Por que alfabetização tecnológica do professor?

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Transcrição da apresentação:

Por que alfabetização tecnológica do professor? O termo não é facilmente encontrado na literatura acadêmica. Entretanto, cada vez mais este termo é utilizado para traduzir a necessidade das pessoas em geral dominarem a nova linguagem. Em 1993, o Grupo de Pesquisa em Tecnologia Educacional da Faculdade de Educação da UFRJ , realizou pesquisa em escolas públicas e percebeu que o uso dessas tecnologias requeria alguns conhecimentos do professor. Como o conhecimento nunca se esgota, por ser uma apreensão da realidade em constante transformação, é também provisório, histórico e relativo. Assim o conceito de alfabetização tecnológica do professor não pode ser fechado e acabado.

Os conceitos de alfabetização O conceito de alfabetização, como qualquer outro, relaciona-se com o momento histórico em que é produzido e fornece, em cada época, a base das propostas governamentais para a alfabetização. Segundo Soares (1985), existem duas formas de conceber a alfabetização: a primeira define a alfabetização como um processo mecânico – a codificação da linguagem oral na linguagem escrita (escrita) e a decodificação da linguagem escrita em linguagem oral (leitura). a segunda visão do processo de alfabetização o entende como apreensão e compreensão de significados, ou seja, o principal neste processo é a compreensão do mundo.

A partir do final da década de 70, os estudos de Emília Ferreiro, fundamentados na psicologia genética de Jean Piaget, resgataram o alfabetizando como sujeito participante do processo ensino/aprendizagem. O aluno não é mais concebido como um indivíduo que recebe passivamente os estímulos externos, passa a ser sujeito porque pensa sobre as questões e situações com as quais se depara, reorganizando sua estrutura cognitiva. Na concepção de Paulo Freire, a alfabetização é um meio para a conscientização do homem como criador de cultura, para a abertura de horizontes e o abandono de uma posição passiva diante da sociedade, a partir do momento em que se apodera da escrita e a utiliza como meio de expressão e libertação.

É também Paulo Freire que introduz a noção de que ler a palavra é ler o mundo. Através do contato com o mundo escrito, o sujeito apreende mais sua cultura e nela se insere com poder maior de atuação. Hoje, ler o escrito não basta. Para ler o mundo, é também necessário ler as mensagens tecnológicas e sua interferência nas formas de organização de nossa sociedade e nossa cultura. Uma concepção mais ampla de alfabetização, que vem dominando cada vez mais a produção teórica e as práticas pedagógicas nesse campo, supõe a alfabetização como letramento, ou seja, como o desenvolvimento das capacidades diversas aliadas à produção de conhecimento que possibilitem o sujeito a expressar sua cultura e ter acesso a outros padrões culturais e sociais, permitindo uma leitura crítica da própria realidade e, com ela, o acesso à participação e atuação social de maneira mais crítica e consciente.

Em muitas escolas, a prática alfabetizadora continua se pautando pelas antigas concepções de alfabetização, podendo ser chamada de tradicional. Numa concepção mais ampla, a alfabetização é encarada como um caminho para o sujeito estar inserido no mundo. Para ler, o leitor interage com o texto, troca com ele informações que possui, forma uma concepção própria do que leu, e com isso, vai formando também sua própria concepção de mundo

Grupos: 1 – A importância da alfabetização p. 56 2 – O uso do termo alfabetização no conceito de alfabetização tecnológica do professor. P. 59 3 – Outros fundamentos para a definição de alfabetização tecnológica do professor. P. 61 4 – página 63 – Para Gadotti 5 – Para utilizar pedagogicamente...p. 66 6 – Muitos questionamentos...p. 69 7 – O conceito de alfabetização tecnológica do professor p. 72