Educação Indígena na Escola Anderson, Daniel, Isaias e Marcos

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Transcrição da apresentação:

Educação Indígena na Escola Anderson, Daniel, Isaias e Marcos

Objetivo Geral E é com o objetivo de contribuir para o entendimento desse tema que apresentaremos a seguir uma breve discurssão sob forma de: Resuno do autor em questão, conceitos e por fim uma conclusão do tema ,para assim podermos expressar a aplicabilidade desse assunto. No final do trabalho, temos como meta de aprimorarmos ainda mais o assunto em forma de debates, discursos em grupo, exemplos práticos adquiridos em experiências dos alunos e docente.

Resumo Os povos indígenas mantêm sua alteridade graças a estratégias próprias de vivência sociocultural, sendo a ação pedagógica uma delas. A educação desenvolvida pelos povos indígenas lhes permite que continuem sendo eles mesmos e mantenham a transmissão de suas culturas por gerações. Neste trabalho mantém-se o pressuposto de que não há um problema da educação indígena, pelo contrário,o que existe é uma solução indígena ao problema da educação.

Resumo No processo de educação escolar dos indígenas a perda da alteridade e a dissolução das diferenças são sentidas como ameaças reais, prementes e iniludíveis. Essa perda e essa dissolução, para alguns, relacionam- se até de forma direta e quase exclusiva com a escola. A escola seria um dos fatores decisivos de generalização e uniformidade.

Educação Indígena no Brasil .A situação dos povos indígenas é pouco conhecida na sociedade brasileira. A idéia geral é de que falam a mesma língua, vivem da mesma forma e têm a mesma cultura. No entanto o panorama é outro. São 225 etnias que falam 180 idiomas, excetuando-se aquelas que somente falam o português porque perderam suas línguas de origem. Atualmente são cerca de 370 mil (estimativas apontam entre 2 e 4 milhões de pessoas na época do descobrimento) ocupando uma área correspondente a 13% do território nacional em 580 áreas definidas como terras indígenas.

Educação Indígena no Brasil Os problemas enfrentados pelos povos indígenas são muitos: a maioria das terras ainda está em fase de demarcação ou homologação; as áreas indígenas invadidas por não-índios; dificuldade de acesso à saúde e à educação. Entretanto, diversas etnias têm buscado, nos últimos tempos, a educação escolar como um instrumento em favor da redução das desigualdades, de afirmação de direitos e conquistas e de facilitar o diálogo Intercultural com os diferentes agentes sociais. Mas, que educação é essa?

A Educação Escolar Indígena A formação da consciência da cidadania, a capacidade de reformulação de estratégias de resistência, a promoção de suas culturas e a apropriação das estruturas da sociedade não-indígenas, pela aquisição de novos conhecimentos úteis para melhoria de suas condições de vida, estão em pauta nas propostas relativas à educação escolar indígena. Abandonam-se os pressupostos educacionais que, desde a colônia, tinham características integracionistas visando a homogeneização da sociedade brasileira pela aculturação e assimilação.

Professores Indígenas para as escolas indígenas A educação diferenciada possibilita que o ensino trabalhado em cada escola preserve os universos sócio-culturais específicos de cada etnia. Daí ela ser bilíngüe, preferencialmente ministrada por professores indígenas em escolas indígenas nas aldeias e com programas curriculares definidos pelas próprias comunidades.

Professores Indígenas para as escolas indígenas Para qualificação profissional existem os cursos de ensino médio que habilitam para o magistério indígena no ensino de 1ª a 4ª séries. Além deles, os cursos de ensino superior em Licenciaturas Indígenas têm formado docentes para atuarem no ensino fundamental (5ª a 8ª séries) e no ensino médio. Atualmente, professores de aproximadamente 90 etnias cursam a Licenciatura Específica para Indígenas em Universidades Federais e Estaduais das mais diferentes regiões do país

Refazer o caminho? Se a ação pedagógica tem recriado continuamente a alteridade e a diferença desses povos indígenas, o que ocorre no período atual para que essa mesma alteridade e diferença estejam em tanto perigo, quando não já eliminadas?

Refazer o caminho? A resposta contra essa modalidade educativa se fez mediante uma luta que muitas vezes acabou em conquista. As conquistas estiveram duplicando, por contraste, o que tinham sido as grandes derrotas: livros e cartilhas em língua indígena, prévia conquista da escrita de cada uma dessas línguas, currículo adaptado à realidade indígena, principalmente no que tange aos saberes tradicionais, preparação, incorporação e contratação de professores indígenas por parte do Estado e das instituições.

Refazer o caminho? : Outra maneira de esvaziar a ação pedagógica para a alteridade pode ser também uma atenção tão meticulosa a certas características próprias e dialetais desse ou daquele grupo dentro de uma etnia ou nação indígena, que a ação pedagógica fica completamente fragmentada e atomizada num sem-número de casos particulares, cujo desfecho é que cada um faça o que pode e o que quer.

Na comunidade ou da comunidade? Há professores indígenas provenientes de setores mais jovens que, por diversas circunstâncias, não tiveram uma educação tradicional, às vezes foram educados num ambiente de preconceitos e até de hostilidade contra os próprios costumes tradicionais.

Uma alteridade moderna A construção da alteridade não só tem objetivos específicos numa ou noutra sociedade, mas também métodos próprios.. Entre os métodos indígenas, um dos principais é a participação da comunidade na ação pedagógica. É precisamente a participação da comunidade que assegura uma alteridade bem entendida.

Uma alteridade moderna Se a alteridade é apenas vivida na comunidade, já que os indivíduos estão mais orientados ao proveito próprio, a ação pedagógica terá que estar muito atenta para ver se a sociedade e a comunidade indígena não estão trocando de sentido mediante a prática escolar.

A solução indígena A comunidade indígena, tanto como povo quanto como aldeia, tem uma racionalidade operante que temos que saber descobrir para que as novas ações pedagógicas possam praticá-la. A alteridade indígena como fruto da ação pedagógica não só manterá sua diferença, mas também poderá contribuir para que haja um mundo mais humano de pessoas livres na sua alteridade.

Referências Bibliográficas MELIÀ, Bartomeu. Educação indígena e alfabetização. São Paulo: Loyola, 1979. A organização social dos tupinambá. Brasília: Hucitec, 1989.