Farmacologia e Tratamento das Enfermidades do Esôfago Componentes: Ana Carolina Rodrigues Gabriela Dias

Esofagite de refluxo O esôfago é o órgão responsável pelo transporte de alimentos e prevenção de refluxo gastroesofágico.

Componentes do Esôfago: Esfíncter Superior do Esôfago Camadas Musculares circular e longitudinal Camada Mucosa Esfíncter Inferior do Esôfago e Superior ou Cricofaringeano O EIE funciona como barreira anti-refluxo e relaxa-se após a deglutição. Vários medicamentos atuam no EIE e aumentam sua pressão basal e, desta maneira, são úteis no tratamento da esofagite de refluxo. Os mais usados são derivados de benzamidas substituídas, tais como metoclopramida, bromopride e que atuam ligando-se aos receptores dopaminérgicos.

Cisaprida Aumenta a atividade peristáltica Preserva o refluxo gastroesofágico e facilita a passagem pelo esõfago dos alimentos Aumenta as contrações do estômago e a coordenação antroduodenal Melhora o esvaziamento gastroduodenal Incrementa o trânsito pelos intestinos delgado e grosso Inicia o efeito farmacológico mais ou menos 30 a 60 minutos depois de ingerida.

Aumenta a pressão do EIE Diminui a pressão do EIE Substâncias colinérgicas Subs. Anticolinérgicas Hormônios como a gastrina, a motilina e a substância P Hormônios como secretina, glucagon,VIP,neuropeptídeos e colecistocinina Alimentos proteícos como carnes magras Alimentos gordurosos, assim como chocolate, álcool, fumo e café

O bloqueio da produção de HCl com o emprego de bloqueadores dos receptores H2 da Histamina reduz a produção da substância lesiva. Estes bloqueadores H2 , cimetidina, ranitidina, famotidina têm diferentes graus de potência, porém a resposta clínica é semelhante. Efeitos colaterais da cimetidina Sonolência, irritabilidade, impotência sexual, ginecomastia e galactorréia; também atua no citocromo p-450, podendo interferir no metablismo hepático.

Grupos de Drogas As que reduzem o HCl presente no suco gástrico, que são as neutralizadoras As bloqueadoras da secreção do HCl – atualmente usadas -, os bloqueadores H2 Drogas que aumentam a pressão do EIE e promovem elevação do clareamento do corpo do esôfago

Esôfago de Barret Trata-se de complica- ção da esofagite de refluxo, na qual o epitélio escamoso normal da mucosa do esôfago se transforma em epitélio do tipo existente na mucosa do estômago. O diagnóstico é feito pela biopsia endoscópica e por aspectos que o endoscopista percebe. Complicações que podem ocorrer em alguns anos: Hemorragia, perfuração, estenose, tumor.

Hérnia do Hiato Termo usado para descrever a passagem para o tórax de parte do esôfago abdominal e do estômago através do hiato do diafragma. Tipos: Hérnia hiatal por esôfago curto congênito, Hérnia hiatal paraesofágica e Hérnia hiatal por Deslizamento, gastroesofágica.

Esofagopatias predominantemente funcionais Mais frequentes: A esofagopatia espática difusa, ou espasmo difuso do esôfago A acalasia do EIE, não-chagásia, que acomete progressivamente o megaesôfago funcional não chagásico. Os dirtúrbios motores do esôfago podem produzir dor torácica muito semelhante à das coronariopatias. A dor esofageana em geral não se alivia, nem é prevenida pelos neutralizadores da secreção gástrica. A nitroglicerina, ou similares, sublingual ou por outra via, costuma aliviar a dor esofageana.

Divertículos do esôfago O emprego de antagonistas dos canais de cálcio, como o verapamil, a nifedipina, o diltiazem, entre outros, reduz a pressão no corpo do esôfago Estas drogas administradas cerca de 15 a 25 minutos antes da refeições, 3 vezes por dia, promovem relaxamento do EIE e atenuação da disfagia. Divertículos do esôfago Divertículo de Zenker Divertículo justacárdico

O Globo Histérico È a sensação de caroço, ou bola, constante na garganta, mas sem disfagia, ocorre especialmente em indivíduos com distúrbios emocionais, particularmente em mulheres.

Referência Bibliográfica MICHELSOHN ,Nelson; PONTES, José Fernandes: Farmacologia e Tratamento das Enfermidades do Esôfago. Básica Editora, 93: 882-891.