Introdução a Bioquímica: Biomoléculas

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
A BIOQUÍMICA ESTRUTURAL para as CIÊNCIAS da SAÚDE
Advertisements

Quimotripsina COMPLEMENTARIDADE ENTRE DIIDROFOLATO REDUTASE ES SEUS SUBSTRATOS Amarelo: tetraidrofolato Vermelho: NADP+
PROTEÍNAS 2ª maior abundância nos seres vivos Diferentes funções
Polipeptídeo.
Proteínas Profª Glaucia.
Metabolismo Bacteriano
Proteínas Prof. Fláudio.
ENZIMAS CONCEITOS GERAIS.
CONCEITOS BÁSICOS EM METABOLISMO
Bioquímica: Composição dos Seres Vivos
BIOQUÍMICA COMPOSIÇÃO QUÍMICA DOS SERES VIVOS
TÓPICOS SOBRE ENZIMAS UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA
Metabolismo Microbiano
OS ÁCIDOS NUCLÉICOS.
Cinética Enzimática Prof. Dr. Henning Ulrich.
Cofatores inorgânicos
ENZIMOLOGIA ENZIMAS CONCEITO C12 H22O O2 
ENZIMOLOGIA ENZIMAS CONCEITO C12H22O O2  CO2 + H2O  H2CO3
Introdução a Bioquímica: Biomoléculas
A química da célula I Proteínas
Enzimas: Cinética, inibição e regulação
Enzimas: Cinética, inibição e regulação
ENZIMAS.
INTRODUÇÃO AO METABOLISMO
twitter.com/profmagrao
Bioenergética estuda a transferência,conversão e utilização da energia em sistemas biológicos exemplos: conversão de moléculas dos nutrientes em outras.
Juliana Ribeiro Mariotto
Juliana Ribeiro Mariotto
Aula 9 – Proteínas III – Enzimas
AULA 7 Sobre “Enzimas”, importante saber: Conceito;
Doenças.
Proteínas com a função especial de catálise
As enzimas são consideradas pequenas proteínas complexas, mas que apresentam longas cadeias de aminoácidos unidos por ligações peptídicas. Essas pequenas proteínas são.
A Base Molecular da Vida Prof(a): Alexsandra Ribeiro
PROTEÍNAS:.
Breve explicação e exercícios sobre:
UNIOESTE – Curso de Enfermagem – Disciplina de Bioquímica
Unidade 4 Enzimas.
Paula Costallat Cantão
Livros recomendados.
Bioquímica para Enfermagem Prof. Dr. Didier Salmon MSc. Daniel Lima
Enfermagem 2012/1 – Profª Amanda Vicentino
Carboidratos.
Proteínas Formadas por unidades de construção chamadas AMINOÁCIDOS (aa) O aa é composto por:
Bioquímica Prof. Msc Brunno Macedo
Cinetica Enzimática Estudo da velocidade da reação enzimática e como ela se altera em função de diferentes parâmetros.
Material gentilmente cedido por vinícius almeida.
Enzimas – Proteínas Especiais
Bioquímica para Enfermagem Prof. Dr. Didier Salmon MSc. Daniel Lima
Enzimas – Proteínas Especiais
Ciclo de Krebs.
Especificidade Formação de um complexo enzima-substrato específico
ENZIMAS.
Introdução a Enzimologia
ENZIMOLOGIA E TECNOLOGIA DAS FERMENTAÇÕES
Nomenclatura e classificação das enzimas
Prof. Rodrigo Alves do Carmo
Prof. Didier Salmon MSc Cristiane S. Lessa ENZIMAS ( PARTE 1) Dezembro 2015 Bioquímica para Enfermagem 02/12/15.
Introdução ao Metabolismo Prof. Helber Barcellos.
Metabolismo Energético
Prof. Rodrigo Alves do Carmo
Introdução a Enzimas Enzimas -são catalisadores biológicos de alta especificidade. Catalisar uma reação química é alterar a sua velocidade. A presença.
O Ciclo do Ácido Cítrico
Alimentação, Ambiente e Sustentabilidade
INTRODUÇÃO AO METABOLISMO
ENZIMAS – COMPONENTES DA REAÇÃO
ENZIMAS.
Oxidação das coenzimas reduzidas
ENZIMAS.
Transcrição da apresentação:

Introdução a Bioquímica: Biomoléculas Aula 6 Enzimas Ignez Caracelli BioMat – DF – UNESP/Bauru Julio Zukerman Schpector LaCrEMM – DQ – UFSCar São Carlos , 15 de setembro de 2008.

Nomenclatura 1833 - Duclaux – adicionar o sufixo ase à substância sobre a qual a enzima é ativada ou indicar o tipo de rações catalisadas. Exemplo: enzima: glutationa redutase substrato: glutationa

Nomenclatura 1961 – União Internacional de Bioquímica propôs um código que divide as enzimas em 6 grandes grupos :

Nomenclatura Grupo Tipos de reações catalisadas 1 Oxidoredutases Oxi-redução 2 Transferases Transferência de grupos doadores para aceptores 3 Hidrolases Clivagem de ligações, com intervenção de água 4 Liases Clivagem de ligações, sem hidrólise ou oxidação 5 Isomerases Isomerizações 6 Ligases Formação de ligações

Nomenclatura Atualmente a Enzyme Comission identifica cada enzima iniciando-as pelas letras EC seguido por um código numérico de quatro números separados por pontos. Exemplo: EC 6.1.1.1 – Tirosina T-RNA ligase

1xan 1gre glutationa redutase Nomenclatura 1xan 1gre glutationa redutase mas são as mesmas enzimas?

glutationa redutase 1xan Nomenclatura glutationa redutase 1xan

Nomenclatura http://www.ebi.ac.uk/thornton-srv/databases/cgi-bin/enzymes/GetPage.pl?ec_number=1.8.1.7

Nomenclatura glutationa redutase EC 1.8.1.7 http://www.ebi.ac.uk/thornton-srv/databases/cgi-bin/enzymes/GetPage.pl?ec_number=1.8.1.7 glutationa redutase EC 1.8.1.7 Glutathione-disulfide reductase Oxidoreductases With NAD(+) or NADP(+) as acceptor Acting on a sulfur group of donors

Nomenclatura glutationa redutase 1gre ????

Cofatores Cofator é um composto químico, a parte não-protéica ligada a uma enzima e necessária para a catálise cofator

Cofatores Cofator + enzima = Holoenzima catalicamente ativo Holoenzima – Cofator = Apoenzima catalicamente inativo cofator

Necessidades de cofatores (molécula não-proteíca) atuando no processo: Cofatores são geralmente metálicos: Íons Cu2+, Fe3+ ou Zn2+ (dieta) Grupos prostéticos: associados a enzimas covalentemente

Coenzima são pequenas moléculas orgânicas, não- protéicas que transportam grupos químicos entre enzimas. algumas vezes são chamadas de co-substratos. não fazem parte permanente da enzima.

Glutationa Redutase

Glutationa Redutase monômero monômero

Glutationa Redutase FAD GSSG GSSG FAD

Glutationa Redutase cofator substrato GSSG FAD

Glutationa Redutase cofator GSSG substrato FAD

Glutationa Redutase substrato sítio ativo

Glutationa Redutase enzima homodimérica  500 aa / monômero flavoproteínas: grupo prostético → FAD coenzima: NADPH

Glutationa Redutase (GR) enzima GSSG + NADPH + H+ → 2 GSH + NADP+ GR substrato

Glutationa Redutase (GR) enzima GR substrato GSSG cofator FAD coenzima NADPH

Ciclo da Reação Catalítica da GR GSH E-S-S-G ES-SE f H+ GSH NADPH b EH2 + NADP+ E-S-S-G  GS- e NADP+ c EH2  G-S-S-G EH2 d GSSG

Modelo chave-fechadura A especificidade da enzima (fechadura) para com seu substrato (chave) aumenta de acordo com a suas formas geométricas complementares.

Modelo chave-fechadura

Modelo chave-fechadura Interação enzima-substrato: complementaridade geométrica (necessária mas não suficiente para catálise).

Modelo chave-fechadura?

Modelo chave-fechadura ?

Mecanismo do Ajuste Induzido

Mecanismo do Ajuste Induzido

Especificidade do Substrato Forças não-covalentes: Forças de van der Walls Interações eletrostáticas Ligações de Hidrogênio Interações hidrofóbicas

Estereoespecificidade e Especificidade Geométrica Enzimas altamente especificas ao se ligar a substratos quirais e na catálise das suas reações; Quiralidade inerente das proteínas (L aminoácidos) formam centros ativos assimétricos; Logo, enzima com quiralidade errada não consegue se encaixar no centro ativo da enzima; Forma e quiralidade

Especificidade do Substrato Diferenciação de forma e dos grupos funcionais : não ocorre interação não forma complexo enzima substrato.

Inibidor molécula que bloqueia a ação da enzima a inibição pode ser reversível ou irreversível reversível: interações fracas irreversível: interações covalentes

os inibidores podem ser competitivos ou não-competitivos

Inibidor Competitivo Tem semelhança com o substrato e compete com o substrato pelo sítio ativo da enzima substrato inibidor substrato sítio ativo enzima

Inibidor não-Competitivo não entra no sítio ativo da enzima substrato inibidor substrato sítio ativo enzima

Regeneração das coenzimas As coenzimas são alteradas quimicamente pela reação enzimática em que participam. Assim, para completar o ciclo catalítico, a coenzima tem de voltar ao seu estado inicial.

Vitaminas Muitos organismos não são capazes de sintetizar certas coenzimas; Carência pode provocar uma série de doenças causadas por catálises enzimáticas incompletas.

Vitaminas - A

Vitaminas - B

Regulação Enzimática Duas Maneiras de ocorrer: Controle da viabilidade enzimática : a quantidade de enzimas em uma célula da reação de síntese e de degradação. Controle da atividade enzimática : atividade catalítica da enzima pode ser diretamente regulada através de alterações estruturais e conformacionais, ex: alosteria

Controle Alostérico termo usado para descrever a situação em que a função da proteína em um sítio é afetada pela ligação de uma molécula regulatória em outro sítio. a regulação alostérica pode inibir ou ativar a atividade de uma enzima alterando sua forma para a forma ativa ou inativa.

Controle Alostérico sitio ativo ativador alostérico enzima alostérica com 4 subunidades um dos 4 sítios regulatórios ativador forma ativa estabilizada a ligação do ativador alostérico estabiliza a forma ativa da enzima

Controle Alostérico a ligação do inibidor alostérico estabiliza a forma inativa da enzima forma inativa estabilizada inibidor alostérico sitio ativo não-funcional inibidor

sitio ativo não-funcional Controle Alostérico sitio ativo ativador alostérico enzima alostérica com 4 subunidades um dos 4 sítios regulatórios ativador oscilação inibidor alostérico sitio ativo não-funcional inibidor