SEMIOLOGIA DA DOR Dr. Ricardo Cunha Júnior

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Anestesiologia, Dor e Terapia Intensiva
Advertisements

Russell J,Perkins AT,et.al Arthirits e Rheumatism - jan 2009
Políticas Públicas e Álcool
T A R MACHADO REUMATOLOGIA
PSICOLOGIA DA SAÚDE José A. Carvalho Teixeira
PROMOÇÃO E PREVENÇÃO DA SAÚDE
DRA. LÚCIA MIRANDA M. DOS SANTOS
MANEJO DA DOR TORÁCICA DE ORIGEM MÚSCULO-ESQUELÉTICA
DE ORIGEM PLEURO PULMONAR
EPIDEMIOLOGIA E BIOESTATÍSTICA
Dor Neuropática no Diabetes.
Entrevista, diagnóstico e classificações em Psiquiatria
Cefaleia Crônica Diária – Avaliação e Terapêutica
Noções Básicas de Epidemiologia
FATORES DE RISCO CARDIOVASCULARES
Gilberto Ribeiro - Psicólogo
Reabilitação nos Acidentes Vasculares Encefálicos
Dor Neuropática.
ASMA “ Doença caracterizada por resposta aumentada da traquéia e dos brônquios a diversos estímulos e que se manifesta por estreitamento generalizado das.
Curso de saúde mental para equipes da atenção primária (2) - Módulo II
Cefaleia Crônica Diária – Avaliação e Terapêutica
O Sistema Límbico O encéfalo e as emoções.
HISTÓRIA NATURAL DAS DOENÇAS
Transtornos mentais pelo uso de substâncias psicoativas
IMPACTO E PREJUÍZOS DA DOR CRÔNICA EM ESTUDANTES DE ENFERMAGEM
SINGULAR CENTRO DE CONTROLE DE DOR – CAMPINAS/SP contato:
Atividade Física x Stresse : o matador silencioso
Dr. Manoel Carlos Libano Dos Santos
NÍVEIS DE PREVENÇÃO A. Níveis de Prevenção:
A ATUAÇÃO DA EQUIPE DA DOR NO CONTROLE DO 5º SINAL VITAL
Terapia cognitivo comportamental
Objetivo da Atividade o objetivo principal de melhorar os índices de pressão arterial e do nível sérico de glicose e estimulando o auto cuidado.Com isso.
Enfermagem em Saúde Coletiva
FISIOPATOLOGIA DA DOR.
Paciente Terminal e o Tratamento
INSÔNIA PARA O PNEUMOLOGISTA CARLOS A A VIEGAS C N D R S SBPT/ 2012.
REABILITAÇÃO CARDÍACA
CEFALÉIA CERVICOGÊNICA
Clínica Ampliada e Arranjos Organizacionais
ANESTESIA GERAL INALATÓRIA.
Osteoartrose Disciplina Fisioterapia em Reumatologia
FISIOPATOLOGIA DA DOR Dr. Ricardo Cunha Júnior
CUIDADOS PALIATIVOS PROF. LUCIA.
AIDS: aspectos psicossociais e psicossomáticos
TVP.
Universidade Federal do Rio de Janeiro Hospital Universitário Clementino Fraga Filho Programa de Tratamento da Dor e Cuidados Paliativos OPIÓIDES NA DOR.
Cefaléias para o Clínico
comportamento doloroso
Reforma Psiquiátrica: novas diretrizes.
Fisioterapia Oncológica
Fisioterapia Oncológica
Não é a doença que precisa ser curada e, sim, o paciente.
OPIÓIDES NA DOR NÃO ONCOLÓGICA
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DAS CEFALÉIAS
ECONOMIA FARMACEUTICA Prof André R. Pinto
Anestesiologia, Dor e Terapia Intensiva- UNIFESP- EPM
NÍVEIS DE PREVENÇÃO Profa. Priscilla Pinto Taques
BIZU!!!! PADRÃO TEMPORAL DA CEFALÉIA Cefaléia aguda emergente Cefaléia crônica recorrente Cefaléia crônica recorrente com mudança do padrão.
Distúrbios Musculoesqueléticos
Terapia Familiar.
Liga de Acupuntura da FCMSCSP Agosto/2009 Marcus e Cristina Pai
Formulação de casos Prof. Márcio Ruiz.
Caracterização do Paciente Neurológico
PATOLOGIA CLINICA HUMANA
Manejo da Dor em Oncologia Dra. Christiane Ramos Deringer.
 Dengue  Hipertensão  5 diferenças Traumatismos (acidentes/violências) Doenças genéticas Doenças relacionadas à assistência da gestação e parto Deficiências/carências.
Transcrição da apresentação:

SEMIOLOGIA DA DOR Dr. Ricardo Cunha Júnior Clínica de Dor e Cuidados Paliativos HUCFF / UFRJ

JOHN BONICA (1917-1994) Bloqueio ► dor aguda → melhora (2ª guerra)► dor crônica → não 1º programa interdisciplinar – clínica de bloqueios – 1945 1970 → Difusão conceito de centro de dor

Programa multidisciplinar/interdisciplinar Abordagem fisiológica / psicológica / comportamental INTEGRADA Síndromes complexas

Vantagens x desvantagens >Taxa de sucesso (60%) > Retorno ao trabalho até 1 ano após alta Enfoque no paciente Suposição de 100% no diagnóstico Suposição de 100% de cura Cuidado fragmentado População refratária

Fatores para disseminação do tratamento interdisciplinar Teoria de Melzack Teoria psicocomportamental Acupuntura Treinamento nos EUA Mídia

Clínicas de Dor no Brasil 1958 ►Dr. Bento Gonçalves (HUPE) 1983 ►Dr. Peter Spigel (HUCFF)

Conceito “Experiência sensorial e emocional desagradável associada com lesão tecidual real ou potencial ou descrita em termos de tal lesão” (IASP) “Experiência subjetiva, aversiva, a um estímulo nocivo, externo ou interno, relacionada a uma lesão tecidual real ou potencial, e caracterizada por respostas voluntárias, reflexas e psicológicas” (Merskey)

Epidemiologia da Dor Dor Crônica acomete 20-30% da população. Em 60% dos casos a dor está mal controlada. Dor Aguda está presente em 30-57% dos pacientes no hospital.

RESULTADOS HUCFF/UFRJ

Loeser, J.D. Concepts of pain, 1982 COMPONENTES DA DOR Comportamento de dor sofrimento dor nocicepção Loeser, J.D. Concepts of pain, 1982

ASPECTOS DA DOR

DOR COMO SINTOMA Sinais e sintomas Patologia primária ►Riscos deste modelo: iatrogenia (intervenções repetidas), doctor-shopping, rótulos, terapia incorreta.

Sinais e sintomas da doença primária e secundária DOR COMO DOENÇA Sinais e sintomas da doença primária e secundária Doença secundária(dor) Doença primária

Sinais e sintomas da doença primária e secundária DOR TOTAL Sinais e sintomas da doença primária e secundária fatores internos fatores externos ► fatores genéticos, inibição espinhal, estado psicológico, sistema social Doença secundária(dor) Doença primária

Avaliação Temporal Dor Aguda / Subaguda Dor Crônica: ► fase inicial ► fase intermediária ► fase tardia

Avaliação Fisiológica DOR SOMÁTICA VISCERAL NEUROPÁTICA Amplificação Psicogênica CENTRAL PERIFÉRICA

Avaliação Comportamental motivação afetivo suporte social história pessoal representações comportamento

AVALIAÇÃO DO PACIENTE ►Afetam a nocicepção, percepção, modulação, sofrimento e o comportamento doloroso

PERCEPÇÃO DA DOR – FATORES EMOCIONAIS

Avaliação Psicológica interferência social co-morbidade psíquica “doctor-shopping”

Benefícios da Analgesia na Dor Aguda ► Cardiovascular: ↓ atividade simpática ↓ consumo de O2 ↓ trombose ► Respiratório: ↑ cvf, crf ↑ ventilação e reflexo de tosse ► Digestivo: ↓ duração de íleo ► Endócrino: ↓ liberação de cortisol, catecolamina, glucagon, ADH ► Psicológico: ↓ ansiedade, medo, delirium ► REDUZIR DOR CRÔNICA

Objetivos da Analgesia na Dor Crônica MELHORIA DO SONO MELHORIA DO APETITE VIDA AFETIVA MELHORIA DO HUMOR ATIVIDADE SEXUAL ATIVIDADE FÍSICA e LABORATIVA

ESCALAS DE DOR Mínima Máxima Escala de Faces Escala Análogo Visual de Dor Mínima Máxima

ESCALAS DE DOR Escala numérica verbal ____________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Escala categórica ( ) sem dor ( ) dor leve ( ) dor moderada ( ) dor intensa

Escalas Multidimensionais Questionário de McGill (McGill Pain Questionnaire - MPQ) Inventário Multidimensional de Dor (Multidimensional Pain Inventory - MPI)

Escala Comportamental Dor ausente ou sem dor Dor presente, havendo períodos em que é esquecida A dor não é esquecida, mas não impede exercer atividades da vida diária A dor não é esquecida, e atrapalha todas as atividades da vida diária, exceto alimentação e higiene A dor persiste mesmo em repouso, está presente e não pode ser ignorada, sendo o repouso imperativo

AVALIAÇÃO COMPORTAMENTAL E FISIOLÓGICA Agitação, vocalização, fácies Sudorese, lacrimejamento, dilatação de pupila Hipertensão, taquicardia Mudança padrão respiratório

TRATAMENTO DA DOR Comunicação Medicamentoso Psicológico Fisioterápico Bloqueios anestésicos Acupuntura Neurocirúrgico Radioterapia Cirurgia Radiofármaco

Escada Analgésica da OMS (modificada) DOR Métodos invasivos Analgésico + Opióide fraco + Coadjuvante + terapias não-farmacológicas Analgésico+ Opióide forte + Coadjuvante + terapias não-farmacológicas 1 2 3 4 Analgésico + Coadjuvante + terapias não-farmacológicas