Educação para valores e participação autônoma

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Transcrição da apresentação:

Educação para valores e participação autônoma Protagonismo Juvenil Educação para valores e participação autônoma

Adolescência Período correspondente à idade de 12 até 20 anos, aproximadamente (COLL et all, 2004). Puberdade # Adolescência. Para Aberastury (1988), a adolescência significa a perda definitiva de sua condição de criança; é um período de contradições, confuso, ambivalente, doloroso, caracterizado por fricções com o meio familiar e social. Coleman (1980, apud COLL et all, 2004) aponta uma diferente perspectiva sobre a adolescência, sem muitos conflitos e dificuldades.

Adolescência Segundo Coll et al (2004), a adolescência ocorre de diferentes maneiras de acordo com a cultura que o adolescente pertence. O comportamento do adolescente, a maneira com que ele encara e reage às mudanças que passam nesse período, varia de acordo com o ambiente, costumes, valores e ideologias nas quais eles estão inseridos.

Adolescência Valores: Categorias gerais adotadas também de componentes cognitivos, afetivos e predisponentes de comportamento (RODRIGUES at all, 2000). Mídia: “Os meios de comunicação conseguem ser a principal forma propagadora de ideologias das camadas dominantes, além de serem reprodutores de jogos de poder que podem aniquilar ou estigmatizar determinados valores ou mesmo segmentos sociais (Thompson, 2002, apud SANTOS E SILVA, 2008). Atitudes: compostas pela combinação de sentimentos (componentes afetivos), predisposições para agir (componente comportamental) e de crenças (componente cognitivo).

O Protagonismo Juvenil O termo protagonismo surgiu da junção das raízes gregas proto, que significa primeiro/principal e agon, que significa luta. Então, o protagonista é o ator principal, do seu desenvolvimento. O protagonismo juvenil é uma estratégia de educação para a cidadania que considera os jovens como atores sociais que têm direitos, independente da condição ou situação em que vivem. Jovens - vistos pelo que são, sabem, sentem, pensam, sonham e se relacionam.

Protagonismo Juvenil O Protagonismo Juvenil é um tipo de ação de intervenção no contexto social para responder a problemas reais onde o jovem é sempre o ator principal. O Protagonismo Juvenil significa, tecnicamente, o jovem participar como ator principal em ações que não dizem respeito à sua vida privada, familiar e afetiva, mas a problemas relativos ao bem comum, na escola, na comunidade ou na sociedade mais ampla.

Protagonismo Juvenil O protagonismo, quando aplicado ao desenvolvimento pessoal, social e produtivo dos jovens, se apóia em três premissas: 1 - O jovem deve sempre ser visto como parte da solução, e não como parte do problema. 2 - O jovem deve ser percebido por seus educadores como fonte, e não como mero receptáculo de conhecimentos, valores, atitudes e habilidades. Fonte de quê? De iniciativa (ação), de liberdade (opção) e de compromisso (responsabilidade pelas conseqüências de seus atos). 3 - O alicerce dessa construção pedagógica é o trabalho como princípio educativo, visando formar a pessoa autônoma, o cidadão solidário e o profissional

Protagonismo Juvenil O protagonismo Juvenil refere-se a uma dimensão subjetiva, presente na proposta de formação do jovem para valores democráticos e solidários, de maneira articulada a uma dimensão mais objetiva, preconizada na ação individual ou coletiva sobre problemas sociais concretos.

Protagonismo Juvenil Na perspectiva social, o jovem protagonista atua de forma autêntica e participativa, propondo iniciativas e assumindo lideranças. Deixa o papel de figura decorativa ou somente executora, para tornar-se dinamizador de atitudes e ações não só individuais, mas também na sua comunidade.

Protagonismo Juvenil Para trabalhar com jovens protagonistas,cabe ao educador: Ajudar o grupo a identificar situações e a posicionar-se diante delas; Empenhar-se para que o grupo não desanime nem se desvie dos objetivos propostos; Favorecer o fortalecimento dos vínculos entre os membros do grupo; Animar o grupo, não deixando-o abater pelas dificuldades;

Protagonismo Juvenil Todos precisam se educar para o reconhecimento e o respeito aos jovens, para a disponibilidade de escuta e diálogo, para a transformação das formas como exercem o poder e para a aprendizagem dos processos de negociação. Tulianelli (2003).

Protagonismo Juvenil Para Costa (1999,2000),Educador e ativista reconhecido na área de infância e juventude,o protagonismo pressupõe a criação de espaços e mecanismos de escuta e participação dos jovens em situações reais na escola, na comunidade e na vida social, tendo em vista tanto a transformação social como sua formação integral.

Protagonismo Juvenil A participação do jovem segue uma evolução com os seguintes passos: 1º passo – Participação manipulada 2º passo – Participação decorativa 3º passo – Participação simbólica 4º passo – Execução de uma ação 5º passo – Planejamento e execução de uma ação

Protagonismo Juvenil 6º passo – Planejamento, execução e avaliação de uma ação 7º passo – Decisão, planejamento, execução e avaliação de uma ação 8º passo - Decisão, planejamento, execução, avaliação de uma ação e apropriação de resultados 9º passo – Todas as etapas anteriores, sem a participação de um adulto 10º passo – Todas as etapas anteriores, inclusive orientando adultos.

Protagonismo Juvenil Protagonismo juvenil – A ONG Drug Abuse Prevention Center arrecada recursos para projetos de redução do uso de drogas em todo o mundo. Em parceria com o UNODC, ela atua em todo o mundo e já repassou mais de US$ 3,9 milhões. A ONG foi criada pelo governo japonês, é formada por jovens e arrecada recursos por meio de campanhas de prevenção às drogas. O apoio da ONG japonesa é resultado de recursos doados por jovens japoneses para jovens brasileiros.

Protagonismo Juvenil Um dos marcos referenciais aos estudos da Juventude é o incentivo à utilização de metodologias participativas e ao protagonismo juvenil. Nessa perspectiva, a formação de jovens protagonistas foi elaborada tendo como foco o empoderamento dos jovens beneficiários das ações educativas e, como ponto de partida, a parceria jovem-adulto, bem como a integração e a potencialização das iniciativas e lideranças que já atuam na escola. A tradução literal do termo empoderamento, seria “dar poder a”.

Protagonismo Juvenil O Inesc, em parceria com a KNH, está desenvolvendo um projeto de qualificação com adolescentes com o objetivo de levar informações sobre participação, cidadania ativa, orçamento e oficinas de comunicação para qualificar a intervenção desses coletivos juntos aos poderes públicos. A idéia de qualificar a participação cidadã de grupos de adolescentes, sejam eles e elas do interior do país ou de capitais, é o foco do projeto Protaganismo Juvenil que o Inesc está desenvolvendo em parceria com a agência alemã KNH (kinderNotHilfe). Por meio da realização de oficinas, esses jovens vêm recebendo informações sobre noções de democracia, participação, cidadania, esferas de poder, orçamento público e comunicação para que possam otimizar as ações que desenvolvem em suas respectivas organizações.

Protagonismo Juvenil Conforme apresentado, destacamos alguns conceitos referidos ao protagonismo juvenil, já encontrado na literatura, por intermédio de um breve levantamento bibliográfico, citando alguns exemplos de ações juvenis realizadas pelo mundo. A expectativa é que ao decorrer deste projeto, juntamente com a observação da atuação dos grupos de jovens, possamos constatar a importância dessas ações para a sociedade e para a formação pessoal dos jovens atuantes.

Fontes importantes www.ibase.org.br (pesquisa: Juventude Brasileira e Democracia) www.acaoeducativa.org.br (pesquisa: Juventude, Escolarização e Poder Local) www.institutocidadania.org.br (pesquisa: Perfil da Juventude Brasileira) www. interagir.org.br (site organizado por jovens)

Fontes importantes www.inesc.org.br/biblioteca/textos-e manifestos/protagonismo-juvenil-1 www.redejovensprotagonistas.org/conceitos.html

Referências: IULIANELLI, Jorge e FRAGA, Paulo Cesar. Jovens em tempo real. Rio de Janeiro: DP&A Editora, 2003. CARRANO, Paulo César. Juventudes e cidades educadoras. Petrópolis: Vozes, 2003. CHARLOT, Bernard. Os jovens e o saber: perspectivas mundiais. Porto Alegre: Artmed, 2001. NOVAES, Regina (org.). Juventude e sociedade. São Paulo: Instituto de Cidadania, 2004. CASTRO, Mary Garcia; ABRAMOVAY, Miriam. Por um novo paradigma do fazer política. Brasília: Unesco, 2003.

Referências: ABERASTURY. Adolescência normal. Porto Alegre: Artes Médicas, 1988. CARRANO, Paulo César. Juventudes e cidades educadoras. Petrópolis: Vozes, 2003. CASTRO, Mary Garcia; ABRAMOVAY, Miriam. Por um novo paradigma do fazer política. Brasília: Unesco, 2003. CHARLOT, Bernard. Os jovens e o saber: perspectivas mundiais. Porto Alegre: Artmed, 2001. COLL, César et all. Desenvolvimento psicológico e educação. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2004.

Referências: IULIANELLI, Jorge e FRAGA, Paulo Cesar. Jovens em tempo real. Rio de Janeiro: DP&A Editora, 2003. NOVAES, Regina (org.). Juventude e sociedade. São Paulo: Instituto de Cidadania, 2004. RODRIGUES, A. et all. Psicologia Social. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000. SANTOS, D. B. & SILVA, R. C. Sexualidade e normas de gênero em revistas para adolescentes brasileiros. In: Saúde e Sociedade. São Paulo, 2008. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-12902008000200004&lng=en&nrm=isso. Acesso em 03 Nov 2010.