Professora Neide Cruz 25 de novembro de 2011 Professora Neide Cruz 25 de novembro de 2011 Federação Brasileira de Associações Socioeducacionais de Adolescentes.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
QUEM SÃO OS EDUCADORES HOJE?
Advertisements

Reunião realizada no dia 09 de abril de 2012.
POMMAR/USAID-Partners
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
DIRETRIZES OPERACIONAIS PARA EDUCAÇÃO BÁSICA NAS ESCOLAS DO CAMPO
Papel do Estado na garantia do Direito à Educação de Qualidade:
Profª Simone Cabral Marinho dos Santos
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES
1 A adolescência é uma das fases do desenvolvimento dos indivíduos e, por ser um período de grandes transformações, deve ser pensada pela perspectiva educativa.
Resolução n°51 EJA e ECONOMIA SOLIDÁRIA. Formação de Educadores Ministério da Educação Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade.
PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS
Revisão Unidade 01 Tecnologias na sociedade, na vida e na escola
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL - UEMS
EMEF. PROF. JOSUÉ DE CASTRO
QUAL A CONCEPÇÃO DO CURRÍCULO?
Desafio das novas tecnologias
O QUE SE ESPERA DO PROFESSOR COORDENADOR
ASSESSORIA DE FORMAÇÃO
Encostas da Serra Geral
Apresentação dos Conteúdos Programáticos
Educação no contexto do Trabalho
Educação, um direto de todos... Professor Ulisses Mauro Lima
SEMINARIO DE EDUCAÇÃO APLB – SINDICATO
Desenvolver Por uma Nova Escola.
A formação de cidadãos críticos e reflexivos: um paralelo entre os papéis da família e da escola Profa. Kátia Aquino.
REDE DE ENSINO MÉDIO TÉCNICO
SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
PERGUNTA-SE As escolas dão a devida atenção aos CONSELHOS DE CLASSE?
Saúde e Prevenção nas Escolas - SPE
O PLANEJAMENTO ESCOLAR
Lei de diretrizes e bases da educação nacional
Sensibilização das Famílias e Comunidades para o Desenvolvimento da Primeira Infância 1 1.
RECOMEÇAR É BOM TÊ-LOS AQUI!.
Trabalhando com Grupos
O que é ensinar história?
CONCEPÇÃO DE REDE INTERSETORIAL JUSSARA AYRES BOURGUIGNON
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS PROFESSORA: LILIAN MICHELLE
O que é Educação? Calos Rodrigues Brandão
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS PROFESSORA: LILIAN MICHELLE
INICIAÇÃO À DOCÊNCIA PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA
Necessidades Especiais, Docência e Tecnologias
Conferência Nacional de Educação Básica – Brasília.
A FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS PARA A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Universidade Federal de Uberlândia
GESTÃO DEMOCRÁTICA E QUALIDADE NA EDUCAÇÃO BÁSICA: UM DESAFIO DOS CONSELHOS DELIBERATIVOS DA COMUNIDADE ESCOLAR.
MARIA DO SOCORRO ANDRADE COSTA SANDRA REGINA CASTRO SOARES
Política Educacional Brasileira
EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL
PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO
3º GRUPO: CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO
PENSANDO O LIVRO DIDÁTICO E SUAS IMPLICAÇÕES NO ENSINO DE HISTÓRIA
Ministério da Educação
Antoni Zabala – Capitulo 1,2 e 3
COORDENADORIA DE GESTÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA
PLANEJAMENTO, CURRÍCULO E AVALIAÇÃO
Antônio Carlos Miranda Secretário Municipal de Educação Viçosa/MG
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica A Identidade do Professor e as Diretrizes para Organização da Matriz.
Prática como Componente Curricular
Violência e Escola – construindo alternativas de enfrentamento
ENSINO FUNDAMENTAL DE 9 ANOS
INDICAÇÃO CEE 108/ : CEE tem se dedicado à análise das DCNs para a Ed. Profissional em função da implementação do Catálogo Nacional de Cursos.
Ministério da Educação Secretaria de Educação Básica
Objetivo: + Contribuir para que o direito à aprendizagem e ao desenvolvimento humano seja assegurado a todos os estudantes brasileiros e estrangeiros residentes.
O PAPEL DO PSICÓLOGO NA EDUCAÇÃO
A PESQUISA COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO Ana Paula Palheta PRÓ-REITORIA DE PESQUISA, PÓS-GRADUAÇÃO E INOVAÇÃO.
LDB Leis Diretrizes e Bases da Educação
EDUCAÇÃO AMBIENTAL: ASPECTOS DA LEGISLAÇÃO
Currículo, PNE e Base Nacional Comum Atividade complementar 01 Apresentação 01.
Matriz de avaliação processual
Transcrição da apresentação:

Professora Neide Cruz 25 de novembro de 2011 Professora Neide Cruz 25 de novembro de 2011 Federação Brasileira de Associações Socioeducacionais de Adolescentes

Integração ao Mercado de Trabalho e o reflexo das ações das entidades que realizam as atividades na formação educacional dos jovens. SocioassistencialAprendizagemEstágioSocioeducativo Ações

Grandes Regiões População Residente População Residente Total População em Idade Escolar Grupos de Idade 0 a 19 0 a 34 e 56 a 1415 a 1718 e 19 Brasil Sudeste São Paulo RMSP (*) Proporção em relação à População do Brasil (%) Sudeste 42,137,6 38,238,539,338,2 São Paulo 21,619,419,319,2 19,819,3 RMSP (*) 10,39,59,4 9,19,3 Fonte: IBGE: Censo Demográfico 2010 (Banco SIDRA) (*) Região Metropolitana da Grande São Paulo Jovens Brasileiros – Breve Cenário em números

 Ser jovem é um processo de transição marcado pelo fim da infância e o início da idade adulta, entre o mundo da educação e o mundo do trabalho, entre o vínculo familiar e a formação de sua própria família, entre ser conduzido (pais e educadores) e a responsabilidade de conduzir-se a si mesmo;  Todos os jovens em todas as épocas, independentemente de sua origem social, cultural e econômica vivem esse período de transição, difícil e nem sempre compreendido por aqueles que atuam sobre sua educação e formação;  O que chama mais atenção da sociedade e da mídia em geral, são os “adolescentes em situação de risco” ou “adolescentes em situação de exclusão social” e a associação que se faz entre adolescência e “problemas/perigo.”  Atualmente, para designar esse período de transição há preferência pelo termo “vulnerabilidade juvenil”, como contraponto à mensagem subliminar de que só os pobres são vulneráveis, quando na verdade a sua maior sujeição à vulnerabilidade está na sua condição de adolescente amplamente potencializada pela sua situação de pobreza. Jovens: Vidas em Transição

Transição e Vulnerabilidade: alguns pontos de reflexão  instabilidade e precariedade de inserção em um mercado de trabalho marcado por grandes transformações científicas e tecnológicas, a gravidez na adolescência, as drogas e violência nas grandes cidades;  importância da educação escolar, em especial do ensino médio, e seus reflexos na redução da maternidade precoce, entre as jovens, e dos homicídios, entre os jovens do sexo masculino (Felícia Madeira);  o debate sobre a transição para a vida adulta tem uma das suas âncoras mais importantes no âmbito do trabalho, pois a inserção no mercado de trabalho constitui não somente um dos momentos privilegiados da transição, mas também a condição necessária para que outras dimensões da passagem da adolescência para a vida adulta se efetivem (Nadya Guimarães).

Carta Magna e a LDB - Texto e Contexto  A Constituição Federal de 1988 consagrou e a LDB reafirmou que: (...) “Art. 1º A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. § 1º Esta Lei disciplina a educação escolar, que se desenvolve, predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias. § 2º A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social. Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (...) Art. 3º- (...) XI- vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.

Preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores. Contexto

Alguns Desafios para o Século XXI  Os avanços obtidos na educação desde o final dos anos 80, principalmente, a partir da nova LDB (96), assim como a participação mais efetiva da sociedade e o reconhecimento da importância da educação escolar nos coloca um duplo desafio: Como garantir uma E DUCAÇÃO DE Q UALIDADE PARA TODOS ?  Ainda temos uma grande dívida social com a educação da população mais pobre, indígenas, negros, quilombolas, alunos trabalhadores, migrantes e imigrantes e outros;  Educação é um processo amplo que abrange processos formativos que não competem apenas à escola.  Não basta perguntar que escola temos e que escola queremos. A escola que temos é um simples reflexo das desigualdades e mazelas existentes na sociedade? Ou a escola pode – de fato - fazer a diferença na vida de cada um e da sociedade brasileira?  Que sociedade somos? Que sociedade pretendemos construir?

Educação e Organizações Sociais  Ontem Estava voltada somente a aliviar o sofrimento ou as injustiças pela prática da caridade.  Hoje Está também empenhada em identificar as causas e as situações que geram essas injustiças.

Viver é o mesmo que aprender a viver Não somos únicos. Não somos os primeiros. “Ninguém é sujeito na solidão e no isolamento, sempre se é sujeito entre outros sujeitos: o sentido da vida humana não é um monólogo, mas provém do intercâmbio de sentidos, da polifonia coral. Antes de mais nada, a educação é a revelação do outro, da condição humana como um concerto de cumplicidades inevitáveis.” (Fernando Savater) Educação e cultura no voluntariado das Organizações Sociais: Transformando vidas

Espaços de Convivência e Socialização  Rua  Trabalho  Organizações intermediárias  Organizações coletivas  Família  Escola

Aprendizagens Básicas da Convivência  Aprender a não agredir o outro  Aprender a comunicar-se  Aprender a interagir  Aprender a decidir em grupo  Aprender a cuidar-se  Aprender a cuidar do meio ambiente  Aprender a valorizar o saber social

PENSAR - SENTIR - AGIR Valores, atitudes, hábitos e capacidade de se questionar Conhecimento e habilidade de construir novos conhecimentos SABER SER SABER FAZER Habilidades operativas e procedimentos Competências SABER

Educação Escolar, o Trabalho e as Práticas Sociais  Desenvolvimento do Currículo Escolar: por resolução de problemas ou por projetos que envolvam situações de aprendizagem complexas e desafiadoras, de modo a mobilizar valores, conhecimentos e habilidades.  Os projetos devem ser desafiadores, envolver realizações concretas, que, preferencialmente, possibilitem efetiva e real contribuição a uma comunidade;  A definição dos projetos deve partir de indicações iniciais da equipe de professores confrontadas e adequadas às experiências e expectativas dos alunos;  Os projetos devem privilegiar a dimensão coletiva do trabalho, possibilitando o exercício da produção em equipe, da tolerância, do respeito mútuo, da negociação, ou seja, da cidadania;  A avaliação é elemento natural do processo e é entendida como “validação” de resultados e de ações / como conscientização das aprendizagens realizadas.

Estágio e Prática Profissional Supervisionada  Fundamentação Legal:  Lei Federal nº , de 25 de setembro de 2008;  Indicação CEE/SP 30/03, Indicação CEE 87/2009 e Deliberação CEE 87/2009 (no sistema de ensino estadual de São Paulo);  Práticas Sociais, Serviço ou Estágio Voluntário: Deliberação CEE 87/2009 e Lei Federal nº 9608/98

Modalidades de Estágio  O estágio, como procedimento didático-pedagógico, é atividade curricular supervisionada de competência da instituição escolar, a quem cabe definir na sua proposta pedagógica e nos instrumentos de planejamento de cada um de seus cursos, a duração, a natureza e a intencionalidade educativa, em termos de princípios e objetivos para a formação do educando, podendo abranger as seguintes modalidades: Estágio profissional obrigatório; Estágio profissional não obrigatório; Estágio sócio-cultural ou de iniciação científica; Estágio sócio-civil

Estágio: uma parceria entre escola, empresas e organizações sociais  Estágio Profissional – pode ser obrigatório, quando definido em função das exigências decorrentes da natureza do curso; e não obrigatório quando oferecido por opção da escola e definido em seu projeto pedagógico ou plano de curso.  Estágio sócio-cultural ou de iniciação científica - definido pela escola em seu projeto pedagógico ou plano de curso como forma de contextualização do currículo e desenvolvido sob a forma de atividades de extensão, monitorias ou projetos curriculares, integrados ao currículo, de cumprimento obrigatório ou voluntário pelos alunos;  Estágio sócio-civil - assumido pela escola como ato educativo de interação comunitária, caracterizando-se pela participação dos alunos em práticas sociais.  Uma parceria que se concretiza em um Projeto de Estágio que deve considerar:  reflexão sobre a realidade do jovem, na qual o aluno estuda e trabalha;  contextualização dos conhecimentos, habilidades e valores constituídos.

Estágio sócio-civil-cultural Características e Finalidades  Participação dos estudantes em:  empreendimento ou projeto de interesse social ou cultural da comunidade;  projetos de prestação de serviço civil em sistemas estaduais ou municipais de defesa civil;  prestação de serviços voluntários de caráter social e educativo, desenvolvido sob forma de projetos curriculares e ou interdisciplinares, nos termos do projeto pedagógico.

Mobilização Social – escola, cidadania, trabalho e o papel das organizações sociais  Mobilização não é um evento, uma campanha, uma manifestação.  Mobilizar é convocar vontades para atuar na busca de um propósito comum, sob uma interpretação e um sentido também compartilhados. É, sobretudo, um ato de liberdade, de paixão, de razão e de comunicação.  Mobilização é a convocação de vontades para atuar na busca de um propósito comum sob uma interpretação e um sentido compartilhados. É um ato público e de participação.  Qualquer mudança exige convergência de interesses (política), convocação (vontade), e novas formas de compreender e organizar a realidade (teoria).

Quem é o Produtor Social ? Produtor Social ou Editor Produtor Social ou Editor Pessoa ou instituição que tem a capacidade de criar as condições necessárias para que a mobilização ocorra. Pessoa ou instituição que tem a capacidade de criar as condições necessárias para que a mobilização ocorra. É preciso que o produtor social  respeite e confie na capacidade das pessoas.  seja capaz de interpretar nossa realidade social.  tenha conceitos claros de democracia, cidadania e participação.  sinalize metas que merecem o comprometimento pessoal.  apresente um horizonte atrativo, convocante.

 Articulação de competências e habilidades às práticas sociais;  Participação responsável do jovem, preparando-o para o mundo do trabalho e para a sua atuação social e política;  Ações planejadas e comprometidas social e educacionalmente;  Aliança entre teoria e prática;  Momentos de discussão e vivência de valores universais, como ética, cidadania e respeitos às diferenças;  Solidariedade e a cultura da paz;  Metodologia de elaboração de projetos;  Autoconfiança e Protagonismo do jovem, por meio de atividades que integram ensino e aprendizagem, preparação para o trabalho e exercício de cidadania. Vantagens da parceria entre escola e organizações sociais Vantagens da parceria entre escola e organizações sociais

“As prioridades delimitam e marcam os campos dos resultados no espaço e no tempo, mas não negam nem a amplitude do projeto social nem as estratégias de longo prazo”. “ Que nos inspire um novo modo de pensar e nos incite a descobrir quem somos em uma sociedade que queira mais a si mesma.” “O que converte a pessoa em líder e em cidadão é a aptidão de construir o público, o que convém a todos de igual maneira para sua dignidade” José Bernardo Toro Que sociedade queremos para o século XXI?

Créditos Felícia Madeira Nadya Guimarães Bernardo Toro e Nisia Maria Duarte Werneck Modell, Furstenberg Jr. e Hershberg Antonio Carlos Gomes da Costa; Normas do Conselho Estadual de Educação de São Paulo Relatores: Neide Cruz, Olga de Sá, Francisco de Moraes, Bahij Amin Aur (Indicação CEE 30/2003 e Deliberação CEE nº 31/ ); Hubert Alquéres e Décio Lencioni Machado (Indicação CEE 87/2009 e Deliberação CEE 87/2009) Lei Federal nº 9394, de 20 de dezembro de 1996 Lei Federal nº , de 25 de setembro de 2008 art. 428 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT

Recomendo  Assista o vídeo “Vida Maria” clicando no link Obrigada Neide Cruz