Intoxicacao Medicamentosa

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Transcrição da apresentação:

Intoxicacao Medicamentosa Gabriel Barros Aulicino

Introdução No Brasil, como na maioria dos países, os medicamentos se apresentam como o principal agente tóxico, respondendo por, aproximadamente, 28% dos casos de intoxicação humana registrados Os benzodiazepínicos, antigripais, anti-depressivos, antiflamatórios são as classes de medicamentos que mais intoxicam em nosso pais Crianças menores de 5 anos representam, aproximadamente, 35% dos casos de intoxicação por medicamentos, no Brasil Fonte: Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas - SINITOX

Estudo Autores entrevistaram 72 das 106 famílias que tiveram casos de intoxicação medicamentosa não intencional registrados em 2004 Londrina - PR: Resultados Menores que 10 anos (73,6%) Sexo Masculino (54,2%) Família baixo poder aquisitivo 50% domicílios quantidade exagerada medicamentos Medicamentos sem identificação 44,3% fora do prazo de validade 70% adquiridos com receita medica ¼ recebeu informações durante a compra ( OMS preconiza que o profissional que dispensa um medicamento deve orientar o paciente sobre o produto durante pelo menos três minutos) Fonte: Cadernos de Saúde Pública da Fiocruz

Analgésicos e Antiinflamatórios não esteróides Ácido Acetilsalicílico: inibidor da síntese de prostaglandina utilizado como analgésico e antiinflamatório Nomes comerciais: AAS, ASPIRINA, ALIDOR, BUFFERIN; Intoxicação Aguda: Era considera responsável intoxicação em crianças Estados Unidos Brasil é pouco descrita – Menor consumo? Falta diag Correto?

Clínica:- é caracterizado por distúrbios do equilíbrio acidobásico e hidroeletrolítico Sintomatologia: Distúrbio do equilíbrio acidobásico:- alcalose respiratória; acidose metabólica Distúrbio hidroeletrolítico:- perdas cutâneas, aumento deb urinário, desidratação hipernatrêmica Hiperglicemia Hipertermia

Diagnóstico:- é baseado na história, exame físico e laboratorial Oligúria:- desidratação ou sind retenção inapropriada de líquido Hemorragias:- aumento Tempo Protrombina Distúrbio SNC:- desorientaçao, irritabilidade, alucinações, convulsões e coma Distúrbio Digestivo Distúrbios Respiratórios Diagnóstico:- é baseado na história, exame físico e laboratorial Intoxicação Moderada: ingestão de doses > 240mg/Kg e evolução Fatal > 480mg/Kg

Exames:- gasometria, glicemia, Na e K no sangue, glicosúria e cetonúria, hemograma, contagem plaquetas e tempo protrombina Dosagem Salicilemia >40mg% na 6ª h após ingestão, são indicativas de intoxicação praticamente assintomática >90mg% sugestivos de casos muito graves Nomograma de Done:- avalia a gravidade do caso, pois correlaciona os níveis de salicilemia com o tempo decorrido após o acidente. 12hs após ingestão 35mg% - assintomático 35 a 55mg% - intoxicação média 55 a 75mg% - moderada >75mg% grave

Tratamentos Eméticos e medidas provocadoras de vômito e lavagem gástrica Hipertermia:- Banho de imersão, compressas úmidas e frias Correção distúrbio Hidroeletrolítico:- soro glicosado com ¼ de SF, procurando manter débito urinário de 2ml/kg/h. Acidose Metabólica:- corrigida com bicarbonato, pH < 7,2 administrar 1 a 1,5mEq/Kg IV

Diuréticos:- Furosemida Hemodiálise ou hemoperfusão:- carvão ativado em casos graves com salicilemia > 100mg/dl, acidose intratável ou convulsões Suporte e Sintomático:- Vias aéreas, controle convulsão com diazepam, correção hipoglicemia e hipocalcemia

Intoxicação Crônica:- consumo continuado de grandes doses. Caracterizada:- tontura, zumbido, distúrbio de audição, sudorese, náusea, vômitos, cefaléia e confusão mental Tratamento: interrupção do medicamento e suporte Síndrome de REYE:- observada quase que exclusivamente crianças e é caracterizada por encefalopatia associada com degeneração gordurosa do fígado, vários estudos tem demonstrado associação com ingestão prévia de aspirina.

Acetomifeno:- inibição síntese de prostaglandina Nomes Comerciais:- Acetofen, Pacemol, Tylenol Pico plasmatico 30 min apos ingestao, metabolizacao hepatica. Pequena parte do principio ativo e convertido em n-acetil-p-benzoquinoneimia (NAPQI), o qual e detoxicado em conjugados de cisteina na presenca de glutation. Intoxicação Aguda:- provavelmente produzida pela NAPQI quando doses excessivas de acetaminofeno saturam os mecanismos usuais de metabolizacao com formacao de maiores quantidades deste metabolito e deplecao das reservas de glutation.

necrose hepática centrolobular, necrose tubular renal proximal, miocárdica e pancreatite Dose >15g esta associada com hepatotoxicidade e >350mg/kg esta associada 100% com lesões hepáticas Clínica:- Náusea, vômito 24 – 48Hs 3 – 4 dias sinais de lesões hepáticas, hepatoesplenomegalia, dor hipocôndrio D, icterícia, aumento aminotransferases e tempo de protrombina Sinais encefalopatia hepática

Anitinflamatórios não Esteróides Tratamento:- Lavagem gástrica / medidas provocadoras de vomito N acetilcisteína – previne acúmulo de metabólico do acitamifeno Anitinflamatórios não Esteróides Dipirona:- analgésico, antipirético e antiinflamatório Comercial: Novalgina, Metamizol, Metilmelubrina Agranulocitose, Reacoes de hipersensibilidade (choque anafilatico, Sd Stevens Johnson) Clinica: Náusea, vômitos, desconforto abdominal, hipotermia, hipotensão arterial Tratamento: esvaziamento gástrico, sintomático e suporte

Ansiolíticos Benzodiazepínicos:- ação ansiolítica, sedativo- hipnóticas e/ou aniconvulsivantes Ação muito curta: Midazolam Ação Curta: alprazolam, lorazepam, oxazepam Ação Longa: clordiazepóxido, diazepam, flurazepam Clínica:- Sedação, sonolência, diplopia, disartria, ataxia e confusão mental. Pode ocorrer depressao respiratoria e confusao mental. Tratamento:- Esvaziamento Gástrico nas duas primeiras horas Carvão Ativado 1g/kg Flumazenil – potente antagonista de depressão neurológica – 0,2 a 0,3mg EV

Anticonvulsivantes Barbitúrico Clínica:- Tratamento Duração longa – fenobarbital, mefobarbital, prominal Duração intermediária – amobarbital, butabarbital Duração Curta – pentobarbital, secobarbital Uso mais de 3 meses de barbitúricos de ação curta em doses >400mg/dia costuma produzir dependência física Interrupção repentina pode determinar Síndrome de Abstinência Clínica:- Intoxicação leve/média/grave/gravíssima Tratamento Medidas provocadoras de vomito / Lavagem gástrica com água, SF ou permanganato de potássio Carvão ativado Sintomático e suporte

Carbamazepina:- anticonvulsivante cuja utilização prolongada pode ocasionar diplopia, reações colaterais, sonolência, parestesias, distúrbios de equilíbrio, leucopenia, neutropenia, erupções cutâneas Clínica: Distúrbios Neurológicos – ataxia, tremores, nistagmo, torpor e ate coma Tratamento Esvaziamento Gástrico Carvão Ativado Sintomático e suporte

Antidepressores Tricíclicos:- Clínica: Tratamento Comercial: Amitriptilina, Imipramina Clínica: Manifestações Neurológicas – coma de caracteristica rápida 30 minutos a 6 horas após ingestao Efeitos anticolinérgicos – taquicardia, ansiedade, delírio, hipertermia, convulsão Tratamento Observação 24h – assintomáticos Esvaziamento gástrico 12h após Sintomático e suporte

Anti-histamínico Anti-histamínico H1:- Clínica: Tratamento: Comercial: Alergon, Naldecon, Dramin, Fenergan Clínica: Depressão SNC – sonolência, torpor e coma Distúrbios Anticolinérgicos Insuficiência Respiratória Tratamento: Eméticos e lavagem gástrica, desde que o paciente não estiver apresentando convulsões ou depressão Suporte Respiratório

Descongestionantes Nasais Clínica: Tratamento: Nome comercial:- Narizina, Sorine, Sorinal, Suspirin, Rinosoro Clínica: Intoxicação mais freqüente é nafazolina é caracterizada por náusea, vômito, cefaléia, rubor de pele, sudorese, irritabilidade, inquietude e aumento da PA Depressão SNC casos graves Quadros Hipersensibilidade em lactentes Tratamento: Sintomático e Suporte

Metoclopramida: antiemético Nome comercial: Plasil, Progestrol, Eucil, Estomazil, Vomix Clínica Reações extrapiramidais Hipertonia Generalizada – membros e musculatura cervical Sonolência e sedação Tratamento Eméticos Sintomático

Medidas Preventivas Mantenha todos os produtos tóxicos em local seguro e trancado, fora do alcance das mãos e dos olhos das crianças, de modo a não despertar sua curiosidade. Os remédios são ingeridos por crianças que os encontram em local de fácil acesso, deixados pelo adulto. Nunca deixe de ler o rótulo ou a bula antes de usar qualquer medicamento. Evite tomar remédio na frente de crianças. Não dê remédio no escuro para que não haja trocas perigosas. Não utilize remédios sem orientação médica.

Mantenha os medicamentos nas embalagens originais. Cuidado com remédios de uso infantil e de adulto com embalagens muito parecidas; erros de identificação podem causar intoxicações graves e, às vezes, fatais. Descarte remédios vencidos; não guarde restos de medicamentos; despeje o conteúdo no vaso sanitário ou na pia e lave a embalagem antes de descartá-la; nunca coloque a embalagem com o seu conteúdo na lixeira. É importante que a criança aprenda que remédio não é bala, doce ou refresco; quando sozinha, ela poderá ingerir o medicamento; lembre-se: remédio é remédio. Pílulas coloridas, embalagens e garrafas bonitas, brilhantes e atraentes, odor e sabor adocicados despertam a atenção e a curiosidade natural das crianças; não estimule essa curiosidade; mantenha medicamentos e produtos domésticos trancados e fora do alcance das crianças.

Obrigado