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Os pais fundadores da etnografia

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Apresentação em tema: "Os pais fundadores da etnografia"— Transcrição da apresentação:

1 Os pais fundadores da etnografia
Franz Boas

2 Etnografia: surge quando o pesquisador percebe que deve ele mesmo realizar as observações para a sua pesquisa; Fim da separação de tarefas: observação (viajante, missionário, administrador) e análise/interpretação Laplantine, p. 75

3 O tempo dos eruditos Os fundadores da etnografia Confiavam nas informações trazidas pelos viajantes, as quais estavam carregadas de juízos de valor e imprecisões Observação in locu, registro e análise das informações pelo mesmo pesquisador

4 Condições de estudo diferentes das existentes anteriormente;
Pesquisador vive na sociedade estudada: antropologia ao ar livre; Exemplos da nova orientação de pesquisas: Rivers, povo Toda da Índia (1901); Radcliffe-Brown, ilhas Andaman ( ); Selingman, Sudão ( ); Malinowski, ilhas Trobriand, Etc Laplantine, p. 76

5 Franz Boas ( )

6

7 Franz Boas Primeiros trabalhos de campo: final do século XIX, entre os Kwakiutl e os Chinook de Colúmbia Britânica (Canadá); Abordagem “microssociológica”: “No campo, ensina Boas, tudo deve ser anotado: desde os materiais constitutivos das casas até as notas das melodias cantadas pelos Esquimós, e isso detalhadamente, e no detalhe do detalhe” Laplantine, p. 77 Evolucionistas: busca da versão mais verdadeira de um mito X Boas: registrar todas as versões existentes

8 Franz Boas Cada sociedade é uma totalidade autônoma, considerada nos seus próprios termos; Um costume não pode ser retirado do seu contexto, sob o risco de perder o seu sentido; Pluralidade de culturas como tendo valor intrínseco; Elaboração de monografia: descrição científica de uma microssociedade, apreendida em sua totalidade e considerada em sua autonomia teórica; Laplantine, p. 78

9 Boas considera (. ) que não há objeto nobre nem indigno da ciência
Boas considera (...) que não há objeto nobre nem indigno da ciência. As piadas de um contador são tão importantes quanto a mitologia que expressa o patrimônio metafísico do grupo. Em especial, a maneira pela qual as sociedades tradicionais, na voz dos mais humildes entre eles, classificam suas atividades mentais e sociais deve ser levada em consideração. Laplantine, p. 78

10 Franz Boas Importância do conhecimento da língua do grupo estudado;
Crítica ao método comparativo: a comparação deveria ser limitada a um pequeno território definido; “As limitações do método comparativo em antropologia” (1896) Método histórico: buscar as causas que levam à formação dos conceitos; estudo detalhado dos costumes em sua relação com a cultura total; Investigação de sua distribuição nas tribos vizinhas;

11 Franz Boas Crítica à busca dos evolucionistas de leis gerais;
Obras: artigos e comunicações variados; Não elaborou uma grande teoria sistematizadora; Preocupação mais voltada para a descrição detalhada dos fatos observados; Laplantine, p. 79

12 Difusionismo americano ou particularismo histórico
Rejeição do evolucionismo; Dominou a antropologia durante a primeira metade do século XX; A antropologia deve estar baseada no trabalho de campo; Cada cultura tem uma história particular. Para compreender a cultura, é necessário reconstruir a história de cada grupo; Não há culturas superiores nem inferiores (relativismo cultural). Cada cultura deve ser compreendida nos seus próprios termos, e não a partir dos valores da cultura do antropólogo. Influência de Boas: formou a primeira geração de antropólogos americanos (Kroeber, Lowie, Herskovits, Benedict, Mead) Gilberto Freyre

13 Crítica ao determinismo biológico:
Heterogeneidade existente no interior das “raças” (...) Todas as grandes raças são tão variáveis, e as características funcionais das linhagens hereditárias que as compõem, tão diversas, que se podem encontrar linhagens familiares semelhantes em todas as raças (...) Franz Boas, p. 60.

14 Crítica ao determinismo geográfico:
a geografia apenas limita as formas culturais, não as determina: (...) A falta de produtos vegetais no Ártico, a ausência de pedras em extensas áreas da América do Sul e a escassez de água no deserto (...) limitam de modo claro as atividades do homem. Por outro lado, pode-se também mostrar que, numa dada cultura, a presença de condições geográficas favoráveis talvez ajude o desenvolvimento de traços culturais existentes (...) Franz Boas, p. 61.

15 Crítica ao determinismo geográfico:
As condições geográficas se impõem apenas quando a cultura torna a sua utilização importante (ex: descoberta do uso do carvão, possibilidade de se processar minérios, invenção de papel feito de celulose, etc.); O mesmo meio ambiente irá influenciar a cultura de maneiras diferentes, de acordo com os bens culturais dos povos; As condições geográficas podem estimular atividades culturais, mas elas não têm força criativa: O mais fértil solo não cria agricultura; as águas navegáveis não criam navegação; um abundante suprimento de madeira não produz edificações de madeira. Franz Boas, p. 61

16 Desse modo, é infrutífero tentar explicar a cultura em termos geográficos, pois não conhecemos sequer uma cultura que tenha se desenvolvido como resposta imediata às condições geográficas; sabemos apenas de culturas influenciadas por elas. (...) As relações espaciais dão apenas oportunidade para o contato; os processos são culturais e não podem ser reduzidos a termos geográficos. Franz Boas, p.62

17 Crítica ao determinismo econômico:
Condições econômicas podem facilitar ou dificultar a expressão de traços culturais, mas não determinam a sua forma específica; Quando as condições econômicas não permitem que os homens tenham tempo livre para realizar trabalhos artesanais, a atividade artística não pode florescer; uma vida nômade imposta por necessidades econômicas e que não disponha de meios de transporte impede a acumulação de grandes volumes de propriedades. Inversamente, lazer e estabilidade de localização favorecem o aumento da produção artesanal e o desenvolvimento da atividade artística, mas não criam o tipo particular de artesanato ou de estilo artístico. Franz Boas, p. 63

18 Esta apresentação, com circulação interna e para fins exclusivamente didáticos, foi elaborada a partir de seleção das seguintes fontes, a quem cabem os créditos pelas informações aqui veiculadas: Berger, M. Bronislaw Malinowski e Franz Boas Boas, F. Antropologia cultural. Editado por Celso Castro. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2010. Eriksen, F; Hylland, T. História da antropologia. Petrópolis: Vozes, 2010. Laplantine, F. “Os pais fundadores da etnografia – Boas e Malinowski”. In: ______. Aprender antropologia. São Paulo: Brasiliense, 2007, p


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