Intoxicação Crônica Por Chumbo Inorgânico. O QUE VAMOS VER NA AULA? Aspectos históricos Exposições ocupacionais Metabolismo Efeitos tóxicos no homem Critérios.

Apresentação em tema: "Intoxicação Crônica Por Chumbo Inorgânico. O QUE VAMOS VER NA AULA? Aspectos históricos Exposições ocupacionais Metabolismo Efeitos tóxicos no homem Critérios."— Transcrição da apresentação:

1 Intoxicação Crônica Por Chumbo Inorgânico

2 O QUE VAMOS VER NA AULA? Aspectos históricos Exposições ocupacionais Metabolismo Efeitos tóxicos no homem Critérios de diagnóstico Manejo de casos clínicos

3 ASPECTOS HISTÓRICOS Usos  4000 A.C.: utilizado por egípcios e hebreus  2000 A.C.: fenícios extraiam o metal na Espanha  Roma Antiga: instrumentos musicais, utensílios de cozinha e cerâmica Intoxicações  Primeiro relato: 370 A.C. – Hipócrates  Paracelsus, séc. XVI – doença dos mineiros  Ramazzini, 1713 - ceramistas

4 EXPOSIÇÕES OCUPACIONAIS Produção e refino de Pb; Fabricação de compostos de PbProdução e refino de Pb; Fabricação de compostos de Pb Fusão do Pb e de suas ligas metálicasFusão do Pb e de suas ligas metálicas Metalurgia do pó: fábrica de discos de freios de tratoresMetalurgia do pó: fábrica de discos de freios de tratores Fundição e laminação do bronzeFundição e laminação do bronze Fabricação e uso de pigmentos à base de Pb, tintas fluorescentesFabricação e uso de pigmentos à base de Pb, tintas fluorescentes Fabricação, reforma e desmanche de bateriasFabricação, reforma e desmanche de baterias Operações de solda, corte e rebarbaçãoOperações de solda, corte e rebarbação Fabricação de PVCFabricação de PVC Esmaltação em indústrias cerâmicasEsmaltação em indústrias cerâmicas Indústria gráfica (fusão/manipulação de tipos)Indústria gráfica (fusão/manipulação de tipos) Indústria automobilística (radiadores...)Indústria automobilística (radiadores...) Fabricação de pérolas artificiais etc.Fabricação de pérolas artificiais etc.

5 Fatores que Interferem na Exposição: Carga corporal de chumbo

6 Chumbo: Propriedades e Ocorrência na Natureza Temperatura: Temperatura: Ponto de fusão: 327,4°C Ponto de fusão: 327,4°C Formação de vapores: a partir de 500°C Formação de vapores: a partir de 500°C Compostos encontrados na natureza: PbS (galena); carbonato, sulfato, clorofosfato, cromato.... Pós 500ºC libera chumbo metálico no ar que reage com oxigênio e pode ser inalado e abosrvido. Liberação aumenta exponencialmente se acima de 1.000ºC.

7 A exposição em fábricas e reformadoras de acumuladores elétricos Separação de placas a serem reaproveitadas.Se a seco forma poeira podendo ter sulfato de Pb. Produção de placas Fundição (de placas) com cadinho e maçarico ou forno sem termostato para fazer (temperatura): Moinho de bolas: pó para preparo de pasta de óxido de chumbo. Empastamento – tipo de bancada: gaveta úmida? Montagem de pentes Conexões e fechamento Varrição? Higiene e alimentação Carga e o trabalho com ácido sulfúrico

8 Intestino Rins Pele EXCREÇÃO Inalação ABSORÇÃO Ingestão Tecidos moles Ossos DEPÓSITO METABOLISMO NO HOMEM SANGUE Pulmões Ap. gastro- intestinal Fígado

9 EFEITOS TÓXICOS  Afinidade por radicais SH  inibição enzimática  Compete com Ca ++  respiração mitocondrial  Hidrólise da ATP  Ação sobre o RNA Mecanismos

10 EFEITOS NO ORGANISMO HUMANO Hematológicos Hematológicos Neurológicos Neurológicos Ósteo-musculares Ósteo-musculares Renais (inclui inibição secreção de ác úrico) Renais (inclui inibição secreção de ác úrico) Gastro-intestinais Gastro-intestinais Cardiovasculares Cardiovasculares Gênito-urinários Gênito-urinários Endócrinos... Endócrinos...

11 Ações do Chumbo no Organismo (1)  Hematológicas Anemia: síntese do heme  vida média das hemácias  Neurológicas SNC: encefalopatia aguda e crônica SNC: encefalopatia aguda e crônica SNP: paralisia seletiva de n. motores  Renais Fibrose intersticial Degeneração tubular Comprom. arteriolar e de peq. artérias

12 AÇÃO NA BIOSSÍNTESE DO HEME AC.  AMINOLEVULÍNICO ALA SINTETASE Pb PORFOBILINOGÊNIO ALA D Pb UROPORFOBILINOGÊNIO III COPROPROFIBRINOGÊNIO III PROTOPRFIRINA IX HEME FERROQUELATASE Pb CP DESCARBOXILASE Pb MITOCÔNDRIA AC. SUCCÍNICO ATIVADO GLICINA ATIVADA +

13 ANEMIA Apostoli e Alessio, 1996 Hemolítica (redução da vida média das hemácias) Geralmente normocrômica Hb >10-12g: –Ação na síntese do Heme –Aumento da velocidade de destruição e regeneração das hemácias por alteração na bomba Na/K

14 Inibição da pirimidina 5 nucleotidase (degradação de RNA ribossomial) PONTILHADO BASÓFILO Apostoli e Alessio 1996. Ponteado basófilo (policromatofilia) Acúmulo intracelular de nucleotídios pirimidínicos

15 Anemia pelo chumbo Discreta, Hb > 10-12 g. Hemólise por: –Diminuição da síntese da Heme (inibição da Heme sintetase e da protoporfirina IX) –Aumento da velocidade de destruição e regeneração (redução da vida média) das hemácias por alteração na bomba Na/K e: Alteração da permeabilidade da membrana Aumento da fragilidade mecânica e da resistência osmótica dos eritrócitos Apostoli e Alessio 1996.

16 Exposição significativa a poeiras/fumos de Pb Exposição atual ao chumbo –Indicador biológico de exposição: PbS –Indicador biológico de efeito (ALA-U, ZPP) Exposição remota: PbS e ALA-U tendem ao normal –PbU pós EDTA acima de 1mg/24 Quadro clínico característico presente ou não Casos em colegas de trabalho. CRITÉRIOS DE DIAGNÓSTICO Buschinelli 1994

17 Exames Complementares Hemograma completo: anemia, pontilhado basófilo em hemácias Urina 1 (exame de urina) Dosagem de ácido úrico Uréia Creatinina Clearance da creatinina na urina de 24 horas (avaliar lesão renal, sequela renal) Eletroneuromiografia Parasitológico de fezes

18 Toxicológicos Chumbo no sangue (PbS) Ácido delta amino levulínico na urina (ALA-U) Zincoprotoporfirina eritrocitária (ZPP) Chumbo na Urina.

19 Interpretando plumbemia (PbS) Expressa momento da análise (início, durante ou pós exposição? Concentração baixa ou alta?) Pós exposição, pode atingir valores normais, mesmo quando carga corporal de Pb é elevada. Em casos de exposição constante no tempo, aumenta progressivamente até estabilizar-se. Os níveis de PbS podem ser alterados por fatores independentes da exposição (ex: nº de hemácias) Apostoli e Alessio 1996.

20 Intoxicação crônica por chumbo inorgânico - estadiamento BUSCHINELLI, 1994 LEVE MODERADA GRAVE dose corporal baixa sem comprometer S.N e ou renal dose corporal alta compromete S.N e ou renal proc. trab. regular e /ouproc. trab. regular e /ou exposição curta e/ouexposição curta e/ou sem fatores de riscosem fatores de risco I.B. não muito altos (PbS <70 mcg/dl)I.B. não muito altos (PbS <70 mcg/dl) P.F. renal normais e sem clínica relativa a SNC ou SNP proc. trab. precário e /ouproc. trab. precário e /ou exposição demorada e/ouexposição demorada e/ou com fatores de riscocom fatores de risco I.B.elevados (PbS =/>70 mcg/dl, ALA-U =/>15mg/L)I.B.elevados (PbS =/>70 mcg/dl, ALA-U =/>15mg/L)

21 Critério para quelação PbS Tempo (meses) 40 60 2468 Intervir Não quelar. Como interpretar aumento da plumbemia após primeira fase de quelação?