FEBRE REUMÁTICA Apresentação: Caroline Caied

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FEBRE REUMÁTICA Apresentação: Caroline Caied
Transcrição da apresentação:

FEBRE REUMÁTICA Apresentação: Caroline Caied Coordenação: Dra. Carmen Lívia Universidade Católica de Brasília Pró Reitoria de Graduação Curso de Medicina Internato em Pediatria (6ª Série) www.paulomarotto.com.br Brasília, 13 de novembro de 2015

Causada pela bactéria Streptococcus beta hemolítico do grupo A Etiologia A febre reumática é uma doença inflamatória que ataca o coração e suas válvulas levando a sua progressiva destruição Causada pela bactéria Streptococcus beta hemolítico do grupo A Pereira BAF. Projeto Diretrizes: Febre Reumática. Disponível em: <http://www.projetodiretrizes.org.br/projeto_diretrizes/051.pdf>. Acesso em 09 de novembro de 2015.

Envolve sempre o trato respiratóriosuperior Etiopatogenia Envolve sempre o trato respiratóriosuperior Complicação não supurativa de uma faringoamigdalite provocada pelo SBHGA Nunca se demonstrou que a infecção estreptocócica cutânea seja causa da Febre Reumática Envolve o sistema imunitário - Resposta imune tardia em populações geneticamente predispostas Pereira BAF. Projeto Diretrizes: Febre Reumática. Disponível em: <http://www.projetodiretrizes.org.br/projeto_diretrizes/051.pdf>. Acesso em 09 de novembro de 2015.

Fisiopatologia Fragmentação das fibras colágenas Degeneração fibrinóide Infiltração celular Edema da substância intercelular Pereira BAF. Projeto Diretrizes: Febre Reumática. Disponível em: <http://www.projetodiretrizes.org.br/projeto_diretrizes/051.pdf>. Acesso em 09 de novembro de 2015.

Não há predisposição racial Incidência Faixa etária de 5 a 15 anos Não há predisposição racial Algumas manifestações da patologia, como a coréia de Sydenham e a estenose mitral, principalmente após a adolescência, ocorrem mais frequentemente no sexo feminino. Pereira BAF. Projeto Diretrizes: Febre Reumática. Disponível em: <http://www.projetodiretrizes.org.br/projeto_diretrizes/051.pdf>. Acesso em 09 de novembro de 2015.

História Natural da Doença Infecção de orofaringe Período de latência Doença propriamente dita Pereira BAF. Projeto Diretrizes: Febre Reumática. Disponível em: <http://www.projetodiretrizes.org.br/projeto_diretrizes/051.pdf>. Acesso em 09 de novembro de 2015.

Quadro clínico Artralgia Febre Intervalo PR Dor que afeta grandes articulações sem incapacidade funcional e sem sinais inflamatórios agudos. Frequente no início do surto agudo e ocorre em quase todos os surtos de artrite. O intervalo PR pode estar aumentado mesmo na ausência de cardite. Pereira BAF. Projeto Diretrizes: Febre Reumática. Disponível em: <http://www.projetodiretrizes.org.br/projeto_diretrizes/051.pdf>. Acesso em 09 de novembro de 2015.

Quadro clínico Artrite migratória Eritema Marginatum Manifestação mais comum em 75% dos casos. Auto limitada e não deixa sequela, forma típica, é assimétrica e migratória. Eritema Marginatum Ocorrência rara em < 3% dos paciente Pereira BAF. Projeto Diretrizes: Febre Reumática. Disponível em: <http://www.projetodiretrizes.org.br/projeto_diretrizes/051.pdf>. Acesso em 09 de novembro de 2015.

Quadro clínico Artrite migratória Eritema marginato Pereira BAF. Projeto Diretrizes: Febre Reumática. Disponível em: <http://www.projetodiretrizes.org.br/projeto_diretrizes/051.pdf>. Acesso em 09 de novembro de 2015.

Quadro clínico Nódulos subcutâneos Coréia de Sydenham Ocorre predominantemente em crianças e adolescentes do sexo feminino. Prevalência de 5 a 36%, o aparecimento costuma ser tardio, meses após a infecção estreptocócica. Definição: desordem neurológica com movimentos rápidos involuntários e incoordenados, que desaparecem durante o sono e aumentam com estresse e esforço. O surto dura, em média, de 2 a 3 meses, e até 1 ano. Ocorrência rara, em 2 a 5% dos pacientes, muito associados à cardite grave. Definição: nódulos múltiplos, arredondados, de tamanhos variados (0,5 a 2 cm), firmes, móveis, indolores e recobertos por pele normal, sem características inflamatórias. Localização: sobre proeminências e tendões extensores. Aparecimento tardio (1 a 2 semanas após as outras manifestações), regride rapidamente com o tratamento e raramente persiste por >1 mês Pereira BAF. Projeto Diretrizes: Febre Reumática. Disponível em: <http://www.projetodiretrizes.org.br/projeto_diretrizes/051.pdf>. Acesso em 09 de novembro de 2015.

Quadro clínico Nódulos subcutâneos Coréia de Sydenham Pereira BAF. Projeto Diretrizes: Febre Reumática. Disponível em: <http://www.projetodiretrizes.org.br/projeto_diretrizes/051.pdf>. Acesso em 09 de novembro de 2015.

Quadro clínico Cardite Classificação Cardite subclínica Cardite leve Manifestação mais grave, única que pode deixar seqüelas e acarretar óbito. Aparece em fase precoce, nas 3 primeiras semanas da fase aguda. Caracteriza-se por pancardite. Cardite Classificação Cardite subclínica Exame cardiovascular, Rx e ECG normais, (exceto intervalo PR); Ecocardiograma com regurgitação mitral e/ou aórtica leves com características patológicas . Cardite leve Taquicardia desproporcional à febre; Abafamento da 1ª bulha; Sopro sistólico mitral; Área cardíaca normal; Rx e ECG normais (exceto intervalo PR), Regurgitações leves ou leves a moderadas ao ecocardiograma, com ventrículo esquerdo de dimensões normais. Pereira BAF. Projeto Diretrizes: Febre Reumática. Disponível em: <http://www.projetodiretrizes.org.br/projeto_diretrizes/051.pdf>. Acesso em 09 de novembro de 2015.

Quadro clínico Cardite Classificação Cardite moderada Cardite grave Taquicardia persistente e sopro de regurgitação mitral mais intenso, sem frêmito, associado ou não ao sopro aórtico diastólico; Sopro de Carey Coombs pode estar presente; Sinais incipientes de insuficiência cardíaca (IC); Aumento leve da área cardíaca e congestão pulmonar discreta; Extrassístoles; Alterações de ST-T, baixa voltagem; Prolongamento dos intervalos do PR e QTc podem estar presentes; Ao ecocardiograma, a regurgitação mitral é leve a moderada, isolada ou associada à regurgitação aórtica de grau leve a moderado e com aumento das câmaras esquerdas em grau leve a moderado. Sinais e sintomas de IC; Arritmias; Pericardite Sopros mais importantes de regurgitação mitral e/ou aórtica podem ocorrer; Rx identificam-se cardiomegalia e sinais de congestão pulmonar significativos; demonstra sobrecarga ventricular esquerda e, às vezes, direita; ao ecocardiograma, regurgitação mitral e/ou aórtica de grau moderado a importante, e as câmaras esquerdas mostram, no mínimo, aumento moder

Velocidade de hemossedimentação Diagnóstico Antiestreptolisina O Velocidade de hemossedimentação Proteína C reativa Mucoproteínas Ecocardiograma Pereira BAF. Projeto Diretrizes: Febre Reumática. Disponível em: <http://www.projetodiretrizes.org.br/projeto_diretrizes/051.pdf>. Acesso em 09 de novembro de 2015.

Tratamento Repouso Hospitalização Controle da temperatura Internação: Cardite moderada ou grave; Artrite incapacitante; Coréia grave Erradicação do estreptococo Deve ser feito na suspeita clínica da FR, independentemente do resultado da cultura de orofaringe. Nos casos de 1º surto, o tratamento instituído corresponde ao início da profilaxia secundária . Repouso Repouso relativo (domiciliar ou hospitalar) por um período inicial de 2 semanas; Cardite moderada ou grave: 4 semanas; O retorno às atividades habituais deverá ser gradual.. Controle da temperatura 1ª opção: Paracetamol; 2ª opção: Dipirona; Não é recomendável o uso de anti-inflamatórios não esteróides (AINES), inclusive o AAS, até que se confirme o diagnóstico de FR.

Tratamento Pereira BAF. Projeto Diretrizes: Febre Reumática. Disponível em: <http://www.projetodiretrizes.org.br/projeto_diretrizes/051.pdf>. Acesso em 09 de novembro de 2015.

Tratamento Tratamento da Artrite Tratamento da Coréia AINES: bons resultados no controle da artrite - desaparecimento entre 24 e 48 horas. 1ª opção: AAS Naproxeno: boa alternativa ao AAS, com a mesma eficácia, maior facilidade posológica e melhor tolerância (I-A). As artrites reativas pós-estreptocócicas podem não apresentar boa resposta clínica ao tratamento com AAS e naproxeno. Nesses casos, está indicado o uso da indometacina. Os corticóides (CE) não estão indicados nos casos de artrite isolada. Na coréia leve e moderada: repouso e permanência em ambiente calmo, evitando-se estímulos externos. Benzodiazepínicos e fenobarbital também podem ser utilizados. Tratamento específico está indicado apenas nas formas graves da coréia, sendo que a hospitalização poderá ser necessária: Haloperidol 1mg/dia, aumentando 0,5 mg a cada 3 dias, até atingir 5mg ao dia ; Ácido valproico 10mg/kg/dia, aumentando 10mg/kg a cada semana até 30mg/Kg/dia; Carbamazepina 7 a 20mg/kg/dia; Alguns estudos mais recentes têm mostrado a eficácia do uso de CE no tratamento sintomático da coréia. Pereira BAF. Projeto Diretrizes: Febre Reumática. Disponível em: <http://www.projetodiretrizes.org.br/projeto_diretrizes/051.pdf>. Acesso em 09 de novembro de 2015.

Tratamento Tratamento da cardite Controle do Processo Inflamatório Cirurgia cardíaca na FR aguda Cardite moderada e grave: CE Prednisona, 1 a 2 mg/Kg/dia, VO, sendo a dose máxima de 80mg/dia (pode-se via EV na impossibilidade de uso oral, em doses equivalentes). Nos casos de cardite leve, não há consenso, podendo-se: Não usar AINES; Usar AINES Usar CE em doses e duração menores. Cardite refratária ao tratamento clínico padrão, com lesão valvar grave, pode ser necessário tratamento cirúrgico na fase aguda, principalmente nas lesões de valva mitral com ruptura de cordas tendíneas ou perfuração das cúspides valvares. Embora o risco da cirurgia seja mais elevado, esta pode ser a única medida para o controle do processo Pereira BAF. Projeto Diretrizes: Febre Reumática. Disponível em: <http://www.projetodiretrizes.org.br/projeto_diretrizes/051.pdf>. Acesso em 09 de novembro de 2015.

Tratamento Tratamento da cardite Pulsoterapia Controle da IC Metilprednisolona EV (30mg/Kg/dia) em ciclos semanais intercalados pode ser utilizada em casos de cardite grave: Refratários ao tratamento inicial, como 1ª opção nos pacientes com quadro clínico muito grave e IC de difícil controle; Pacientes que necessitam de cirurgia cardíaca em caráter emergencial; Ainda pode ser usada em pacientes que não possam receber corticóide por via oral. Tempo de uso do CE IC leve ou moderada: Diuréticos e restrição hídrica; Furosemida na dose de 1 a 6 mg/kg/dia ; Espironolactona 1 a 3 mg/kg/dia; IECA e digoxina: disfunção ventricular ou de fibrilação atrial; Fibrilação atrial: anticoagulação deve ser considerada. Dose plena: 2 a 3 semanas; Controle clínico e laboratorial (PCR e VHS); Reduzir 20 a 25% da dose a cada semana: Tempo total de tratamento: 12 semanas na cardite moderada e grave; 4 a 8 semanas na cardite leve. Pereira BAF. Projeto Diretrizes: Febre Reumática. Disponível em: <http://www.projetodiretrizes.org.br/projeto_diretrizes/051.pdf>. Acesso em 09 de novembro de 2015.

Profilaxias Pereira BAF. Projeto Diretrizes: Febre Reumática. Disponível em: <http://www.projetodiretrizes.org.br/projeto_diretrizes/051.pdf>. Acesso em 09 de novembro de 2015.

Referências Bibliográficas Pereira BAF. Projeto Diretrizes: Febre Reumática. Disponível em: <http://www.projetodiretrizes.org.br/projeto_diretrizes/051.pdf>. Acesso em 09 de novembro de 2015.