em seu texto mais importante sobre o assunto, Signs Taken for Wonders: Questions of Ambivalence and Authority under a Tree Outside Delhi, May 1817, o autor reconhece influências de Foucault, Derrida, Freud e Fanon, mas não menciona nem por uma vez Bakhtin, de quem o conceito de hibridismo foi claramente emprestado. Em um artigo publicado oito anos antes, Culture's in Between, Bhabha ocasionalmente revela estar ciente do hibridismo na obra de Bakhtin e nos permite inferir, indiretamente, a influência deste no seu desenvolvimento do conceito. - O hibridismo de Bhabha parece implicar os dois: uma condição e um processo. É uma condição do discurso colonial na sua enunciação, dentro da qual a autoridade colonial/cultural é construída em situações de confronto político entre posições de poderes desiguais.

O pós-colonial e o pós-moderno: A questão da agência Texto Homi K. Bhabha O pós-colonial e o pós-moderno: A questão da agência _ A Sobrevivência da cultura Novos tempos Fora da sentença Tanger ou Casablanca Agente sem Causa O texto Social Bakhtin e Arendt Revisões  

As contingências que jogam para a marginalidade um número gigantesco de excluídos são, para Bhabha, os fundamentos para uma mudança de postura.

No espaço-tempo onde a arbitrariedade do signo seja rediscutida No espaço-tempo onde a arbitrariedade do signo seja rediscutida. Bhabha entende o signo como elemento fundante de manutenção de colonialidade. É o poder do signo e o seu uso dirigido que impõe a colonização. Ele é rearticulado no discurso e posiciona os sujeitos. Culturas são rearticuladas no imaginário coletivo.

A mudança começa com os próprios colonizados e a ferramenta disto é a cultura, que deve ser cada vez mais distante em termos essenciais da comunidade imaginada. Culturas de sobrevivência – novas textualidades simbólicas, que se revelam transnacionais (porque se deslocam) e tradutórias (tentam explicar a complexidade)

Bhaba se inscreve com este pensamento em uma vertente de pensamento de perspectiva pós-colonial. O discurso pós-colonial, aliás, é crítico e dialético, com reconhecimento da alteridade (Eu no Outro)

Todo este pensamento, então, se refaz a partir de três questionamentos básicos: De que modo a desconstrução do signo transforma a noção do sujeito da cultura e do agente de mudança histórico? Quais alternativas seriam criadas ao se contestar as grandes narrativas? É preciso repensar a maneira como se concebem os termos “Comunidade”, “cidadania”, “nacionalidade” e a “ética da aflição social”?

A perspectiva pós-colonial obriga a novos olhares, onde as identidades cultural e política sejam construídas a partir da alteridade. Isso implica uma nova linguagem que elimine a homogeneização e fragmentação pós-moderna.

A cultura, então, como prerrogativa pós-colonial, torna-se uma prática desconfortável, perturbadora, de sobrevivência e de suplementaridade que se rearticula em prazer, esclarecimento e libertação. Seria esta o ponto de partida para a queda da noção de colonização do Ocidente?

Cultura como enunciação Trata-se da operação de confrontar o momento hegemônico. É sob a perspectiva enunciativa, e não epistemológica, que um novo sujeito se faz. “O enunciativo é um processo mais dialógico que tenta rastrear deslocamentos e realinhamentos que são resultados de antagonismos e articulações culturais – subvertendo a razão do momento hegemônico e recolocando lugares híbridos, alternativos, de renegociação cultural.” (BHABHA, 2003, p.248)

Para Bhaba, a articulação da cultura pelo viés enunciativo é a possibilidade dos “objetificados” serem transformados em sujeitos da história e de sua experiência.

IDENTIDADE É RESISTÊNCIA?