SORGO NO BRASIL: PASSADO , PRESENTE E FUTURO

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
As conseqüências do avanço da cana
Advertisements

ARROZ IRRIGADO PARA O DESENVOLVIMENTO DA ZONA SUL Pesq
DIFERENTES PAISAGENS E INTERESSES NA ORGANIZAÇÃO DO CAMPO
cana-de-açúcar no Mato Grosso do Sul
GEOGRAFIA.
Planejamento de Sistemas Pastoris
Superintendência Federal de Agricultura no Estado do Rio Grande do Sul
Trabalhar e viver no campo 3º bimestre – 7º ano
Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba)
Situação Atual da Pecuária Bovina de Corte Brasileira
Agricultura e risco Roberto Rodrigues Coordenador do GV Agro.
Contrato Com o Futuro agronegócio é câmbio a ordem é garantir a segurança alimentar e exportar a produção excedente preparar terreno:OMC,ALCA, MERCOSUL.
SEMINÁRIO BM&F – MAPA – ABAG PERSPECTIVA PARA O AGRIBUSINESS
ESTRATÉGIAS DE EXPORTAÇÃO
CÂMARA TÉCNICA DE GRÃOS
NOVOS MODELOS DE EMPRESA Setor Agropecuário
INTEGRAÇÃO AGRICULTURA-PECUÁRIA
Atividades do campo.
Aula # 2 Os Benefícios dos Serviços de Meteorologia para a Agricultura - O Caso do Brazil - Dr. Paulo C. Sentelhas.
VISÃO REDUCIONISTA COM FOCO NO CULTIVO
AGRONEGÓCIO Fórum de Tendências Aliança do Brasil Amaryllis Romano
Introdução ao Agronegócio
Capítulo6 A expansão do agronegócio no Brasil
SITUAÇÃO ATUAL E PERSPECTIVAS DA COTONICULTURA NO BRASIL
AGROPECUÁRIA BRASILEIRA
DA HORTIFRUTICULTURA NO PARANÁ
Forragicultura Acadêmicos: Saulo Oliveira Sarmento 4º ano Tatiane Beloni 5º ano Tatiane Beloni 5º ano.
CONTABILIDADE DA PECUÁRIA
Organização política o segmento agropecuário
AGRICULTURA FAMILIAR IICA-BR Março/2006.
Tecnologia e Produção de Sementes
PLANO DE METAS PARA A AGROPECUÁRIA E PESCA DO ESTADO DA PARAIBA
Trabalho de geografia Agricultura e pecuária
Girassol: perspectivas da cultura no Brasil
VISÃO SISTÊMICA DO AGRONEGÓCIO
O solo como meio de produção de alimentos e energia
Economia e Administração Rural
AGRICULTURA E PECUÁRIA
PRODUÇÃO DO NOVILHO PRECOCE
PROPOSTAS PARA O SETOR TRITÍCOLA BRASILEIRO ELABORAÇÃO: OCB CNA OCEPAR FAEP SEAB/PR FECOAGRO FARSUL FETAG Março de 2007.
Câmara dos Deputados Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural: Audiência Pública sobre as causas da recente queda nos preços.
VII Simpósio Nacional da Indústria de Suplementos Minerais
Há dez mil anos atrás a sobrevivência do homem era garantida pela caça e pesca. As mulheres coletavam frutos e deram início à agricultura ao perceberem.
2º ENCONTRO ESTADUAL DA CADEIA PRODUTIVA DO MILHO Realização: Secretária da Agricultura do Paraná Resultados da Safrinha de Milho 2003/04 no Brasil Apresentação:
BRS 620 SORGO FORRAGEIRO SILAGEM DE ALTA QUALIDADE
AMIS Med Kick off meeting Paris, January 2014 Benvindo Maçãs
Produção agrícola brasileira
PERSPECTIVAS ATUAIS PARA O CULTIVO, BENEFICIAMENTO, INDUSTRIALIZAÇÃO E PRODUÇÃO DE BIOCOMBUSTÍVEIS COM A MAMONA NO ESTADO DA BAHIA SALVADOR, 24 DE MARÇO.
Professora Isis Geografia
O Espaço Rural UT 5 – 6ª Série Prof.º Renan.
Sistema Agrosilvipastoril Manejo
Pág. 92 a 111 AGROPECUÁRIA BRASILEIRA  Fylipe Alves.
Agronegócio no Brasil e em Mato Grosso
PRINCIPAIS PROBLEMAS NA FRUTICULTURA
TIPOS E FONTES ALTERNATIVAS
Pastagens e Plantas Forrgeiras Aula 13. Irrigação de Pastagens
JAPÃO + BRASIL COOPERAÇÃO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO
AGRICULTURA BRASILEIRA EXISTE CORRELAÇÃO POSITIVA ENTRE ESSE CRESCIMENTO E O CRESCIMENTO DOS DEMAIS SETORES;EXISTE CORRELAÇÃO POSITIVA ENTRE ESSE CRESCIMENTO.
Cultura Cafeeira e economia brasileira
Desenvolvimento do Agronegócio José Gerardo Fontelles.
Fundamentos em Agronomia
A CONTRIBUIÇÃO DO AGRONEGÓCIO NA BALANÇA COMERCIAL
Fazer sucesso no mundo empresarial não é uma questão de sorte
Conservação de Forragens
GESTÃO DE AGRONEGÓCIOS
1 PRODUÇÃO ANIMAL PRODUÇÃO ANIMAL PRODUÇÃO VEGETAL PRODUÇÃO VEGETAL AGROINDÚSTRIAS COMPOSIÇÃO DO AGRONEGÓCIO.
MARKETING COMPARTILHADO Profissional de Marketing do Futuro no Agronegócio 1 São Paulo - 11 / 03 / Francisco Vila Sociedade Rural Brasileira -
 Foi fundado em  Marcado por várias épocas: ◦ Tropeirismo; ◦ Fazendas; ◦ Madeira; ◦ Pecuária; ◦ Agricultura; ◦ Insdustrialização; ◦ Geração de.
Audiência da Suinocultura no Senado Federal, Brasília 28/04/2016 Não seja cúmplice pela morte da Suinocultura Precisamos de Ajuda.
Espaço Agrário 2º EM – 2016 Jeferson.
Transcrição da apresentação:

SORGO NO BRASIL: PASSADO , PRESENTE E FUTURO Grupo Pró-sorgo.

1 - “DO PASSADO AO PRESENTE”

1.1- Sorgos Forrageiros: Evolução da Área Plantada

1.2- Sorgo granífero: área plantada e produção * Fonte: Grupo Pró-Sorgo: Estimativa de área plantada baseada na venda efetiva de sementes, considerando-se utilização de 10 Kg./ha mais 25.000 ha do Nordeste. Estimativa de produtividade média 2.400Kg./ha (Sem considerar NE); com exceção da safra 98/99 com produtividade de 1.700 Kg/ha em função da seca (*) Produção 99/00 estimada

Produto: Graníferos normais 1.3 – Sorgo nos sistemas de produção agrícola: visão do passado e do presente Produto: Graníferos normais Antes dos anos 90 Plantio de verão no Centro-Sul: Plantio com problemas de concorrência com cereais tradicionais do verão. Colheita: riscos de mofos e germinação precoce no cacho. “Tabu”: esgotamento do solo. Problemas de armazenamento e comercialização no pós colheita. Depois dos anos 90 Plantio de safrinha no Centro-Sul: Safrinha ou plantio tardio como opção de agricultura “segura”. Sorgo e milho: conceito de plantio de complementação pós cultura de verão. Produção de ótima palha para P.D. ou silagem de grãos úmidos. Centro-Oeste: Líder nacional na produção de grãos na cultura.

Produto: Graníferos normais 1.3 – Sorgo nos sistemas de produção agrícola: visão do passado e do presente Produto: Graníferos normais Antes dos anos 90 Plantio de inverno no Nordeste: Área representativa no RN. Limitações: tradição, clima, estrutura fundiária, e baixo nível tecnológico. Depois dos anos 90 Plantios no Nordeste: Ampliação de plantios tecnificados principalmente no Oeste da Bahia, no Ceará e Maranhão.

Produto: Graníferos antipássaros 1.3 – Sorgo nos sistemas de produção agrícola: visão do passado e do presente Produto: Graníferos antipássaros Antes dos anos 90 Plantio de verão: Plantios na fronteira do R.S. Plantio de sementes introduzidas dos países vizinhos. Dificuldade para comercialização devido presença de tanino. Depois dos anos 90 Plantio de verão: Continuação dos plantios na fronteira Sul devido condições climáticas, utilizando sementes nacionais. Ampliação de consumo com cultivares sem tanino na região das Missões.

Produto: Forrageiros (silageiros) 1.3 – Sorgo nos sistemas de produção agrícola: visão do passado e do presente Produto: Forrageiros (silageiros) Antes dos anos 90 Plantio de verão no Centro-Sul: Plantio de cultivares de porte alto, pouca produção de grãos, sensíveis ao fotoperíodo e baixo valor nutritivo. Manejo da rebrota para corte verde ou pastejo. Depois dos anos 90 Plantio de verão ou safrinha: Plantio de diferentes produtos segmentados de acordo com a necessidade do rebanho. combinando quantidade de massa produzida versus quantidade de grãos na massa. Rebrota: corte, pastejo, palhada para P.D., colheita de grãos.

Produto: Corte e Pastejo 1.3 – Sorgo nos sistemas de produção agrícola: visão do passado e do presente Produto: Corte e Pastejo Antes dos anos 90 Plantio de verão no Sul do país: Plantio exclusivamente no Sul geralmente em pequenas áreas. Uso inadequado para silagem. Depois dos anos 90 Plantio de verão e safrinha: Difusão para outras regiões, com ampliação do uso. Silagem “pré-secada” e fenação. Integração agricultura x pecuária x P.D. Produção de carne e leite a pasto com uso de irrigação e cerca elétrica.

Tipo: Grãos 1.4 - Segmentos Atendidos na ponta do consumo Antes dos Noventa. Obstáculos a comercialização: Armazenamento. Preços não atraentes ao agricultor. Dependência de défict da oferta de milho. Subsídios a importação de milho e trigo. Oferta na safra junto com outros cereais. Depois dos Noventa. Evolução da Infra-Estrutura e da comercialização: Colheita 100% mecanizada e popularização do transporte a granel. Relação de preço ajustado às expectativas de produtores e consumidores. Qualidade do produto muito superior. Oferta de entre-safra.

Tipo: Grãos 1.4 - Segmentos Atendidos na ponta do consumo Antes dos Noventa. Desinformação e preconceitos: Qualidade inferior. Tóxico. Tanino sempre presente. Pouca informação sobre uso em dietas de bovinos, aves e suínos. Depois dos Noventa. Uso ampliado com melhor informação: Profissionalização na indústria de rações com redução de custos e aumento de qualidade. Álcool de alta pureza. Silagem de grãos úmidos na fazenda.

Tipo: Grãos 1.4 - Segmentos Atendidos na ponta do consumo Antes dos Noventa. Baixa demanda no mercado. Dependência em políticas governamentais. Crédito, preço mínimo, A/EGF, etc. Depois dos Noventa. Demanda superior a oferta. Produto de alta liquidez e rápido giro nas principais regiões. produtoras.

Tipo: Silagem 1.4 - Segmentos Atendidos na ponta do consumo Antes dos Noventa. Imagem: produto de baixa qualidade: Cultivares inadequados e de baixa digestibilidade. Pouca informação de manejo para cultivo/corte/ensilagem. Preconceitos: rejeição pelo animal, tanino e ácido cianídrico. Utilizado em animais de baixa exigência nutricional. Depois dos Noventa. Segmentação do mercado: Sorgo duplo-propósito: Silagem de alta qualidade. Sorgo porte médio: Produtividade com qualidade. Sorgo alto: Maior produção de massa por área. Opção de uso em toda classe do rebanho leiteiro; em confinamentos e também para ovinos e caprinos.

Tipo: Corte e Pastejo - Forragem fresca 1.4 - Segmentos Atendidos na ponta do consumo Tipo: Corte e Pastejo - Forragem fresca Antes dos Noventa. Tradição de uso no sul do país: Híbrido de sorgo e sudão para uso múltiplo. Uso indevido: silagem de má qualidade e acidentes digestivos em pastejo. Depois dos Noventa. Expansão e ampliação do uso: Opção na integração agricultura, pecuária e P.D. Uso generalizado em todas as regiões do país.

1.5 – Fatores preponderantes que ajudaram a alavancar o agronegócio do sorgo. 1) Desenvolvimento do sistema de produção hoje conhecido como safrinha proporcionando receita extra ao agricultor. 2) Inclusão do sorgo no sistema de P.D. nos cerrados. 3) Correto posicionamento técnico da cultura de sorgo granífero para a época do verão apenas em regiões secas. 4) Melhorias de Infra Estrutura de Transporte, recepção e armazenamento de grãos. 5) Expansão da produção de leite e gado confinado no Brasil Central. 6) Reconhecimento do sorgo como matéria prima de custo e valor nutritivo adequado. 7) Ações institucionais coordenadas pelo grupo pró-sorgo.

1.6 - Fatores preponderantes que ajudaram a alavancar a demanda por sorgo no mercado brasileiro. 1- Migração das agroindústrias de carne do Sul para o Brasil Central. 2- Aumento do consumo de rações balanceadas no país e a necessária ampliação das fontes de matérias primas energéticas. 3- Valorização do sorgo pela industria de rações em função da oferta regular e da qualidade do produto. 4- Aumento da exportação e do consumo de carnes de aves e suínos no país.

Tabela 1: Produção Nacional de rações base 4 anos distintos para comparação (1.000 ton.). Fonte: Associação Nacional dos Fabricantes de Rações

Gráfico 1: Produção Nacional de rações base 4 anos distintos para comparação (1.000 ton.). Fonte: Associação Nacional dos Fabricantes de Rações

Tabela 2: Demanda de matérias primas para produção de rações 1999 (1 Tabela 2: Demanda de matérias primas para produção de rações 1999 (1.000 ton.).

Gráfico 3: Consumo de Carne Per Capita no Brasil (em quilos)

2- “DO PRESENTE AO FUTURO”

2.1- COMO É O BALANÇO DA PRODUÇÃO E DEMANDA DE SORGO E MILHO EM ALGUMAS REGIÕES DO MUNDO. E o que podemos inferir para o Brasil.

Tabela 1- Produção de milho e sorgo em países selecionados, em milhares de t métricas. Posição em Fevereiro de 2000

Tabela 2- Consumo de milho e sorgo em países selecionados, em milhares de t métricas Posição em Fevereiro de 2000

Tabela 3- Exportação de milho e sorgo por países selecionados, em milhares de t métricas. Posição em Fevereiro de 2000

Tabela4- Importação de milho e sorgo por países selecionados, em milhares de t métricas. Posição em Fevereiro de 2000

2.2 – NOSSA VISÃO ESTRATÉGICA PARA A DEMANDA DE GRÃOS E FORRAGEM DE SORGO NOS PRÓXIMOS CINCO ANOS. Perspectivas de evolução da cultura de sorgo na ótica do grupo pró-sorgo.

2.2 – NOSSA VISÃO ESTRATÉGICA PARA A DEMANDA DE GRÃOS E FORRAGEM DE SORGO NOS PRÓXIMOS CINCO ANOS. Perspectivas de evolução da Venda da cultura de sorgo do grupo pró-sorgo.

2.2 – NOSSA VISÃO ESTRATÉGICA PARA A DEMANDA DE GRÃOS E FORRAGEM DE SORGO NOS PRÓXIMOS CINCO ANOS. Perspectivas de evolução da Venda Total em 1000 sc 20kg da cultura de sorgo do grupo pró-sorgo.

2.2 – NOSSA VISÃO ESTRATÉGICA PARA A DEMANDA DE GRÃOS E FORRAGEM DE SORGO NOS PRÓXIMOS CINCO ANOS. Perspectivas de evolução do Val. De Merc. (1000xUS$) da cultura de sorgo do grupo pró-sorgo.

3.1- As soluções dos desafios do passado: 3– DESAFIOS TÉCNICOS E ECONÔMICOS PARA A CONSOLIDAÇÃO DA CULTURA NO BRASIL 3.1- As soluções dos desafios do passado: Desenvolvimento de cultivares e tecnologia de produção e distribuição de sementes: parceria dos setores público e privado. Pesquisa, experimentação e difusão de sistemas de produção: parceria do setor público , privado e produtores. Controle de enfermidades: ações integradas da pesquisa pública e privada na detecção, avaliação e controle de míldio, mosaico da cana, doença açucarada do sorgo (ergot). Quebra de tabus e melhoria das informações: ações institucionais coordenadas pelo grupo pró-sorgo.

3– DESAFIOS TÉCNICOS E ECONÔMICOS PARA A CONSOLIDAÇÃO DA CULTURA NO BRASIL 3.2- Os desafios do futuro e a consolidação da cultura. Melhor entendimento dos mecanismos de resistência aos estresses bióticos e abióticos (Ex. frio / seca) para consolidação do sistema de seqüência de culturas ou safrinha. Cultivares mais bem adaptados ao sistema de sucessão de culturas e a diferentes situações ambientais (terras baixas, chapadões, solos ácidos e sua integração definitiva no sistema de PD. Pesquisa, experimentação, registro e disponibilização de novos herbicidas e inseticidas alternativos à tradicional e reduzida oferta de produtos comerciais. Desenvolvimento de cultivares de melhor qualidade nutricional (grãos e forragens) e pesquisa de novas formas de processamento e utilização. Estabelecer um Programa Nacional de Sorgo, a partir de uma visão estratégica da cultura para o País, coordenando políticas, organizando o fluxo de informações em toda a cadeia do agronegócio e aumentar a integração com a pesquisa.