Preferências do acionista

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
MÓDULO 5 - A ADMINISTRAÇÃO DE CAIXA
Advertisements

MÓDULO 2 CUSTO DO CAPITAL.
Administração Financeira. INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO Finanças aplicação de princípios econômicos e financeiros objetivando a maximização da riqueza da empresa.
Tipos de Ações Lançadas:
O Modelo de Oligopólio de J. Bain
COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS AGROINDUSTRIAIS
Aldilene Silva Célia Regina Daniela Alencar Maria do Socorro
Administração Financeira ANÁLISE FUNDAMENTALISTA Aula 10 Prof. Reinaldo Coelho.
CUSTO DE CAPITAL E DECISÕES DE INVESTIMENTO DE LONGO PRAZO
CUSTO DO CAPITAL PRÓPRIO
O MERCADO ACIONÁRIO ▪ FUNÇÃO DO ADM FINANCEIRO: MAXIMIZAR O PREÇO DAS AÇÕES DA EMPRESA ▪ MERCADO ACIONÁRIO: FONTE DE FINANCIAMENTO P/ CRESCIMENTO.
Administração Financeira
5. Ações Ações: Definições SAs
Aula 06.
Política Monetária no Brasil
Mercado de Capitais Brasileiro
Maneiras de classificar o mercado financeiro
Custo do Capital Próprio
Os títulos de dívida Um título de dívida é uma obrigação contratual, normalmente de longo prazo sob o qual o emissor (tomador do empréstimo) concorda em.
Análise Fundamentalista
Demonstrações Financeiras e sua Análise
Análise fundamentalista de Ações
Oportunidades e Carreiras em Finanças. Mercados monetários e de capital; Investimentos; Administração financeira. BRIGHAM, Eugene. e HOUSTON, Joel. Fundamentos.
Administração Financeira e Orçamentaria
Macroeconomia Política Fiscal
ANÁLISE DE INVESTIMENTOS PROFESSOR: PIERRE LUCENA
Distribuição aos Acionistas. Os lucros gerados podem ser reinvestidos em ativos operacionais, utilizados para aquisição de valores mobiliários ou cancelamento.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Dividendo Obrigatório
Poupança, Investimento e Sistema Financeiro
O mundo das finanças Mercado monetário e de capitais;
ELEMENTOS BÁSICOS NA ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO DE CAPITAL
Análise de Demonstrações Financeiras - Aplicação Prática
Ações Títulos de renda variável, emitidos por sociedades anônimas, que representam a menor fração do capital da empresa emitente. Podem ser escriturais.
AVALIAÇÃO DAS AÇÕES De acordo com os conceitos vistos anteriormente (Assaf Neto, Mercado Financeiro), podem ser definidos os seguintes valores para as.
Análise do fluxo de caixa da empresa
MATRIZ BCG.
Teorias de políticas de dividendos
DISCIPLINA: Mercado de Capitais CURSO: Tecnólogo em Gestão Financeira
Procedimentos de Análise Financeira, Econômica e Patrimonial.
Princípios e Objetivos da Administração Financeira
Oportunidades e Carreiras em Finanças. Mercados monetários e de capital; Investimentos; Administração financeira. BRIGHAM, Eugene. e HOUSTON, Joel. Fundamentos.
Objetivos de aprendizagem
ECONOMIA E FINANÇAS FINANÇAS PARA ENGENHEIRA E CIÊNCIAS DA COMPUTAÇÃO
André Amorim. Representação Gráfica MÊS 0 MÊS 1 MÊS 1/2 MÊS 2 Fluxo Operacional Ciclo Econômico Rotação do Estoque Prazo Médio de Pagamento Prazo Médio.
Objetivos de aprendizagem
Análise das Demonstrações Contábeis
Índices de valor de mercado
Demanda por moeda 4.1 Conceitos:
Ariela Diniz.  A relação entre as taxas de juros sobre títulos de dívida com o mesmo vencimento pode ser explicada por 3 fatores: ◦ O risco de default;
Cap. 20 Estratégias de Financiamento
CUSTO DE CAPITAL Conceito: é o retorno mínimo exigido de um novo investimento; é a taxa de retorno que uma empresa deve pagar aos investidores a fim de.
Análise de investimentos
Sociedade Anônima Características
Análise dos índices As demonstrações financeiras disponibilizadas por uma sociedade anônima informam tanto a posição da sociedade em determinado momento.
Importância do orçamento de capital
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA AVALIAÇÃO DE AÇÕES FERNANDA LOPES GÉSSICA CUNHA MARCELLA.
Administração Financeira Dividendos. Conceito Tipos.
O mundo das finanças Mercado monetário e de capitais; Gestão de investimentos; Finanças empresariais. PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças.
Ações São títulos de propriedade de uma parte do capital social da sociedade que às emitiu. Quem tem ações, portanto, pode-se considerar acionista da sociedade.
Risco do negócio O risco do negócio é um risco no sentido de que consiste numa função da incerteza inerente às projeções de retorno sobre o patrimônio.
Maneiras de classificar o mercado financeiro Quando uma empresa de energia elétrica necessita de recursos financeiros, ou quando um comerciante tem a necessidade.
FINANÇAS CORPORATIVA 2ª PARTE - EMPRESA E AS FUNÇÕES FINANCEIRAS.
Ciclo de conversão de caixa
POLÍTICA FISCAL Ações do governo do lado dos gastos públicos e da arrecadação tributária.
Contabilidade Aplicada as Instituições Financeiras José Leandro Ciofi Aula 13.
Emissão das Ações Ordinárias objeto da Oferta Emissão de ações ordinárias, nominativas, escriturais e sem valor nominal, de emissão da Companhia,
Maneiras de classificar o mercado financeiro Quando uma empresa de energia elétrica necessita de recursos financeiros, ou quando um comerciante tem a necessidade.
O mundo das finanças Mercado monetário e de capitais; Gestão de investimentos; Finanças empresariais. PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças.
Estrutura de Capital.
Transcrição da apresentação:

Preferências do acionista 1 O gestor financeiro deve definir a porcentagem do lucro que deve ser distribuído, não podendo esquecer do seu objetivo, como também deve levar em conta as preferências do investidor por ganhos de capital ou por dividendos. PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.

Preferências do acionista 2 O índice de distribuição-alvo deve ter base: (1) na distribuição dos lucros em forma de dividendos e (2) no reinvestimento que pode realizar com o lucro retido. Essas preferenciais podem ser compreendidas com base na equação: PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.

Preferências do acionista 3 O aumento somente nos dividendos será responsável pelo aumento do preço das ações da sociedade e a redução na taxa de crescimento irá favorecer a queda do preço. PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.

Preferências do acionista 4 Logo, a política de dividendos definida pela sociedade anônima, deve considerar tanto a influência dos dividendos como também do crescimento constante. PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.

Preferências do acionista 5 Existem na literatura três teorias que buscam representar o comportamento dos acionistas diante das políticas de dividendos definidas pelos gestores da sociedade. PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.

Irrelevância dos dividendos 6 Parte do pressuposto que não existem, no mercado de ações, pagamentos de impostos nem custos de transação para operações de compra e venda. Com base neles, Miller e Modigliani argumentam que a política de dividendos é irrelevante para o acionista. PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.

Irrelevância dos dividendos 7 O valor da sociedade é definido com base na sua capacidade de geração de lucros e do risco do negócio, dependendo apenas do lucro produzido por seus ativos e não da condição de serem distribuídos ou retidos. PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.

Irrelevância dos dividendos 8 Quando uma sociedade anônima não distribui dividendos para seus acionistas, no entanto, eles desejam construir sua política de dividendos, podem fazê-lo através da venda de suas ações. PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.

Irrelevância dos dividendos 9 Por outro lado quando uma sociedade anônima distribui dividendos para seus acionistas, no entanto, eles não desejam distribuição de dividendos, podem fazer sua política através da compra de ações com esses dividendos. PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.

Teoria do passáro na mão 10 Gordon e Lintner argumentam que, diferente do proposto pela teoria da irrelevância de dividendos, a expectativa de retorno do acionista ordinário diminui conforme a sociedade aumenta o índice-alvo, ou seja, conforme os dividendos são pagos. PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.

Teoria do passáro na mão 11 A empresa torna-se menos arriscada e a expectativa de retorno reduz e, com isso, o preço da ação aumenta. A ideia proposta é a de que, para os investidores, é melhor que os dividendos sejam pagos agora do que depois. PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.

Teoria da preferência tributária 12 Ao considerarmos que os ganhos de capital obtidos no longo prazo sofrem menores tributações em relação àqueles obtidos no curto prazo fica fácil pensar que os investidores querem que a sociedade retenha o lucro. PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.

Teoria da preferência tributária 13 Assim, pagando dividendos menores e reinvestindo a maior parte na atividade da sociedade o crescimento dos lucros seria responsável pelo aumento dos preços de suas ações. PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.

Como as teorias funcionam 14 Uma sociedade que apresente um ROE constante de 20%, uma taxa de crescimento constante igual a 0%, 10% e 20%, conforme sua política de dividendos seja distribuir todo o lucro, metade do lucro ou não distribuir o lucro, respectivamente. PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.

Como as teorias funcionam 15 Outras informações são importantes: a sociedade apresenta um valor contábil para suas ações igual a 40,00 e um LPA de 8,00 para qualquer situação de distribuição de lucros. Com base nas informações fornecidas temos: PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.

Como as teorias funcionam 16 PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.

Irrelevância dos dividendos 17 Ks = D1/P + g PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.

Passáro na mão Ks = D1/P + g 18 PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.

Preferência tributária 19 Ks = D1/P + g PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.

Não é possível definir uma melhor teoria 20 Embora sejam úteis, não podemos estabelecer uma relação clara entre as políticas de dividendos das sociedades anônimas com o custo de capital ou a expectativa de retorno do acionista ordinário. PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.

Não é possível definir uma melhor teoria 21 Ainda não foi possível indicar que os acionistas preferem dividendos mais elevados ou reduzidos. Ao contrário, existem investidores com preferências por dividendos e outros com preferências sobre ganhos de capitais futuros. PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.

Não é possível definir uma melhor teoria 22 Apesar de serem preferências distintas, os dois tipos de acionistas valorizam as sociedades anônimas com políticas de dividendos previsíveis e estáveis. PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.

Não é possível definir uma melhor teoria 23 Os lucros das sociedades como seus fluxos de caixa sofrem mudanças ao longo do tempo, conforme os cenários econômicos são modificados. Essas mudanças podem impor as sociedades alterações nos pagamentos dos dividendos. PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.

Não é possível definir uma melhor teoria 24 No entanto, alguns acionistas podem depender desses dividendos para realizar pagamentos. Logo, ao não estarem dispostos a essas oscilações acabam sinalizando para as sociedades o desejo por políticas mais estáveis e previsíveis. PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.

Políticas de dividendos usadas pelas sociedades anônimas 25 Devem considerar que (1) o principal objetivo é a maximização do valor para o acionista e que (2) os fluxos de caixa da atividade da companhia pertencem efetivamente aos acionistas, devendo evitar a sua retenção. PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.

Políticas de dividendos usadas pelas sociedades anônimas 26 A não ser que existam condições de aplicar o recurso financeiro em projetos responsáveis por retornos mais rentáveis do que aqueles obtidos pelos acionistas de maneira individual. Não existe uma política de dividendos adequada a todas as sociedades. PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.

Políticas de dividendos usadas pelas sociedades anônimas 27 Algumas delas podem apresentar caixas elevados mas com oportunidade de investimentos reduzidas, conforme o segmento econômico seja maduro. PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.

Políticas de dividendos usadas pelas sociedades anônimas 28 Existem outras que geram pouco caixa mas apresentam boas oportunidades de investimentos e estão inseridas em segmentos econômicos que ainda não estão amadurecidos. PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.

Os desdobramentos de ações 29 Quando a Ambev decidiu realizar o desdobramento de suas ações na razão de um para cinco, seu objetivo era o de facilitar a comercialização de suas ações no mercado de forma que sua liquidez não fosse afetada. PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.

Os desdobramentos de ações 30 Desta forma, o objetivo é o de reposicionar o preço do lote mínimo de negociação das ações para tornar as ações mais acessíveis a investidores e potencialmente possibilitar o aumento do volume de negócios das ações da Companhia. PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.

Os desdobramentos de ações 31 O desdobramento não implica em mudança no capital social, não havendo, portanto, alteração do montante financeiro e da participação dos acionistas no capital da sociedade anônima, no entanto, haverá alterações nas quantidades das ações. PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.

Recompra de ações 32 quando a sociedade dispõe de recurso em caixa e, ao contrário de distribuir aos acionistas, pode recomprar ações no mercado; (2) quando a sociedade deseja modificar sua estrutura de capital; PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.

Recompra de ações 33 (3) quando a sociedade deve cumprir seus programas de opções de compras de ações oferecidos aos seus gestores. PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.

Vantagens do programa de recompra 34 1. Os acionistas interpretam como um sinal positivo o anúncio de recompras uma vez que esses programas são motivados pela condição de que as ações estão subavaliadas pelo mercado; PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.

Vantagens do programa de recompra 35 2. Os acionistas têm a condição de removerem um número de ações que podem estar pressionando o preço para baixo; PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.

Vantagens do programa de recompra 36 3. As recompras podem ser usadas para produzir alterações na estrutura de capital da sociedade anônima, favorecendo seu desempenho; PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.

Vantagens do programa de recompra 37 4. Poderá beneficiar os acionistas que permanecerem com as ações da sociedade anônima uma vez que nos próximos períodos terão direito a diluir o resultado da companhia por um menor número de ações; PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.

Vantagens do programa de recompra 38 5. Para atender aos seus programas de opções de compras destinados aos seus gestores. Esse procedimento é viável por evitar que a companhia tenha a necessidade de emitir novas ações no mercado. PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.