USO DA LEI MUNDIAL DA SAÚDE EM CAMPANHAS DE ADVOCACIA DA SAÚDE PÚBLICA

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
PROJETO BULAS DE MEDICAMENTOS
Advertisements

O PAPEL DA LEI NA POLÍTICA DE SAÚDE PÚBLICA: UMA INTRODUÇÃO Peter D
Declaração e Programa de Ação de Viena (1993)
Políticas Públicas e Álcool
Política de Saúde e Iniciativa Social no Reino Unido
ECONOMIA AGENTES ECONÔMICOS.
REQUISITOS NORMATIVOS PARA POLÍTICA DO SISTEMAS DE GESTÃO:
Uma visão teórica de um Sistema de Vigilância
Políticas sobre Álcool e Drogas - Governo do Estado de São Paulo
Seminário SANTA CATARINA ECONOMIA E MEIO AMBIENTE Macro diretriz: Aumentar, de forma sustentável, a competitividade sistêmica do estado Áreas de.
CAMS Comissão Nacional de Articulação com Movimentos Sociais
GT Relatórios Internacionais em HIV e Aids
Estrutura Legal e Regulatória para a Implementação da GIRH
ROTARY INTERNATIONAL - Distrito 4410
MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO A era da transparência: revolucionando as transferências voluntárias do Governo Federal MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO X Encontro.
Pacto pela Saúde no Estado de São Paulo: Avanços e Desafios
ECONOMIA EMPRESARIAL.
ORGANIZAÇÃO, SISTEMAS E MÉTODOS Aula 14
Tuberculose e comunicação
III CONGRESSO INTERNACIONAL BRASIL COMPETITIVO
16 de novembro de 2010, Rio de Janeiro
ONDE E QUANDO TEVE INICIO A CERTIFICAÇÃO AMBIENTAL NO BRASIL?
ÍNDICE DE TRANSPARÊNCIA E CIDADANIA FISCAL
GESTÃO PÚBLICA PLANEJAMENTO E CONTROLE SOCIAL
Gestão por resultados orientada por princípios de Direitos Humanos
Auditorias em SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO
PRÊMIO GESTOR PÚBLICO Um estímulo à Administração de Resultados
Direitos das Minorias © 2013
Marcelo Viana Estevão de Moraes Secretário de Gestão Maio de 2008
Reformas educacionais na América Latina
UNAC/CNA Seminário internacional organizado pela CNA – Portugal Sábado, 20 de Março de 2010 Cidade de Espinho Apresentação: José Catarino Xerinda.
Gestão Estratégica na Política Pública
Vera Masagão Ribeiro Marco regulatório e políticas de fomento às organizações da sociedade civil Desafios.
Meta Internacional de Segurança 1 Corretamente
Políticas para redução dos desastres C. de Ville de Goyet.
II SEMINÁRIO BANCO CENTRAL SOBRE MICROCRÉDITO
 2007 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health Seção B Rastreamento das mortes e doenças relacionadas ao tabaco.
Estratégias para o Fortalecimento das Ações de Vigilância Sanitária
O Pacto Mundial para o Emprego: Uma resposta à crise Escritório da OIT no Brasil Seminário sobre a Elaboração do PNTD e a Participação dos Trabalhadores.
Macroeconomia Política Fiscal
ECONOMIA AGENTES ECONÔMICOS.
RELAÇÕES INTERNACIONAIS
Escritório Internacional do Trabalho Departamento de Empresas Multinacionais DECLARAÇÃO TRIPARTITE DE PRINCÍPIOS RELATIVOS ÀS EMPRESAS MULTINACIONAIS E.
Planejamento e Responsabilidade Social
A Solução de Pigou P = CMg privado + CMg social Concorrência perfeita:
 2007 Escola de Saúde Pública Bloomberg, Universidade Johns Hopkins (Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health)  2007 Johns Hopkins Bloomberg School.
 2007 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health Seção B Estratégias para controlar o comércio ilícito.
Livro 4 Avaliação de Desenvolvimento Sustentável: Princípios na Prática.
SISTEMA ÚNICO de SAÚDE SUS.
 2007 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health Avaliação dos programas de controle do tabaco: ASSIST Frances Stillman, EdD Institute for Global.
Porto Alegre, 05 de junho de 2012 Acompanhamento de políticas públicas para melhoria de desempenho e de resultados IX SERGOP Seminário Rio-Grandense sobre.
Atuação dos agentes de Controle Social
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE Rio de Janeiro 2008
 2011 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health Melhores práticas em tributação do tabaco Frank J. Chaloupka, PhD Universidade de Illinois em Chicago.
 2007 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health Seção B Desafios e próximos passos.
Plano Plurianual - PPA Governo do Estado de Roraima
DISTRITO 4550 GOVERNADOR RICARDO BECKER
OTTAWA CARTA DE INTENÇÕES - SAÚDE PARA TODOS NO ANO 2000 E APÓS.
Ana Lucia Monteiro IV encontro da Rede Nacional de Pessoas vivendo com HIV/Aids Atibaia, 06 de agosto de 2011.
Dispositivos Estratégicos: Região de Saúde Rede de Atenção à Saúde Mapa da Saúde Planejamento Integrado RENASES RENAME Contrato Organizativo de Ação.
ISO E GESTÃO AMBIENTAL Ana Paula Matias dos Santos
CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA DE 1988
Secretaria Especial da Micro e Pequena Empresa Departamento de Registro Empresarial e Integração – DREI.
Saneamento Básico um Direito de Todos 46ª Assembleia Nacional da Assemae.
Instituições Políticas Brasileiras Prof. Octavio Amorim Neto EPGE/FGV-RJ.
ACORDO SOBRE BARREIRAS TÉCNICAS AO COMÉRCIO TBT AGREEMENT.
PROMOÇÃO DA SAÚDE: CONCEITOS E PRINCÍPIOS
Formação Sindical Para Negociação Coletiva Negociação Coletiva e Salários no Contexto da crise: o caso brasileiro.
A AGENDA 21 Profª MS. Milena Beatrice Lykouropoulos.
Transcrição da apresentação:

USO DA LEI MUNDIAL DA SAÚDE EM CAMPANHAS DE ADVOCACIA DA SAÚDE PÚBLICA Peter D. Jacobson, JD, MPH Professor of Health Law and Policy University of Michigan School of Public Health   29 de abril de 2008 Digite o texto...

Visão Geral A lei como instrumento efetivo de organização   A Lei como complemento de movimentos da advocacia social Leis de interesse específico da saúde mundial   Relação entre Leis da saúde mundial e interna

A LEI COMO INSTRUMENTO EFETIVO DE ORGANIZAÇÃO   Definição dos objetivos da saúde pública Preparo da saúde pública Desenvolvimento de sistemas de saúde pública Redução da carga da doença (ex.: AIDS, tabagismo) Escolha das ferramentas legais adequadas Lei interna Lei mundial da saúde Advocacia legislativa/administrativa

USO DA LEI PARA DESENVOLVER SISTEMAS DE SAÚDE PÚBLICA: PAPEL DA ADVOCACIA: I   Definir o sistema ideal dadas as tradições legais e políticas do Brasil Centralizado vs. descentralizado Papel do governo vs. setor privado Alcance dos temas de saúde pública para comparar Identificar outras agências internas para colaboração Identificar agências internacionais para colaboração (ex.:OMS, Banco Mundial)

USO DA LEI PARA DESENVOLVER SISTEMAS DE SAÚDE PÚBLICA: PAPEL DA ADVOCACIA : II Montar estratégia para expansão, no Brasil, do atendimento primário à saúde para promover acesso aos serviços essenciais   Identificar modelos globais (não USA!) para atividades da saúde em termos da população Outros países de renda média como Tailândia ou Malásia

USO DA LEI PARA DESENVOLVER SISTEMAS DE SAÚDE PÚBLICA: PAPEL DA ADVOCACIA : III   Identificar brechas nas leis existentes /recomendar alterações Autoridade de vigilância Serviços obrigatórios Vias de financiamento Autoridade para declarar e registrar emergência de saúde pública Colaboração público-privada para a preparação   Usar leis mundiais da saúde

USO DA LEI PARA DESENVOLVER SISTEMAS DE SAÚDE PÚBLICA: PAPEL DA ADVOCACIA : IV   Transparência na elaboração da política  Separar ONGs da dependência governamental Confrontar o dilema do doador privado (Fundo Mundial da AIDS domina o sistema de saúde pública)  Construir capacidade local   Informações (coleta de dados, tecnologia) Alocação de recursos Equilibrar a saúde da população e as liberdades individuais

USO DAS LEIS MUNDIAIS DA SAÚDE: DIREITOS HUMANOS -I Não é auto-aplicável   Útil na elaboração da legislação interna Complemento efetivo ao enfoque de movimento social Direito à saúde Responsabilidade do governo por direitos humanos (i.e. definir o nível mínimo esperado de atendimento à saúde) Escolhas de política da estrutura com dimensão moral Oponentes podem cooptar direitos humanos

USO DAS LEIS MUNDIAIS DA SAÚDE: DIREITOS HUMANOS -II Acordos de Helsinki   Considerados desafio à União Soviética Surgiram como a maior conquista dos direitos humanos A atenção internacional mudou o tratamento dos dissidentes IESCR Comentário 14— para atender o direito à saúde, as nações devem: Deixar de interferir no direito à saúde Evitar que terceiros interfiram no direito à saúde Exercer ação positiva para atender o direito à saúde

USO DAS LEIS GLOBAIS DA SAÚDE: REGULAMENTO INTERNACIONAL DA SAÚDE (IHR)--I Manter estados soberanos responsáveis por:   Capacidade fundamental de detecter/tratar surtos de doenças Sistemas de registros de doenças Advogar em prol de legislação que esclareça a responsabilidade central vs. local por emergências de saúde pública Acordos negociados Alocação de recursos

USO DAS LEIS GLOBAIS DA SAÚDE: REGULAMENTO INTERNACIONAL DA SAÚDE (IHR)-- II   Advogar por um melhor sistema de saúde pública   Projetar um sistema que atenda as exigências do IHR Papel dos governos central vs. local Propugnar por recursos Advogar por diretrizes nacionais e medidas de responsabilização por Coleta de dados padronizada Obrigação de relatórios

USO DAS LEIS GLOBAIS DA SAÚDE: REGULAMENTO INTERNACIONAL DA SAÚDE (IHR)-- III   Papel da Advocacia da Merck vs. Brasil   Acesso de curto prazo a Rx relativo a AIDS para desenvolvimento/ investimento de longo prazo numa droga Manter promessa do governo de tratamento gratuito a pacientes de AIDS Batalhar por leis para impedir a disseminação da AIDS (como compartilhamento de agulhas, uso de camisinha, testes)

USO DA LEI PARA REDUZIR O TABAGISMO: I Mudanças da legislação   Leis estaduais e locais de proibição do fumo Restrições legais do acesso de jovens ao tabaco Aumentar impostos Litígios Processos individuais e de classes Forçou a indústria do tabaco a revelar documentos comprometedores Ajudou a elevar o preço dos cigarros

USO DA LEI PARA REDUZIR O TABAGISMO : II Estimulou mudanças voluntárias Locais de trabalho livres de tabaco Empregadores exigindo que os empregados não fumem   Estimulou movimentos sociais Ligas locais de controle do tabaco Advocacia legislativa Estimulou a Convenção da Estrutura de Controle do Tabagismo

CONCLUSÃO A Lei pode ser um instrumento efetivo da Advocacia   A Lei pode ser um instrumento efetivo da Advocacia Utilidade de leis internas e globais para organização do sistema público de saúde Um meio não inerentemente correto de organizar o sistema público de saúde