Tirosinemia Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Mutação Genética Escola Secundária de São João da Talha
Advertisements

Teste do Pezinho Saúde da Criança e do Adolescente Drª Carla Gomes
MariaTeresinha de Oliveira Cardoso Cardoso
DOMINÂNCIA E RECESSIVIDADE
PENETRÂNCIA E EXPRESSIVIDADE
DOMINÂNCIA Vs recessividade
Dominância X Recessividade
HIPERTENSÃO E PRESSÃO ARTERIAL
O que é raquitismo? O raquitismo é o amolecimento dos ossos em crianças, que potencialmente ocasiona fraturas e deformidades. Raquitismo está entre as.
Carmen Carvalho de Brito
O que é que acontece a quem tem diabetes?
E. Secundária / 3 Quinta das Palmeiras - Covilhã Ciências Naturais.
Biologia proteínas.
Distrofias Musculares
Diabetes.
Ac. André Hilario Lilian Eysink
O que é a doença renal crónica?
SAÚDE É um estado caracterizado pela integridade anatômica, fisiológica e psicológica; pela capacidade de desempenhar pessoalmente funções familiares,
Fenilalanina:um aminoácido especial
Aluna: Maria Paula Turma: 71 Professora: Mariluce
Hepatite B Saúde Infantil.
Monitoria de Bioquímica e Laboratório Clínico
conceitos e informações farmacêuticas
Agentes tóxicos e seus efeitos
Padrões de herança. Profa. Aline Baroni..
DIABETES Projecto "Educar para a Saúde".
Quais são as funções do rim?
Distúrbios de genes únicos
SÍNDROME METABÓLICA Esta síndrome é um grupo de alterações clínicas, que podem decorrer de uma dieta inadequada, atividade física insuficiente e uma evidente.
Anemias.
Pleiotropia, interação gênica e cromossomos sexuais
Professora Ms. Maísa M. Silva
Monitoria de Bioquímica e Laboratório Químico
Caso Clinico 1: Maria, de 28 anos de idade, é filha do Sr. José (60 anos), que é afetado por ataxia espinocerebelar tipo 3 (SCA3), uma doença de herança.
Leptospirose Definição: Bactéria do gênero Leptospira.
Academicos: Jorge Agi Mayruf Franca Silva
Doenças hepáticas Vívian Coura.
Alzheimer Tipo mais comum de demência.
Hipóteses Diagnósticas
Hemoglobina É uma metaloproteína que contém ferro presente nos glóbulos vermelhos (eritrócitos) . Encontrada dispersa no sangue ou em varias células especializadas.
Atrofia Muscular Espinhal (AME)
Unidade 2 – Património Genético
Katherine Rodríguez Vivas Genética 2
Ana Luiza Telles Leal 24/05/2010
Teste do Pezinho O Teste do Pezinho é um exame laboratorial simples que tem o objetivo de detectar precocemente doenças metabólicas, genéticas e/ou infeciosas.
Erro Inato do Metabolismo
MÓDULO III - OBJETIVOS Determinar se é necessário referir urgentemente ao hospital Determinar os tratamentos necessários Para pacientes que precisam ser.
Hemoglobinopatias e Genética Bioquímica
PADRÕES MENDELIANOS DE HERANÇA
Galactosemia Sabrina Karla Silva
Diabetes Mellitus X Insuficiência Renal Crônica
Interferências clínicas envolvendo dosagem de glicose
Nutrição - Doenças Hepáticas
Síndrome de Waardenburg
GRUPO D ELAYNE TENÓRIO ELIZEU LEMOS GABRIELA COUTO HUGO NAPOLEÃO.
Leucodistrofia metacromática
Prevenção e Manejo das Complicações Agudas
Casos Clínicos Distúrbios de Aminoácidos e Proteínas
Doenças de depósito do glicogênio
COLÉGIO SÃO JOSÉ 2º ANO - EM BIOLOGIA PROFESSORA VANESCA 2016.
André Satel Cristovão Maia Eduardo Bilo Luis Battu
DEFICIÊNCIA DE BIOTINIDASE Silvano Pereira de Souza Prof. Enf. Lidia Chiaradia Escola de Enfermagem Wenceslau Braz Curso em Graduação em Enfermagem Enfermagem.
Leucemia.
7º ano- Ciências Professora Vanesca- 2016
DOENÇA NEURO MUSCULAR ERRO INATO DO METABOLISMO
O que é anemia ? A anemia é uma deficiência que afeta negativamente a produção de hemoglobina (substância presente nos glóbulos vermelhos do sangue).
HIPERGLICEMIA E HIPOGLICEMIA
Transcrição da apresentação:

Tirosinemia Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro Genética ll David Brahe Nasser de Figueiredo 20062130232

Conceito É uma doença decorrente de herança autossômica recessiva. A tirosinemia é uma doença aonde o organismo não consegue metabolizar o aminoácido tirosina, que é encontrado na maioria das proteínas animais e vegetais. É uma doença decorrente de herança autossômica recessiva.

Tirosinemia tipo l Na tirosinemia tipo l há mutação no gene FAH com consequente desregulação funcional da enzima fumaril acetato hidrolase. É considerada a forma mais grave da doença ( caso não diagnosticada pode levar a morte em menos de um ano) .

Incidência É considerada freqüente somente em Quebec no Canadá com uma taxa de 1:1.850 dos recém-nascidos vivos. Nos outros países é de 1:100.000.

Aspectos clínicos Acúmulo de succinilacetona: • Inibição da HPPD → ↑ da tirosina • Inibição da PBG sintetase → não formação do grupo heme Insuficiência renal Carcinoma hepatocelular

Quadro Clínico Forma Aguda: Na maioria dos pacientes (77%) os sintomas aparecem durante as primeiras semanas a meses de vida: •vômitos •diarréia •dificuldade em ganhar peso •letargia

Na seqüência, surgem sinais de grave doença hepática com hipoproteinemia (ascite), hiperbilirrubinemia (icterícia), distúrbios de coagulação e hipoglicemia. Aparecimento de sintomas neurológicos similares aos vistos na porfiria aguda (neuropátia periférica, dor abdominal, baixo desenvolvimento intelectual, distútbios respirátórios). A mortalidade nas crises é muito elevada.

Forma crônica : Esta forma é mais leve, os pacientes apresentam hepatomegalia e/ou raquitismo entre o primeiro ano de vida até a idade escolar. O quadro clínico inclui doença hepática crônica, disfunção tubular-renal e hipofosfatemia com raquitismo resistente à vitamina D. A morte ocorre por insuficiência hepática ou hepatocarcinoma, geralmente durante a primeira década.

Diagnóstico Diagnóstico pré-natal da tirosinemia: • teste molecular genético de células fetais colhidas por amniocentese entre 15 e 18 semanas • amostras de células de vilos coriônicos entre a 10a. e 12a. semanas de gestação. Dosagem de tirosina e de seus subprodutos ( análise de sangue e urina), diante de suspeita clínica :

Tratamento O tratamento da tirosinemia é inicialmente baseado em dieta com restrição de proteínas animais e vegetais – evitar a ingestão de fenilalanina e tirosina. suplementação protéica Tratamento de suporte devido a lesão em órgãos alvos ( fígado , rins e cérebro ).

O transplante hepático cura a tirosinemia, mas como é um procedimento com riscos e que necessita de medicações e cuidados para toda a vida, não é a primeira opção na maioria dos casos Indicação: •suspeita de carcinoma hepático •quando não é responsivo ao tratamento medicamentoso Medicamentoso com o uso de NTBC.

Essa medicação inibe a enzima 4-hidroxifenilpiruvatodioxigenase (HPPD), prevenindo o acúmulo de succinilacetona, mas mantém nível elevado de tirosina no sangue e órgãos.

Demonstrou-se que o NTBC (nitisinone, orfadin®), leva a redução e até pode interromper o processo de dano ao fígado, rins e sistema nervoso central.   No entanto, além do risco de leucopenia e opacificação da córnea (explicável pelos elevados níveis de tirosina) com o tratamento, aparentemente não há redução no risco de se desenvolver câncer de fígado.

Tirosinemia tipo II Incidência : 1:250.000 É causada pela deficiência da tirosina aminotransferase hepática, resultando em elevação plasmática e urinária de tirosina. Tirosina aminotransferase hepática ( Tirosinemia tipo II ) Incidência : 1:250.000

Quadro Clínico O quadro clínico é caracterizado por manifestações cutâneas (queratoderma plantar doloroso). Oculares (olhos vermelhos, fotofobia, lacrimejamento e dor ocular). Além do acometimento do Sistema Nervoso Central, semelhante a tirosinemia tipo I.

Tirosinemia tipo III Incidência: Poucos casos relatados Também chamada de tirosinemia neonatal, é caracterizada pela deficiência na enzima 4-hidroxifenilperuvato dioxigenase ( HPPD). 4-hidroxifenilperuvato dioxigenase ( tirosinemia tipo III ) Incidência: Poucos casos relatados

Quadro Clínico • retardo mental Relata-se como característica clínica da doença o comprometimento do sistema nervoso central. • retardo mental • ataxia Tanto o tratamento da Tirosinemia tipo II quanto o da tipo III consiste na restrição da ingestão de proteínas naturais, de origem animal e vegetal.

Aconselhamento genético Pais saudáveis do indivíduo com Tirosinemia São obrigatoriamente heterozigotos, e são assintomáticos. Irmãos do indivíduo 25% de chance de herdar dois alelos mutados –Tirosinemia. 50% de herdar apenas um alelo – sem doença 25% de chance de não herdar nenhum alelo Os irmãos não afetados tem 2/3 de chances de serem portadores do gene Prole do indivíduo Os filhos do indivíduo com Tirosinemia são necessariamente portadores do alelo. Risco para os filhos depende do parceiro (se é heterozigoto- 50%- ou não possui nenhum alelo mutado- não há chance de desenvolver a doença)

afetado

Bibliografia •http://www.supportnet.com.br/artigos/pdf/monografia.pdf •http://www.ncbi.nlm.nih.gov/bookshelf/br.fcgi?book=gene&part=tyrosinemia •http://www.diagnosticoprecoce.org/doencas/Tirosinemia.htm •http://pt.wikipedia.org/wiki/Tirosinemia