SAÚDE DA CRIANÇA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA

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Apresentam.
Transcrição da apresentação:

SAÚDE DA CRIANÇA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA Daiane C. Pazin Internato de Medicina de Família e Comunidade 02/2012 SAÚDE DA CRIANÇA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA

ROTINA DE PUERICULTURA Juliana, 1 mês e 10 dias de vida, nascida de termo, é trazida pela mãe em 1ª consulta de rotina de puericultura. Relato de demora para evacuar, até 3 dias, sem outras queixas. ESSA CONSULTA DEVERIA TER SIDO REALIZADA ANTES? O QUE MAIS PRECISAMOS PERGUNTAR?

A visita da primeira semana de vida Acolhimento da mãe. Identificação das inseguranças familiares. Avaliação da saúde da mãe e da criança. RECÉM NASCIDO DE RISCO: até o 3º dia. FUNDAMENTAL: amamentação e vacinas. Orientações e Proposta de cuidado. 1° e 2° mês = médico. TRATADO DE MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE, 2012

ROTINA DE PUERICULTURA Alimentação? Suplementação? Vacinação? Sono? Posição que dorme? Como é transportada? DNPM? Adaptação familiar? Antropometria.

ROTINA DE PUERICULTURA VERIFICAÇÃO DA CARTEIRINHA: - IG ao nascer e Apgar. - Anotações do pediatra. - Peso ao nascer e peso da alta. - Gráficos. - Vacinação (1,2,4,6 e 12 meses).

Testes Teste do Pezinho (3d a 7d – MS) Hipotiroidismo, Fenilcetonúria, Fibrose Cística, Hemoglobinopatias. Teste da Orelhinha Teste do Coraçãozinho Oximetria de pulso em recém-nascidos Olho Vermelho Quadril

Olho Vermelho

Olho Vermelho

BARLOW E ORTOLANI

VACINAÇÃO

Novidades Pentavalente - cinco doenças: difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenza e hepatite B. A Vacina Inativada de Poliomielite (VIP) Complementar a campanha nacional de imunização contra a doença, que é feita por via oral. Aplicada aos dois e aos quatro meses de idade. A oral será utilizada nos reforços, que serão feitos aos seis e aos 15 meses.

ROTINA DE PUERICULTURA EXAME FÍSICO: - Primeira avaliação COMPLETA Estatura – decúbito dorsal x longitudinal. Peso . Perímetro Cefálico.

ESTATURA RN tem em média 50 cm. 15 CM NO 1° SEM 10 CM NO 2° SEM AO FINAL DO PRIMEIRO ANO CRESCEU 50% DA ESTATURA DO NASCIMENTO. ATÉ OS 4 ANOS – PRÓXIMO DE 1M.

PESO 1° TRI – 700 a 1000 GRAMAS/MÊS (25-30G/dia) Dobra o peso do nascimento entre 4-5meses. 3° TRI - 500 GRAMAS/MÊS (15G/dia) Triplica o peso do nascimento com 1 ano.

PERÍMETRO CEFÁLICO RN tem em média PC 35 cm. 6 CM – 1° TRI 3 CM – 2° SEM TOTAL AO COMPLETAR 1 ANO – 12CM

Recomenda-se nas consultas do 1° ano de vida: Barlow e Ortolani. Ausculta cardíaca e palpação de pulsos. Teste do Olho Vermelho. Hirschberg/Cover Test .

HIRSCHBERG

COVER TEST

ROTINA DE PUERICULTURA Devemos realizar triagem para: Anemia? Fezes? Urina? Dentição.

ROTINA DE PUERICULTURA Marcos do Desenvolvimento AVALIAÇÃO DA HABILIDADE E DO RITMO DE SUA AQUISIÇÃO. 1 a 2 meses – responde ao sorriso. 2 a 4 meses – levanta a cabeça e ombros, coloca objetos na boca, rola. 6 a 9 meses – engatinha, arrasta-se, senta sem apoio.

ROTINA DE PUERICULTURA Marcos do Desenvolvimento 9 a 12 meses – anda com apoio, imita os pais, bate palmas, fala palavras. 12 a 18 meses – come sozinha, fala frases curtas, anda sem apoio. 18 a 24 meses – sobe/desce escadas, brinca, corre. PERFIL DO DESENVOLVIMENTO DAS FUNÇÕES – Cartão da criança.

ROTINA DE PUERICULTURA Alertas Persistência de cavalgamento de suturas ou suturas separadas. PC muito grande. Lipomas e hipertricose em dorso. Distância grande entre os olhos. Ausência de resposta ao som em qualquer idade. Persistência de hipertonia após 3 meses.

PROBLEMAS MAIS COMUNS DO RN

Hábito Intestinal Cor verde-escura até o 3º dia. AME : amarelo-ouro, não homogêneas, 10x/dia. Diarréia? CONSTIPAÇÃO Funcional. Problemas Emocionais – 1 a 3 anos. Investigar: Crianças em AME que apresentam dificuldade para evacuar, fezes duras e volumosas, e distensão abdominal. TOQUE RETAL?

Cólicas do lactente DIAGNÓSTICO CLÍNICO E DE EXCLUSÃO Episódios repetidos de choro e irritação DD: DRGE com esofagite. Alergia alimentar. Relação mãe-filho inadequada. ITU.

Cólicas do lactente Adequação da dieta materna. Substituição do LV pelo LS. Analgésicos. Antiespasmódicos não devem ser utilizados. “ As cólicas deverão desaparecer nos primeiros meses de vida e não deixarão seqüelas importantes”

Regurgitação Sem repercussão na aparência ou ganho de peso. Normal no lactente. ≠ Vômito. ≠ RGE.

RGE DOENÇA: vômitos, ganho inadequado de peso, disfagia, dor abdominal, esofagite e problemas respiratórios. 1:300. A maioria das crianças não necessita investigação complementar. TRATAMENTO Medidas gerais e dieta. Procinéticos. Neutralizadores.

Monilíase Oral Candida albicans. Placas esbranquiçadas circundadas por halo vermelho. Transmissão por mãos contaminadas, mamadeiras, protetores da mama e chupetas. Tratamento: Nistatina ou Miconazol gel oral. Prevenção: tratamento de vulvovaginite materna, higiene de utensílios.

Miliária Retenção do suor nas glândulas sudoríparas. CRISTALINA – superficial, microvesículas, sem inflamação. RUBRA – profunda, pápulas avermelhadas, com inflamação. Face, pescoço e tórax superior. TRATAMENTO.

Dermatite de Fraldas Fricção. Irritativa. As pregas são poupadas. Comum a infecção secundária por cândida. TRATAMENTO Medidas de higiene Corticóide tópico baixa potência Antibiótico tópico Antifúngico tópico

Hérnia Inguinal Hérnia Umbilical INDIRETA – mais comum na infância. Meninos. Lado direito. Cirurgia o mais cedo possível. Hérnia Umbilical Freqüente entre 1° e 2° mês. Regride até o 4° mês. Cirurgia estética por volta do 3° /4° ano.

Criptorquidia Testículos retráteis por exacerbação do reflexo cremastérico. Observação durante o 1° ano. Não havendo descida – Cirurgião pediátrico. Cirurgia até os 2 anos.

Fimose Parafimose Impossibilidade de retrair o prepúcio. Comum no RN. 90% dos casos se resolverá até os 3 anos. Cirurgia: Postoplastia. Parafimose

VOLTANDO... Juliana, 1 mês e 10 dias de vida, nascida de termo, é trazida pela mãe Darlene em 1ª consulta de rotina de puericultura. Relato de demora para evacuar, até 3 dias. Fezes pastosas e amareladas. QUAIS ORIENTAÇÕES DEVERIAM SER DADAS? ALGUMA PRESCRIÇÃO?

PROBLEMAS MAIS COMUNS DO RN Suplementação Vitamina A Áreas endêmicas. Vitamina D Exposição a luz solar e suplementação em crianças de risco. Ferro – 6 e 24 meses. Dose 1-2 mg Fe elementar/kg/dia. Sociedade Brasileira de Pediatria / OMS.

Referências Duncan Tratado de Medicina de Família e Comunidade Obrigada