OTITE MÉDIA AGUDA DR.EDSON BASTOS

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
II Curso de Antimicrobianos do Hospital Regional da Asa Sul
Advertisements

Distúrbios do trato respiratório
Rinossinusite e Rinite Alérgica
INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS AGUDAS – IRA
ENFERMIDADES DE AMÍGDALAS E ADENÓIDES
OTITES 1. Otite Externa 2. Otite Média
MENINGITES NA INFÂNCIA
MENINGOCELE E FÍSTULA LIQUÓRICA ASSOCIADA À MENINGITE BACTERIANA POR HAEMOPHILUS INFLUENZAE TIPO A Alexandre Ely Campéas; Alexandre Suzuki Horie; Caline.
PNEUMONIAS CLASSIFICAÇÃO FISIOPATOLOGIA MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Enf. Saúde Mental e Psiquiatria II
Natália Silva Bastos Ribas R1 pediatria/HRAS
Infecções de Vias Aéreas Superiores
Diagnóstico e Manejo DA OTITE MÉDIA AGUDA.
Prof. Dr. Sergio Albertino otoneurologia.uerj.br
OTITE MÉDIA AGUDA Prof. Dr. Sergio Albertino otoneurologia.uerj.br.
FARINGITE/AMIGDALITE
MENINGITES NA INFÂNCIA
IMUNODEFICIÊNCIA PRIMÁRIA: QUANDO SUSPEITAR?
MENINGITE BACTERIANA DOCENTE : Prof.º Gleidson Sena.
TÍTULO ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO DAS INFECÇÕES DE REPETIÇÃO
Sinusite (Rinossinusite): o que o pneumologista precisa saber?
INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS
INFECÇÕES DAS VIAS AÉREAS SUPERIORES
Principais causas infecciosas de obstrução das vias aéreas superioes e Desobstrução de vias aéreas por corpo estranho Suzanne Carri Farias Residente Pediatria.
NEUTROPENIA FEBRIL Jefferson Pinheiro
Cefaléias Dra Norma Fleming.
Caso Clínico: OTITE MÉDIA
CRISE FEBRIL Por Manuela Costa de Oliveira
Pneumonia ADQUIRIDA NA ComuniDADE
J Pediatr (Rio J) 2010;86(6): Apresentação: Paula Balduíno Coordenação: Dr. Filipe Lacerda Hospital Regional da Asa Sul/Materno Infantil de Brasília/SES/DF.
Neutropenia Febril em Oncologia Pediátrica
OVAS.
Infecções de Vias Aéreas Superiores
“GRIPE” A influenza ou gripe é uma infecção viral aguda do sistema respiratório que tem distribuição global e elevada transmissibilidade. Classicamente,
Curso do 3° ano.
IVAS Infecção Vias Aéreas Superiores
Leptospirose Definição: Bactéria do gênero Leptospira.
Orientadores: Dr. Nivaldo Pereira Alves
AFECÇÕES DE VIAS AÉREAS SUPERIORES
DISCIPLINA DE PEDIATRIA II
Fisiopatologia do Pâncreas
Difteria Definição: Doença infecciosa aguda
OTITES MÉDIAS CRÔNICAS
OTITES E SINUSITES GISELE GUIMARÃES MACIEL.
Otite Média Aguda Mariela C. Nascimento
Morena Morais Rezende Hungria!!
INFECÇÃO RESPIRATÓRIA AGUDA
Patologias da Orelha Externa e Média
Enterococcus faecalis
PROF. MARIA CRISTINA A. SÁNCHEZ
MENINGITES NA INFÂNCIA
Universidade Católica de Brasília
Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – AIDS Pediátrica
IMPORTÂNCIA DOS TESTES SOROLÓGICOS NA PATOLOGIA CLÍNICA
IVAS Bárbara Castro Neves Internato de Pediatria
PNEUMONIA NA INFÂCIA: VELHOS E NOVOS DESAFIOS MARIA REGINA ALVES CARDOSO.
Diarreia em crianças FUPAC – Araguari Curso de medicina.
Flávia Maria Borges Vigil
Rinossinusites Crônicas
INFECÇÃO HUMANA PELO VÍRUS INFLUENZA A (H1N1)
INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMÍLIO RIBAS CENTRO DE ESTUDOS “EMÍLIO RIBAS” APOIO Alexandre Ely Campéas; Alexandre Suzuki Horie; Caline Daisy da Silva; Fernanda.
RINOSSINUSITE AGUDA Camila Brandão Camila Sampaio Crislaine Siston.
Leandro C Barros Gama Internato em Pediatria-6ª Série Coordenação: Dra. Carmen Lívia Brasília, 30 de março de 2016.
Breno Braz de Faria Neto Orientador: Dra. Carmen Lívia Brasília, 11/05/ PNEUMONIA NA INFÂNCIA Faculdade de Medicina da Universidade.
RINOSSINUSITES Dra. Adriana De Carli
Transcrição da apresentação:

OTITE MÉDIA AGUDA DR.EDSON BASTOS PROF. ADJUNTO DOUTOR DA DISCIPLINA DE OTORRINOLARINGOLOGIA DA UFBA

OTITE MÉDIA AGUDA Definição Bluestone, 1990 Goycoolea et al. 1991 Processo inflamatório-infeccioso agudo do mucoperiósteo que reveste a orelha média. Paparella.1983 Bluestone, 1990 Goycoolea et al. 1991 Rosenfeld, 2001 OMA recorrente, 3 / 6 meses, ou 4 / ano Pichichero et al;.2000 E.Bastos Dados do Hungria!!!!

OTITE MÉDIA

OTITE MÉDIA AGUDA Mecanismo de defesa da orelha média Tuba auditiva, mucoperiosteo muramidase, imunidade local

Fatores predisponentes OTITE MÉDIA AGUDA Fatores predisponentes Idade Imaturidade Sist. Imunológico. def. seletiva de IgA, subclasses IgG (IgG2) IVAS- 25 a 30% OMA ( Wald et al.,1988) Deficiências nutricionais Disf. Tuba auditiva Hipertrofia adenóide

Fatores predisponentes OTITE MÉDIA AGUDA Fatores predisponentes Alimentação artificial/ posição mamada Alergias- Respiratória, Leite de vaca , clara de ovo, trigo, chocolate Palato fendido Creches e berçários >Inverno ( Teele; Klein; Rosner, 1989)

OTITE MÉDIA AGUDA Epidemiologia: Infância OMA > últimos 20 anos em 66% Filândia e OMR cresceu 39% EUA ( Daly et al.,2002) 19 a 62% crianças 1 episódio de OMA 1 ano, 50 a 84% 1 episódio aos 3 anos( Cassebrant;Mendel,1999) Incidência < com a idade ( Teele e cols,1989)

OTITE MÉDIA INCIDÊNCIA INGVARSSON et al. 1984 TEELE, 1989 BLUESTONE, 1990 PARADISE, 1997 INVERNO/IVAS ALHO, 1997 UHARI et al. 1995 E.Bastos

OTITE MÉDIA AGUDA PATOGENIA Disfunção tubária, derrame transudativo e exudativo, invasão bacteriana e/ou viral do rinofaringe. Fatores etiológicos Obstrução da tuba aditiva Hipertrofia de adenóide e reações alérgicas Processos inflamatórios infecciosos agudos das fossas nasais e rinofaringe

OTITE MÉDIA AGUDA VIRAL NECROTIZANTE RECORRENTE 3 / 6 meses, ou 4 / ano Pichichero et al;.2000 BACTERIANA E.Bastos

OTITE MÉDIA AGUDA BACTERIANA VIRAL..........cura...oma....oms NECROTIZANTE......Beta hemolítico omc, complicações RECORRENTE BACTERIANA

OTITE MÉDIA AGUDA BACTERIANA EVOLUÇÃO Hiperemia Exudação Coalescência Complicações Resolução

OTITE MÉDIA AGUDA BACTERIANA DIAGNÓSTICO SINTOMATOLOGIA OTALGIA SÚBITA / IVAS Exacerba na deglutição e ao assoar o nariz FEBRE (33%) PLENITUDE AURICULAR HIPOACUSIA RUÍDOS SUBJETIVOS PULSAÇÃO AURICULAR OTORRÉIA SINTOMAS CORRELATOS- choro, irritabilidade, inapetência, vômitos, diarréia. (Pereira;Ramos 1998) E.Bastos

OTITE MÉDIA AGUDA BACTERIANA DIAGNÓSTICO OTOSCOPIA Aumento da vascularização/congestão do hilo da MT. Hiperemia, edema, abaulamento e perda da transparência da MT. Saliência acuminada Microperfuração pulsátil (incomum). Pulsações auriculares sincrônicas com o batimento cardíaco (Sinal de Scheibe)  Epiema da caixa do tímpano Obs.: Na criança pode desencadear sinais de meningismo Tendência ao fechamento espontâneo E.Bastos

Academia Americana de Pediatria Guideline 2004 Critérios para diagnóstico da OMA 1- Instalação aguda dos sinais e sintomas 2- Presença de efusão OM Abaulamento da MT Limitação da mobilidade da MT Nível hidroaéreo 3- Sinais e sintomas de Infl. Aguda em OM

OTITE MÉDIA AGUDA BACTERIANA DIAGNÓSTICO OTOSCÓPICO

OTOSCOPIA NORMAL

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL OMA / OMS E.Bastos

OTITE MÉDIA AGUDA BACTERIANA TRATAMENTO Sintomático Específico Timpanocentese Tendência a cura espontânea

( Bluestone; Stephenson; Martin,1992; Ruskanen;heikkinen, 1994) OTITE MÉDIA AGUDA Microbiologia: Streptococus pneumoniae (25 a 35%) Haemophilus influenzae ( 20 a 25 %) Moraxella catarrhalis ( 10 a 15%) ( Bluestone; Stephenson; Martin,1992; Ruskanen;heikkinen, 1994) Streptococus pneumoniae (16%) Haemophilus influenzae ( 7 %) Moraxella catarrhalis ( 5%) Staphylococcus aureus (1%) ( Sih, 2001)

OTITE MÉDIA AGUDA Microbiologia: Produtor de Betalactamase Haemophilus influenzae > 40% Moraxella catarrhalis > 90% Giebink,1999 Resit a penicilina ( Hospital) Streptococcus 24% 1995..... 38% 1997 Wald et al. 2001

OMA Colonização da nasofaringe S. pneumoniae 9% aos 2 meses.......43% aos 2 anos ( Syrjanen,2001) Fatores que controlam a microflora Equilibrio entre microrganismos/ S. viridans Produção local IgA secretora e IgG (Bernstein, 2001)

OTITE MÉDIA AGUDA BACTERIANA A antibioticoterapia é o tratamento de escolha Amoxicilina: 50mg/kg ou 80 a 90mg/kg Amoxicilina-clavulanato Amoxicilina-sulbactam Cefaclor Ceftriaxona Axetil-ceruroxima Evitar assoar o nariz com força

Antibiótico ou Observação? Uso de antibótico Diag. Certeza e sint. Graves(qualquer idade) Crianças abaixo de 2 anos. Condições clínicas associadas Observação Diag. Incerto e acima de 2 anos Sintomas não graves

TRATAMENTO DA OTITE MÉDIA AGUDA RECORRENTE Afastar os fatores de risco Imunoprofilaxia Vírus influenzae < 83% OMA (Heikkinen et al., 1991) H. influenzae S. pneumoniae eficaz < 2 anos (Shinefied;Black,2000; Eskola et al. 2001) American Academy of Pediatrics, 2000

PREVENÇAÕ DA OTITE MÉDIA AGUDA RECORRENTE Timpanotomia com tubo de ventilação Indicações ( Bluestone,1994 ) OMA repetição Suspeita de complicações Disfunçaõ tubária importante Adenoidectomia Obstrução nasal por hipertrofia, reservatório de bacterias Associada a timpanotomia é efetiva na prevenção da OMA recorrente ( Paradise et al., 1990 )

OTITE MÉDIA AGUDA BACTERIANA Complicações Intratemporal Perda auditiva, perfuração timpanica, OMC, sequelas, Mastoidite, petrosite,labirintite, paralisia facial Complicações intracraniana Meningite, abscessos, Trombose do seio sigmóide

OTITE MÉDIA DIAGNÓSTICO E.Bastos