PROFª. ESP.BRUNA KELY DA SILVA GALVÃO LIMA.

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Transcrição da apresentação:

PROFª. ESP.BRUNA KELY DA SILVA GALVÃO LIMA. DOS GÊNEROS ORAIS À ESCRITA: MODOS DE PARTICIPAÇÃO DA ORALIDADE NO LETRAMENTO.   PROFª. ESP.BRUNA KELY DA SILVA GALVÃO LIMA.

POR MUITO TEMPO... A partir dos anos 80 a visão de que oralidade e escrita eram sistemas linguísticos ou duas línguas. Divulgação. Mas, e a APLICAÇÃO? OBJETIVO: Refletir melhor sobre o lugar da oralidade hoje, seja nos contextos de uso da vida diária ou nos contextos de formação escolar formal.

INTENÇÃO COMUNICATIVA Usos que fundam a língua. Falar e escrever bem não é ser capaz de adequar-se às regras da língua , mas é usar adequadamente a língua para produzir um efeito de sentido pretendido numa dada situação. Marcuschi, 2004: 09 . TEXTO IDEAL DISCURSO SIGNIFICATIVO

TEORIA BAKHTINIANA A língua materna , seu vocabulário e sua estrutura gramatical , não os conhecemos por meio dos dicionários ou manuais de gramática, mas sim graças aos enunciados concretos que ouvimos e reproduzimos na comunicação discursiva efetiva com as pessoas que nos rodeiam. BAKHTIN, 1982:268.

DISTRIBUIÇÃO DOS GÊNEROS TEXTUAIS Jurídico Contratos; leis; regimentos; estatutos; certidão de batismo; certidão de casamento; certidão de óbito; certidão de bons antecedentes; certidão negativa; atestados; certificados; diplomas; normais; regrais; pareces; boletim de ocorrência; e edital de convocação; edital de concursos; aviso de licitação; auto de penhora; auto de avaliação; documentos pessoais; requerimento; autorização de funcionamento; alvará de licença, alvará de soltura; alvará de prisão ; sentença de condenação; citação criminal; mandado de busca; medida provisória; desmentido; editais; regulamentos; contratos; advertência. Tomada de depoimento; depoimento; inquérito judicial; inquérito policial; ordens de prisão. MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção Textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo/ Parábola Editorial, 2008: 194-196.

VISÃO A SER REJEITADA LUGAR DO ERRO e DO CAOS GRAMATICAL. A passagem da fala para a escrita não é a passagem do caos para a ordem: é a passagem de uma ordem para outra ordem. Marcuschi, 2004:11.

PARA CONCLUIR... Todo falante nativo de uma língua “sabe” essa língua, mesmo que esse falante desenvolva esse saber linguístico dentro de certos limites que pode ser de natureza social; ele saberá se expressar e ser entendido. Contudo, dizer que não será possível desenvolver um trabalho de estudo da linguagem, leitura, compreensão e interpretação desses textos considerados como exemplos de português “não-padrão” é desprestigiar o que eles podem promover na descoberta em relação à reflexão e uso da língua, bem como os discursos identitários que refletem os lugares de onde os locutores falam.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA BAKHTIN, Mikhail.Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1982. BAGNO, Marcos.A língua de Eulália: uma novela sociolingüística. São Paulo: Contexto, 2001. BAGNO, Marcos. Preconceito lingüístico: o que é, como se faz.São Paulo: Loyola, 1999. BRAIT, Beth.(org). Bakhtin: conceitos- chave.São Paulo: Contexto, 2005. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais:língua portuguesa. 5ª a 8ª séries.Brasília: MEC/SEF, 1998.

DIONISIO, Ângela Paiva, MACHADO, Anna Rachel, BEZERRA, Maria Auxiliadora(orgs). Gêneros textuais e ensino.Rio de Janeiro: Lucerna, 2005. MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. São Paulo: Cortez, 2004.  MARCUSCHI, Luiz Antônio, DIONISIO, A.P, MACHADO, A.R, BEZERRA, A.B. (orgs). Gêneros textuais: definição e funcionalidade.In: Gêneros textuais e ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2005.  MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção Textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo/ Parábola Editorial, 2008: 194-196.