In: GIROUX, Henry. Cruzando as fornteiras do Discurso Educacional

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Transcrição da apresentação:

HENRY GIROUX A CULTURA POPULAR COMO U M PEDAGOGIA DO PRAZER E SIGNIFICADO: descolonizando o corpo In: GIROUX, Henry. Cruzando as fornteiras do Discurso Educacional. Porto Alegre: Artmed, 1999

- DEBATER ESSAS ANÁLISES PARA A PRÁTICA PEDAGÓGICA CRÍTICA A CULTURA POPULAR COMO U M PEDAGOGIA DO PRAZER E SIGNIFICADO: descolonizando o corpo GIROUX - A CULTURA POPULAR COMO U M PEDAGOGIA DO PRAZER E SIGNIFICADO: descolonizando o corpo Ênfase do capítulo (p. 214): - PRODUÇÃO DE SIGNIFICADO + INVESTIMENTOS EMOCIONAIS + PRODUÇÃO DO PRAZER Constituem os alunos: identidade, opinião sobre si mesmos e plano de futuro - REVISAR ALGUMAS VISÕES CONSERVADORAS E RADICAIS DA CULTURA POPULAR E SUAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS - TENTAR DESENVOLVER OS ELEMENTOS BÁSICOS QUE CONSTITUEM UMA TEORIA DA CULTURA POPULAR QUE POSSA BASEAR UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA CRÍTICA (Ex.: filme Darty Dancing) - DEBATER ESSAS ANÁLISES PARA A PRÁTICA PEDAGÓGICA CRÍTICA

DESENVOLVIMENTO DO TEXTO GIROUX - A CULTURA POPULAR COMO U M PEDAGOGIA DO PRAZER E SIGNIFICADO: descolonizando o corpo DESENVOLVIMENTO DO TEXTO INTRODUÇÃO: POSTURA DOS EDUCADORES RADICAIS COMO AS TEORIAS CRÍTICAS TRATAM DA QUESTÃO DA PEDAGOGIA ABORDAGENS RADICAIS E CONSERVADORAS À CULTURA POPULAR A HEGEMONIA COMO UM PROCESSO PEDAGÓGICO A CULTURA COMO UM LOCAL DE LUTA E DE RELAÇÕES DE PODER A CULTURA POPULAR E O CONSENTIMENTO: A DIALÉTICA DA IDEOLOGIA E DO PRAZER INVESTIMENTO E PRAZER EM DIRTY DANCING IMPLICAÇÕES PARA A PRÁTICA PEDAGÓGICA CRÍTICA

GIROUX - A CULTURA POPULAR COMO U M PEDAGOGIA DO PRAZER E SIGNIFICADO: descolonizando o corpo INTRODUÇÃO (211-214 pp) Debate de educadores radicais (desde déc. 80): experiência do aluno para desenvolver teoria educacional e da política cultural COMO AS ESCOLAS AUTORIZAM E PRODUZEM FORMAS PARTICULARES DE SIGNIFICADO E PARA IMPLEMENTAR PRÁTICAS DE ENSINO CONSISTENTES COM OS PRINCÍPIOS IDEOLÓGICOS DA SOCIEDADE DOMINANTE? MUDANÇA DE POSTURA DOS EDUCADORES RADICAIS ANTES: modo como as escolas reproduzem a ordem social; como os alunos contestam a lógica dominante pela resistência HOJE: educação como uma luta por modos de vidas particulares Educação = parte da produção e legitimação das formas e das subjetividades sociais que são organizadas nas relações de poder e significado que habilitam ou limitam o potencial humano para a capacitação social e do self

CRÍTICA DE GIROUX À POSTURA DOS EDUCADORES RADICAIS GIROUX - A CULTURA POPULAR COMO U M PEDAGOGIA DO PRAZER E SIGNIFICADO: descolonizando o corpo CRÍTICA DE GIROUX À POSTURA DOS EDUCADORES RADICAIS Ignoram a importância da cultura popular tanto para entender de forma mais crítica a experiência do aluno (expansão critica & problema da pedagogia) Desconsideram que a experiência do aluno é moldada pela cultura popular Não questionam por que a cultura popular não é objeto sério de estudo no currículo, nas reformas curriculares dos educadores liberais críticos GIROUX TENTA EXPLICAR A LACUNA DA POSTURA DOS ED. RADICAIS - Objetivam a correção ideológica da posição política do aluno – politicamente correto e pedagogicamente errado Poucas tentativas de analisar como podem estar ligadas as relações pedagógicas e as relações de poder “ não somente ao que as pessoas sabem, mas também a maneira pela qual chegam a saber de um modo particular dentro das restrições das formas sociais específicas” (p. 212)

GIROUX - A CULTURA POPULAR COMO U M PEDAGOGIA DO PRAZER E SIGNIFICADO: descolonizando o corpo COMO AS TEORIAS CRÍTICAS TRATAM DA QUESTÃO DA PEDAGOGIA Método com status definido por sua relação funcional com formas particulares de conhecimento Observa-se o conhecimento escolhido para ser trabalhado em dada classe Deveria ser considerado a técnica de procedimento (aula expositiva, seminário, etc) Processo de desconstrução ideológica de um texto Preocupação com os interesses políticos que estruturam as formas particulares de conhecimento; maneiras de se conhecer e os métodos de ensino AMBAS abordagens ignoram a pedagogia como forma de produção e intercâmbio cultural que trata o modo como o conhecimento é produzido, mediado, recusado e representado nas relações de poder dentro e fora da escola

questão política e pedagógica ed. radicais: o que falta GIROUX - A CULTURA POPULAR COMO U M PEDAGOGIA DO PRAZER E SIGNIFICADO: descolonizando o corpo OPINIÃO DE GIROUX Educadores não devem ignorar as formas culturais e sociais consentidas pelos jovens e que servem para capacitá-los ou incapacitá-los risco de cumplicidade no silêncio e na negação dos alunos Educadores ainda recusam em reconhecer a importância de práticas fora da escola Importante não é motivar os alunos a aprender MAS estabelecer as condições de aprendizagem – permitir aos alunos se interrogar questão política e pedagógica ed. radicais: o que falta CONHECIMENTO DA ESCOLA + VIDA COTIDIANA DOS ALUNOS INCLUIR A CULTURA POPULAR NUMA PEDAGOGIA CRÍTICA COMO A POLÍTICA DE PRAZER SERVE PARA LIDAR COM ALUNOS RELACIONANDO A EDUCAÇÃO E A VIDA COTIDIANA (QUE PARECEM CONTRADITÓRIOS)?

ABORDAGENS RADICAIS E CONSERVADORAS À CULTURA POPULAR (p. 214) GIROUX - A CULTURA POPULAR COMO U M PEDAGOGIA DO PRAZER E SIGNIFICADO: descolonizando o corpo ABORDAGENS RADICAIS E CONSERVADORAS À CULTURA POPULAR (p. 214) PARA ESQUERDA (DUAS POSIÇÕES) PRIMEIRA POSIÇÃO Cultura popular carece de expressões criativas, produtivas ou autênticas Terreno da ideologia e imposição cultural às massas para ordem social Padronização, uniformidade e passividade Adorno e Horkheimer: cultura popular = cultura de massa produtora de neuroses ESCOLA DE FRANKFURT: razão em crise e declínio Cultura como ignorância e mercadoria: cultura superior ≠ cultura de massa Cultura Superior = autonomia, criatividade, pode ser ensinada e praticada

ABORDAGENS RADICAIS E CONSERVADORAS À CULTURA POPULAR SEGUNDA POSIÇÃO GIROUX - A CULTURA POPULAR COMO U M PEDAGOGIA DO PRAZER E SIGNIFICADO: descolonizando o corpo ABORDAGENS RADICAIS E CONSERVADORAS À CULTURA POPULAR SEGUNDA POSIÇÃO Historiadores e sociólogos que estudam “história dos povos” ou práticas de grupos subculturais Cultura popular = cultura do povo e variedade contemporânea Cultura da classe trabalhadora é escavada como expressão da resistência popular Pedagogia para apropriação da própria cultura Cultura superior X cultura da classe trabalhadora CONCLUSÕES SOBRE POSIÇÕES DE ESQUERDA Explica o fato das pessoas não se rebelam ante as injustiças do capitalismo A DIREITA se apropriou dessa lógica

CRÍTICOS CONSERVADORES GIROUX - A CULTURA POPULAR COMO U M PEDAGOGIA DO PRAZER E SIGNIFICADO: descolonizando o corpo ABORDAGENS RADICAIS E CONSERVADORAS À CULTURA POPULAR PARA DIREITA Cultura popular: ajuda a explicar & condenar os fracassos da escola igualitária e das instituições culturais para educar as massas para a responsabilidade política CRÍTICOS CONSERVADORES JOSÉ ORTEGA Y GASSET EZRA POUND T.S. ELIOT Cultura Popular: ameaça a civilização & é vulgarização e decadência das massas X Cultura Erudita: não exige crítica social e fora de interesses ideológicos Princípios pedagógicos: semelhantes à celebração da cultura superior presente na posição da esquerda da Escola de Frankfurt

ABORDAGENS RADICAIS E CONSERVADORAS À CULTURA POPULAR GIROUX - A CULTURA POPULAR COMO U M PEDAGOGIA DO PRAZER E SIGNIFICADO: descolonizando o corpo ABORDAGENS RADICAIS E CONSERVADORAS À CULTURA POPULAR CONCLUSÕES DO GIROUX Defensores da cultura superior (esquerda e direita) declaram que a cultura do povo tem de ser substituída por conhecimentos e valores da cultura dominante As visões da esquerda dominante não analisa a penetração do poder nas lutas pelo domínio do senso comum e do cotidiano por processos pedagógicos de base política Consentimento, resistência, produção de subjetividade → formados por processos pedagógicos Discorda de ambos pontos de vista pois são posições binárias

Consentimento para à dominação pelos grupos subordinados GIROUX - A CULTURA POPULAR COMO U M PEDAGOGIA DO PRAZER E SIGNIFICADO: descolonizando o corpo A HEGEMONIA COMO UM PROCESSO PEDAGÓGICO ANTONIO GRAMSCI Redefine o significado de cultura popular → importância pedagógica e política Cultura Popular = local de luta e dominação O controle das classes subordinadas é caracterizado pelo uso de uma força oficial, mas pela luta por uma liderança hegemônica Consentimento para à dominação pelos grupos subordinados

GIROUX - A CULTURA POPULAR COMO U M PEDAGOGIA DO PRAZER E SIGNIFICADO: descolonizando o corpo A HEGEMONIA COMO UM PROCESSO PEDAGÓGICO - ANTONIO GRAMSCI CONSENTIMENTO Legitimação dos interesses e autoridades do bloco dominante Não há polaridade cultura dominante opressiva X culturas subordinadas fracas/autênticas TODA HEGEMONIA É UM RELACIONAMENTO EDUCACIONAL UM BLOCO DOMINANTE SÓ PODE SE ENVOLVER EM UMA LUTA POLÍTICA E PEDAGÓGICA VIA CONSENTIMENTO DOS GRUPOS SUBORDINADOS E SE ESTIVER DISPOSTO A ARTICULAR ALGUNS VALORES E INTERESSES DESSES GRUPOS

A HEGEMONIA COMO UM PROCESSO PEDAGÓGICO - ANTONIO GRAMSCI GIROUX - A CULTURA POPULAR COMO U M PEDAGOGIA DO PRAZER E SIGNIFICADO: descolonizando o corpo A HEGEMONIA COMO UM PROCESSO PEDAGÓGICO - ANTONIO GRAMSCI COMO AS CULTURAS SUBORDINADAS PODEM CRIAR ESPAÇOS DE RESISTÊNCIA E AFIRMAÇÃO? LUTA NO PROCESSO HEGEMÔNICO ENTRE CULTURA POPULAR E PROCESSOS DE CONSENTIMENTO = REJEIÇÃO DE QUALQUER CONCEITO DE CULTURA POPULAR DE VISÃO ESSENCIALISTA Significado de cultura popular →prática e relações contextuais e temporais Forma dual de atuação do popularreferência semântica e ideológica realiza experiência de prazer, afeto e corporalidade

A HEGEMONIA COMO UM PROCESSO PEDAGÓGICO - ANTONIO GRAMSCI GIROUX - A CULTURA POPULAR COMO U M PEDAGOGIA DO PRAZER E SIGNIFICADO: descolonizando o corpo A HEGEMONIA COMO UM PROCESSO PEDAGÓGICO - ANTONIO GRAMSCI CARACTERIZAÇÃO GERAL DA CULTURA POPULAR COMO ESFERA DE RELAÇÕES SOCIAIS ( aspectos teóricos básicos) Conceito de hegemonia = poder cultural que penetra na vida cotidiana Terreno cultural de vida cotidiana = local de luta e acomodação + um lugar no qual a produção de subjetividade é um processo pedagógico com princípios políticos de estruturação Noção de consentimento = identificar os limites e possibilidades dos princípios pedagógicos em ação dentro das formas culturais que capacitam & incapacitam (contraditório) os grupos

A CULTURA COMO UM LOCAL DE LUTA E DE RELAÇÕES DE PODER GIROUX - A CULTURA POPULAR COMO U M PEDAGOGIA DO PRAZER E SIGNIFICADO: descolonizando o corpo A CULTURA COMO UM LOCAL DE LUTA E DE RELAÇÕES DE PODER PRÁTICA CULTURAL = LOCAL E FORMA DE POLÍTICA CULTURAL PROJETO DE GIROUX: CONSTRUIR PRÁTICA EDUCACIONAL PARA POTENCIALIDADE HUMANA (último § 220-221 pp) CULTURA POPULAR = LOCAL DE POLÍTICA DIFERENCIADA – PESOS IDEOLÓGICOS E AFETIVOS MÚLTIPLOS CONCEITOS TEÓRICOS CATEGORIA PRODUTIVO → construção e organização de práticas envolvidas por grupos dominante e subordinados para garantir espaço para produzir e legitimar experiências e formas sociais que constituem diferentes modos de vida nessas relações assimétricas de poder

Apropriação e da transformação da ideologia e da cultura popular GIROUX - A CULTURA POPULAR COMO U M PEDAGOGIA DO PRAZER E SIGNIFICADO: descolonizando o corpo A CULTURA COMO UM LOCAL DE LUTA E DE RELAÇÕES DE PODER CATEGORIA PRODUTIVO 2 CONJUNTOS DE RELAÇÕES DIFERENTES NA ESFERA DO POPULAR Maneiras de atuação da cultura dominante para estruturar dentro & através das forças populares Cultura dominante busca, através da semântica e da afetividade, a cumplicidade com grupos subordinados Apropriação e da transformação da ideologia e da cultura popular Produção seletiva; distribuição controlada e noções regulamentadas da narrativa e do discurso do consumidor Maneiras como os grupos subordinados articulam conteúdos e/ou envolvimento nas formas populares mais sociais Recusa em se envolver em práticas sociais definidas por uma racionalidade abstrata (negam afeto e prazer) Socialidade das formas populares pode conter potencialidades não realizadas e possibilidades necessárias para formas mais democráticas e humanas de comunidade e formação coletiva

A CULTURA COMO UM LOCAL DE LUTA E DE RELAÇÕES DE PODER PIERRE BOURDIEU GIROUX - A CULTURA POPULAR COMO U M PEDAGOGIA DO PRAZER E SIGNIFICADO: descolonizando o corpo A CULTURA COMO UM LOCAL DE LUTA E DE RELAÇÕES DE PODER PIERRE BOURDIEU Formas culturais dos grupos dominantes = Celebração do formalismo; distância do mundo real - paixões, emoções e sentimentos Formas culturais dos grupos subordinados Participação do público (momento produtivo da corporalidade) Corporalidade → pode ser inscrita em ações repressivas ou emancipatórias. Celebração não políticas é teórica e politicamente deslocada Produtivo → mistura dialética de prazer, consentimento e envolvimento inconsciente, mapeia um aspecto importante do popular dentro da vida cotidiana

Educadores radicais tem interesse limitado na produção de ideologia GIROUX - A CULTURA POPULAR COMO U M PEDAGOGIA DO PRAZER E SIGNIFICADO: descolonizando o corpo A CULTURA POPULAR E O CONSENTIMENTO: A DIALÉTICA DA IDEOLOGIA E DO PRAZER Processos Persuasivos poder político nunca atua sem mediação ideológica (processo pedagógico)  Modo como as pessoas se tornam envolvidas nas Consentimento ideologias e nas relações sociais da cultura dominante  Imposição da cultura dominante aos grupos subordinados por mecanização da indústria da cultura OPINIÃO DE GIROUX Consentimento é aprendido. Que processos pedagógicos estão em ação pelos quais as pessoas identificam suas necessidades e desejos com formas e relações de significado específicas? Como Educadores radicais analisam: desconstrução das ideologias; modo como os leitores organizam os textos segundo seus próprios significados e experiências = Educadores radicais tem interesse limitado na produção de ideologia

A pedagogia está presente na produção do discurso GIROUX - A CULTURA POPULAR COMO U M PEDAGOGIA DO PRAZER E SIGNIFICADO: descolonizando o corpo A CULTURA POPULAR E O CONSENTIMENTO: A DIALÉTICA DA IDEOLOGIA E DO PRAZER OPINIÃO DE GIROUX A pedagogia está presente na produção do discurso Pedagogia constitui um momento em que o corpo aprende, se movimenta, deseja e anseia por afirmação Consentimento → abre a pedagogia para o incerto que legitima o concreto de uma maneira experimentada e não falada IDÉIA QUE GIROUX QUER DESENVOLVER (retomando 212-213 pp) Reteorizar a noção de ideologia com uma teoria que retome o prazer Educadores podem desenvolver uma pedagogia com possibilidade mais crítica de tratar o propósito & o significado da cultura popular como terreno de luta e esperança

PRINCÍPIOS POLÍTICOS E PEDAGÓGICOS IMPORTANTES GIROUX - A CULTURA POPULAR COMO U M PEDAGOGIA DO PRAZER E SIGNIFICADO: descolonizando o corpo A CULTURA POPULAR E O CONSENTIMENTO: A DIALÉTICA DA IDEOLOGIA E DO PRAZER COLIN MERCER Influências Walter Benjamin Roland Barthes Os investimentos afetivos tem uma capacidade cultural real e podem ser indiferentes ao conceito do significado em si, construído através das lentes do ideológico PRINCÍPIOS POLÍTICOS E PEDAGÓGICOS IMPORTANTES Lutas hegemônicas e contra-hegemônicas → produção e regulamentação do desejo = constituição do significado Ideia e experiência do prazer são constituição política → corpo sujeito do prazer. Prazer = consentimento da vida do corpo Reconhecer que cultura popular pode constituir um campo de possibilidades → alunos podem se apropriar das formas culturais para ampliar suas possibilidades

INVESTIMENTO E PRAZER EM DIRTY DANCING GIROUX - A CULTURA POPULAR COMO U M PEDAGOGIA DO PRAZER E SIGNIFICADO: descolonizando o corpo INVESTIMENTO E PRAZER EM DIRTY DANCING Por que o Comentado sobre o Filme? Maneira de analisar as formas populares usando como parte de um processo pedagógico crítico. É um relato incorporado e não observação abstrata Para envolver alunos para uma consideração crítica (textos ou relações sociais da vida) inicialmente deve-se reconhecer como os sujeitos históricos e sociais (nós) estamos implicados (ligados) nos significados e prazeres que atribuímos a essas formas. Baby descobre que “o corpo humano não é um objeto eterno (...) foi construído pela história, pelas sociedades, pelos regimes e pelas ideologias” ( citação de Barthes, p. 231) DIRTY DANCING e processos de persuasão → a relação de Baby com pessoas da classe operária é mediada de duas formas: posição de sujeito no discurso do liberalismo & experimenta os prazeres do corpo dentro das formas culturais populares da classe operária

IMPLICAÇÕES PARA A PRÁTICA PEDAGÓGICA CRÍTICA GIROUX - A CULTURA POPULAR COMO U M PEDAGOGIA DO PRAZER E SIGNIFICADO: descolonizando o corpo IMPLICAÇÕES PARA A PRÁTICA PEDAGÓGICA CRÍTICA CULTURAS POPULARES + PEDAGOGIA = FORMA PARTICULAR DE ENSINAR E APRENDER Pedagogia crítica – realidade da diferença é o campo para questionar teoria e prática Experiência da diferença → uma tarefa a ser discutida e recurso fundamental para uma pedagogia da possibilidade Tensões (lutas) provocadas pela discussão da experiência vivida e que não devem ser vencidas pela pedagogia → sobre o significado atribuído; sobre em que direção desejar; sobre os modos de expressão particulares; sobre versões múltiplas e até contraditórias do self O CONHECIMENTO É CONCEBIDO COMO UM ASPECTO INTEGRANTE DO ENSINO E DA APRENDIZAGEM

IMPLICAÇÕES PARA A PRÁTICA PEDAGÓGICA CRÍTICA GIROUX - A CULTURA POPULAR COMO U M PEDAGOGIA DO PRAZER E SIGNIFICADO: descolonizando o corpo IMPLICAÇÕES PARA A PRÁTICA PEDAGÓGICA CRÍTICA PROFESSORES E ALUNOS SÃO DESAFIADOS A ENCONTRAR FORMAS ONDE UM ÚNICO DISCURSO NÃO SE TORNA O LOCAL DE CERTEZA E DE CERTIFICAÇÃO POPULAR COMO UM CAMPO DE PRÁTICAS QUE CONSTITUI A TRÍADE INDISSOLÚVEL SABER+PODER+PRAZER MICHEL FOUCAULT ALERTA: É UM CAMINHO PERIGOSO O PROFESSOR FAZER UMA PEDAGOGIA ARTICULANDO CONHECIMENTO E PRAZERES INERENTES À VIDA COTIDIANA DO ALUNO OBJETIVO DA LUTA PEDAGÓGICA → usar a base material e discursiva para produzir significado que represente os sujeitos, as relações com os outros e com o ambiente e também considerar possibilidades ainda não realizadas PRÁTICA UTÓPICA NECESSÁRIA E LIMITADA