Daniel Rogério M. J. Ferreira Fisioterapia nas mais comuns Disfunções e Patologias do Quadril no Adulto Daniel Rogério M. J. Ferreira
O QUADRIL articulação esferoidal sinovial do M. I O QUADRIL articulação esferoidal sinovial do M. I. Principais Funções: orientação do M. I. no espaço suporte locomoção
Linhas de Força
Estrutura da descarga de peso As linhas de descarga de peso passam pelo acetábulo
Angulação do Fêmur Na infância 150º Adulto 125º Idoso 120º Mulher < Homem
Queixa do paciente Causas extrínsecas: 1- causas intra-abdominais (apendicite) 2- linfadenopatia, hérnia 3- doenças da coluna (L2), abcesso no m. psoas; pressão raiz L3; Artrite da A.S.I.
Causas Intrínsecas dos Distúrbios do Quadril Grau de inflamação subjacente: dor irradiada distalmente Dor: ortostatismo e deambulação - alivia ao repouso Dor constante, perturba o sono: - lesão infl. (osteoartrite) ou neoplásica
Exame Inspeção Dor: inguinal, glúteos, fêmur proximal Deformidades: comum flexão e rotação lat. Marcha: tempo e comprimento da passada Edema sinovial: não evidente Espasmo muscular: evidente, adutores hipotrofia: glúteos e quadríceps TUCs testes especiais:, Ober, Ely, Quadrante, Trendelemburg, Thomas
Classificação das Doenças do Quadril 1- Lesões dos tecidos moles: a) Tendinite: tendões dos mm. Glúteo, psoas, adutor, IT e reto femural b) Bursite: trocânter, psoas e ísquio c) Estalido d) Capsulite
2- Lesões articulares Osteoartrite do quadril Doença mais comum, pode ser bilateral Incidência: ambos os sexos, acima de 50 a Primária: distúrbios intrínsecos da cartil. articular Secundária: mal alinhamento da artic. do quadril, leves incongruências
Tratamento - Movimentos passivos de baixa amplitude - Graus I e II - Movs. Em AP, PA, tração lateral, e longitudinais - analg., calor?alivia pouco tempo (Clarke et al, 1974) - Após remissão da dor, movs. rotacionais e aumentar ADM gradualmente - Quando rigidez e dor: usar flexão e add. C/ pcte. em DD. - Aplicar tração lateral
Medidas Gerais Perda de peso Adaptar AVDs. (T.O.) Postura Alongamento Exercícios isom. e isoton. (poucas repetições) s/ peso D.V. por 1/2 hora ao dia Auxílios e apoios: bengala no lado oposto Palmilhas
Necrose avascular da cabeça do fêmur Etiologia: interrupção sangüínea Trauma Idiopática Mergulho: bolhas de N formam êmbolos ÁLCOOL: mais comum Alteração Patológica: Osteólise subcondral na cabeça do fêmur Cabeça irregular: alterações degenerativas
Características Geralmente início súbito e dramático Incapacitante, dor no quadril, coxa mais comum joelho Dor exacerbada ao movimentar o quadril
Tratamento Repouso absoluto Analgésicos e A.I. Descompressão da cabeça femural Artroplastias parciais ou totais
Artrose Cartilagem perde capacidade em manter integridade estrutural e fisiológica Epidemiologia: 5% da pop. C/ mais de 55a.
Sinais Radiográficos Estreitamento do espaço articular (- 3mm acima de 70a ; - 4mm abaixo de 70a) Exposição do osso subcondral Osteófitos Cistos - áreas de maior transferência de pressão
Tratamento Determinado pela intensidade da dor Grau c/ que SS interferem nas AVDs. Procedimentos similares, dependendo da disfunções articulares e queixas Possível utilizar ténicas de Maitland, Mulligan, PRT, Osteopatia, FNP-Kabat Eletrotermot. melhor aceita Hidro e Cinesiot.: along. e fortalec. Orientar dispositivos e AVDs. Redução de peso
CIRURGIA Pacientes c/ grau elevado de dor ou incapacidade Não respondem às medidas conservadoras
Tratamento Cirúrgico Osteotomia Artroplastias parciais ou totais cimentada (Müller): exéter não cimentada (Gallanti): CO-10 rosqueada; MR11 - parafusada Bipolar: encaixada (parcial) (descrição cirúrgica e materiais)
Roteiro de Atendimento Pré-operatório: Aval. ADM e FM bilateral. De MMII Observar encurtamentos, deformidades, hipotrofias Testes especiais Transferência e mobilidade no leito, marcha, auxiliadores. Avaliação respiratória - orientação
Conduta Exercícios p/ fortalecimento de MMSS Exercícios isométricos p/ M I Exercícios isotônicos Estimular membro oposto FNP-Kabat Treino de marcha – sem descarga de peso ou descarga parcial
Pós-operatório POI até a retirada do dreno 3ºPO: Posição c/ triângulo abd. 30º Manter rot. neutra Mov. ativa tornozelo, exerc. metabólicos Crioterapia Assim que condições clínicas permitirem: Exerc. Isom. quadríceps e glúteo max. Estimular MI oposto c/ exerc. ativos
Após a retirada do dreno Manter condutas Movim. passiva ou assistida de quadril e joelho apenas p/ flexão Protoc. USP, HGVP: flexão até 70º Protoc. EPM: flexão até 90º Elevar leito, sentar c/ pernas pendentes Iniciar exerc. isoton. de quadríceps bilat. Marcha c/ andador
Descarga de peso Cimentada: a partir do 2º ou 3º PO c/ carga progressiva Obs.:c/ osteotomia do trocânter: 3 m. s/ carga Não cimentada: 6 sem. s/ carga, 6 sem. c/ carga progressiva Não forçar: add, rotações ou realizar movs. combinados até o final da ADM.
Fraturas do terço proximal do fêmur Mecanismos: Traumas: acidentes autom. motoc. Queda FAF Espontânea: fragilidade óssea
Colo do fêmur Fixação c/ parafusos deslizantes, p. ex.: Pinto Souza - Sta. Casa S.P. Ou placa DHS, c/ parafuso canulado Tempo p/ consolidação: 12 a 16 sem. Frats. estáveis (ñ desloc ou impactadas): carga parcial conforme tolerância, depois de pinadas Frats. Instáveis (redução ou manipulação): s/ carga de 6 a 12 sem. - e osteopenia
Fraturas Intertrocantéricas e subtrocantéricas Placa DHS, DCS e/ou parafuso deslizante Consolidação: 12 a 15 sem. ADM ativa assistida p/ o quadril: nos 1ºs dias Sustentação de Peso: Sustentação parcial: contraforte medial restaurado, parafuso bem fixo. S/ sustentação: fixação insegura e/ou osso fraco