ANEMIAS
Ciclo vital das hemácias
A anemia, que literalmente quer dizer "sem sangue", é uma deficiência de glóbulos vermelhos e/ou da Hemoglobina. Isso resulta em uma redução da capacidade do sangue em transportar o oxigênio aos tecidos.
QUADRO CLINICO GERAL Taquicardia, palpitações, dispnéia, sopros, taquipnéia, fraqueza, anorexia, insônia, sonolência diurna, irritabilidade, azia, disfagia, amenorréia, diminuição da libido, impotência, queda dos pêlos, unhas quebradiças.
GENÉTICAS: Hemoglobinopatias (mais comuns hemoglobinopatia S, C, E e D) Síndromes Talassêmicas (talassemia alfa ou beta) Defeitos na membrana da hemácia: Eliptocitose e Esferocitose Anormalidades enzimáticas: deficiência de G6PD
NUTRICIONAIS: Deficiência de ferro (Anemia Ferropriva) Deficiência de vitamina B12 (Anemia megaloblástica) Deficiência de folato (Anemia megaloblástica) Desnutrição (Anemia Ferropriva e/ou Anemia megaloblástica)
Imunológicas: mediadas por anticorpos CAUSAS DA ANEMIA Hemorragia Imunológicas: mediadas por anticorpos Efeitos Físicos: Trauma Queimaduras
Uso de medicamentos e exposição a produtos químicos: CAUSAS DA ANEMIA Uso de medicamentos e exposição a produtos químicos: Anemia aplásica
CAUSAS DA ANEMIA Doenças Crônicas: Uremia Hipotireoidismo Hepatite Doença Renal Neoplasias
CAUSAS DA ANEMIA Infecções: Virais: hepatite, HIV, Mononucleose, Citomegalovírus Bacterianas: septicemia Protozoários: Malária, Toxoplasmose, Leishmaniose
CLASSIFICAÇÃO DAS ANEMIAS: A) QUANTO À FORMA MACROCÍTICAS MICROCITICAS NORMOCITICAS
B) QUANTO À ETIOPATOGENIA perda de sangue (ou hemorragia), destruição excessiva dos glóbulos vermelhos (ou hemólise) ou deficiência na produção de glóbulos vermelhos.
As formas crônicas de anemia, podem levar a quadros de atrofias da mucosa oral.
DIAGNÓSTICO DAS ANEMIAS
Exames para avaliar a anemia HEMOGRAMA: É o principal exame a ser realizado quando há uma suspeita de anemia. O mais importante é a avaliação da série vermelha (hemácias). Esta avaliação inclui : a determinação do número de glóbulos vermelhos, Hematócrito, Hemoglobina, índices hematimétricos (VCM, HCM e CHCM) e Avaliação do tamanho e das morfologia (formas) das hemácias.
Hemoglobina: segundo a Organização Mundial de Saúde é considerado anemia Quando um adulto apresentar Hb<12,5g/dl, uma criança de 6 meses a 6 anos Hb<11g/dl e crianças de 6 anos a 14 anos, uma Hb<12g/dl.
VCM (Volume Corpuscular Médio) é o índice mais importante , ajuda na observação do tamanho das hemácias e no diagnóstico da anemia: Microcíticas (<80fl, para adultos) Ex. ferropriva e talassemias Macrocíticas (>96fl, para adultos), Ex: megaloblastica e perniciosa Normais ou normocíticas (80-96fl).
HCM (Hemoglobina Corposcular Média): é o peso da hemoglobina na hémácia. CHCM (Concentração de Hemoglobina Corposcular Média): é a concentração da hemoglobina dentro de uma hemácia. O intervalo normal é de 32-36g/dl. Hemácias Hipocrômicas (<32), Hemácias Hipercrômicas (>36) e Hemácias Normocrômicas (no intervalo de normalidade). elevado.
OUTROS EXAMES Contagem de Reticulócitos: para avaliar a produção de hemácias. Expresso em porcentagem, o valor normal é de até 2%. Ferritina: ajuda no diagnóstico da anemia ferropriva. DHL (ou Desidrogenase láctica ácida): enzima presente nas hemácias que ao serem lisadas aumentam seu nível plasmático. Haptoglobina Bilirrubina
Ferro Sérico: ajuda no diagnóstico da anemia ferropriva. Eletroforese de Hemoglobina: para detectar o tipo de hemoglobinopatia. Teste para G6PD: para detectar deficiência da enzima G6PD RGO (ou Resistência Globular Osmótica): ajuda detecção de anemias hemolíticas. Teste de Coombs: para detectar se a anemia é um defeito extracorpuscular adquirido.
ANEMIA FERROPRIVA
A deficiência de ferro na infância constitui um grave problema de saúde pública devido à alta prevalência e às significativas repercussões no desenvolvimento das crianças afetadas
DEFICIÊNCIA DE FERRO A deficiência de ferro é uma das causas mais comuns de anemia nos países em desenvolvimento, ela pode ser produzida de 3 maneiras: ingestão insuficiente de ferro; ferro não disponível para a eritropoiese, apesar de quantidades adequadas de ferro corporal; 3) perda do ferro corporal inadequadamente reposta (perda sanguínea
A deficiência de ferro geralmente se instala após um longo período de déficit. Primeiro ocorre o esgotamento das reservas de ferro nos hepatócitos e macrófagos do fígado, baço e medula óssea . Após o esgotamento das reservas o ferro plasmático diminui e o fornecimento de ferro à medula torna-se inadequado para a regeneração normal da hemoglobina. O nível de protoporfirina livre dos eritrócitos aumenta, produzindo-se assim eritrócitos microcíticos e o nível da hemoglobina do sangue diminui.
Definição ↓ Hematócrito ↓ Hemoglobina ↓ Hemácias/ volume de sangue. Síndrome clínica e quadro laboratorial caracterizado por: ↓ Hematócrito ↓ Hemoglobina ↓ Hemácias/ volume de sangue. O hematócrito e níveis de hemoglobina variam: Fase do desenvolvimento Estimulação hormonal Tensão de O₂ no ambiente Idade e sexo.
Classificação Morfologia ( VCM ) Fisiologia Diminuição da produção Destruição Perdas hemorrágicas Microcítica Normocítica Macrocítica
Caracterização das anemias Tipo de Anemia CHCM VCM Normocítica >30 80 – 90 Macrocítica >94 Microcítica <80 Hipocrômica microcítica <30
Os achados laboratoriais mais comuns: Hipocromia Microcitose variáveis conforme o grau de deficiência de ferro. Volume Corpuscular Médio (VCM) encontra-se diminuído, Hemoglobina Corpuscular Média (HCM) pode estar diminuída e a Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média (CHCM) apresenta-se diminuída
Hemoglobina Síntese
DEFICIÊNCIA DE PRODUÇÃO DE ERITRÓCITOS Falta de tecido eritropoiético: Destruição Estimulantes (EPO)↓ congênita. Invasão da medula óssea por elementos malignos. ↓ Elementos essenciais à eritropoiese: Ferro Folato Vitaminas B 12, B 6 e C.
EXCESSO DE DESTRUIÇÃO DE ERITRÓCITOS (HEMÓLISE) Agressão ao eritrócito: Toxinas Parasitas Imunológica Defeito do eritrócito: Arquitetura da membrana Enzimático Hemoglobina anormal Hiperesplenismo.
Fatores que contribuem para a deficiência de ferro na infância • Necessidade de ferro para o crescimento • Dieta pobre em ferro • Limitada capacidade de absorção do ferro da dieta • Alta prevalência de parasitose intestinal • Perda sanguínea gastrointestinal
PERDAS HEMORRÁGICAS Agudas: Crônicas: Traumas Cirurgias Hemorragias nos tratos gastrintestinal e genital Crônicas: Úlceras Tumores intestinais Parasitas intestinais Menstruações abundantes
Anemia Ferropriva Mais freqüente (atingindo 40 a 50% das crianças < 5 anos). Deficiência de Ferro: Aumento da necessidade Excesso de perda Má absorção GI de Fe Dieta deficiente em Fe Anemia materna Hemólise neonatal
Fisiopatologia Anemias Microcíticas A principal causa de anemia microcítica em nosso meio é a deficiência de ferro,fator importante no processamento de uma hematopoiese satisfatória. Com a destruição constante das hemácias, liberam-se 15 a 30 mg/dia de ferro, compensado pelo aporte da mesma quantidade através dos eritrócitos jovens que são introduzidos em circulação. O ferro dos eritrócitos destruídos é fornecido aos eritroblastos, que através dos macrófagos, quer diretamente para o citoplasma dos eritroblastos.
Avaliação clínica inicial • História detalhada com antecedentes gestacionais (sangramentos) e de parto • Prematuridade, gemelaridade • História dietética • Tendência a perda sanguínea • Retardo do crescimento • Natureza e frequência de infecções • Antecedentes familiares de anemia
MICROCITOSE E HIPOCROMIA ANEMIA FERROPRIVA MICROCITOSE E HIPOCROMIA
HEMACIAS EM ALVO E MICROCITOSE
Hemácias microcíticas e hipocrômicas Anemia Ferropriva Diagnóstico Laboratorial Hemácias microcíticas e hipocrômicas Hemácias normais
Anemia Ferropriva Tratamento Correção da causa de espoliação do Fe. Adequação dietética. Sais de Fe via oral : 3 a 4 mg de Ferro elementar/Kg/dia (dividido em 2 a 3 tomadas, às refeições)
Sinais e Sintomas
Sinais e Sintomas
Sinais e Sintomas
Sinais e Sintomas