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Parte prática: UNIDADE I. Observação do comportamento.

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1 Parte prática: UNIDADE I. Observação do comportamento.
Lúcia Cristina Cavalcante 1º semestre , 2008 “Mulher à janela” de Salvador Dali

2 1.1. Observação e linguagem científica

3 O que é observação? “... a observação é um processo empírico por intermédio do qual usamos a totalidade dos nossos sentidos para reconhecer e registrar eventos fatuais [factuais]” (VIANNA, 2003, p. 14)

4 Característica da linguagem científica
Objetividade ater-se “... apenas a coisas e fatos efetivamente observados” (FAGUNDES, 1985, p. 22). ERRADO: Paulo olhou profundamente para a foto, deve ser alguém importante, olhou e pensou, o rosto exprimia saudade. CERTO: Paulo ergueu a sua frente uma fotografia e olhou para ela por aproximadamente dez minutos.

5 2. Clareza e exatidão não use termos como “vários”, “pouco”, “muito”, “pequeno”, “grande”.
ERRADO: O padrão deu um pequeno aumento a José. CERTO: José recebeu R$ 100,00 de aumento no salário.

6 3. Brevidade/concisão  suprimir apostos, comentários, expressões como “Entretanto”, “ou seja”, “sendo assim”. Em alguns casos é preciso usar o bom senso, já que é preciso repetir e até ser redundante para garantir a comunicação exata do que está acontecendo. ERRADO: “Márcia foi até a casa de Carlos e pegou o seu livro” CERTO: “Márcia foi até a casa de Carlos e pegou o livro dele”

7 4. Ser direta ou afirmativa a descrição não pode assinalar o que não ocorreu, apenas o que ocorreu.
ERRADO: Márcia não lembrou de olhar pela janela e foi até a porta da casa. CERTO: Márcia caminhou e parou enfrente a porta da casa.

8 5. Sem atribuição de finalidade descrever ou aferir a suposta intencionalidade ao que se observa.
ERRADO: Márcia olhou na direção da porta para visualizar a melhor hora de transpô-la. CERTO: Márcia virou a cabeça para a esquerda. Ficou parada. Caminhou e passou através da porta.

9 1.2. Definição de eventos comportamentais

10 Por que definir comportamentos?
... facilita o trabalho do observador e, por eliminar as contradições existentes nas noções que cada um tem a respeito dos mesmos comportamentos, permite haver maior concordância entre os observadores quanto à ocorrência dos comportamentos sob observação. (FAGUNDES, 1985, p. 39)

11 Como definir comportamentos?
...devemos usar uma linguagem científica (objetiva, clara, exata, concisa e direta); cuidando de tornar a definição explicita e completa; empregando elementos que lhes sejam pertinentes e dando-lhe um nome apropriado, que prontamente lembre o que se deseja designar. ( FAGUNDES, 1985, p. 42)

12 Tipos de definição Definição morfológica; Definição funcional e;
Definição morfológico-funcional.

13 Definição morfológica
“...descrever o comportamento em si” (FAGUNDES, 1985, p. 44) “...acentuar as mudanças observadas no sujeito, principalmente as coordenações motoras por ele executadas, a cor ou aparência por ele assumidas ...” (Idem). O referencial para construção de uma definição morfológica é o próprio corpo do sujeito (a topografia da resposta).

14 Exemplos de definição morfológicas
COMPORTAMENTO DEFINIÇÃO Segurar objeto redondo (ser humano) As duas mãos em forma de concha fazem certa pressão sobre um objeto Ergue-se (rato) Projetar o corpo para cima e sustentá-lo nas duas patas traseiras tocando ou não uma superfície.

15 Definição funcional “...levam em conta principalmente as modificações ou efeitos que os comportamentos produzem no ambiente” (FAGUNDES, 1985, p. 44) O referencial para construção de uma definição funcional não é corpo do sujeito ou a forma do movimento, mas os efeitos causados no ambiente (físico e/ou social).

16 Exemplos de definição funcional
COMPORTAMENTO DEFINIÇÃO Encestar a bola (jogo de basquete) “Penetrar a bola pela abertura superior da cesta e sair pela abertura inferior da mesma” (FAGUNDES, 1985, p. 45) Pressão à barra (rato) tocar na barra e produzir um clique que acione o bebedouro e disponibilize uma gota d’água na concha

17 Definição morfológico-funcional
...combinam a descrição do comportamento em si e dos efeitos que ele provoca no ambiente (FAGUNDES, 1985, p. 44). Duplo referencial: o corpo do sujeito e os efeitos de seu comportamento no ambiente.

18 Exemplos de definições morfológico-funcionais
COMPORTAMENTO DEFINIÇÃO Marcar cesta de 3 pontos Estando o jogador antes da linha de 3 pontos, o mesmo projeta a bola à frente e acima de sua cabeça na direção da cesta. A bola penetra pela abertura superior da cesta e sair pela abertura inferior da mesma.

19 Exemplos de definições morfológico-funcionais
COMPORTAMENTO DEFINIÇÃO Pressão à Barra Projetar o corpo para cima, sustentá-lo nas duas patas traseiras, projetar as patas dianteiras para frente, tocar na barra, produzir um clique que acione o bebedouro e disponibilize uma gota d’água na concha.

20 1.2. Técnicas de observação e registro de comportamento

21 Por que registrar? O registro dessas observações também se reveste de importância, na medida em que facilita a análise posterior, dificultando a ação do esquecimento (FAGUNDES, 1985, p. 31)

22 Os registros se dividem em:
Registros cursivos Registros categorizados Registros de memória

23 Registros cursivos

24 Registro Cursivo “Consiste em se descrever o que ocorre, na seqüência em que os fatos se dão, cuidando-se de se seguir as recomendações técnicas para se tenha uma linguagem científica” (FAGUNDES, 1985, p. 32)

25 FOLHA DE REGISTRO Situação: Sujeito (s): Observador: Técnica de registro: Registro Cursivo Data: Local: Hora Inicial: Hora final: Duração: REGISTRO ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________

26 Aplicações do registro cursivo
Em situações novas (exploração) Para a definição de categorias de comportamento. Este tipo de registro funciona como uma espécie de filmagem.

27 Tipos de Registros cursivos
Registro cursivo contínuo: a observação e o registro são simultâneos (ver folha de registro anterior) Registro cursivo em amostragem de tempo: A sessão de observação é dividida em intervalos de tempo. No início ou no final de cada intervalo (segundo o que fica convencionado), o observador olha para o sujeito e registra o que ele está fazendo (DANNA e MATOS, 2006, p. 64)

28 M estava de frente para a porta. 2
FOLHA DE REGISTRO Situação: Sujeito (s): Observador: Técnica de registro: Registro Cursivo em amostragem de tempo Data: Local: Hora Inicial: Hora final: Duração: REGISTRO Tempo (minuto) Descrição 1 M estava de frente para a porta. 2 M falava com N e pegou no braço dela. 3 M segurava um livro e passou-o a N

29 Registros categorizados

30 Registro categorizado
O observador trabalha com categorias pré-definidas. As categorias são definidas com base em trabalho anterior do próprio pesquisador, no conhecimento do assunto, na literatura e em trabalhos de outros pesquisadores. (DANNA e MATOS, 2006, p. 61)

31 Exemplos de categorias de comportamento:
Brincadeira com objetos (BO) Brincadeira com as mãos sem objetos (BMSO) Brincadeira com os pés sem objetos (BPSO) Brincadeira com o corpo todo sem objetos (BCSO). Observação importante: Devem ser estabelecidos critérios para determinar se o comportamento ocorreu ou não.

32 Tipos de registro categorizado
Simultâneos (ao mesmo tempo observação e registro). Registro de eventos; Registro de duração; Sucessivos (observação e depois o registro): Registro categorizado em amostragem de tempo Registro categorizado em intervalos de tempo.

33 Registro de eventos “... contagem de freqüência das vezes em que o(s) comportamento(s) escolhido(s) ocorre(m)” (FAGUNDES, 1985, p. 51) “O observador procede a contagem do número de vezes que o comportamento ocorre” (DANNA e MATOS, 2006, p. 63)

34 FOLHA DE REGISTRO Situação: Sujeito (s): Observador: Técnica de registro: Registro de evento Data: Local: Hora Inicial: Hora final: Duração: REGISTRO Comportamento Freqüência Total Andar IIIIIIIIIIII 12 Correr IIIII 05 Falar Sentar IIIIII 06

35 Registro de duração ... o observador registra o tempo que o comportamento, anteriormente definido, foi apresentado na sessão. (DANNA e MATOS, 2006, p. 62)

36 FOLHA DE REGISTRO Situação: Sujeito (s): Observador: Técnica de registro: Registro de duração Data: Local: Hora Inicial: Hora final: Duração: REGISTRO Comportamento Duração Total Andar 10’’ / 25’’ 35’’ Correr 1’36’’/ 40’ 2’16’’ Falar 24’’/1’57’’ 2’21’’ Sentar 3’45’’/ 1’20’’ 5’05’’

37 Observações importantes
O ideal é utilizar cronômetro. A utilização do relógio comum exigem algumas adaptações: ao invés de registrar a duração, é necessário registrar a hora inicial e final de cada execução e depois calcular o tempo. EXEMPLO: Andar = 10:20: 01 às 10: 24: 36 (4’35’’) 10: 32:00 às 10: 43:01 (11’ 01’’) Andar = 15’ 36’’

38 Registro categorizado em amostragem de tempo
...a sessão de observação é dividida em intervalos de tempo. No início ou no final de cada intervalo (segundo o que fica convencionado), o observador olha para o sujeito e [assinala o que ele está fazendo em com ficha aonde estão disponíveis os comportamento previamente definidos]... (DANNA e MATOS, 2006, p. 64)

39 √ FOLHA DE REGISTRO Situação: Sujeito (s): Observador:
Técnica de registro: Registro categorizado em amostragem de tempo Data: Local: Hora Inicial: Hora final: Duração: REGISTRO Comportamento 0’’- 20’’ 21’’- 40’’ 41’’ – 60’’ Falar Sentar Andar

40 Registro categorizado em intervalos de tempo
É a técnica de registro em que o observador registra o número de vezes que o comportamento ocorre em cada intervalo de tempo em que a sessão total está dividida.

41 TEMPO (min) FREQÜÊNCIA 1 F, S, C 2 S, F 3 C, F,A FOLHA DE REGISTRO
Situação: Sujeito: Observador: Técnica de registro: Registro de intervalos de tempo Data: Local: Hora Inicial: Hora final: Duração: REGISTRO TEMPO (min) FREQÜÊNCIA 1 F, S, C 2 S, F 3 C, F,A

42 Registros de memória

43 O que são? ...o registro é feito a posteriori, isto é após um período de observação. (DANNA e MATOS, 2006, p. 67)

44 Tipos de registros de memória
Diário: registro do que o sujeito fez ou do que se sucedeu em cada dia ou sessão. Exemplo de um diário de atendimento clínico: “...problemas com o chefe no trabalho, problemas semelhantes com autoridades no passado, análise de seu comportamento nessas ocasiões, proposta de mudança” (DANNA e MATOS, 2006, p. 67)

45 Relato anedótico: é a descrição sucinta de determinados episódios.
Exemplo das anotações feita pela psicóloga escolar sobre uma briga entre pré-escolares relatada por uma professora: “Quem brigou? M e F; Motivo? Disputa de lanche; no que consistiu a briga? Arranhões e mordidas no corpo do outro. Quem interveio? Professora e estagiária. Como? Desapartaram e discutiram as normas de conduta na escola”

46 Questões para reflexão
A observação do comportamento não é ingênua. Psicólogos de diferentes abordagens buscam identificar e descrever diferentes aspectos. É possível e, até desejável em alguns casos, incluir um diagrama da situação observada (ver Danna e Matos, 2006, p. 55). A técnica da observação pode e deve ser complementada por outra técnica de coleta de dados (survey, entrevista). O observador deve considerar que a sua presença afeta os sujeitos. Por vezes é melhor só considerar para análise os registros após um período de habituação.

47 Leituras sugeridas Iniciais: Avançadas:
DANNA, Marilda F.; MATOS, Maria Amélia. Ensinando a observação. São Paulo: EDICON, 2006. FAGUNDES, Antônio Jayro F. M. Descrição, definição e registro de comportamento. 7. ed. São Paulo: EDICON, 1985. Avançadas: VIANNA, Heraldo M. Metodologia da observação. In: ____________. Pesquisa em Educação – a observação. Brasília: Plano, (Série Pesquisa em Educação, vol. 5). pp. 9 – 70. ALVES, Paola Biasoli et al. A construção de uma metodologia observacional para o estudo de crianças em situação de rua: criando um manual de codificação de atividades cotidianas. Estudos de Psicologia, vol. 4, n. 2, pp. 289 – 310, 1999.


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