HAS: Diagnóstico e Classificação

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Transcrição da apresentação:

HAS: Diagnóstico e Classificação

HAS - Diagnóstico A partir da medida da Pressão Arterial...

Diagnóstico Condições padronizadas para a medida da pressão arterial O paciente deve estar sentado, com o braço apoiado e à altura do precórdio. Medir após cinco minutos de repouso. Evitar o uso de cigarro e de bebidas com cafeína nos 30 minutos precedentes. A câmara inflável deve cobrir pelo menos dois terços da circunferência do braço. Palpar o pulso braquial e inflar o manguito até 30mmHg acima do valor em que o pulso deixar de ser sentido. Desinflar o manguito lentamente (2 a 4 mmHg/seg). A pressão sistólica corresponde ao valor em que começarem a ser ouvidos os ruídos de Korotkoff (fase I). A pressão diastólica corresponde ao desaparecimento dos batimentos (fase V)*. Registrar valores com intervalos de 2 mmHg, evitando-se arredondamentos (Exemplo: 135/85mmHg). A média de duas aferições deve ser considerada como a pressão arterial do dia; se os valores observados diferirem em mais de 5 mmHg, medir novamente. Na primeira vez, medir a pressão nos dois braços; se discrepantes, considerar o valor mais alto; nas vezes subsequentes, medir no mesmo braço (o direito de preferência). Fonte: Brasil, 2014.

Diagnóstico Fonte: VI Diretriz Brasileira de Hipertensão.

Fonte: VI Diretriz Brasileira de Hipertensão.

CASUAL NO CONSULTÓRIO (>18 ANOS) HAS - Classificação CLASSIFICAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL DE ACORDO COM A MEDIDA CASUAL NO CONSULTÓRIO (>18 ANOS) CLASSIFICAÇÃO PRESSÃO SITÓLICA (mmHg) PRESSÃO DIASTÓLICA (mmHg) Ótima <120 <80 Normal <130 <85 Limítrofe * 130-139 85-89 Hipertensão estágio 1 140-159 90-99 Hipertensão estágio 2 160-179 100-109 Hipertensão estágio 3 >ou =180 > ou =110 Hipertensão sistólica isolada > ou =140 <90 Quando as pressões sistólica e diastólica situam-se em categorias diferentes, a maior deve ser utilizada para classificação da pressão arterial. Fonte: VI Diretriz Brasileira de Hipertensão.

HAS – Secundária É importante estar atento para o risco de hipertensão secundária (HAS-S). Pela sua baixa frequência (3-5%) deve ser investigado em situações específicas. Antes de se investigarem causas secundárias de HAS deve-se excluir: medida inadequada da PA; hipertensão do avental branco; tratamento inadequado; não-adesão ao tratamento; progressão das lesões nos órgãos-alvos da hipertensão; presença de comorbidades interação com medicamentos.

Investigação clínico-laboratorial HAS secundária INDÍCIOS DE HAS SECUNDÁRIA Potássio sérico diminuído Proteinúria Hematúria Elevação da creatinina Sopro abdominal Má resposta ao tratamento Ausência de história familiar Início abrupto e grave de HAS PA mais baixa nos MMII Acentuada oscilação de PA Início súbito de HAS após os 55 a ou antes dos 30 a

Fonte: VI Diretriz Brasileira de Hipertensão.

HAS - Investigação clínico-laboratorial Objetivo: Confirmar a elevação da PA e firmar o diagnóstico Avaliar a presença de lesões em orgãos-alvo Identificar fatores de risco para: doenças cardiovasculares risco cardiovascular global Diagnosticar doenças associadas à HAS Diagnosticar, quando houver, a causa da HAS

HAS - Investigação clínico-laboratorial Importância Frente aos objetivos desta investigação, é importante o uso de exames complementares com parcimônia, obedecendo o previsto na sequência de exames sugeridos, partindo de exames com maior sensibilidade, evitando assim o riscos de testes invasivos, desnecessários e potenciais causadores de dano para o paciente.

HAS - Investigação clínico-laboratorial História clínica Identificação História atual Diversos aparelhos e fatores de risco História Patológica Pregressa História Familiar Perfil Psicossocial Avaliação dietética Atividade Física Uso de Medicamentos

HAS - Investigação clínico-laboratorial Exame físico Sinais Vitais Medidas antropométricas Inspeção Pescoço Precórdio Ex. Pulmonar Ex. Abdominal Extremidades Exame neurológico sumário Ex. fundoscopia

HAS - Investigação clínico-laboratorial Exames laboratoriais Perfil lipídico – Avaliar presença de dislipidemia (fator de risco associado) colesterol total HDL Triglicerídeos Glicemia de jejum – Avaliar presença de diabetes (fator de risco associado) Creatinina – Avaliar função renal (lesão em órgão alvo) Potássio – Complementar avaliação da função renal. Útil para utilização de anti-hipertensivos que podem reter ou espoliar potássio Exame de urina – Avaliar dano renal – Proteinúria (lesão em órgão alvo) Eletrocardiograma - Avaliar alterações cardíacas (arritmias, Hipertrofia Ventricular, Bloqueios, alterações isquêmicas), que podem configurar lesão em órgão alvo, além de orientar a prescrição farmacológica conforme as alterações apresentadas.

HAS - Investigação clínico-laboratorial Exames laboratoriais Na investigação inicial de pacientes hipertensos, com suspeita de hipertensão primária, NÃO devem ser solicitados outros exames além dos sugeridos, por não agregar novas informações neste momento da avaliação, como: Uréia, outros eletrólitos (sódio, magnésio), transaminases, VLDL. Radiografia de tórax LDL – deve ser calculado pela fórmula CT= HDL + LDL + TGL/5 ou LDL = CT – HDL – TGL/5

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: hipertensão arterial sistêmica . Brasília: Ministério da Saúde, 2013. (Cadernos de Atenção Básica, n. 37). Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/caderno_37.pdf CHOBANIAN, A. V. et al. The Seventh Report of the Joint National Committee on Prevention, Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Pressure: the JNC 7 report. JAMA, v. 289, n. 0098-7484 (Print), p. 2560–2572, 21 maio. 2003. Disponível em: http://www.nhlbi.nih.gov/guidelines/hypertension/jnc7full.pdf VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 95, p. I–III, 2010. Disponível em: http://publicacoes.cardiol.br/consenso/2010/Diretriz_hipertensao_associados.p df WRIGHT, J. M.; MUSINI, V. M. First-line drugs for hypertension. Cochrane.Database.Syst.Rev., n. 1469-493X (Electronic), p. CD001841, 2009.

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