ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO E SEUS PARADIGMAS Toyotismo

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Transcrição da apresentação:

ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO E SEUS PARADIGMAS Toyotismo Professor: Luiz Henrique Borges EMESCAM

Toyotismo - Antecedentes Princípios tayloristas-fordistas predominaram na grande indústria capitalista nos primeiros 80 anos do século XX. Resultado: produção em massa de produtos mais homogêneos e a existência de unidades fabris concentradas e verticalizadas Subproduto: consolidou-se o operário-massa, o trabalhador coletivo fabril, abrindo perspectivas para negociações sindicais sobre as condições de trabalho e remuneração.

Toyotismo - Antecedentes Recessão de 1973: esgotamento do modelo de acumulação capitalista vigente, baseado no fordismo como modelo de organização da produção e do processo de trabalho. Crise do petróleo e estagflação (estagnação da produção de bens e alta inflação de preços) Avanço da satisfação das reivindicações relacionadas à implementação de políticas de bem-estar social nos países de economia avançada e com sindicatos fortes.

Tese da Especialização Flexível Década de 80 – Novas estratégias de valorização: taylor-fordismo se mescla com outros processos produtivos Terceira Itália / Suécia / EUA (Vale do Silício) /Alemanha Substituir taylor-fordismo quanto à fragmentação e alienação do trabalho (trabalho feito em casa, uso de tecnologia informacional).

Tese da Especialização Flexível Criticada por: Caráter superficial e incapacidade de expansão para a maioria dos domínios produtivos. Retorna estratégias de extração da mais-valia absoluta (extrapolação da jornada de trabalho, exercida no lar, decorre também do desemprego estrutural pela tecnologia avançada utilizada)

Toyotismo Ou Acumulação Flexível Novo paradigma mais consistente: revolução técnica que proporcionou à indústria japonesa, um processo ágil e lucrativo de produção de mercadorias. Alia avanços tecnológicos (automação, robótica, microeletrônica) com novas formas de gestão da força de trabalho na produção.

Toyotismo Necessidade de atender a um mercado interno que solicita produtos diferenciados e pedidos pequenos, incentivou a busca de novos padrões de produtividade e novas formas de adequação da produção à lógica do mercado. Novos lemas – competência e competitividade - somente possível com novas formas de controle da força de trabalho, que permitam maior expropriação da mais-valia.

Toyotismo Derrota que a Toyota impôs ao combativo sindicalismo japonês, ainda na década de 50, fomentando a criação do “sindicalismo de empresa” e do “sindicalismo de envolvimento”. Combinando repressão com cooptação, o sindicalismo de empresa teve, como contrapartida à sua subordinação patronal, a obtenção do emprego vitalício para uma parcela dos trabalhadores das grandes empresas (cerca de 30%) e ganhos salariais decorrentes da produtividade.

Toyotismo Nova óptica produtiva, conduzida diretamente pela demanda de consumo mais individualizada, requer o máximo de flexibilização das estruturas. Em relação à : Organização da produção Organização da força de trabalho Relações de trabalho Mercado de trabalho Organização do trabalho

Estrutura do mercado de trabalho em regime de acumulação flexível Primeiro Grupo Periférico Mercado de trabalho secundário Flexibilidade numérica Grupo central Mercado de trabalho primário Flexibilidade funcional Segundo Grupo Periférico Contrato de curto prazo, tempo parcial, Treinamento com subsídios públicos

Organização do Trabalho Novas exigências de qualificação Cada operário deve ser capaz de operar várias máquinas (em média 5, na Toyota). Combinam várias tarefas simples: trabalhadores multifuncionais, polivalentes mas desespecializados. Uma equipe de trabalhadores opera um sistema de máquinas automatizadas.

Partindo do desmonte da subjetividade da coletividade operária pelo taylor-fordismo e a fragmentação do trabalho, o toyotismo tem obtido sucesso em remontá-la, agora nos moldes adequados à lógica do capital, de participação submissa e cooptada da força de trabalho.